Imbé, sábado, 6 de
novembro de 2021.
Hoje fui caminhar
pela primeira vez desde que voltei de Porto Alegre.
Neste intervalo de
um mês cai umas 15 vezes, desabando no chão. Feri a cara, bati com
a cabeça, hematomas na bunda. Quando me levantei ou fui levantado,
estava todo mijado.
Resultado da
evolução do parkinson, pelo acúmulo de alfa-sinucleína na parede
cardíaca, que inibe os impulsos autonômicos do SNC na regulagem da
pressão ortostática, cominado ao uso de remédio (Combodart) para
a hiperplasia benigna da próstata que tem como efeito colateral
baixar a pressão sanguínea. É juntar a fome com a vontade de
comer.
Resultado.
O tombo.
Mas tá uma bruma
interessante na praia, mal se vê o perfil dos petroleiros ao largo.
Clima propício para sermos invadidos por corsários interplanetários
que nos tirem dessa, seja para nos resgatar das doenças, seja para
livrar nosso planeta do cataclisma climático.
Caminhar é ótimo,
ainda mais chapado, como preza a um bom parkinsoniano, afinal sem
maconha fica muito difícil caminhar, fico travado. O equilíbrio,
coisa tão banal, fica prejudicado.
Por isso andar de
bicicleta não estacionária é fundamental para a manutenção da
percepção e automatização do equilíbrio.
Lembro dos meus
filhos, um deles beeem longe, a quem orgulhosamente ensinei o
equilíbrio no pedal. Ah, e os ensinei a nadar também.
E muito bom estar
vivo, e presenciar a beleza da praia, ampla, limpa e vazia! Porque
hoje é sábado! E começou a chover, mansamente...