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terça-feira, 7 de março de 2023

Razões para o aumento da incidência da doença de Parkinson: James Beck, PhD

Mar 6, 2023 - "Provavelmente o maior fator determinante, e ainda continua sendo o maior fator de risco para a doença de Parkinson, é a idade. Temos uma população envelhecida. Na verdade, nossa população está se movendo de uma pirâmide de envelhecimento - onde temos mais pessoas mais jovens na base e menos pessoas mais velhas no topo - a um ponto no tempo em que a pirâmide está se tornando um pilar."

A doença de Parkinson (DP), um distúrbio neurodegenerativo multissistêmico e multissintomático, é a segunda condição neurodegenerativa relacionada à idade mais comum diagnosticada na América do Norte. No final de 2022, um estudo apoiado pela Fundação Parkinson revelou que quase 90.000 pessoas são diagnosticadas com DP todos os anos nos EUA, um aumento de 50% em relação à taxa estimada anteriormente de 60.000 diagnósticos anualmente.

Ao observar indivíduos com 65 anos ou mais, as estimativas de incidência de DP aumentaram com a idade nas décadas de 65-74 anos, 75-84 anos em todas as amostras do estudo; no entanto, aos 85 anos ou mais, tendências de incidência divergentes foram encontradas nos conjuntos de dados. Além disso, as estimativas de incidência foram maiores em homens do que em mulheres, independentemente da idade, com a incidência aumentando primeiro nos homens, mais acentuadamente entre as idades de 64 e 74 anos. Além disso, os investigadores encontraram diferenças geográficas na incidência de DP, com um grupo de taxas mais altas observadas a justaposição das regiões Centro-Oeste e Sul dos EUA.

Estimativas aprimoradas de incidência e mortalidade de doenças continuam sendo essenciais para entender o risco de doenças, planejar a capacidade de assistência médica, a prestação, antecipar e abordar as disparidades de assistência e identificar variações injustificadas na prestação de assistência, observaram os autores do estudo. Recentemente, o NeurologyLive® conversou com o investigador do estudo James Beck, PhD, vice-presidente sênior e diretor científico da Fundação Parkinson, para saber mais sobre as razões subjacentes que impulsionam a incidência de DP. Ele falou sobre o aumento da idade da sociedade, como as estimativas anteriores estavam desatualizadas e por que coisas como escolhas de estilo de vida, tabagismo e fatores ambientais podem desempenhar um papel nessas taxas. Original em inglês, tradução Google, revisão Hugo. Fonte: Neurologylive.

quinta-feira, 9 de fevereiro de 2023

HGRS participa de estudo nacional inédito sobre doença de Parkinson

08/02/2023  - Pela primeira vez, o Brasil terá dados aprofundados sobre a prevalência e incidência da doença de Parkinson na população, a partir de um estudo de abrangência nacional. Na Bahia, uma equipe do Hospital Geral Roberto Santos (HGRS) será responsável pela coleta e análise dos dados, além do atendimento aos pacientes.

Comandado pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), em associação com The Michael J. Fox Foundation, o estudo de base populacional vai acompanhar por volta de 8 mil indivíduos acima de 60 anos, durante cinco anos, na Bahia, Rio Grande do Sul, Pará e Distrito Federal. A cidade escolhida na Bahia para coleta dos dados foi Jacobina, a cerca de 340 km de Salvador.

“Nós vamos dizer, de fato, qual é a prevalência da doença de Parkinson no Brasil. Até então, não temos um dado fidedigno, como vários outros países têm, e isso é decisivo para a construção de políticas de saúde pública. O Estado pode planejar quantos medicamentos serão alocados, quanto é necessário para a reabilitação desses indivíduos, entre outras políticas públicas que necessitam dos números epidemiológicos”, celebra o neurologista Guilherme Valença, um dos coinvestigadores principais da pesquisa e coordenador do Ambulatório de Transtornos do Movimento e Doença de Parkinson do HGRS.

Na primeira fase do estudo, serão aplicados questionários para triagem de parkinsonismo e distúrbio do comportamento do sono REM. Posteriormente, os casos rastreados como positivos serão examinados. Pelo período de cinco anos, esses indivíduos serão acompanhados, bem como aqueles com parkinsonismo sutil e uma amostra de indivíduos saudáveis.

“Vamos procurar saber não só quem tem Parkinson, mas também quais indivíduos não preenchem critérios, mas apresentam elementos que nos alertem sobre a possibilidade de vir a desenvolver a doença. Observamos elementos como olfato, sono e outros que podem nos sinalizar quem vai desenvolver Parkinson. No transcorrer do tempo, observaremos quantos deles desenvolverão a doença por ano”, explica Valença.

O neurologista destaca ainda a importância do estudo como fonte de capacitação para os profissionais de saúde do município. “Nós já iniciamos esse trabalho de levar educação para os agentes de saúde. Então, vamos deixar um legado na região”, acrescenta.

Atualmente, no Brasil, apenas dois estudos de base populacional determinaram a prevalência de parkinsonismo. Em Minas Gerais, a prevalência de doença de Parkinson foi de 3,3% para maiores de 64 anos. Já para as demais síndromes parkinsonianas, um estudo realizado na região Sudeste fornece dados sobre indivíduos maiores de 75 anos, com prevalência bruta de 10,7% para síndromes parkinsonianas. Outras regiões brasileiras não têm dados sobre a doença. Fonte: Saude ba.