March 27, 2025 - Pesquisas indicam que uma proporção relativamente alta de pessoas com Parkinson também pode ter SIBO, embora as estimativas variem. A prevalência de SIBO em pacientes com Parkinson pode ser mais alta do que em indivíduos da população geral, com alguns estudos indicando que entre 30% a 50% dos pacientes com Parkinson podem ter SIBO. Isso pode estar relacionado ao impacto do Parkinson no sistema digestivo, como a lentidão do trânsito gastrointestinal, que favorece o crescimento bacteriano excessivo no intestino delgado.
Estudos sobre a relação entre a doença de Parkinson e o SIBO (Supercrescimento Bacteriano no Intestino Delgado) estão em andamento, e embora a prevalência exata de SIBO entre pacientes com Parkinson ainda não esteja completamente estabelecida, alguns estudos sugerem uma conexão significativa entre essas duas condições.
Prevalência de SIBO em Pacientes com Parkinson:
Pesquisas indicam que uma proporção relativamente alta de pessoas com Parkinson também pode ter SIBO, embora as estimativas variem. A prevalência de SIBO em pacientes com Parkinson pode ser mais alta do que em indivíduos da população geral, com alguns estudos indicando que entre 30% a 50% dos pacientes com Parkinson podem ter SIBO. Isso pode estar relacionado ao impacto do Parkinson no sistema digestivo, como a lentidão do trânsito gastrointestinal, que favorece o crescimento bacteriano excessivo no intestino delgado.
Fatores que Contribuem para essa Relação:
Motilidade gastrointestinal prejudicada: A doença de Parkinson pode afetar os músculos do trato gastrointestinal, levando a uma motilidade intestinal reduzida. Isso pode criar um ambiente propício para o supercrescimento bacteriano.
Uso de medicamentos: Alguns medicamentos usados para tratar Parkinson, como os que aumentam a dopamina ou os antiparkinsonianos, podem afetar o sistema gastrointestinal e contribuir para o desenvolvimento de SIBO.
Disfunção do sistema nervoso autônomo: O Parkinson pode afetar o sistema nervoso autônomo, que controla a motilidade intestinal, contribuindo para a estase alimentar e favorecendo o crescimento bacteriano no intestino delgado.
Embora os dados exatos possam variar, é importante que pacientes com Parkinson que experimentam sintomas digestivos, como distensão abdominal, gases, diarreia ou constipação, discutam com seu médico a possibilidade de SIBO e outras condições gastrointestinais associadas.
Menor eficácia da Levodopa em pacientes com SIBO
Quando um paciente com Doença de Parkinson apresenta SIBO (Supercrescimento Bacteriano no Intestino Delgado) e disbiose e não responde adequadamente à levodopa (medicação padrão para Parkinson), isso pode ser um desafio significativo. Existem várias razões pelas quais esses fatores podem interferir no tratamento, e abordagens multidisciplinares podem ser necessárias para melhorar a resposta ao tratamento.
Como SIBO e Disbiose Podem Impactar a Resposta à Levodopa:
Absorção prejudicada de medicamentos:
SIBO e disbiose afetam o equilíbrio bacteriano intestinal e a saúde do trato gastrointestinal. Isso pode prejudicar a absorção adequada da levodopa e de outros medicamentos, uma vez que a motilidade gastrointestinal reduzida e a inflamação intestinal podem interferir na capacidade do corpo de absorver a medicação de forma eficiente.
Alterações no metabolismo de medicamentos:
O crescimento excessivo de bactérias no intestino pode alterar a metabolização de medicamentos como a levodopa. O SIBO pode resultar em alterações no pH intestinal, que podem afetar a quebra e absorção de levodopa, além de influenciar o processo de conversão da levodopa em dopamina no cérebro.
Inflamação intestinal:
A disbiose e o SIBO geralmente causam inflamação no trato gastrointestinal, o que pode afetar a função nervosa e intestinal, contribuindo para uma pior resposta ao tratamento. A inflamação crônica também pode interferir na função do sistema nervoso autônomo, que regula muitos processos digestivos e a motilidade intestinal.
Interações com microbiota e dopamina:
A microbiota intestinal tem um papel importante na modulação da dopamina, um neurotransmissor crucial para a Doença de Parkinson. Disbiose pode alterar o equilíbrio da microbiota e afetar a produção de dopamina no sistema nervoso central e intestino, levando a um quadro de resistência ao tratamento com levodopa.
Abordagens para Melhorar a Resposta ao Tratamento:
Tratamento do SIBO e da Disbiose:
Antibióticos específicos: O tratamento de SIBO geralmente envolve o uso de antibióticos como rifaximina ou metronidazol, que ajudam a reduzir o crescimento excessivo de bactérias no intestino delgado. Esses antibióticos devem ser administrados sob a supervisão de um médico.
Probióticos: Embora seja importante em muitos casos, o uso de probióticos deve ser cuidadosamente monitorado em pacientes com SIBO, pois certos tipos de probióticos podem piorar o problema em algumas pessoas. Probióticos específicos podem ser introduzidos gradualmente, conforme a necessidade.
Dieta de baixo FODMAP (Fermentáveis, Oligossacarídeos, Dissacarídeos, Monossacarídeos e Polióis), do inglês Fermentable Oligosaccharides, Disaccharides, Monosaccharides and Polyols. Seguir uma dieta que limita alimentos ricos em FODMAPs pode ser benéfico para reduzir a fermentação intestinal e controlar o SIBO. Alguns alimentos como cebolas, alho, leguminosas, trigo e laticínios devem ser evitados.
Goma guar ou outros agentes espessantes: Agentes que ajudam na absorção e na motilidade gastrointestinal, como a goma guar, podem ser úteis para melhorar a digestão e a absorção de medicamentos.
Ajustes no tratamento com levodopa:
Ajuste da dosagem: A levodopa pode precisar ser ajustada em relação ao horário de administração e à dosagem. Muitas vezes, a absorção de levodopa pode ser melhorada se a medicação for tomada em jejum ou em horários específicos, longe das refeições.
Uso de inibidores da COMT (como entacapona ou tolcapona): Inibidores da COMT ajudam a aumentar a disponibilidade de levodopa no cérebro ao reduzir sua degradação. Isso pode ser útil quando o paciente não responde bem ao tratamento convencional.
Terapia com gel de levodopa/carbidopa: Para pacientes com dificuldades de absorção, o gel de levodopa/carbidopa (administração contínua via sonda nasogástrica) pode ser uma opção mais eficaz.
Apoio Nutricional e Suplementação:
Apoio nutricional adequado: Garantir que a dieta seja equilibrada, com boas fontes de proteína, micronutrientes e fibras de baixo FODMAP, pode melhorar a absorção de nutrientes e medicamentos.
Suplementos de dopamina precursora: Embora a levodopa seja o principal tratamento, em alguns casos, o uso de precusores de dopamina como L-tyrosina pode ser explorado como parte do tratamento.
Tratamento da motilidade gastrointestinal:
Procinéticos: Medicamentos que ajudam a melhorar a motilidade intestinal, como prucaloprida ou domperidona, podem ser usados para melhorar a motilidade do intestino e a absorção da levodopa.
Exercícios físicos: Incentivar exercícios físicos moderados pode ajudar a melhorar a função intestinal e a motilidade gastrointestinal, além de aliviar alguns dos sintomas motores da Doença de Parkinson. Fonte: andreiatorres.