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quinta-feira, 20 de março de 2025

Cientistas do Colégio Militar de Manaus testam ondas sonoras que podem revolucionar o tratamento do Alzheimer e do Parkinson

Esqueça os remédios caros! Pesquisadoras brasileiras desenvolvem um método promissor para tratar Alzheimer e Parkinson sem o uso de medicamentos

19/03/2025 - Imagine um tratamento inovador para Alzheimer e Parkinson que não precisa de medicamentos caros e pode ser acessível a milhões de pessoas. Parece coisa de ficção científica? Pois um grupo de alunas do Colégio Militar de Manaus está tornando isso realidade! Usando ondas sonoras para estimular a atividade cerebral, elas desenvolveram uma tecnologia promissora que pode transformar a forma como lidamos com doenças neurodegenerativas. Os primeiros resultados são surpreendentes e já estão chamando a atenção de especialistas.

O tratamento de doenças como Alzheimer e Parkinson ainda é um grande desafio na medicina. No Brasil, cerca de 8,5% das pessoas com mais de 60 anos sofrem de demência, sendo o Alzheimer responsável por 70% dos casos. Esse quadro gera impactos não só para os pacientes e suas famílias, mas também para o Sistema Único de Saúde (SUS), que lida com altos custos de tratamento.

Jovens pesquisadoras desenvolvem projeto para tratamento de doenças neurodegenerativas – Foto: Divulgação

Reconhecimento nacional leva projeto do Colégio Militar à FEBRACE

A pesquisa foi desenvolvida por Ada Jamile, estudante do Colégio Militar de Manaus, e Isabela Rogério, ex-aluna do CMM e hoje estudante de Engenharia Elétrica na Universidade do Estado do Amazonas (UEA). Criado em 2023 na área de Biofísica, o projeto estuda os efeitos das batidas binaurais, um fenômeno sonoro que acontece quando o cérebro recebe duas frequências diferentes e gera uma terceira, que ajuda a sincronizar a atividade neural.

Esse efeito pode regular a atividade elétrica do cérebro e influenciar processos fisiológicos, tornando-se uma alternativa não invasiva e de baixo custo para tratar doenças neurodegenerativas. A ideia surge como uma possibilidade viável para reduzir gastos do SUS e tornar o tratamento mais acessível a milhares de brasileiros.

O reconhecimento do projeto já é grande. A pesquisa será apresentada na Feira Brasileira de Ciências e Engenharia (FEBRACE), que acontece entre 24 e 28 de março na Universidade de São Paulo (USP). Além disso, o Sistema Colégio Militar do Brasil levará mais oito projetos inovadores para o evento.

Pesquisas mostram redução de genes ligados a doenças neurodegenerativas

Para testar a eficácia da técnica, os pesquisadores fizeram bioensaios, expondo células H4 a uma batida binaural de 12 Hz. Depois, analisaram genes ligados às demências, como APP, MAPT e BACE. Os resultados surpreenderam: a atividade desses genes caiu de forma significativa, sugerindo que as batidas binaurais podem modular processos biológicos associados ao Alzheimer e ao Parkinson.

Com esses dados, a pesquisa ganha ainda mais força como uma possível terapia complementar para doenças neurodegenerativas. Se novos estudos confirmarem os benefícios, essa tecnologia pode se tornar um grande avanço na medicina, melhorando a qualidade de vida de milhares de pessoas.

Mais testes e integração com inteligência artificial

Os próximos passos do projeto envolvem testes mais aprofundados com eletroencefalogramas, permitindo acompanhar os efeitos das batidas binaurais em pacientes reais. Além disso, novos bioensaios serão feitos para entender os impactos dessa técnica no nível proteico.

Outro avanço promissor do projeto é o uso de inteligência artificial (IA) na análise dos dados. Com isso, será possível acompanhar a evolução do tratamento em tempo real e ajustar as frequências sonoras conforme as necessidades de cada paciente. Fonte: sociedademilitar.