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segunda-feira, 15 de setembro de 2025

Pesquisadores da Unesp estudam tratamento que usa corrente elétrica de baixa intensidade em pacientes com Parkinson

Estudo realizado na Unesp de Presidente Prudente (SP) busca por voluntários na região e já apoiou 22 pessoas, entre 56 e 87 anos, até o momento.

15/09/2025 - Pesquisadores estudam tratamento eficaz para pacientes com Parkinson

Um grupo de pesquisadores da Universidade Estadual Paulista (Unesp) de Presidente Prudente (SP) estuda como aprimorar o equilíbrio e a locomoção de pacientes com Parkison. A primeira parte da pesquisa apoiou 22 pessoas, entre 56 e 87 anos.

Financiado por bolsa Fapesp, considerada uma das principais agências de fomento à pesquisa científica e tecnológica do país, os pesquisadores Beatriz Legutke, Murilo Torres e Thiago Sirico tem a orientação do doutor em Ciências do Movimento, Victor Beretta.

Juntos, eles buscam melhorar ou identificar os efeitos na possível melhora na locomoção e no equilíbrio, visando a qualidade de vida dos pacientes com doença de Parkinson, uma condição neurodegenerativa progressiva que afeta, principalmente, o movimento.

Melhora no tratamento da doença

“Por conta das alterações que ocorrem na doença, incluindo as alterações na locomoção e o aumento da instabilidade postural, é muito comum ter ocorrência de quedas em pessoas com doença de Parkinson. Isso eleva o risco de ter fraturas, lesões e em alguns casos até a morte”, destacou Victor Beretta.

Segundo o especialista, a pesquisa foi motivada após analisarem que, o tratamento mais comum é por medicamento, porém, alguns sinais e sintomas, não respondem da maneira adequada e causa alguns efeitos colaterais, como a diminuição do próprio efeito do remédio.

“Por conta disso, a ciência busca terapias complementares para auxiliar o medicamento a diminuir os sintomas motores e não motores da doença de Parkinson. Uma das técnicas que vem sendo exploradas e que os resultados demonstram ser promissora é a aplicação da estimulação transcraniana por parte contínua, ao fazer estimulações cerebrais não invasivas”, continuou.

Na prática, segundo o especialista, o estudo é feito com base no equipamento colocado na cabeça do paciente, que aplica corrente elétrica de baixa intensidade, para estimular o cérebro enquanto a pessoa faz exercícios físicos.

“Após 10 sessões, combinando a estimulação com o exercício, a gente faz outro teste, em que é colocando outro equipamento na cabeça da pessoa, para analisar a atividade do cérebro”, destacou Victor.

A aposentada Cleusa Bernardo da Silva, de 74 anos, foi diagnosticada com Parkinson há 10 anos. Ela começou o tratamento, com os pesquisadores da Unesp, este ano e já sentiu a diferença. “Eu tive muita dificuldade para sentar, muita tontura, muita falta de equilíbrio. E após o tratamento, não melhorou tudo, mas melhorou bem”, disse.

Já Edson Antônio Paschini Orrigo, de 63 anos, recebeu o diagnóstico em 2022 e também destacou que, antes do tratamento, não se sentia tão bem quanto agora. “Tremia demais, tinha tontura constante. E, após o tratamento, principalmente o que fiz agora em julho, com a aluna Beatriz, eu melhorei muito”.

Ele começou o tratamento em janeiro deste ano e não parou. “O apoio dos pesquisadores da Unesp foi nota mil. Sou bem tratado, bem auxiliado, bem cuidado. Os alunos ensinam bem os exercícios, cuidam para não cair. Eu estou me sentindo muito bem lá”, continuou.

Valorização da pesquisa

Além dos pós-graduandos Ciências do Movimento da Unesp, o estudo conta com a colaboração de pesquisadores nacionais e internacionais. “Meu interesse pela pesquisa surgiu no segundo ano da graduação, quando tive contato com a Profa. Dra. Lilian Gobbi e com seu laboratório, que já atuavam diretamente com essa população”, comentou Beatriz Legutke, educadora física.

“O dia a dia nesse projeto me mostrou, na prática, como a Educação Física pode impactar positivamente a vida dessas pessoas. Vivenciar os ganhos físicos, emocionais e sociais que a atividade proporcionava me trouxe uma sensação única, que até hoje me motiva: é um misto de felicidade, gratidão e realização profissional”, destacou Beatriz.

Antes da graduação, a pesquisadora não tinha contato com a doença de Parkinson. “Tudo foi novo e desafiador, exigindo dedicação tanto no estudo teórico quanto na experiência prática junto aos participantes”.

“Essa vivência foi — e continua sendo — essencial para minha formação, pois é no encontro entre ciência e comunidade que realmente aprendemos e encontramos sentido no que fazemos”.

Para continuar a pesquisa, os estudantes buscam novos voluntários com mais de 50 anos, para conseguirem avançar para a etapa de análise dos resultados. A previsão é que esta etapa do estudo seja concluída até o final de 2025. Mais informações estão nas redes sociais.

“É justamente esse o papel da universidade pública: gerar conhecimento científico de qualidade e, ao mesmo tempo, devolvê-lo em forma de cuidado, atenção e transformação social”, concluiu Beatriz. Fonte: Globo.

sexta-feira, 16 de setembro de 2022

Laboratório israelense quer tratar Parkinson com correntes elétricas fracas

De acordo com cientistas israelenses, fixar correntes elétricas fracas em uma parte do cérebro pode ajudar a tratar a doença de Parkinson.

Eles dizem que sua pesquisa, publicada na revista NJP Parkinson's Disease, pode abrir caminho para uma nova abordagem para combater a doença e permitir que ela seja detectada quando as pessoas ainda são jovens.

Uma das principais dificuldades no desenvolvimento de medicamentos para a doença de Parkinson é que, embora seja referida como uma doença única, muitos cientistas a consideram um termo para muitas doenças com diferentes características comuns.

Mutações genéticas na origem da doença de Parkinson só foram identificadas em 15% dos casos. Assim, os cientistas estão lutando para encontrar características comuns, ou convergentes no jargão médico, nos cérebros de pacientes com doença de Parkinson que possam ser alvo de drogas.

Dr. Shani Stern, neurologista da Universidade de Haifa, descobriu em um estudo que, independentemente de os pacientes terem ou não uma mutação identificada, todos eles tinham uma taxa reduzida de correntes sinápticas em partes específicas do cérebro em comparação com partes do cérebro de pessoas saudáveis. Estas são correntes específicas geradas sob sinapses, que são condutores entre os neurônios.

Stern e colegas escreveram em seu estudo que as mudanças que identificaram no cérebro “são centrais e todas convergem na doença de Parkinson”.

“Descobrimos mecanismos que são compartilhados por todos os casos de doença de Parkinson que examinamos. Esses são mecanismos que não eram conhecidos por estarem relacionados à doença de Parkinson, e agora temos novos alvos para os quais drogas podem ser desenvolvidas no futuro, o que poderia aproximá-los de neurônios saudáveis”, disse ele à revista. tempos israelenses.
Agora que sua pesquisa identificou a ligação entre as correntes sinápticas e a doença de Parkinson, ele espera encontrar uma nova estratégia para combater a doença. Drogas poderiam ser desenvolvidas para retornar as correntes aos níveis normais e, por meio dessa mudança, retardar ou reduzir o aparecimento da doença de Parkinson.

O método usado para o estudo envolve a "reprogramação" de células cerebrais em células-tronco. As análises foram realizadas em células derivadas de células-tronco. Esse processo permitiu aos cientistas ver como as células se comportam em diferentes idades e fizeram uma descoberta surpreendente: as correntes sinápticas são reduzidas mesmo quando as células ainda são jovens.

Dr. Stern disse que mais pesquisas são necessárias, mas os resultados do estudo levantam a possibilidade de sequenciar células de pacientes jovens com histórico familiar de doença de Parkinson para revelar níveis de correntes sinápticas. As pessoas que parecem estar em risco de desenvolver a doença podem eventualmente receber medicamentos para retardar seu desenvolvimento, sejam tratamentos existentes ou aqueles que chegarão ao mercado no futuro.

“Nossas descobertas implicam que existem mudanças em pacientes com doença de Parkinson muito antes de eles estarem cientes de que um processo de doença está ocorrendo em seu cérebro. Se fizermos esse sequenciamento em um jovem e encontrarmos um quadro semelhante ao encontrado em pessoas que desenvolveram a doença de Parkinson, podemos supor que essa pessoa desenvolverá a doença em um estágio posterior”, disse.

“Atualmente, a maioria dos tratamentos visa prevenir a exacerbação da doença em vez de preveni-la. Se conseguirmos identificar o potencial para o desenvolvimento da doença de Parkinson numa fase precoce e desenvolver tratamentos capazes de travar a progressão da doença, poderemos iniciar o tratamento preventivo numa fase precoce. Original em espanhol, tradução Google, revisão Hugo. Fonte: Eseuro.