Relato público da
jornalista e apresentadora Renata Capucci mostra como o diagnóstico
no início da doença pode impedir sua progressão e manter a
qualidade de vida do paciente
18 Agosto 2022 - Embora
a prevalência da Doença de Parkinson seja em pessoas com mais de 60
anos, estima-se que em cerca de 10% dos pacientes a doença se
manifeste antes dos 50 anos1-2, como aconteceu com a jornalista e
apresentadora Renata Capucci, 49 anos, que revelou em um dos podcasts
do "Fantástico?, da Globo3, ser portadora da doença desde
2018, quando surgiram os primeiros sintomas motores? ela começou a
mancar e, posteriormente, um dos braços passou a subir sozinho,
enrijecido.
O relato da jornalista
alerta para a importância de estar atento aos sinais do corpo e de
buscar um especialista, caso a própria pessoa ou alguém próximo a
ela identifique alterações no movimento. Um relatório divulgado,
em junho, pela Organização Mundial de Saúde (OMS)4 revela que a
prevalência da Doença de Parkinson dobrou nos últimos 25 anos
(dados de 2019), mostrando que 8,5 milhões de indivíduos no mundo
vivem com a doença. O levantamento também aponta que as mortes e os
impactos na saúde como consequência do Parkinson estão aumentando
de forma mais rápida que qualquer outro distúrbio neurológico. No
Brasil, estima-se que 200 mil pessoas tenham a patologia.
"O aumento dos
diagnósticos também está relacionado ao crescimento do número de
especialistas que trabalham com distúrbios de movimento e que são
capazes de identificar mais rapidamente a doença?, afirma Renan
Rocha, gerente de produto da linha de Neurologia da Zambon. Ele
participou recentemente do PD Academy, evento anual promovido pela
farmacêutica Zambon na Europa, com a presença de 250 neurologistas
especialistas em distúrbios do movimento do mundo inteiro para
debater sobre novos estudos, técnicas e medicamentos.
A Doença de Parkinson
é uma das prioridades da Zambon, que tem investido de maneira
significativa em pesquisas de doenças crônicas e degenerativas. O
objetivo é promover a qualificação médica e a globalização das
informações, de forma a antecipar o diagnóstico, retardar a
progressão da doença e manter a qualidade de vida dos pacientes.
O que é a Doença de
Parkinson?
O Parkinson é causado
por uma degeneração progressiva dos neurônios que produzem uma
substância chamada dopamina, um neurotransmissor que ajuda na
comunicação entre as células nervosas e é essencial para o
controle dos movimentos dos músculos5-6-7. A ausência da dopamina
causa tremores, ou seja, movimentos involuntários de braços, pernas
e cabeça.
Mas nem sem sempre os
tremores são o primeiro sintoma da doença. Na maioria das vezes,
antes deles a pessoa desenvolve bradicinesia, caracterizada pela
lentidão dos movimentos, quase sempre de um lado só do corpo. De
acordo com a Dra. Yvi Gea, diretora médica da Zambon, existem outros
sintomas que podem aparecer ? os não motores - e que dificilmente
são relacionados ao Parkinson, tais como quadros de tristeza,
ansiedade, distúrbios de humor e do sono, depressão, problemas
urinários, sintomas gastrointestinais e dor.
Atualmente, o
diagnóstico da doença é feito com base na história clínica do
paciente e no exame neurológico. Segundo Dra. Yvi, não há, por
enquanto, nenhum teste específico para diagnóstico precoce ou
prevenção da patologia. Por isso, a orientação é procurar um
neurologista sempre que surgirem alguns dos principais sintomas:
Tremores involuntários
em repouso
Rigidez muscular
Andar mais lento e
arrastado
Perda de expressão
facial
Depressão
Ansiedade
Dores musculares
Constipação
Doença pode ter origem
no intestino
Durante o evento anual
da Zambon, os especialistas debateram sobre uma possível correlação
entre a Doença de Parkinson e problemas no intestino. "Evidências
recentes sugerem que uma mudança na composição do microbioma
gastrointestinal pode desempenhar um papel importante na patogênese
da DP 8. Antes o foco das pesquisas era o cérebro; agora está sendo
redirecionado do cérebro para os intestinos?, ressalta Mônica
Bognar, coordenadora de Assuntos Médicos da Zambon.
Dois estudos publicados
no início deste ano por pesquisadores brasileiros reforçam a
hipótese de que a evolução dos distúrbios neurovegetativos pode
ser influenciada pela microbiota intestinal9. Os trabalhos descrevem
a forma pela qual o desequilíbrio entre as bactérias patogênicas e
benéficas do intestino ? a disbiose ? pode facilitar o surgimento da
doença de Parkinson.
Em artigo publicado na
revista iScience, em março, pesquisadores do Centro Nacional de
Pesquisa em Energia e Materiais (CNPEM)10, de Campinas, descobriram
que a proteína aSyn, agregada nos intestinos pela proliferação
descontrolada de bactérias, pode migrar para o Sistema Nervoso
Central, iniciando um provável mecanismo do surgimento da patologia.
Ou seja, há evidências de que células específicas do epitélio
intestinal possuem propriedades semelhantes às dos neurônios e
podem estar relacionadas ao Parkinson e outras doenças
degenerativas.
Dados
A prevalência da
Doença de Parkinson está aumentando mais rapidamente que outros
distúrbios neurológicos. Em 2016, cerca de 6 milhões de indivíduos
tinham diagnóstico de Parkinson, o que significa um aumento de 2,4
vezes, se comparados com os dados de 1990. Nos Estados Unidos, 930
mil pessoas convivem com a doença. 11 Na Espanha são 300 mil, o
que representa um novo caso a cada 10 mil pessoas por ano. 12
Alguns estudos
internacionais estimam que o número de pacientes com Parkinson no
Brasil dobrará até 2030. Como o número de pessoas diagnosticadas
com a patologia representa em torno de 3% da população com 60 ou
anos ou mais, é possível que 630 mil indivíduos passem a conviver
com a doença até o final desta década, levando em consideração
que existem, hoje, aproximadamente 21 milhões de pessoas nessa faixa
etária (=>60 anos).13
Tratamento
Como a doença é
progressiva e não tem cura, as terapias ajudam a controlar os
sintomas e permitem que o indivíduo continue exercendo suas
atividades. O tratamento com medicamentos estimula a oferta de
dopamina, aumentando a sua presença ou evitando a sua degradação,
além da deterioração das funções cerebrais e do controle dos
sintomas.
Quanto mais cedo se
obtém o diagnóstico, mais chances de diminuir a progressão da
doença e de melhorar a qualidade de vida ao lado de amigos e
familiares, além de ampliar a capacidade produtiva dos pacientes.
Além dos remédios, existem outros recursos terapêuticos como
fisioterapia, cirurgia e até o implante de um marcapasso cerebral
que reduz os tremores e a rigidez dos músculos.
Sobre a Zambon
A Zambon é uma
multinacional de origem italiana que atua na linha farmacêutica e de
química fina desde 1906. É globalmente reconhecida por sua linha
respiratória com produtos de ação mucolítica e antioxidante, e no
Brasil atua em 5 grandes áreas terapêuticas: respiratória, saúde
feminina, dor, sistema nervoso central e doenças raras. Mantendo seu
foco em inovação e cuidado com as pessoas, a farmacêutica investe
no lançamento de medicamentos e soluções de saúde modernas para
que os pacientes, consumidores e colaboradores desfrutem
profundamente cada momento, afinal, está no centro de nosso
propósito a diferenciação entre viver e viver verdadeiramente.
Esta é a Zambon: uma empresa inovadora composta por pessoas
altamente qualificadas, que partilham os mesmos valores e estão em
constante evolução para lidar com cenários em constante evolução.
Fonte: Aboutfarma.