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sexta-feira, 7 de novembro de 2025

Mapa celular inédito revela como regenerar neurônios afetados pelo Parkinson

Mapa celular detalhado oferece base inédita para terapias regenerativas no cérebro

BrainSTEM ajuda cientistas a recriar neurônios saudáveis. (Foto: Getty Images via Canva)

06/11/2025 - Cientistas deram um passo histórico na compreensão do cérebro humano em desenvolvimento. Um novo modelo, chamado BrainSTEM, está redesenhando a forma como os especialistas estudam e tratam doenças neurodegenerativas, especialmente o Parkinson.

Criado por pesquisadores da Escola de Medicina Duke-NUS, o mapa detalha centenas de milhares de células cerebrais, revelando como elas crescem, interagem e se organizam, algo que pode mudar completamente o padrão das terapias com neurônios cultivados em laboratório.

Um “manual de instruções” para recriar neurônios

O BrainSTEM é o atlas celular mais completo já produzido sobre o cérebro humano em formação. Ele descreve, com precisão, os neurônios dopaminérgicos, responsáveis por coordenar movimentos e processos de aprendizado, justamente os mais afetados pela doença de Parkinson.

Com esse nível de detalhamento, os cientistas agora têm uma espécie de “manual de instruções” que orienta a criação de novos neurônios saudáveis em laboratório, oferecendo esperança para restaurar áreas cerebrais danificadas.

Em termos práticos, isso significa que os pesquisadores poderão:

 Comparar células produzidas em laboratório com as originais do cérebro humano;

 Identificar erros na formação celular antes da aplicação em pacientes;

 Aprimorar a segurança e eficácia das terapias celulares.

Garantia de qualidade nas terapias celulares

Avanço promete revolucionar terapias contra o Parkinson. (Foto: NunDigital via Canva)

Uma das maiores contribuições do BrainSTEM é seu papel na validação das células cultivadas. Até agora, muitos estudos enfrentavam o risco de criar células “intrusas”, que pertenciam a outras partes do cérebro e não funcionavam corretamente quando implantadas.

Com o novo mapa, os cientistas podem distinguir e eliminar essas células incorretas, garantindo que apenas neurônios dopaminérgicos de alta qualidade sejam usados no tratamento. Essa precisão é fundamental para evitar efeitos colaterais e aumentar as chances de sucesso das terapias regenerativas.

Um novo padrão para estudar o cérebro humano

Publicado na revista Science Advances, o estudo estabelece um novo padrão de referência para a neurociência moderna. O BrainSTEM permite não apenas entender como o cérebro se forma, mas também reproduzir esse processo de forma controlada, algo essencial para doenças degenerativas.

Em analogia simples, se o cérebro fosse um grande quebra-cabeça, o BrainSTEM seria a imagem da caixa, mostrando exatamente onde cada peça deve estar. Essa visão detalhada está acelerando a corrida por tratamentos mais eficazes e personalizados contra o Parkinson e outros distúrbios neurológicos.

Esperança renovada para milhões de pacientes

Com essa descoberta, abre-se um caminho real para terapias celulares seguras e eficientes, que possam restaurar as funções perdidas pela morte de neurônios. 

A expectativa é que o BrainSTEM sirva como base para novos protocolos clínicos e impulsione o desenvolvimento de tratamentos regenerativos que devolvam a qualidade de vida a milhões de pessoas afetadas pelo Parkinson no mundo todo. Fonte: R7.

terça-feira, 4 de novembro de 2025

Cientistas criam mapa celular que redefine estudos sobre o Parkinson

O modelo BrainSTEM traça com precisão o cérebro humano em formação e oferece novo padrão para terapias com neurônios cultivados em laboratório

03/11/2025 - Pesquisadores da Escola de Medicina Duke-NUS criaram o atlas de células individuais mais abrangente do cérebro humano em desenvolvimento. Denominado "BrainSTEM", este mapa detalhado mapeia quase todos os tipos de células, as impressões genéticas e interações, focando com alta resolução nos neurônios dopaminérgicos do mesencéfalo, que são cruciais no tratamento da doença de Parkinson.

O estudo analisou mais de 680 mil células de cérebros em desenvolvimento para a criação do BrainSTEM. Este sistema permite analisar como elas crescem, interagem entre si e qual o grau de semelhança. O objeto de atenção são justamente os neurônios dopaminérgicos, responsáveis por auxiliar o corpo a controlar o movimento e o aprendizado, permitindo ações como correr, pular e pegar objetos.

Em pessoas com Parkinson, esses neurônios sofrem danos. Por isso, a intenção principal desta pesquisa é ajudar a tratar a doença, servindo como um "manual de instruções" para criar novos neurônios dopaminérgicos saudáveis em laboratório.

O artigo, publicado na Science Advances, estabelece um novo padrão para avaliar a qualidade dos neurônios cultivados em laboratório, visando melhorar a eficácia da terapia celular.

A revolução do BrainSTEM na garantia de qualidade

O mapa BrainSTEM funciona como um molde ou gabarito para os cientistas. Ao tentar cultivar novas células em laboratório, eles o utilizam para garantir que as células produzidas sejam cópias exatas e fiéis dos neurônios humanos reais. Essa garantia de qualidade é fundamental para que a terapia celular (a inserção das novas células no cérebro) funcione bem e não cause efeitos colaterais.

Os pesquisadores observaram que, ao tentar cultivar os neurônios desejados, por vezes acabam produzindo acidentalmente células "intrusas" (que pertencem a outras partes do cérebro). É por isso que o BrainSTEM é tão revolucionário: por ser extremamente preciso, ele consegue distinguir e identificar essas células intrusas, permitindo que os cientistas as removam. Assim, apenas as células corretas e de alta qualidade são utilizadas para ajudar pacientes com Parkinson.

Em resumo, se o cérebro é um quebra-cabeça imenso, a pesquisa BrainSTEM criou a foto perfeita da caixa para que os cientistas saibam exatamente como cada peça deve ser feita e onde deve ser colocada. Isso é especialmente importante para "consertar" as peças que controlam o movimento e que se deterioram no Parkinson, a segunda doença neurodegenerativa mais comum em Singapura.

Os cientistas esperam que esta descoberta acelere o desenvolvimento de terapias mais precisas para distúrbios neurodegenerativos, como o Parkinson. Fonte: correiobraziliense.