sábado, 30 de maio de 2020

Doença de Parkinson e Covid-19: o que sabe até agora?

23.05.2020 - A Covid-19 é sem dúvida uma doença mais estudada na atualidade. Uma doença respiratória viral com desfechos imprevisíveis e apresentação clínica com sintomas variados, como febre, odinofagia, dispneia, hiposmia, diarreia entre outros. Não considerar nenhum tratamento comprovado e nenhuma vacina para prevenir a infecção.

Muitos pacientes com doença de Parkinson (DP) podem apresentar dúvidas como: será que o novo coronavírus pode alterar ou evoluir de forma diferente em mim?

Parkinson e Covid-19
Até o momento não há nenhum dado relacionado diretamente com os pacientes com DP, porém os dados da literatura mostram um curso mais grave da doença em pacientes com comorbidades do tipo hipertensão arterial, diabetes, cardiopatias e pneumopatias.

A DP é uma doença com curso clínico muito variável. Por exemplo: Alguns pacientes jovens com DP que apresentam apenas sintomas leves, podem não ter um risco tão baixo, mas existem características clínicas da doença que podem ser fatores de risco para uma evolução desfavorável. Alguns pacientes podem ter doença pulmonar restritiva secundária à rigidez muscular, além de adotar posturas flexíveis de tronco que podem restringir ainda mais a expansibilidade torácica. A disfagia e a dificuldade de mobilizar secreções das vias aéreas também podem favorecer complicações.

Os sintomas motores e não motores do DP podem ser exacerbados por qualquer doença, como por exemplo, doenças virais respiratórias. Os pacientes podem vigiar uma doença viral, notar piora na bradicinesia, rigidez ou ter e / ou piorar quadros de alucinações, por exemplo. É possível que um Covid-19 possa gerar essas complicações.

Importante ressaltar neste cenário de pandemia que ansiedade e depressão são sintomas não motores muito frequentes no DP e que sem dúvida pioram e estão associados a flutuações on-off. Algumas recomendações como: definir rotinas necessárias, exercitar-se em casa e manter-se conectado com familiares e amigos on-line ou por telefone é fundamental para minimizar o estresse.

Interações medicamentosas
Em relação ao tratamento, duas concentrações são importantes: A primeira, que paciente e / ou familiar deve estar atento para possíveis interações medicamentosas. Medicamentos para laços e resfriados contendo dextrometorfano, pseudoefedrina e efedrina, que devem ser evitados apenas para pacientes em uso de inibidor da oxigenação de monoamina (iMAO) (ex: resagilina, selegilina).

A segunda, apesar da amantadina ser uma medicação antiviral, não tem nenhuma evidência de causa contra o novo coronavírus. O paciente deve estar ciente que não é eficaz. Esta droga tem efeito antiParkinsoniano, indicado para pacientes com sintomas leves que ainda não tiveram um grande impacto na função diária e na qualidade de vida.

Conclusão
Em suma, devido à idade e às características clínicas da doença, podemos considerar que os pacientes com DP apresentam riscos aumentados de complicações pelo Covid-19. Fonte: PebMed.

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