6 September 2021 - Um novo estudo liderado pela Dra. Beth Parkin, Professora Sênior de Psicologia do Grupo de Neurociência Cognitiva da Universidade de Westminster, descobriu que uma proporção substancial de pessoas com doença de Parkinson tem déficits precisos ao aprender com as instruções, e esses problemas estão associados a diferenças no funcionamento do cérebro.
Ilustração 3D renderizada de neurônios. Crédito: Kateryna Kon / Shutterstock.com
Uma nova
pesquisa colaborativa conduzida pelo Dr. Parkin em Westminster e uma
equipe liderada pelo professor Adam Hampshire no Imperial College
London examinou a atividade cerebral e o comportamento de pessoas com
doença de Parkinson, controles de mesma idade e adultos jovens. A
equipe descobriu que os pacientes que mostraram problemas para
aprender novas regras o fizeram devido a déficits no início do
processo de aprendizagem, quando novas representações são
vinculadas ou codificadas na memória. No entanto, uma vez que as
memórias são feitas, essas pessoas não têm problemas com o
esquecimento.
O estudo, publicado na Brain Communications,
investigou esses déficits usando várias técnicas de varredura do
cérebro, incluindo imagens de ressonância magnética funcional
(fMRI), que mostra onde o sangue flui no cérebro, bem como
espectroscopia de RM, que mostra a composição química do cérebro.
Pessoas com Parkinson apresentando problemas para aprender novas
regras mostraram anormalidades na atividade cerebral no momento em
que novas memórias estavam sendo feitas. Estes incluíram a ativação
reduzida em regiões associadas ao aprendizado nas partes frontal,
parietal e caudada anterior do cérebro. Esses problemas também
foram associados a níveis mais baixos de GABA no córtex
pré-frontal, que é o principal neurotransmissor inibitório ou
mensageiro químico no cérebro.
A doença de Parkinson
causa problemas variados de memória e funcionamento mental, tanto em
termos de tipo e taxa de declínio, portanto, uma compreensão mais
profunda desses problemas é crucial, pois eles preveem a diminuição
da qualidade de vida nas pessoas afetadas. A incapacidade de aprender
novas regras a partir de instruções é fundamental para o
funcionamento de uma pessoa, pois essa habilidade é onipresente na
vida cotidiana, já que fazer uso de instruções explícitas é a
maneira mais eficiente de aprender novos comportamentos direcionados
a um objetivo.
Os pesquisadores esperam que este trabalho
possa ajudar no desenvolvimento de abordagens de tratamento
personalizadas. Por exemplo, terapias sob medida podem ser projetadas
que visam os sistemas neurais específicos interrompidos,
determinados por uma caracterização detalhada de deficiências
cognitivas.
Falando sobre a pesquisa, a Dra. Beth Parkin
disse: “Essas descobertas não apenas nos falam sobre os mecanismos
cerebrais que sustentam os problemas cognitivos experimentados em
pessoas com Parkinson, mas também têm implicações clínicas. Em
particular, os problemas detectados aqui podem interferir em outras
avaliações clínicas do funcionamento mental, uma vez que todos
dependem da capacidade do paciente de aprender com as instruções.
Portanto, recomendamos a avaliação da aprendizagem baseada em
instrução como um primeiro passo importante antes de outras
avaliações neuropsicológicas serem realizadas.”
Leia
o estudo completo no jornal Brain Communications. Original em inglês,
tradução Google, revisão Hugo. Fonte: Westminster.
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