Um novo estudo descobriu que comer um certo tipo de alga marinha pode ajudar a proteger as pessoas da doença de Parkinson
12 AGO 2024 - Um estudo recente destacou o potencial das algas marinhas na possível prevenção da doença de Parkinson. A pesquisa se concentra na Ecklonia cava, um tipo de alga marrom, que os cientistas dizem que pode proteger os indivíduos do distúrbio neurodegenerativo.
A doença de Parkinson está ligada à degeneração dos neurônios produtores de dopamina no cérebro. Esses neurônios são cruciais para controlar o movimento e os processos cognitivos.
Embora o Parkinson seja tipicamente mais comum em pessoas mais velhas, também pode afetar indivíduos mais jovens. Aqueles com idade entre 21 e 40 anos podem apresentar sintomas de doença de Parkinson de início jovem (YOPD), embora essa variante menos comum geralmente esteja geneticamente ligada.
A condição é causada por uma superprodução de radicais livres no corpo, conhecidos como espécies reativas de oxigênio (ROS). Esses radicais livres danificam as células que gerenciam os neurotransmissores da dopamina.
Como esses neurotransmissores são essenciais para a comunicação neurônio-célula, manter níveis equilibrados de ROS é considerado "crucial" por especialistas. Atualmente, não há cura definitiva para o Parkinson, mas os tratamentos estão disponíveis para aliviar os sintomas, de acordo com o Express.
Pesquisadores japoneses dizem que os antioxidantes encontrados nas algas marinhas, especificamente os polifenóis da Ecklonia cava, podem ajudar a prevenir o aparecimento da doença de Parkinson. Essa conclusão foi alcançada depois que um estudo envolvendo dois tipos de testes de função motora em camundongos que imitam a doença de Parkinson produziu resultados importantes.
No teste, os ratos receberam uma dose diária de antioxidantes por uma semana antes de serem expostos à rotenona, um composto natural. Os resultados do estudo foram publicados na revista científica Nutrients e mostram que os ratos tinham melhores habilidades motoras como resultado.
A professora Akiko Kojima-Yuasa, que liderou o estudo, também observou uma melhora nas funções motoras intestinais dos camundongos. Os especialistas disseram que a Ecklonia cava também tem vantagens adicionais para a saúde. Os antioxidantes nas algas marinhas podem ativar uma enzima chamada proteína quinase ativada por AMP, que ajuda a reduzir a produção de ROS que danificam as células.
O professor Kojima-Yuasa, da Universidade Metropolitana de Osaka, explicou: "Este estudo sugere que os antioxidantes da Ecklonia cava podem reduzir o dano neuronal pela ativação da AMPK e inibir a produção de espécies reativas de oxigênio intracelular. Espera-se que a Ecklonia cava seja um ingrediente eficaz na prevenção da doença de Parkinson.
No entanto, colocar as mãos nessa alga marinha específica não é tão fácil quanto entrar em sua loja local. É mais provável que você o encontre online em varejistas como a Amazon. Mas antes de mergulhar em qualquer novo regime de suplementos, é aconselhável consultar seu médico para garantir que seja seguro e não entre em conflito com seus medicamentos atuais ou exacerbe as condições de saúde existentes. Fonte: Dailyrecord.