Doença de Parkinson: Pesquisa chinesa traz promessa de tratamento inovador
3 de novembro de 202 - Uma nova descoberta inovadora marca o campo da neurociência: uma equipe de cientistas da Academia Chinesa de Ciências (CAS) revelou um avanço significativo no tratamento da doença de Parkinson.
Esta notícia traz novas esperanças
para milhões de pacientes ao redor do mundo que lutam contra essa
doença degenerativa.
Terapia genética pode transformar o
tratamento de Parkinson
A pesquisa, publicada na revista Cell,
sugere que uma abordagem de terapia genética pode melhorar os
sintomas motor da doença, e até mesmo controlar completamente o
tremor característico da mesma.
Aparentemente, a
administração de uma única dose do tratamento proporcionou alívio
dos sintomas por mais de 24 horas em animais de teste.
O que
essa descoberta significa para pacientes com Parkinson?
Além do
benefício direto para os pacientes com Parkinson, esta inovação da
terapia genética também tem potencial para impactar positivamente o
tratamento de outras doenças cerebrais.
Isso abre caminho
para futuras estratégias terapêuticas direcionadas para várias
condições baseadas em circuitos neurais. A conquista representa um
grande salto em frente para a saúde e a medicina em geral.
Como
funciona essa terapia genética?
Os principais atores dessa
abordagem terapêutica são os dois caminhos neurais do cérebro,
conhecidos como ‘via direta’ e ‘via indireta’.
Estas
vias são vitais para o controle do movimento e estão diretamente
relacionadas ao funcionamento do estriado, uma estrutura do
cérebro.
Na doença de Parkinson, a relação entre estas
vias é alterada, levando a diversos sintomas motores. A terapia
genética intervém aqui, manipulando de forma seletiva os circuitos
neurais afetados.
Os pesquisadores usaram um vírus modificado
como marcador para identificar as áreas cerebrais específicas
responsáveis pelos movimentos voluntários.
Uma vez marcadas,
eles adicionaram elementos que ajudariam a ‘ligar’ ou ativar
apenas as células que desejavam trabalhar. Posteriormente,
conseguiram aumentar a eficiência da ‘via direta’, melhorando o
controle sobre os movimentos e consequentemente aliviando os sintomas
motores da doença.
Quais são as próximas etapas?
Apesar
dos resultados promissores, ainda há um longo caminho a percorrer. É
vital avaliar a eficácia desta terapia em humanos e investigar
possíveis efeitos colaterais. Como nos lembra o neurocirurgião Dr.
Amauri Godinho Júnior, é necessário avançar com cautela.
“Esse
seria um tratamento eficaz, mas contínuo. Testes em seres humanos
seriam uma nova fase de validação. Os resultados até agora são
bastante otimistas.”
Este avanço na pesquisa sobre a doença de Parkinson traz um novo raio de esperança para aqueles afetados pela doença e suas famílias. No entanto, a jornada da ciência continua, sempre em busca de novos conhecimentos e melhores tratamentos. Fonte: Catracalivre.
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