quinta-feira, 11 de novembro de 2010

Estímulos elétricos no cérebro tratam doença de Parkinson em São Paulo 
Hospital de Transplantes realiza 50 cirurgias seguindo o procedimento.
Técnica era restrita a centros universitários, afirma especialista.
11/11/2010 -Uma cirurgia para estimular o cérebro de pacientes com Parkinson por meio de descargas elétricas, até então restrita a hospitais universitários, ganha acesso público no Hospital de Transplantes, na capital paulista. Conhecida como DBS, a técnica consiste em colocar eletrodos em regiões profundas do cérebro para melhorar a atividade do órgão e reduzir os sintomas comuns como rigidez e tremores.

Com duração de 4 horas, a operação, com preço estimado em R$ 100 mil, pode agora ser recomendada a clientes da rede pública, desde que seja indicada pelo médico como melhor solução para o caso.

Para 70% dos parkinsonianos, o tratamento com medicamentos é suficiente para dar conta do avanço da doença e dos sintomas. Porém, o restante necessita de alternativas para controlar a doença. Somente 10% dos portadores são considerados ideais para passar pela cirurgia.

"Entre 80% e 90% dos pacientes que realizaram a operação deixam de apresentar sintomas após o procedimento, posteriormente acompanhado por drogas", afirma Arthur Cuckier, coordenador do departamento de neurologia do hospital.

No mesmo prédio do antigo Hospital Brigadeiro, a unidade realizou, nos dias 8 e 9 de novembro, um evento para divulgar a técnica para mais de 100 profissionais. Aulas teóricas, cirurgias ao vivo e a prática com as peças ao vivo foram oferecidas, com a supervisão de médicos brasileiros e estrangeiros.

"O objetivo foi divulgar a técnica para todo o Brasil. É preciso existir mais centro de referência para tratamento da doença com essa técnica", diz Arthur. "O trabalho de divulgação é único no Brasil, com um curso tão especializado. A técnica não é nova, já existe em hospitais universitários, mas agora, além de estar disponível em um local voltado à assistência, talvez ela possa ser passada a outros centros médicos, em todo o país."

Tremores e rigidez
O Parkinson é causado pela ausência de uma substância conhecida como dopamina no corpo, que deixa de ser produzida com a morte de neurônios em uma região do cérebro chamada substância negra. Os principais sintomas são a rigidez nos movimentos e os tremores constantes no corpo. Afeta 1% da população mundial acima dos 50 anos.

O local no cérebro a receber o estímulo é definido individualmente para cada paciente por meio de uma técnica chamada estereotaxia. Tomografias computadorizadas ou ressonâncias magnéticas são feitas no crânio do paciente, para que o médico possa saber a posição exata onde colocar o eletrodo.

Com uma espécie de "capacete" para medição, colocado junto à cabeça do paciente, o médico marca a superfície do couro cabeludo para fazer cortes de até 5 cm. Um orifício no crânio, de apenas 1 cm, permite a passagem de um fio de irídio, com quatro pólos de platina na extremidade e revestido por silicone. Ele será o condutor das descargas elétricas até a região desejada.

Uma trava colocada na entrada do corte no couro cabeludo impede que o fio de irídio saia do lugar. Uma extensão é conectada ao fio, passa por trás da orelha e liga o eletrodo dentro da cabeça do paciente a um gerador de descargas elétricas. O aparelho é capaz de gerar correntes de até 10 volts. A "dosagem" varia de paciente para paciente, ficando em uma faixa de 3 a 8 volts. Fonte: G1.

quarta-feira, 10 de novembro de 2010

Boston Scientific começa registro de pacientes para teste clínico avaliando Estimulação Cerebral Profunda para Parkinson 
10 de novembro de 2010 - A Boston Scientific Corporation anunciou a primeira implantação do seu dispositivo Vercise™ de estimulação profunda do cérebro (DBS) como parte do ensaio clínico VANTAGE. Vantage é um multi-centro que faz prospecção para examinar a melhora da função motora em cerca de 40 doentes europeus que tem implantado o DBS Vercise para o tratamento da doença de Parkinson.

O Vercise é um dispositivo de neuroestimulação profunda do cérebro projetado para fornecer sinais elétricos às áreas específicas dentro do cérebro através de contatos individuais que permitem levar uma quantidade mais adaptada de fluxo de corrente em função das necessidades do paciente. (segue..., em inglês) Fonte: Medical News Today.
Crean nuevo tipo de marcapasos cerebral contra el Parkinson 
Berlín, 9 nov (PL) Un nuevo tipo de marcapasos cerebral para el tratamiento del mal de Parkinson fue implantado por primera vez en un paciente de la ciudad alemana de Colonia.

El aparato del tamaño de una caja de fósforos tiene ocho contactos de cada lado cerebral, a diferencia de otros establecidos que cuentan con apenas cuatro, explicó Lars Timmermann, de la clínica universitaria de la ciudad de Colonia.

Los médicos probaron, por primera vez, el dispositivo en un paciente de 58 años y lo instalarán en unas 40 personas más para probar su efectividad.

Timmermann explicó que con los ocho contactos de cada lado cerebral, los temblores que provoca la enfermedad pueden ser tratados.

También serían controlados otros problemas como alteraciones en el habla.

El mal de Parkinson es una enfermedad neurodegenerativa que conduce a una incapacidad progresiva. Fonte: Prensa Latina.cu.

domingo, 7 de novembro de 2010

Técnica permite tratar epilepsia e obesidade, mas tem custo alto

Imagine a possibilidade de ter implantado no cérebro um aparelhinho de marca-passo capaz de gerar impulsos elétricos que controlem doenças
07.11.2010 | Imagine a possibilidade de ter implantado no cérebro um aparelhinho de marca-passo capaz de gerar impulsos elétricos que controlem doenças e ajam onde os remédios não conseguem dar uma resposta eficiente.

Não se trata de ficção científica, mas de uma técnica conhecida como neuromodulação e que já é utilizada com sucesso para o tratamento de Epilepsia, Mal de Parkinson, quadros de obesidade mórbida, incontinência urinária, surdez e, mais recentemente, vem sendo estudado o uso para o tratamento de depressão, distúrbios alimentares, enxaqueca e paralisia decorrente de derrame e coma prolongado.

De acordo com o neurologista Arthur Cukiert, considerado uma das maiores autoridades nacionais na técnica, as grandes vantagens da neuromodulação residem em dois aspectos: não causa lesões cerebrais e funciona usando a mesma forma de funcionamento do cérebro, ou seja, enviando e recebendo impulsos elétricos. "Em relação ao passado, a neuromodulação não lesa a estrutura cerebral e não precisa ser retirado", explica o médico, garantindo que o pior que pode acontecer é o uso não surtir os resultados desejados.

Os  atuais dispositivos  de neuromodulação são compostos de bateria, chip e microeletrodos, muito pequenos, medindo cerca de 5 centímetros. "Com a ampliação das pesquisas e a descoberta de novos procedimentos, a meta é que essa técnica possibilite a prevenção de sintomas, antes mesmos que eles apareçam", esclarece Cukiert, um dos pioneiros, no Brasil, do uso da neuromodulação para o controle de crises de epilepsia. (segue...) Fonte: Correio da Bahia.