FEBRUARY 25TH, 2022 - Uma equipe de engenheiros e radiologistas da Universidade de Boston criou um capacete que pode melhorar drasticamente os exames de ressonância magnética do cérebro. O dispositivo consiste em uma série de ressonadores de metamateriais magnéticos que aumentam significativamente o desempenho da ressonância magnética. Isso resulta em imagens mais nítidas que podem ser obtidas com o dobro da velocidade de uma digitalização normal. O avanço pode permitir que os médicos obtenham imagens úteis de scanners de ressonância magnética de baixo campo, potencialmente expandindo a acessibilidade dos exames cerebrais para pessoas em regiões de poucos recursos no mundo.
A
ressonância magnética é uma técnica de imagem incrivelmente útil,
mas muitas vezes pode ser difícil obter a resolução de imagem
necessária para identificar as características de uma doença ou
condição específica. Além disso, as varreduras não são
exatamente rápidas, geralmente durando quase uma hora. Aumentar a
potência de campo de um sistema de ressonância magnética pode
aumentar seu poder de imagem, mas isso é caro. E se um dispositivo
simples, feito de plástico e fio de cobre, pudesse ajudar com todos
esses problemas e parecesse um brinquedo bobo para crianças no
processo? Não procure mais.
Este capacete foi projetado
por pesquisadores da Universidade de Boston para melhorar
significativamente os exames de ressonância magnética do cérebro.
O capacete é um exemplo de metamaterial, que consiste em uma matriz
de células unitárias chamadas ressonadores. Os metamateriais
destinam-se a influenciar as ondas, incluindo ondas sonoras e ondas
eletromagnéticas, dobrando, absorvendo ou influenciando seu
comportamento.
Esses pesquisadores já projetaram
metamateriais acústicos para influenciar as ondas sonoras, o que
pode tornar algo mais silencioso sem bloquear o fluxo de ar e, assim,
ajudar a reduzir o ruído de motores ou condicionadores de ar. Esta
tecnologia mais recente é um metamaterial vestível, que visa
influenciar o campo magnético de um scanner de ressonância
magnética para melhorar o desempenho da ressonância magnética
quando o usuário está passando por uma varredura do cérebro.
A
tecnologia é relativamente simples em termos de seus componentes. O
capacete consiste em tubos de plástico impressos em 3D que foram
envoltos em fio de cobre. Estes são colocados de forma a afetar o
campo magnético da máquina de ressonância magnética dentro do
cérebro de forma a melhorar as imagens resultantes. Além disso, o
tempo necessário para uma ressonância magnética é reduzido.
No
futuro, os pesquisadores da Universidade de Boston esperam
desenvolver a tecnologia a ponto de permitir que os médicos obtenham
imagens excelentes usando scanners de ressonância magnética de
baixo campo, o que poderia aumentar a acessibilidade dessas imagens
em todo o mundo.
Estudo em Materiais Avançados:
Metamateriais Ajustáveis Inspirados em Auxéticos para
Ressonância Magnética
Via: Universidade de Boston
Original em inglês, tradução Google, revisão Hugo. Fonte: Medgadget.
Porque esta postagem: É observado que o grande problema do dbs no Brasil, afora a acessibilidade não universal como deveria ser pelo SUS, decorre do mau posicionamento dos eletrodos, via de regra no STN. Por várias razões, dentre elas, o mau preparo das equipes cirúrgicas que implantam os eletrodos do dbs, baixa qualidade das imagens tridimensionais do cérebro, obtida por fusão das imagens advindas de TC, RX e MRI (pelo menos no meu tempo). A adoção desta nova técnica poderá resultar no melhoramento das imagens e por conseguinte no melhor desempenho dos dispositivos dbs doravante implantados.