Porto Alegre, 8 de agosto, 5a feira, de 2024.
Após 16 dias de internação hospitalar para feitura de exames, tive alta.
Exames para tentar identificar a causa de quedas frequentes a que fui acometido, gerando suturas, pontos e muita sangüera. As duas quedas mais traumáticas ocorreram no banheiro. Uma com corte no supercílio até o nariz e outra no queixo. Era submetido a uma espécie de síncope na qual perdia os sentidos com respiração acelerada. Quando me dava conta estava no chão, estatelado e todo mijado.
O diagnóstico dado por mim, hipotensão ortostática postural, tendo sido prescrito o acetato de fludocortisona-Florinefe, além de passsar a ter consciência de que tenho parkinson, e que não tem cura. Fazer tudo len-ta-men-te, bem de-va-gar, para não cair. A pressa em fazer tudo, particularmente enquanto se está sob o efeito “on” da levodopa, é terrível.
Exames feitos foram ecocardiograma, eletrocardiograma, holter e mapa (Monitorização Ambulatorial da Pressão Arterial), nenhum apresentando alterações. Como sabia, previamente, o cara que tem Parkinson, não tem espaço para mais nada.
Tenho tomado amitriptilina, pramipexol, memantina e prolopa, e agora, fludocortisona.
Enfim, continuo vivo, cada vez mais mutilado (cicatrizes) e …, menos bonito.
E para compensar a comida do hospital (insípida, inodora e quase incolor), um filé com fritas...
Resumo: a velhice é uma merda!