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sexta-feira, 7 de julho de 2023

Exercício aeróbico como estratégia na luta contra o Parkinson

Estudo da UFRN analisou o impacto positivo do exercício aeróbico na qualidade de vida de pessoas com Parkinson em estágios avançados

Exercício aeróbico como estratégia na luta contra o Parkinson

06/07/2023 - A doença de Parkinson é uma condição neurológica progressiva que atinge aproximadamente 1% da população mundial, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS). Trata-se de uma enfermidade que afeta significativamente a qualidade de vida das pessoas, comprometendo o sistema nervoso central devido à degeneração das células produtoras de dopamina. Mas você sabia que o exercício físico, em particular o exercício aeróbico, pode ter um impacto positivo na qualidade de vida de pessoas acometidas por essa doença, inclusive em estágios avançados?

Um estudo recente conduzido por Gilmara Gomes de Assis, da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), destaca exatamente isso. Vamos explorar juntos essas descobertas, que iluminam um caminho promissor para o tratamento do Parkinson.

A Importância do Exercício para o Parkinson

Os resultados obtidos no estudo realizado pela UFRN indicam que a prática regular de exercícios físicos traz melhorias significativas para os pacientes com Parkinson, quando comparado a um grupo de controle com características semelhantes, porém sem a prática de atividades aeróbicas.

Dentre os benefícios observados, estão o aumento na força dos membros superiores, a melhoria na estabilidade postural, agilidade dos movimentos, equilíbrio dinâmico e a recuperação de movimentos voluntários afetados pela doença. A evidência reforça a importância de incluir o exercício físico como parte integrante do plano de tratamento da doença.

Como Foi Conduzida a Pesquisa?

A pesquisa de Gilmara Assis se propôs a avaliar os efeitos da caminhada aquática com dupla-tarefa na função motora de pacientes com doença de Parkinson em estágio avançado. Participaram do estudo 12 pessoas, com idades entre 59 e 73 anos, que realizaram sessões de exercícios durante aproximadamente um mês, três vezes por semana, cada sessão durando 40 minutos.

Exercício aeróbico como estratégia na luta contra o Parkinson

Antes do início das atividades, todos foram submetidos à Escala Unificada de Avaliação para Doenças de Parkinson (UPDRS), uma série de exames que avaliam a severidade da doença. A UPDRS é utilizada para medir aspectos como atividade mental, comportamento, humor, atividades da vida diária, execução motora e complicações no tratamento.

Os Exercícios na Prática

Os pacientes foram divididos em dois grupos, um realizando o exercício aeróbico na piscina e outro funcionando como grupo de controle. As atividades foram divididas em etapas progressivas, que incluíam desde a travessia da largura da piscina próxima à borda, até o avanço para o comprimento da piscina sem ajuda.

Também houve uma fase de interferência cognitivo-motora, onde os participantes realizavam tarefas duplas durante os exercícios aquáticos. Estas tarefas combinavam atividades motoras, como o uso de acessórios, com demandas de atenção mais intensas.

Resultados Promissores para o Parkinson

Os resultados do estudo da UFRN não apenas comprovaram a eficácia do exercício aeróbico com dupla-tarefa no controle dos sintomas da doença de Parkinson, mas também abriram caminho para novas pesquisas sobre o tema. Observou-se um aumento nos fatores tróficos que auxiliam no desenvolvimento e conexão dos neurônios, aliviando os sintomas da doença.

Assim, a pesquisa reforça a importância do exercício físico, especialmente o aeróbico, como uma abordagem terapêutica complementar para pacientes com Parkinson em estágios avançados. A inclusão de exercícios aeróbicos na rotina desses pacientes pode significar uma melhoria significativa em sua qualidade de vida e retardar a progressão da doença, oferecendo esperança para milhões de pessoas em todo o mundo que lutam contra o Parkinson.

Com mais estudos e aprimoramento das técnicas, é possível que vejamos uma evolução ainda mais promissora no tratamento desta condição, contribuindo para a saúde e o bem-estar de um número crescente de pacientes. Fonte: Oportaln10.

segunda-feira, 1 de maio de 2023

Pedala Parkinson: A bicicleta como suporte terapêutico para a Doença de Parkinson

domingo, 30 de abril de 2023 - O mês de abril é dedicado à “conscientização sobre a Doença de Parkinson”. Por isso, aproveitamos este espaço para divulgar a proposta do “Pedala Parkinson”, uma iniciativa para estimular os portadores da doença de Parkinson a usarem a bicicleta como meio de mobilidade. Explicaremos que o hábito de pedalar ajuda na redução dos sintomas da DP e nas condições de saúde em geral destes pacientes.

A doença de Parkinson (DP) é a segunda doença neurodegenerativa mais comum na atualidade, ficando atrás apenas da doença de Alzheimer. É uma doença que aumenta sua prevalência conforme a idade e é um distúrbio que se caracteriza principalmente por sintomas motores progressivos ao longo da doença. Todavia, ocorrem também perturbações cognitivas e emocionais.

Nos últimos anos, tem-se se observado um crescimento mais rápido no número de novos casos. Estudos recentes mostraram que em 2019 tínhamos quase dois milhões de pessoas com DP e que o número de novos casos cresceu em 160% desde 1990. Não sabemos exatamente o que está causando este aumento no número de novos casos, todavia existem alguns candidatos a vilão: a poluição e o sedentarismo são os principais candidatos.

O tratamento e a prevenção da DP é um grande desafio global de saúde, pois a incapacidade decorrente deste distúrbio neurológico é hoje considerada uma das principais causas de incapacidade em todo o mundo. Atualmente temos tratamento apenas para controlar os sintomas e não para eliminar ou barrar a doença.

Em alguns casos grave, o paciente com DP fica incapaz de se locomover, uma condição conhecida como rigidez ou paralisia da marcha. Porém, na primeira década do século XXI o neurologista holandês Anker Snijders mostrou que pacientes com Parkinson eram capazes de pedalar uma bicicleta. Embora os pacientes estivessem incapazes de andarem eles conseguiam pedalar corretamente. Enquanto os pacientes tinham uma instabilidade postural (dificuldade de se manter em pé), eles mantinham o equilíbrio perfeito ao pedalar uma bicicleta.

Para os familiares e para os próprios pacientes com DP tudo parece um milagre. Eles descobrirem que embora tivessem muita dificuldade em andar, eles conseguem andar de bicicleta e que durante o ato de pedalar os sintomas motores são reduzidos ou na maioria das vezes desaparecem.

Vários estudos foram realizados e hoje nós recomendamos para todos os pacientes com DP o uso de bicicleta. Para aqueles que não sabem andar de bicicleta ou que vivem em um ambiente em que seja difícil se locomover em uma bicicleta, sugerimos o uso de uma bicicleta estacionária. Porém, como gostamos de dizer para os pacientes: “pedalar é preciso”.

Além da melhora nos sintomas da DP, o pedalar também promove um benefício cardiorrespiratório, melhorando o estado geral do paciente. Adicionalmente, podendo pedalar, o paciente com DP pode usar a bicicleta para se locomover e ter interação social, podendo se deslocar para ir ao trabalho, visitar familiares, ir à igreja etc. A bicicleta liberta o paciente com Parkinson.

Gosto de citar o caso de uma senhora idoso com doença de Parkinson e que passou apresentar uma dificuldade em escrever. Como ela tinha sido professora, a sua incapacidade de escrever um simples bilhete a deixava muito triste. Após dois meses pedalando três vezes por semana em uma bicicleta estacionaria, os tremores reduzirem e sua habilidade na escrita retornou. Lembro que a bicicleta não substitui os medicamentos, mas é um complemento ao tratamento farmacológico que é fundamental. Se você leitor é portador de DP ou familiar, converse com seu médico ou pode entrar em contato com a gente para orientações.

Uma pergunta que sempre me fazem é se o hábito de pedalar pode ser uma estratégia para evitar o a doença de Parkinson. Sempre respondo que ainda não temos uma certeza sobre este efeito preventivo do pedalar em relação a DP. Todavia, quando olhamos a incidência da doença de Parkinson nos 10 países que apresentam o maior número de bicicleta por pessoas, encontramos uma relação linear mostrando que os países em que mais se pedala há uma menor incidência da DP. Estamos certo, “pedalar é preciso”

Nós que defendemos o uso da bicicleta como um meio de mobilidade ativa e com o objetivo de melhorar a saúde humana e do planeta criamos em diversos locais o Pedala Parkinson, que tem se materializado em grupos de pedais ou mesmo em um dia ao ano para estimular os pacientes com DP no uso da bicicleta. Por outro lado, temos tentado convencer os diversos tipos de gestores públicos do quanto é importante garantir uma estrutura cicloviária segura para que todos possam usar a bicicleta, incluindo os pacientes com doença de Parkinson, pois eles se beneficiam do uso da bicicleta como meio de mobilidade.

Uma cidade em que há condições seguras para o uso da bicicleta será uma cidade com um ambiente mais saudável e com um futuro como menos doentes com Parkinson, por isso, neste mês de abril, “mês dedicado à conscientização sobre a Doença de Parkinson”, estamos divulgando a ideia do Pedala Parkinson. Então, se você é ciclista, busque os grupos de apoio dos pacientes com Parkinson e organize um Pedala Parkinson. Se você é um gestor público, garanta a segurança dos ciclistas com uma estrutura cicloviária ampla e de qualidade. Fonte: Saibamais.

sexta-feira, 31 de março de 2023

Entregando um nocaute para a doença de Parkinson, a Michael J. Fox Foundation assina o pacto Rumble Boxing

Parte dos fundos das aulas Rumble em abril irão para os esforços de pesquisa da Fundação Michael J. Fox. (Sergey Nazarov/iStock/Getty Images Plus)

Mar 22, 2023 - Após o diagnóstico de Parkinson (DP) para o ex-campeão dos pesos pesados Muhammad Ali, você pode ser perdoado por pensar que o boxe, que é conhecido por causar traumatismo craniano grave, é a última coisa que alguém com DP deveria fazer.

Mas a Fundação Michael J. Fox, batizada em homenagem a seu fundador homônimo, que também sofre da doença, está tentando encorajar os pacientes com DP a entrar no ringue para aliviar seus sintomas.

Especificamente, ele quer ajudar os pacientes a aprender uma forma de boxe sem contato, mas que ainda imite muitos dos movimentos e, como tal, ajude a impulsionar o movimento, a coordenação e o exercício geral, todos os quais se acredita ajudar os pacientes com DP a gerenciar melhor sua condição.

Para este fim, Team Fox, a comunidade de arrecadação de fundos da The Michael J. Fox Foundation for Parkinson's Research (MJFF), está entrando no ringue com o grupo de fitness Rumble Boxing, de Nova York.

Rumble pedirá aos membros da comunidade que “luvem” em apoio ao Parkinson, organizando uma Casa Aberta de 10 a 16 de abril, durante o Mês de Conscientização da Doença de Parkinson.

O dinheiro das aulas "apoiará os esforços globais de pesquisa" da Fundação Michael J. Fox, disse a empresa em um comunicado à imprensa.

“Estamos honrados em fazer parceria com a Fundação Michael J. Fox para ajudar a aumentar a conscientização sobre a doença de Parkinson e ajudar as pessoas a encontrar maneiras de lidar com distúrbios do movimento de uma maneira divertida e motivadora”, disse a diretora de marketing da Rumble, Rachelle Dejean, no comunicado.

“A doença de Parkinson afeta pessoas de todas as idades e cada jornada é única. Estamos ansiosos para convidar as pessoas ao redor do mundo para lutarem juntas por uma causa importante.” Original em inglês, tradução Google, revisão Hugo. Fonte:Fiercepharma.

quinta-feira, 17 de novembro de 2022

Seis coisas que você pode não saber sobre a doença de Parkinson

Saiba mais sobre uma das condições neurológicas mais comuns

November 2022 - Cerca de um milhão de pessoas vivem com Parkinson, o segundo distúrbio neurodegenerativo mais comum. Em 2030, espera-se que 1,2 milhão de pessoas nos EUA vivam com a doença. Apesar de sua proeminência, ainda há muito a aprender sobre a doença de Parkinson em muitos níveis, diz Tatyana Simuni, MD, diretora do Centro de Doenças e Distúrbios do Movimento de Parkinson da Northwestern Medicine. Hoje, os cientistas abrem o caminho com novas estratégias para gerenciar os efeitos colaterais e uma melhor visão sobre como retardar a progressão da doença. Aqui estão seis coisas que você pode não saber sobre a doença de Parkinson.

1. Cerca de 60.000 pessoas são diagnosticadas com a doença de Parkinson todos os anos.
Diagnosticar a doença de Parkinson pode ser complicado – a causa da doença ainda é desconhecida, embora os cientistas geralmente acreditem que seja uma combinação de fatores genéticos e ambientais. Não existe um teste único para confirmar a doença, e o diagnóstico muitas vezes depende de um especialista

2. Um fator de risco claro é a idade.
A maioria das pessoas com doença de Parkinson a desenvolve depois dos 60 anos. No entanto, cerca de 5% a 10% têm início antes dos 50 anos.

3. A perda do olfato pode ser um sinal precoce da doença de Parkinson.
Outros sinais precoces, muitas vezes sutis, da doença de Parkinson podem incluir o desenvolvimento de caligrafia menor e mais cheia e uma voz mais suave ou mais baixa.

4. A doença de Parkinson também apresenta sintomas não motores.
Os tremores são um sintoma bem conhecido da doença de Parkinson. No entanto, embora este e outros sintomas motores sejam frequentemente experimentados, os sintomas não motores também podem afetar pessoas com doença de Parkinson. Estes incluem problemas para dormir, constipação, problemas de bexiga, distúrbios de humor, depressão, ansiedade e preocupações cognitivas, como perda de memória ou pensamento lento.

5. O exercício é vital para controlar a doença de Parkinson.
Foi demonstrado que o exercício e a atividade física ajudam a manter e melhorar a mobilidade, flexibilidade e equilíbrio em pessoas com doença de Parkinson. Eles também podem ajudar a aliviar outros sintomas, como depressão ou constipação. Treinos que se concentram em flexibilidade, alongamento, atividade aeróbica e treinamento de resistência, como tai chi, pilates e dança, costumam ser os mais adequados.

6. O autocuidado é mais importante do que nunca.
Muitas pessoas com doença de Parkinson descrevem o agravamento dos sintomas quando estressadas e associam o aparecimento de certos sintomas, como tremores, a eventos estressantes. Isso torna o autocuidado e hábitos saudáveis ​​de saúde emocional especialmente importantes para quem lida com a doença em qualquer estágio.

Não importa quando você é diagnosticado, saiba que existem opções para ajudá-lo a gerenciar sua vida com a doença de Parkinson. Com sua equipe de atendimento, você pode melhorar sua qualidade de vida, maximizar sua independência e gerenciar seus sintomas. Original em inglês, tradução Google, revisão Hugo. Fonte: NorthWestern.

sábado, 6 de fevereiro de 2021

terça-feira, 9 de junho de 2020

Rede de apoio a pessoas com Parkinson promove ações na pandemia

Maria Elisa Piemonte explica que a Rede AMPARO tem feito lives com exercícios, em contribuição à campanha “Fique em casa, mas não fique parado”

09/06/2020 - A Rede de Apoio NeuroMat a Amigos e Pessoas com Doença de Parkinson (AMPARO) tem feito uma série de ações neste momento de pandemia. Ao reunir pessoas com Parkinson, seus familiares e profissionais de saúde, a Rede tem como finalidade auxiliar na construção de uma melhor qualidade de vida aos pacientes com a doença. Para falar sobre o assunto, o Jornal da USP no Ar conversou com Maria Elisa Pimentel Piemonte, professora do Departamento de Fisioterapia, Fonoaudiologia e Terapia Ocupacional da Faculdade de Medicina (FM) da USP.

Anualmente, a Rede AMPARO realiza uma campanha em abril para a conscientização da doença. Devido à pandemia, neste ano foi necessária uma adaptação com o lançamento da campanha Pessoa com Parkinson que se protege: fique em casa, mas não fique parado. Maria Elisa explica que a redução da atividade física é um problema de toda população, sendo algumas populações mais vulneráveis, entre elas, as pessoas com Parkinson. “Temos que lembrar que, além do tratamento medicamentoso, boa parte dessas pessoas estão [com tratamento] vinculados a atividades que envolvem movimento.”

Diversos tratamentos paralelos tiveram uma interrupção brusca devido ao isolamento social, deixando a população que tem Parkinson ainda mais vulnerável ao estresse. Por isso, alguns estudos buscaram entender os impactos da covid-19 nas pessoas já diagnosticadas com Parkinson, principalmente na Itália. Segundo Maria Elisa, esses estudos se mostraram contraditórios, com um primeiro mostrando taxa de mortalidade muito alta e um segundo não relacionando diretamente esse mesmo dado a um índice assustador.

No Brasil, há uma pesquisa que envolve ao menos duas cidades em cada região do País. Ao todo, são 14 cidades e cerca de 500 entrevistas coletadas até agora via telefone, que investigam diversos aspectos. “Estamos na fase de análise de dados, mas o estudo já mostra de uma forma importante que essa população está sendo bastante afetada, não só no ponto de vista emocional, mas também socioeconômico, revela a professora.

A campanha, lançada em abril, se estendeu e toda semana há sorteio para envio de material impresso para quem participa da Rede. Para facilitar o acesso, todo material está disponibilizado gratuitamente na internet e há forte engajamento nas redes sociais, inclusive com lives de segunda à sexta-feira, às 16 horas, no Facebook da Rede e no perfil do Instagram.

“Essa população tem sofrido com cancelamento de consultas médicas. No estudo, estamos aprendendo quais são as demandas [das pessoas com Parkinson] e os pontos críticos, para que estejamos preparados e responder a eles”, destaca Maria Elisa. Ela faz um apelo para as pessoas com Parkinson estarem procurando a Rede AMPARO. Para saber mais como fazer isso, acesse o site clicando aqui.

Ouça a entrevista completa no player contido na fonte.
Fonte: Jornal USP.