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sexta-feira, 3 de outubro de 2025

Cientistas identificam uma das causas do Parkinson e ela está presente em grande parte da população

02/10/2025 - A conexão entre a saúde bucal e a doença de Parkinson tem atraído a atenção de pesquisadores globalmente.

Estudos recentes indicam que problemas bucais comuns em portadores de Parkinson, como xerostomia(*) e alterações bacterianas, podem impactar o curso da condição.

Estima-se que a saúde oral precária possa agravar sintomas neurodegenerativos, mas qual é o alcance dessa relação?

Problemas bucais, como a xerostomia, afetam consideravelmente a qualidade de vida de pacientes com Parkinson.

As dificuldades para manter uma higiene bucal adequada são exacerbadas pelas limitações motoras da doença, criando um ciclo de saúde bucal em deterioração.

Estudos sugerem que a microbiota oral pode servir como um prenúncio de doenças neurológicas. Bactérias presentes na cavidade bucal podem influenciar a evolução de tais doenças.

Pesquisas apontam que a composição bacteriana anormal pode estar associada a respostas inflamatórias corporais, complicando o cenário já delicado da saúde do paciente.

Impactos da microbiota oral no cérebro

A como a flora bucal afeta o cérebro ocorre por meio da migração de microrganismos nocivos, que podem favorecer inflamações. Com a corrente sanguínea como meio de transporte, essas bactérias indicam a importância fundamental de práticas preventivas de saúde bucal.

Dentistas recomendam consultas regulares para ajustar procedimentos conforme a progressão da doença. O manejo adequado auxilia na prevenção de complicações adicionais, adaptando técnicas e ferramentas de higiene para pacientes com limitações físicas.

Estratégias eficazes para cuidados bucais

Manter uma rotina de higiene oral é essencial para pacientes com Parkinson. Intervenções clínicas em combinação com práticas diárias, como a escovação adequada e o uso de fio dental, são essenciais.

Instrumentos adaptados e técnicas ajustadas são fundamentais para garantir a eficácia dos cuidados orais em pacientes com Parkinson. Fonte: crusoe.

(*)Xerostomia (xe·ros·to·mi·a)

substantivo feminino

[Medicina] Secura excessiva da boca devido a secreção insuficiente ou deficiente de saliva.

Origem: xero- + grego stóma, -atos, boca + -ia.

"xerostomia", in Dicionário Priberam da Língua Portuguesa [em linha], 2008-2025, https://dicionario.priberam.org/xerostomia.

quarta-feira, 11 de junho de 2025

Desequilíbrio Bacteriano na Boca e Intestino Pode Sinalizar Declínio Cognitivo Precoce

junho 11, 2025 - Um estudo inovador conduzido pelo King’s College London lança luz sobre uma possível conexão entre a saúde bucal e o desenvolvimento de problemas cognitivos em pacientes com Parkinson. A pesquisa aponta que alterações no microbioma da boca e do intestino podem ser indicadores precoces do declínio cognitivo associado à doença.

As descobertas, publicadas na revista científica Gut Microbes, sugerem que modificações nas comunidades bacterianas podem preceder os estágios iniciais da demência. Esses achados podem abrir novas perspectivas para o diagnóstico e tratamento da doença de Parkinson, que afeta cerca de 10 milhões de pessoas em todo o mundo.

O estudo envolveu a análise de amostras de fezes e saliva de 228 participantes, incluindo pacientes com Parkinson em diferentes estágios de comprometimento cognitivo e indivíduos saudáveis. Os resultados revelaram diferenças significativas nas comunidades bacterianas entre os grupos, com uma relação proporcional entre a quantidade de bactérias nocivas e o nível de declínio cognitivo.

Indivíduos com sinais precoces de demência apresentaram uma maior concentração de bactérias prejudiciais no intestino, muitas das quais originárias da boca. Esse fenômeno, denominado “translocação oral-intestino”, pode levar à liberação de toxinas que afetam negativamente os tecidos, desencadeando inflamações e, potencialmente, comprometendo as funções cerebrais.

“Ainda não sabemos em que ponto essas alterações aparecem, mas nossas descobertas sugerem que elas podem desempenhar um papel ativo no agravamento dos sintomas”, explicou Frederick Clasen, gastroenterologista e primeiro autor do estudo. Saeed Shoaie, microbiologista e coautor, destacou a *Porphyromonas gingivalis*, bactéria associada a doenças gengivais, como um possível gatilho também para o Alzheimer.

Embora a pesquisa ainda não determine se as bactérias são causa ou consequência do declínio cognitivo, os cientistas enfatizam a importância de manter um microbioma equilibrado. Dieta balanceada, higiene bucal adequada e o uso de probióticos são citados como estratégias potenciais para mitigar a progressão da neurodegeneração. Fonte: folhadecuritiba.