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terça-feira, 3 de dezembro de 2024

Fator desconhecido pode aumentar o risco de Parkinson, indica estudo

Fator até então desconhecido pela literatura médica surpreendeu especialistas

02/12/2024 - Objeto de inúmeros estudos, o Parkinson afeta a vida de mais de 250 mil brasileiros e já foi diagnosticado em cerca de quatro milhões de pessoas em todo o mundo.

A doença, caracterizada pelo declínio cognitivo, ainda é considerada um desafio para a ciência, que busca compreender suas origens e os efeitos no organismo humano.

Recentemente, uma equipe de pesquisadores identificou um novo fator de risco que pode aumentar as chances de desenvolver Parkinson. Para investigar essa possível conexão, os cientistas analisaram os dados de saúde de 491.603 participantes ao longo de 15 anos.

No início do estudo, nenhum dos participantes havia sido diagnosticado com a doença. Contudo, ao final do período, 2.822 pessoas receberam o diagnóstico de Parkinson. Mas o que poderia explicar esse aumento de casos?

Fator desconhecido pode aumentar risco de Parkinson

Os pesquisadores apontaram que os indivíduos que relataram se sentir solitários apresentaram um risco significativamente maior de desenvolver Parkinson.

Curiosamente, a solidão não foi um fator de risco no início do estudo, durante os primeiros cinco anos. No entanto, os dados revelaram que aqueles que experimentaram solidão por mais de cinco anos mostraram um risco significativamente maior de desenvolver a doença. Esse achado reforça a ideia de que a solidão pode ser um determinante psicossocial importante para a saúde geral.

De acordo com pesquisa realizada pelo Instituto Ipsos, 15% dos brasileiros se consideram muito solitários, 38% pouco solitários e 47% nada solitários.

Essa relação permaneceu consistente, mesmo após a consideração de fatores como:

Índice de massa corporal

Predisposição genética

Hábitos como fumar

Nível de atividade física

Diabetes

Hipertensão

Histórico de AVC ou ataque cardíaco

Depressão

Fatores de risco para o Parkinson

Especialistas afirmam que o Parkinson surge devido a uma combinação de fatores genéticos e ambientais. Alguns dos principais fatores de risco conhecidos são:

Idade avançada

Histórico familiar de Parkinson

Genética hereditária

Sexo masculino

Exposição a toxinas ambientais

Traumas cranianos

Estresse oxidativo

Inflamação crônica do sistema nervoso

Embora esses fatores aumentem as chances de desenvolver a doença, não há garantia de que uma pessoa com um ou mais desses fatores venha a ser diagnosticada com Parkinson.

Sintomas de Parkinson

Os sintomas da doença de Parkinson são diversos e podem incluir:

Tremores involuntários

Dificuldade de movimento e lentidão nos movimentos voluntários

Rigidez muscular

Instabilidade postural

Alterações na escrita, com caligrafia menor e ilegível

Mudanças na fala

Compreender essas manifestações e os fatores associados ao Parkinson é crucial para o avanço do tratamento e da prevenção da doença. Fonte: CatracaLivre.

domingo, 28 de abril de 2024

Por que este fator pode aumentar o risco de Parkinson?

Estudo equaciona possível relação entre solidão e sintomas do distúrbio cognitivo


27 de abril de 2024 - Com mais de 250 mil casos diagnosticados no Brasil e aproximadamente quatro milhões em todo o mundo, o Parkinson é tema constante de estudos e pesquisas científicas que buscam entender os impactos e causas do distúrbio.

Recentemente, uma equipe de pesquisadores descobriu um novo fator que está associado a um risco aumentado de desenvolver a doença de Parkinson. Para entender a suposta relação, os cientistas analisaram os perfis de saúde de 491.603 participantes num período de 15 anos.

No início da análise, todos os participantes não tinham diagnóstico de Parkinson. No entanto, 2.822 acabaram recebendo o diagnóstico da doença no período de acompanhamento. Afinal, o que pode explicar os diagnósticos observados?

Para os especialistas, os indivíduos que relataram sentir-se solitários apresentaram maior risco de desenvolver a doença de Parkinson; uma associação que permaneceu após contabilizar situações como:

Índice de massa corporal

Risco genético da doença de Parkinson

Fumar

Atividade física

Diabetes

Hipertensão

AVC

Ataque cardíaco

Depressão

A solidão não foi, contudo, um fator de risco para a doença de Parkinson. Ao menos durante os primeiros cinco anos. Isso porque os resultados indicam que sentir-se sozinho por mais de cinco anos aumenta o risco da doença de Parkinson. Por isso, as descobertas aumentam a evidência de que a solidão é um determinante psicossocial substancial da saúde.

Fatores de risco do Parkinson

Ainda de acordo com os especialistas, uma combinação de alterações genéticas e fatores ambientais pode ser responsável pelo aparecimento da doença de Parkinson. Alguns dos fatores de risco incluem a idade avançada, histórico familiar da doença, predisposição genética, gênero masculino, exposição a toxinas ambientais, traumas cranianos, estresse oxidativo e inflamação crônica do sistema nervoso.

Embora esses fatores possam aumentar a probabilidade de desenvolver a doença, ter um ou mais deles não garante o desenvolvimento da condição.

Sintomas de Parkinson

A doença de Parkinson se manifesta através de uma variedade de sintoma; são eles:

Tremores

Lentidão nos movimentos voluntários

Rigidez muscular

Instabilidade postural

Mudanças na escrita, com a caligrafia pequena e ilegível

Alterações na fala. Fonte: Catraca Livre.

sábado, 20 de janeiro de 2024

Ciência revela ligação entre Parkinson e solidão

Solidão pode ser vista como um fator de risco, especialmente quando combinada a outras condições mentais e físicas

A forte ligação entre depressão e Parkinson, previamente observada em estudos anteriores, fornece uma pista crucial para entender essa conexão intrigante – iStock/Getty Images

20 de janeiro de 2024 - A solidão pode estar diretamente relacionada ao desenvolvimento de doenças neurodegenerativas, especialmente o Parkinson. É o que avalia estudo publicado na prestigiada revista científica JAMA Neurology.

Para chegar a essa surpreendente descoberta, a pesquisa acompanhou quase meio milhão de pessoas ao longo de 15 anos. Os participantes, a maioria com mais de 50 anos – faixa etária na qual o Parkinson é mais comum –, foram questionados sobre sua frequência de sentimentos de solidão.

Os resultados mostraram que, aqueles que se sentiam frequentemente solitários, apresentavam 37% mais chances de desenvolver a doença de Parkinson.

Embora não seja a primeira a ligar a solidão a problemas de saúde, o recente estudo é o primeiro a estabelecer uma conexão tão clara com o Parkinson. Mesmo após ajustes para fatores demográficos e predisposição genética, a associação entre solidão e Parkinson permaneceu significativa.

Parkinson, solidão e outros fatores

Depressão e doenças metabólicas, incluindo diabetes, também podem influenciar essa relação, indica o estudo. Por isso, concluíram os especialistas, a solidão pode ser vista como um fator de risco, especialmente quando combinada com outras condições de saúde mental e física.

Ainda não está claro o motivo exato dessa associação. No entanto, os pesquisadores sugerem que vias metabólicas, inflamatórias e neuroendócrinas podem estar envolvidas.

Saúde mental

Essa descoberta reforça a importância do apoio social e da saúde mental não apenas para o bem-estar emocional, mas também para a saúde neurológica a longo prazo. Entender esses vínculos complexos pode levar a estratégias mais eficazes de prevenção e tratamento. Portanto, essa pesquisa não apenas lança luz sobre uma nova área de estudo, mas também destaca a necessidade de abordagens holísticas na saúde, considerando não apenas o corpo, mas também a mente e as emoções. Ficamos atentos a mais desenvolvimentos nesse campo, pois a compreensão dessa relação pode abrir portas para intervenções mais eficazes no futuro. Fonte: Catraca Livre.

terça-feira, 3 de outubro de 2023

Doença de Parkinson: solidão aumenta as chances de desenvolver a condição

Estudo publicado na JAMA Neurology observou quase 500 mil pessoas durante 15 anos e mostra que quem diz se sentir solitário tem maior probabilidade de sofrer da doença

A solidão foi associada ao desenvolvimento da doença de Parkinson — Foto: Freepik

02/10/2023 - A solidão indesejada tem muitas consequências na vida das pessoas. Uma pesquisa recente publicada na revista JAMA Neurology mostra mais uma correlação com uma doença degenerativa que até hoje ainda não tem cura: o Parkinson. Numerosos estudos têm demonstrado que a falta de companhia é prejudicial à saúde, tanto que em alguns casos aumenta o risco de desenvolver doenças que aumentam o risco de mortalidade em cerca de 30%.

— A solidão é um sentimento angustiante, acreditamos que com o tempo pode gerar estresse fisiológico no cérebro, principalmente em pessoas que apresentam outras vulnerabilidades. Até agora foram analisadas as consequências que a solidão tem noutros aspectos da vida, como a obesidade ou as doenças cardiovasculares. Mas até agora nenhum trabalho investigou a ligação com o Parkinson — explica Antonio Terracciano, geriatra da Universidade do Estado da Flórida e coordenador do estudo.

Junto à sua equipe, o especialista acompanhou durante 15 anos um total de 491.603 participantes de um biobanco no Reino Unido, que no início do estudo tiveram que responder à mesma pergunta: “Você se sente sozinho com frequência?”

Todos os participantes tinham mais de 50 anos na época do início da pesquisa, uma vez que o Parkinson tem maior incidência entre adultos, enquanto para identificar melhor a relação temporal entre a solidão e o Parkinson, as análises foram repetidas a cada cinco anos. Os resultados finais mostram que as pessoas que responderam afirmativamente têm 37% mais chances de desenvolver a doença de Parkinson.

— Essa correlação permanece mesmo quando considerados outros fatores demográficos, como nível socioeconômico, hábitos de vida pouco saudáveis ​​ou predisposição genética para outras doenças — diz Terracciano, embora reconheça que algumas variáveis ​​podem atenuar o resultado.

Na verdade, existem dois fatores que reduzem esta probabilidade, e que os investigadores identificam como possíveis pistas para compreender as causas da correlação. O estudo mostra que a solidão tem maior probabilidade de estar associada a um maior risco de Parkinson através de vias metabólicas, inflamatórias e neuroendócrinas, uma vez que a correlação diminui 13% depois de levar em conta condições crónicas como a diabetes.

Porém, a variável que mais atenua a correlação entre a solidão e a doença de Parkinson é a saúde mental (24%). As evidências sugerem que existem associações bidirecionais entre solidão e depressão, que tendem a ocorrer simultaneamente.

— Esses resultados sugerem que o mesmo acontece com o Parkinson, embora ainda não possamos dizer com certeza qual das duas coisas acontece primeiro — afirma o geriatra.

Segundo María José Martín, neurologista do Centro de Pesquisa Biomédica em Rede para Doenças Neurodegenerativas (CIBERNED), um aspecto interessante deste estudo é a variável gênero, que os pesquisadores indicam não existir quando se fala em Parkinson.

No entanto, embora a maioria das pessoas que relataram sentir-se sozinhas fossem mulheres, tivessem menos recursos económicos e fossem mais propensas a sofrer de ansiedade ou depressão, os resultados do estudo não mostram que as mulheres são mais propensas a desenvolver Parkinson em homens.

Origens incertas

Os resultados da equipe da Florida complementam outras evidências que indicam que a solidão é um determinante psicossocial da saúde associado a um risco aumentado de morbilidade e mortalidade. Um estudo recente do Instituto de Neurociências de Nanchang, na China, alertou que a solidão está associada a um aumento de 23% no risco de demência, enquanto outra investigação da Universidade da Flórida, que utilizou a mesma medida de solidão que este estudo, descobriu que sentir-se solitário foi associado a um risco aumentado de doença de Alzheimer e demências vasculares e frontotemporais.

— As descobertas atuais e anteriores sugerem que a solidão pode estar associada a um risco aumentado de doenças neurodegenerativas e que os efeitos prejudiciais da solidão não estão limitados a uma única causa ou via neuropatológica — explica Terracciano.

Apesar dos resultados, o estudo não oferece quaisquer conclusões sobre as causas subjacentes a esta correlação, limitando-se a expor diferentes interpretações dos dados. Além da possibilidade endócrina, os pesquisadores investigam a possibilidade de que pessoas que vivenciam a solidão tenham tendência a se envolver em comportamentos prejudiciais à saúde, como o sedentarismo.

— É verdade que depois da Covid-19 a solidão tem sido muito estudada. Certamente afeta os aspectos de imunidade e inflamação. Mas acho que ainda não conseguimos tirar uma conclusão precisa sobre se a solidão é causa ou consequência da doença de Parkinson. Pode ser que primeiro tenha havido a patologia e que esse sentimento de solidão tenha sido um sintoma anterior — reconhece Martín.

Mesmo assim, a doutora Ana Martínez, do Centro de Pesquisas Biológicas (CIB-CSIC), que não participou deste estudo, comemora a análise que tem sido feita por ser a primeira a investigar essa correlação que já havia sido encontrada em outras doenças neurodegenerativas.

— Basicamente, o que este estudo quer dizer é que o estágio emocional de uma pessoa influencia a prevenção ou o retardamento da doença de Parkinson. Embora não ofereça explicações sólidas sobre as razões, deve-se admitir que é um conselho bastante bom para a população em geral. Não fará mal nenhum e provavelmente acabará como o Alzheimer, onde está demonstrado que um caráter positivo ajudou na prevenção — afirma a especialista. Fonte: O Globo.

quinta-feira, 15 de junho de 2023

Encontrar outras pessoas em comunidades ou situações semelhantes pode ajudar

June 14, 2023 - Muitos de nós experimentamos um desejo natural de nos relacionarmos com os outros para criar uma maior compreensão de nossa existência. A conexão humana é amplamente vista como um fator de contribuição vital para a saúde e o bem-estar. Mas sua importância é frequentemente negligenciada ou prejudicada, o que contribui para uma alta incidência de solidão em todo o mundo.

Infelizmente, lutar contra uma doença como o Parkinson geralmente resulta em auto-isolamento e estigmatização. Devido à vergonha e à perda de mobilidade, pode ser um desafio para um paciente levar a vida de uma forma que antes era rotineira.

O Parkinson geralmente é uma doença visível que parece exacerbar esses problemas. A solidão pode afetar negativamente a saúde, potencialmente piorando a doença. O bom é que sentir-se sozinho é uma experiência humana comum, o que significa que também há uma sensação de união nesse sentimento.

Não se sentindo compreendido
Muitas vezes vejo frustração no rosto de meu pai quando se trata de explicar sua experiência. Ele foi diagnosticado com Parkinson em 2013 e está fazendo tudo ao seu alcance para manter os sintomas sob controle. Mas às vezes ele pula eventos e toma decisões que o resto de nós não entende muito bem. E só posso supor que é porque ele está experimentando algo que não podemos ver.

Por exemplo, papai uma vez explicou que fica ansioso e tem ataques de pânico, o que pode contribuir para tremores mais intensos e perda de controle – sem mencionar o sofrimento emocional intenso. Após a pandemia, esses estressores pareciam se tornar ainda mais intensos, o que tornava menos provável que papai forçasse sua zona de conforto e se dirigisse a eventos locais para construir e manter essas importantes conexões sociais.

Se eu pudesse abrir o crânio de papai e examinar sua experiência, aposto que ele tem alguns momentos de solidão. Não tenho Parkinson e ainda estou trabalhando em minhas habilidades de leitura da mente. Mas tenho uma doença crônica diferente que muitas vezes me deixa com sintomas que devo explicar aos outros. Mesmo quando o faço, ainda há uma lacuna entre a experiência e a compreensão. E aposto que o Parkinson provavelmente é semelhante para o meu pai.

Construindo ou buscando uma comunidade
Uma coisa que parece iluminar o rosto de meu pai é sua comunidade de Parkinson. Depois de descobrir o Rock Steady Boxing há vários anos, ele percebeu que não estava sozinho em sua jornada de Parkinson e que outros enfrentaram muitos dos mesmos desafios. Seu capítulo do Rock Steady Boxing já foi encerrado, mas ele ainda frequenta aulas de exercícios específicas para Parkinson. Isso parece ajudá-lo a manter um senso mais profundo de conexão para afastar a solidão. Original em inglês, tradução Google, revisão Hugo. Fonte: Parkinson´s News Today.