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sexta-feira, 22 de setembro de 2023

Empresa da Covilhã deteta enzima que pode travar doença de Parkinson

22 set 2023 - Uma empresa com sede na Covilhã está na fase de conclusão dos testes pré-clínicos de uma enzima responsável por produzir stress oxidativo que pode ser moldada para níveis que permitam evitar a progressão da doença de Parkinson.

A NeuroSoV tem contactos agendados com empresas da indústria farmacêutica a quem prevê vender a licença da molécula em que tem trabalhado, para que sejam feitos os ensaios clínicos e, se tudo correr como esperado, o candidato a medicamento possa ser disponibilizado no mercado, um processo moroso e dispendioso, salientou uma das cofundadoras da ‘spin-off’ da Universidade da Beira Interior (UBI), Dina Pereira.

“A ideia é a de os ensaios clínicos já serem feitos por uma indústria que nos compre a licença. Isto é o que vai acontecer”, acrescentou a doutorada em Engenharia e Gestão Industrial, que destacou as perspetivas muito promissoras e os contactos que têm tido por parte “de farmas”.

As previsões da responsável apontam para que esse processo se desenrole até ao primeiro trimestre de 2024.

A neurocientista Ana Clara Cristóvão, que há 17 anos investiga doenças neurodegenerativas, explicou à agência Lusa que a enzima detetada responsável por produzir stress oxidativo, e que na doença de Parkinson tem uma função patológica, porque contribui para a morte de neurónios produtores de neurotransmissores que ajudam no controlo motor, pode ser ajustada para níveis que evitem a progressão da patologia e permita que os doentes permaneçam no primeiro estádio da doença, com independência e tendo uma vida quase normal.

Os testes pré-clínicos, em que falta fazer os ensaios de segurança de longa duração, permitiram concluir, para já, com base na observação feita em ratos nos quais foi induzida a doença, que o tratamento com a molécula em investigação previne que os animais desenvolvam a disfunção motora que acontece normalmente na doença de Parkinson, enfatizou a cofundadora da NeuroSov, instalada no UBImedical, incubadora de empresas nas áreas da saúde e ciências da vida.

Ana Clara Cristóvão pormenorizou que o que existe no mercado ajuda os doentes a lidarem com os sintomas da doença, enquanto a molécula em que estão a trabalhar não pretende substituir essa solução, mas fazer com que os neurónios que ainda estão funcionais no doente permaneçam funcionais e vivos durante mais tempo, de maneira a responderem de forma mais eficaz às terapias que existem no mercado para os sintomas para a doença neurodegenerativa, ainda sem cura.

“As outras linhas de investigação estão muito focadas na correção de mutações genéticas que existem numa parte dos doentes de Parkinson. A nossa não, tem um alvo terapêutico generalista que controla diferentes mecanismos patológicos”, vincou, em declarações à agência Lusa, a professora auxiliar na Faculdade de Ciências da Saúde da UBI e investigadora no Centro de Investigação em Ciências da Saúde.

As responsáveis da NeuroSoV frisaram que a empresa não está vocacionada para a produção, mas para o desenvolvimento e investigação, e revelaram estarem a trabalhar na utilização de um método que permita também a prevenção dos processos oxidativos na Esclerose Lateral Amiotrófica e na doença de Alzheimer. Fonte: Sapo24.

quarta-feira, 19 de agosto de 2020

O estudo do Instituto Van Andel sugere uma "nova via" para o tratamento da doença de Parkinson

190820 - GRAND RAPIDS, MI - Um estudo de pesquisadores do Instituto Van Andel sugere um novo caminho para o tratamento da doença de Parkinson.

O estudo, publicado esta semana na revista Nature Neuroscience, diz que o cérebro pode ser protegido de danos causados ​​pela doença de Parkinson desligando um "regulador mestre" molecular.

“Um dos maiores desafios no tratamento do Parkinson, além da falta de terapias que impeçam a progressão da doença, é que a doença já atingiu partes significativas do cérebro no momento em que é diagnosticada”, disse Viviane Labrie, professora associada no VAI e autor sênior do estudo.

“Se pudermos encontrar uma maneira de proteger as células cerebrais críticas dos danos relacionados ao Parkinson desde o início, poderemos atrasar ou mesmo prevenir o início dos sintomas”.

O “regulador mestre” mencionado no estudo está conectado ao TET2, uma enzima que afeta a atividade do gene, de acordo com um comunicado à imprensa do VAI.

O estudo descobriu que o TET2 era hiperativo nos cérebros de pessoas com doença de Parkinson e que a desativação da enzima "suprimia a atividade do gene pró-inflamatório, a ativação das células imunológicas do cérebro e a eventual morte de neurônios desencadeada pela inflamação".

“O Parkinson é uma doença complexa com uma série de fatores desencadeantes”, disse Labrie.

“A redução temporária da atividade de TET2 pode ser uma forma de interferir com vários contribuintes para a doença, especialmente eventos inflamatórios, e proteger o cérebro da perda de células produtoras de dopamina. É necessário mais trabalho antes que uma intervenção baseada em TET2 possa ser desenvolvida, mas é uma via nova e promissora que já estamos explorando.” Original em inglês, tradução Google, revisão Hugo. Fonte: Mlive. Veja mais sobre esta enzima AQUI.