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sexta-feira, 27 de setembro de 2024

Macrófagos derivados de células-tronco pluripotentes induzidas como plataforma para modelagem de doenças humanas

27 Setembro 2024 - Resumo

Os macrófagos são células imunes inatas que estão presentes em praticamente todos os tecidos, onde têm papéis vitais no desenvolvimento, homeostase e patogênese dos tecidos. A importância dos macrófagos na função tecidual é refletida por sua associação com várias doenças humanas, e estudar as funções dos macrófagos tanto na homeostase quanto nos tecidos patológicos é um caminho promissor para novas terapias direcionadas que melhorarão a saúde humana. A capacidade de gerar macrófagos a partir de células-tronco pluripotentes induzidas (iPS) revolucionou a biologia dos macrófagos, com a geração de macrófagos derivados de células iPS (iMacs) fornecendo acesso ilimitado a células específicas do genótipo que podem ser usadas para modelar várias doenças humanas envolvendo desregulação de macrófagos. Essa modelagem de doenças é obtida gerando células iPS a partir de células derivadas de pacientes portadoras de mutações relacionadas à doença ou introduzindo mutações em células iPS de doadores saudáveis usando a tecnologia CRISPR-Cas9. Esses iMacs que carregam mutações relacionadas à doença podem ser usados para estudar a etiologia da doença específica in vitro. Para obter mais relevância fisiológica, os iMacs podem ser co-cultivados em sistemas 2D com células derivadas de células iPS ou em sistemas 3D com organoides derivados de células iPS. Aqui, discutimos os estudos que tentaram modelar várias doenças humanas usando iMacs, destacando como eles avançaram nosso conhecimento sobre o papel dos macrófagos na saúde e na doença. Fonte: Nature.

sexta-feira, 16 de fevereiro de 2024

As células-tronco pluripotentes/multipotentes podem reverter a progressão da doença de Parkinson?

2024 Jan 31 - Resumo - 

A doença de Parkinson (DP) é uma doença neurodegenerativa progressiva caracterizada por degeneração contínua e seletiva ou morte de neurônios dopaminérgicos no mesencéfalo, levando à disfunção dos circuitos neurais nigroestriatuais. Os tratamentos clínicos atuais para a DP incluem tratamento medicamentoso e cirurgia, que proporcionam alívio dos sintomas em curto prazo, mas estão associados a muitos efeitos colaterais e não podem reverter a progressão da DP. As células-tronco pluripotentes/multipotentes possuem uma capacidade de auto-renovação e o potencial de se diferenciar em neurônios dopaminérgicos. O transplante de células-tronco pluripotentes/multipotentes ou neurônios dopaminérgicos derivados dessas células é uma estratégia promissora para o reparo completo de circuitos neurais lesados na DP. Este artigo revisa e resume os tratamentos pré-clínicos/clínicos atuais para a DP, suas eficácias e as vantagens/desvantagens de várias células-tronco, incluindo células-tronco pluripotentes e multipotentes, para fornecer uma visão detalhada de como essas células podem ser aplicadas no tratamento da DP, bem como os desafios e gargalos que precisam ser superados em futuros estudos translacionais. Fonte: Pubmed.

segunda-feira, 16 de outubro de 2023

Estudo com terapia celular para Parkinson avança após resultados bem sucedidos

Pesquisadora principal do estudo afirmou que os resultados da fase I foram encorajadores

16 de outubro de 2023 - Um estudo sobre a utilização de uma terapia celular experimental contra Parkinson, apresentado no Congresso Internacional de Doença de Parkinson e Distúrbios do Movimento (MDS) de 2023 concluiu sua primeira fase de testes com ótimos resultados.

O estudo foi realizado em Copenhague, na Dinamarca com 12 indivíduos com Parkinson utilizando o Bemdaneprocel, uma terapia celular baseada em células tronco pluripotentes para substituir os neurônios produtores de dopamina perdidos após a doença, o que, segundo Clarie Henchcliffe, presidente do Departamento de Neurologia e pesquisadora principal do estudo gerou dados “extremamente encorajadores”.

Os pacientes com a doença de Parkinson receberam transplantes cirúrgicos com duas doses diferentes: O primeiro grupo recebeu uma dose menor, (de 0,9 milhão de células) e a segunda, uma dose mais alta (2,7 milhões de células) do tratamento chamado Bemdaneprocel, que utiliza células-tronco pluripotentes para substituir as células nervosas perdidas na doença de Parkinson.

Os resultados mostraram que os pacientes que receberam a dose mais alta tiveram uma melhora maior em seus sintomas em comparação com aqueles que receberam a dose menor. Exames de imagem também mostraram evidências de que as células transplantadas sobreviveram e funcionaram.

Terapia celular contra o Parkinson

De acordo com o neurocirurgião especializado em Parkinson, Dr. Bruno Burjaili, o uso de células-tronco poderia ajudar a reduzir os sintomas e melhorar a qualidade de vida.

“As células-tronco sempre foram uma grande promessa, porém, a maior parte das evidências não tinha sido animadora. Vemos com otimismo os dados apontados por este estudo até o momento, sugerindo que essa terapia traga benefícios. Não devemos nos esquecer de que essa primeira fase foi usada para provar a segurança e a tolerabilidade da proposta de tratamento, e de que ainda precisaremos das fases seguintes. Elas deverão mostrar se o tratamento terá efeito clínico para impactar, na prática, a vida de quem sofre com a doença. Se tudo der certo, além do marca-passo cerebral e do ultrassom focalizado, nós da Neurocirurgia teremos mais uma modalidade de tratamento a oferecer, já que essas células precisam ser implantadas em regiões precisas do cérebro“, afirma Dr. Bruno Burjaili. Fonte: Jornaldeararaquara.