Ao contrário dos anticorpos, esses agentes são capazes de passar pelas células cerebrais e, assim, combater proteínas nocivas.
Este nanocorpo foi criado por vários pesquisadores da Universidade Johns Hopkins, como parte de um estudo que busca encontrar novas formas de tratar doenças causadas por proteínas deformadas.
Anticorpos são inúteis
Essas proteínas, chamadas alfa-sinucleína, são capazes de se espalhar do intestino ou do nariz para o cérebro, causando um agravamento progressivo e exponencial da doença.
Geralmente, nosso corpo produz anticorpos para lidar com essas proteínas e, assim, impedir qualquer tipo de mal. No entanto, sua eficácia torna-se nula quando, para combater uma doença neurológica, eles precisam cruzar células cerebrais.
Este é justamente o obstáculo que eles tentaram superar com o estudo. Para fazer isso, eles decidiram usar nanocorpos, que são a menor versão de anticorpos. No entanto, esses agentes têm outro obstáculo, que é que, ao passarem pela célula cerebral, perdem a estabilidade e podem acabar desempenhando outra função.
Para evitar isso, eles os modificaram geneticamente para destruir as ligações químicas que são afetadas dentro de uma célula. Após vários experimentos em roedores, eles descobriram que ele mantinha sua estabilidade e poderia combater proteínas deformadas.
O PFFNB2, o mais eficaz
No total, a equipe de pesquisa criou até sete tipos semelhantes de nanocorpos, com o prefixo PFFNB, capazes de lidar com grupos de alfa-sinucleína. O protótipo que apresentou melhor desempenho foi o segundo, PFFNB2, que juntou os grupos de proteínas disformes, sem se distrair com outros tipos de moléculas.
No entanto, o PFFNB2 não é capaz de separar ou impedir o agrupamento de proteínas nocivas, mas pode alterar e desestabilizar a estrutura desses grupos.
“Surpreendentemente, induzimos a expressão de PFFNB2 no córtex e impediu que os aglomerados de alfa-sinucleína se espalhassem para o córtex cerebral do camundongo, a região responsável pela cognição, movimento, personalidade e outros processos de ordem superior”, explica Ramhari Kumbhar, co-autor da obra.
Mao, professor associado de neurologia, comemora o sucesso da pesquisa. Ele considera que, apesar de ser apenas o começo, pode ser “chave” ajudar os cientistas a analisar doenças neurológicas, como o Parkinson, e realizar novos tratamentos. Original em espanhol, tradução Google, revisão Hugo. Fonte: Antena3.