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quarta-feira, 21 de fevereiro de 2024

Ator de Chaves tinha Parkinson e morreu do coração

Entenda a doença

Distúrbios cardiovasculares e a disfunção do sistema autônomo são comuns em mais de 60% dos pacientes com Parkinson e podem causar a morte

Foto: Reprodução

21 fev 2024 - O ator Roberto Gómez Bolaños, o eterno Chaves, completaria 95 anos neste dia 21 de fevereiro. O mexicano morreu em 2014 vítima de insuficiência cardíaca, decorrente de complicações de Parkinson. A doença pode não ter sido determinante para a morte do intérprete, mas ter contribuído para o seu falecimento. 

Especialistas complementam que 60% dos pacientes parkinsonianos têm problemas relacionados à morte súbita, como: distúrbios cardiovasculares e disfunção do sistema autonômico.

Para entender o perigo ao qual o coração do parkinsoniano está exposto, primeiro, precisa-se explicar a doença. O parkinson é uma enfermidade degenerativa que reduz a quantidade de neurônios produtores do neurotransmissor dopamina. A diminuição causa principalmente dificuldade de movimentação do corpo, rigidez muscular e tremores. 

Também ocorre a perda de células semelhantes nas regiões extra cerebrais, conhecidas como periféricas, prejudicando a manutenção da estabilidade do sistema cardiovascular e comprometendo o coração.

O tratamento medicamentoso para repor a dopamina minimiza os sintomas do Parkinson. Porém, com o tempo, pode causar efeitos adversos neurológicos e não neurológicos, que impactam também no coração.

Apesar dos problemas cardiovasculares serem comuns no envelhecimento, o Parkinson e seu tratamento colaboram para a piora do funcionamento do órgão. A doença afeta os movimentos voluntários do corpo e a função do sistema nervoso autônomo, responsável por atividades que não exigem comandos racionais como frequência dos batimentos cardíacos, controle da pressão arterial etc.

Efeitos complicadores 

Por isso, o paciente com Parkinson pode apresentar taquicardia, instabilidade da pressão arterial com elevações e quedas da pressão, principalmente nas mudanças de posição, como ao se levantar, além de insuficiência cardíaca. Com a evolução da doença, pioram as alterações relacionadas ao órgão. 

O neurocirurgião do Instituto de Assistência Médica ao Servidor Público Estadual (Iamspe) José Oswaldo de Oliveira Jr. explica que pessoas que vivem com Parkinson devem realizar consultas e exames cardiológicos com periodicidade. 

“O acompanhamento com especialista permite iniciar e ajustar o tratamento antes da piora dos problemas cardíacos, além de eliminar ou reverter sintomas motores e não motores causados pela doença”, acrescenta o especialista. Fonte: Terra.

sexta-feira, 8 de abril de 2022

Morte Súbita na Doença de Parkinson: Qual o envolvimento do coração?

2021-08-20 - Resumo

Introdução. A Doença de Parkinson (DP) é a segunda doença neurodegenerativa mais comum, trata-se de uma desordem neurológica progressiva, podendo atingir mais de 1% da população acima de 60 anos, na maioria homens. A taxa de mortalidade de pacientes com DP é maior quando comparada com a população em geral. As causas dessa mortalidade elevada são desconhecidas, mas os fatores de risco cardiovascular podem desempenhar um papel importante. Nesse contexto, a morte súbita na doença de Parkinson (SUDPAR), corresponde a um evento importante que, embora raro, também ocorre.

Objetivo. O objetivo dessa revisão é apresentar os principais achados na literatura quanto à relação entre anormalidades cardiovasculares e disfunções autonômicas com a morte súbita na DP. Método. Realizou-se pesquisas nas bases de dados Scielo, Google scholar e PubMed pelo termo Parkinson’s disease em combinação com os termos (i) sudden death, (ii) sudden unexpected death, (iii) SUDPAR, (iv) cardiac abnormalities e (v) autonomic disfunctions. Todas as publicações relevantes foram consideradas. 

Resultados. Existem ainda poucos estudos na literatura sobre SUDPAR, sendo que, de 2006 a 2020, foram publicados 22 trabalhos entre cartas ao editor, artigos originais, revisões e relatos de caso. Pesquisas clínicas e experimentais sugerem que anormalidades cardíacas e disfunções autonômicas desempenham um papel fundamental. 

Conclusão. Diversos estudos apresentam o envolvimento cardíaco na DP, sendo que disfunções autonômicas são causas frequentes de morte em pacientes com essa doença. A colaboração entre médicos e pesquisadores é fundamental para identificar abordagens que, considerando a investigação cardiológica, ofereçam a possibilidade de prevenção da SUDPAR. Fonte: Revista NeurociênciasFapesp.

sábado, 11 de dezembro de 2021

Aos meus amigos

Imbé, 11 de dezembro de 2021, sábado.
Como estará o Hugo? Devem perguntar meus poucos e parcos amigos, dentre eles vocês do blog e do fb, maneira de contatá-los em pandemia de covid19 da qual me safei. Respondo: Tirante a doença de Parkinson, e a hipotensão ortostática (nome chic para quando se levanta rápido e se vê tudo preto), dela decorrente (depois diziam que parkinson não prejudicava o coração - uma piada) somada à efeito colateral de remédio para HPB (próstata), estou refletindo muito sobre a velhice.

Quando teu corpo dá pane mecânica (joelho) e pane biológica (parkinson), tá decretado: a velhice chegou.

Resta gerenciá-la. Saber os momentos de atravessar a rua, de caminhar, de sair da rotina.

Hoje dei uma caminhada, aqui em Imbé beach, da 133 até 129, indo contra o vento, voltando a favor.

Queria dar um print nos pensamentos e depois fazer um filme do quê se passa.

Anteontem passei por um tartaruga morta de uns 50 cm de diâmetro, por um maçarico com uma perna quebrada, e eu, comandando a perna esquerda a se mover.

Eu estou indo, como os animais estão indo, aproveitar enquanto dá, comemorar a independência funcional e mental, porque o gato subiu no telhado.

Gostaria de ser otimista no futuro, mas o sou no presente. Pois as coisas estarão piores, diz a cartilha. 

Viva o presente! 

Presente de Deus, acredite ou não! Enjoy...

Quando eu for, que seja de Sudpar.
P.S.: escrevendo pela 1a vez no "celulóide".