Assista ao vídeo - Cirurgia no interior do cérebro procura enganar o Parkinson.
Objetivo: atualização nos dispositivos de “Deep Brain Stimulation” aplicáveis ao parkinson. Abordamos critérios de elegibilidade (devo ou não devo fazer? qual a época adequada?) e inovações como DBS adaptativo (aDBS). Atenção: a partir de maio/20 fui impedido arbitrariamente de compartilhar postagens com o facebook. Com isto este presente blog substituirá o doencadeparkinson PONTO blogspot.com, abrangendo a doença de forma geral.
sexta-feira, 17 de setembro de 2021
Como o CDB pode reduzir sintomas de Parkinson (matéria publicitária)
04.22.2021 - Benefícios terapêuticos para amenizar os sintomas de parkinson trazidos pelo Tratamento com Cannabis Medicinal são esperança para aqueles que sofrem com essa doença, que, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), afeta 1% da população mundial com idade superior a 65 anos
O que é Parkinson?
Para 10 milhões de pessoas em todo o mundo, lentidão dos movimentos e tremores nas mãos foram os primeiros sintomas do Parkinson. Com o aumento da expectativa de vida, e consequentemente, do envelhecimento da população, este número pode dobrar até 2040.
Descoberta há 201 anos, esta doença sem cura, embora absolutamente tratável, é a segunda patologia degenerativa, crônica e progressiva do sistema nervoso central mais frequente do planeta — atrás apenas do Alzheimer.
Segundo estimativa do Ministério da Saúde, 200 mil brasileiros sofrem com essa enfermidade causada pela morte das células do cérebro, especialmente aquelas responsáveis pela produção da dopamina — neurotransmissor que desempenha a função de controlar os movimentos.
Sintomas de Parkinson
Os sintomas do Parkinson podem variar a cada pessoa. Os primeiros sinais podem ser leves e passar despercebidos, podendo ser encarados como características da “velhice”. Frequentemente, começam em um lado do corpo e, assim, continuam piorando ali, inclusive depois de os sintomas começarem a afetar ambos os lados.
Tremores: Os tremores geralmente começam em uma extremidade, como nas mãos, ou nos dedos. Há o movimento de esfregar o polegar e o indicador de um lado para o outro, conhecido como tremor de rolagem de pílula, ou tremor postural. A mão pode tremer quando está em repouso.
Lentidão dos movimentos: Com o tempo, a doença de Parkinson pode retardar os movimentos, fazendo com que tarefas simples sejam difíceis e levem mais tempo. Pode ser que os passos se tornem mais curtos. Também pode haver dificuldade para se levantar da cadeira, ou ainda arrastar os pés ao caminhar.
Rigidez muscular: Pode ocorrer em qualquer parte do corpo. Os músculos rígidos podem causar dores e limitar a amplitude do movimento.
Alteração da postura e do equilíbrio: A pessoa pode ficar curvada ou apresentar problemas de equilíbrio.
Perda dos movimentos automáticos: É possível que seja reduzida a capacidade de realizar movimentos inconscientes, como piscar, sorrir ou balançar os braços ao caminhar.
Mudanças na fala: A pessoa pode passar a falar mais baixo, mais rápido ou mesmo a hesitar antes de falar. A fala pode se tornar monocórdica.
Mudanças na escrita: Pode ficar cada vez mais difícil escrever, e a letra pode diminuir.
Perda Olfativa: Este é um dos sintomas do Parkinson mais comuns no início da doença, e atinge a maioria dos pacientes. Estima-se que cerca de 90% dos parkinsonianos tenham redução do olfato, incluindo alterações no paladar — uma vez que há interligação entre os dois sentidos.
Sono Inquieto: É comum para todos ter certa agitação durante o sono. Mas as mudanças verificadas em pacientes com Parkinson se manifestam como se a pessoa estivesse atuando durante o sonho.
Diferente de sonambulismo, esse sintoma — também conhecido como distúrbio comportamental do sono REM — faz parte da doença. De acordo com especialistas, os movimentos são tão repentinos e intensos que causam incômodo a quem dorme ao lado.
Estima-se que cerca de 60% dos parkinsonianos sofram com insônia. Embora durmam com facilidade, perdem o sono e acordam durante a madrugada, comprometendo, assim, a restauração necessária para que haja uma noite bem dormida.
Tratamento tradicional para os sintomas de parkinson
Sempre sob acompanhamento médico, o tratamento tradicional para os sintomas do Parkinson sugere uma série de possibilidades, como remédios, fisioterapia, tratamento natural e até cirurgia.
No caso dos medicamentos, o neurologista ou o geriatra pode prescrever Levodopa e Selegilina para ajudar a reduzir os sintomas do Parkinson a partir do aumento da dopamina e de outros neurotransmissores no cérebro.
Caso não haja êxito nesta forma de tratamento, há a alternativa do procedimento cirúrgico — chamada “estimulação cerebral profunda”. Neste procedimento, é feita a instalação de um pequeno eletrodo na região cerebral afetada pelo Parkinson, que pode reduzir alguns sintomas, e por consequência, reduzir a dosagem dos remédios.
Além disso, para reforçar a autonomia do indivíduo e melhorar seu equilíbrio, é importante a prática de fisioterapia, terapia ocupacional e atividade física.
Tratamento com Cannabis Medicinal
Pesquisas científicas asseguram que os sintomas do Parkinson podem receber tratamento com Cannabis medicinal.
Rafael dos Santos, Jaime Hallak e José Alexandre Crippa, pesquisadores da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto, da USP (Universidade de São Paulo), apontam os efeitos positivos que o uso do CBD (canabidiol) provoca em comportamentos e alterações bioquímicas relacionadas à doença.
Tanto os sintomas motores (lentidão dos movimentos, tremores, rigidez muscular), quanto os não-motores (transtornos psicóticos, do humor e do sono) apresentaram respostas satisfatórias a partir do uso do canabidiol.
Segundo o panorama de estudos revisados por Santos, Hallak e Crippa, as propriedades antioxidantes e antiinflamatórias do CBD explicam os efeitos benéficos produzidos tanto pelos receptores canabinoides, quanto por outros mecanismos independentes.
Para uma parcela dos pacientes, o tratamento tradicional para oo Parkinson não demonstra a eficácia esperada. De acordo com os pesquisadores da USP, o efeito das medicações tradicionais, como a Levodopa, tem seu efeito reduzido com o passar do tempo, produzindo efeitos adversos graves como os movimentos involuntários (discinesia tardia). Obs.: discinesia induzida por levodopa.
Por isso, a busca pelo acesso à qualidade de vida, com o uso do canabidiol, vem acompanhado de otimismo não apenas pelos resultados apresentados pela revisão publicada na revista de medicina da USP, mas também em outras doenças como epilepsia e fibromialgia.
A importância de um acompanhamento especializado
Para garantir a eficácia de um tratamento com Cannabis medicinal, é importante contar com um minucioso acompanhamento especializado. Apesar de ainda haver poucos médicos prescritores no Brasil, já existem centros de excelência com esse foco. Fonte: Medicina In.
Controvérsias sobre estimulação cerebral profunda na doença de Parkinson inicial
17 de setembro de 2021 - Uma das grandes dúvidas sobre o tratamento da doença de Parkinson diz respeito ao momento de realizar a cirurgia de estimulação cerebral profunda (DBS, do inglês Deep Brain Stimulation). Segundo o Dr. Rubens Gisbert Cury, neurologista do grupo de distúrbios do movimento da Universidade de São Paulo (USP) e coordenador do ambulatório de DBS do Hospital das Clínicas da USP, é prematuro dizer que a estimulação cerebral profunda reduz a progressão da doença de Parkinson. “Há estudos pré-clínicos, mas ainda falta confirmação. Então, não se deve indicar estimulação cerebral profunda na fase precoce da doença”, disse ele, afirmando, entretanto, que há mudanças em relação à indicação de estimulação cerebral profunda na fase moderada da doença de Parkinson. O médico foi um dos palestrantes do painel Controvérsias na doença de Parkinson, realizado on-line no dia 06 de setembro, durante o XXIX Congresso Brasileiro de Neurologia.
Segundo o Dr. Rubens, a Food and Drug Admnistration (FDA) dos Estados Unidos liberou em 2020 um estudo multicêntrico de fase 3 sobre a estimulação cerebral profunda nos estágios iniciais da doença, o que poderá trazer mais esclarecimentos sobre tema. [1] Atualmente, os critérios de indicação para estimulação cerebral profunda em pacientes com doença de Parkinson são: ter recebido o diagnóstico há no mínimo quatro anos, resposta à levodopa de pelo menos 33% e sintomas descompensados.
“A principal indicação é no caso de complicações motoras refratárias (discinesia ou off) com muita flutuação; o segundo perfil mais indicado é em caso de tremor refratário apesar da medicação; e, por fim, para aqueles que têm intolerância medicamentosa e por isso tomam altas doses de dopaminérgicos”, informou. Trabalhos recentes indicam que o tempo médio de Parkinson indicado para cirurgia varia de 10 a 16 anos. [2]
Em geral, a cirurgia vinha sendo indicada na fase moderada para pacientes com complicações motoras avançadas, ou seja, com muita discinesia, muito off e sem alternativas terapêuticas. O Dr. Rubens disse que houve mudanças nesse ponto: a indicação passou a ser feita na fase moderada, mas diante de complicações motoras também moderadas, porque o risco cirúrgico é menor e o pós-operatório é melhor. “Não tem por que esperar até a complicação motora ficar muito grave”, afirmou. Foi constatado que esses grupos apresentam melhora na qualidade de vida. [3]
A hipersensibilização medicamentosa é outro argumento importante. [4] Ao aumentar muito a dose de medicamento em pacientes com complicações motoras há uma hipersensibilização pós-sináptica, de forma que, com a mesma dose de medicamentos, se induz muito mais discinesias e alterações comportamentais não motoras, como impulsividade e desregulação dopaminérgica. Essa hipersensibilização pós-sináptica pode ser parcialmente irreversível. “Depois da cirurgia, mesmo reduzindo os remédios, o paciente pode ter uma dificuldade no manejo medicamentoso, e a DBS entraria justamente para evitar o aumento dos medicamentos”, explicou o Dr. Rubens.
A cirurgia tem efeito por 15 a 17 anos, como foi demonstrado em um artigo recém-publicado no periódico Neurology. [5] “É óbvio que outros sintomas avançam, principalmente a parte cognitiva, mas para os sintomas que a DBS se propõe a tratar, ainda existe um controle em muito longo prazo”, afirmou o neurologista.
Parkinson é uma doença priônica?
Outra controvérsia discutida no painel foi se a doença de Parkinson seria uma doença priônica. O príon é uma proteína infecciosa, malformada, que pode se espalhar e infectar células saudáveis, causando uma autopropagação, explicou a Dra. Arlete Hilbig, que é neurologista do Centro de Doença de Parkinson e Distúrbios do Movimento da Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre e Irmandade da Santa Casa de Misericórdia de Porto Alegre (UFCSPA/ISCMPA). A Dra. Arlete disse que o questionamento da relação com o processo priônico começou com a identificação da alfa-sinucleína, proteína associada à doença de Parkinson, cuja propagação seria similar à do príon, de célula a célula.
“Há inconsistências em relação à propagação pela alfa-sinucleína”, afirmou a médica. O modelo não explica todos os casos clínicos e a distribuição anormal da patologia. Além disso, a proteína nem sempre segue uma conectividade neuroanatômica, e pacientes com sintomas avançados e certas formas genéticas não necessariamente têm corpos de Lewy; portanto, não têm o depósito da alfa-sinucleína. Segundo a Dra. Arlete, ainda é preciso esclarecer essas inconsistências para entendermos o desenvolvimento e a progressão da doença de Parkinson. Fonte: Medscape.
As alucinações são um sintoma surpreendentemente comum da doença de Parkinson, e novas pesquisas sugerem uma maneira de mapear e potencialmente tratá-las.
Por David Levine
Sep 16, 2021 -
Depois de ficar preso na orla da Antártica por mais de um ano, o
famoso explorador Ernest Shackleton relatou ter visto um doppelganger
(N.T.: sósia) durante sua maratona de 36 horas de desespero
marchando pela morte pelas montanhas e geleiras da ilha da Geórgia
do Sul. Ele se referiu a ele como seu "companheiro divino",
ajudando-o a lidar com as adversidades da jornada. Quase um século
depois, a exploradora Ann Bancroft foi ferida durante sua jornada de
1.900 milhas pela Antártica, e ela também encontrou conforto na
presença de um doppelganger que não estava ferido e caminhava ao
lado dela com facilidade.
O que funciona para aventureiros
polares também pode ajudar pessoas com Parkinson.
Embora
a maioria dos pacientes relate ter medo de suas alucinações,
especialmente quando elas ocorrem pela primeira vez, muitos pacientes
relatam não serem incomodados por elas e alguns até adoram falar
com seus amigos alucinatórios, de acordo com um dos autores de um
novo estudo na revista Science Medicina Translacional, que identifica
a rede neural do cérebro responsável pelas alucinações. Seu
trabalho pode ajudar os cientistas a entender como surgem as
alucinações e pode ajudar no tratamento do declínio cognitivo que
muitas vezes acompanha a doença de Parkinson.
O lado
alucinatório do Parkinson
Se você está surpreso com o fato de
as pessoas com Parkinson terem alucinações, você não está
sozinho, de acordo com Rachel Dolhun, neurologista credenciada e
especialista em distúrbios do movimento que é chefe de comunicações
da Fundação Michael J. Fox e não esteve envolvida na nova
pesquisa. “A maioria das pessoas está familiarizada com os
distúrbios do movimento associados à doença de Parkinson, como
tremor, rigidez dos membros ou problemas de marcha e equilíbrio.
Eles não estão tão familiarizados com alucinações ou problemas
de sono, ou mudanças de humor que os pacientes com doença de
Parkinson costumam desenvolver”, diz ela.
De acordo com
a Fundação da Doença de Parkinson, os sintomas não motores da
doença podem incluir distúrbios de atenção, dificuldade de
linguagem, perda de memória, demência, perda de olfato ou paladar,
distúrbios de humor, insônia, sonolência diurna excessiva,
depressão, ansiedade, apatia, e delírios - bem como
alucinações.
“Isso pode ser uma grande preocupação
se um paciente com doença de Parkinson tentar impedir um intruso
percebido.”
Em pessoas com casos mais avançados,
alucinações, problemas de raciocínio e demência são mais comuns,
diz Dolhun. “Para aumentar a confusão, alguns dos medicamentos
usados para tratar os sintomas motores podem causar problemas
de memória, bem como alucinações.”
“As alucinações
podem variar de ver um ente querido morto [a] crianças brincando em
um parquinho”, diz Dolhun. “Alguns pacientes os veem como
benignos e não se preocupam com eles. Outros estão
assustados.”
Ela observa que algumas alucinações de
Parkinson podem afetar a segurança de uma pessoa e assustar sua
família. Um comum é quando uma pessoa acredita que um intruso está
invadindo sua casa. “Isso pode ser muito preocupante se um paciente
com doença de Parkinson tentar impedir um intruso percebido”, diz
Dolhun.
O que pode ser feito para diminuir o impacto das
alucinações? Dolhun recomenda que as pessoas conversem com seus
médicos sobre como ajustar seus medicamentos, tentar criar um
ambiente calmo e limitar a exposição a notícias ou programas
violentos. “No entanto, alguns pacientes precisarão receber
medicamentos antipsicóticos para controlar as alucinações”, diz
ela.
As estimativas de quantas pessoas com Parkinson
sofrem de alucinações variam, e Dolhun diz que uma das razões é
que muitas pessoas não as discutem com seus médicos. “Alguns
pacientes ficam envergonhados, então é difícil dizer exatamente
quantos alucinam - a maioria dos pesquisadores acha que é entre 20%
a 50%”, diz ela.
De acordo com a Fundação da Doença
de Parkinson, quase um milhão de pessoas nos Estados Unidos vivem
com a doença e aproximadamente 60.000 americanos são diagnosticados
anualmente. Existem mais de 10 milhões de pessoas em todo o mundo
que vivem com Parkinson.
O que a nova pesquisa mostra
Olaf
Blanke é o diretor fundador do Centro de Neuroprostética da Ecole
Polytechnique Fédérale de Lausanne, na Suíça, e o autor sênior
do novo estudo. Ele e seus colegas usaram uma nova ferramenta de
diagnóstico robótico que captura o processamento sensorial e motor
por meio de imagens cerebrais para determinar a gravidade da
progressão da doença, provocando com segurança alucinações em
pacientes com Parkinson.
“Os pacientes me dizem que
sentem como se alguém tivesse passado por eles.”
Na
doença de Parkinson, as alucinações estão entre os sintomas não
motores mais perturbadores. A associação entre alucinações
visuais formadas e uma forma mais grave da doença de Parkinson com
declínio cognitivo e demência
Na doença de Parkinson, as alucinações estão entre os sintomas não motores mais perturbadores. A associação entre alucinações visuais formadas e uma forma mais grave da doença de Parkinson com declínio cognitivo e demência é relativamente bem conhecida. A mais comum e uma das primeiras alucinações na doença de Parkinson é a "alucinação de presença", a sensação de outra pessoa estar presente e por perto quando ninguém está lá. “Os pacientes me dizem que sentem como se alguém tivesse passado por eles”, diz Blanke.
Blanke e seus colegas estudaram os mecanismos
comportamentais e neurais subjacentes às alucinações de presença
sintomática na doença de Parkinson. Os pesquisadores induziram a
alucinação de presença no scanner de ressonância magnética por
meio de estimulação sensório-motora mediada por robôs para
desencadear a ocorrência de alucinação de presença sintomática
nesses pacientes.
Uma imagem de uma varredura do cérebro.
Resultados de neuroimagem de uma alucinação de
presença induzida por robô.
Blanke diz que a robótica
juntamente com uma ressonância magnética pode mapear alucinações
de presença no cérebro e identificar um padrão de conectividade
neural que é interrompido em indivíduos com Parkinson. Ao combinar
varreduras cerebrais de pessoas saudáveis com as de pessoas
com Parkinson e dados de pessoas sem Parkinson que sofrem de outras
condições neurológicas que causam alucinações de presença, eles
identificaram a rede específica de regiões cerebrais
fronto-temporais associadas a alucinações de presença.
“A
possibilidade de induzir alucinações de presença enquanto o
paciente está na máquina de ressonância magnética nos permitiu
investigar online as redes cerebrais associadas a ela”, diz Blanke.
"Descobrimos que a conectividade funcional dentro desta rede
fronto-temporal do cérebro de varreduras cerebrais em repouso previu
se um paciente com doença de Parkinson também sofria de alucinações
de presença."
Capturando a atividade neural
Blanke
está atualmente conduzindo um grande ensaio clínico para confirmar
seus resultados e estender os dados comportamentais e de neuroimagem
para definir outros subgrupos de pacientes e investigar a possível
relação entre alucinações de presença e outras formas de
alucinações, como alucinações auditivas, táteis e olfativas,
como bem como a possível relação entre alucinações de presença
e declínio cognitivo. Seu grupo também planeja adaptar ainda mais a
tecnologia robótica em combinação com a ressonância magnética
com o objetivo de “capturar” a atividade neural associada às
alucinações enquanto elas ocorrem. Ele também está adaptando e
aprimorando a tecnologia robótica e trabalhando no desenvolvimento
de um sistema totalmente usável.
Blanke espera que, no
futuro, um diagnóstico precoce de alucinações de presença possa
ajudar os médicos a adaptarem tratamentos e permitir intervenções
precoces visando formas específicas da doença de Parkinson e ajudar
a conduzir uma seleção mais homogênea de amostras de pacientes
para ensaios cognitivos específicos.
Dolhun diz que a
Michael J. Fox Foundation está muito interessada em inteligência
artificial, robótica e outras tecnologias que possam aprimorar os
tratamentos tradicionais, e a pesquisa de Blanke é importante a esse
respeito. “Espero que esta pesquisa leve a melhores tratamentos e
nos ajude a prever quais pacientes com doença de Parkinson
desenvolverão alucinações”. Original em inglês, tradução
Google, revisão Hugo. Fonte: Neo Life.
Discinesia e distonia são condições comuns que se desenvolvem em pessoas com doença de Parkinson e outros distúrbios do movimento.
May 03, 2021 - A discinesia é um efeito colateral do medicamento usado para tratar o Parkinson. A distonia pode ser causada por medicamentos ou pode ser um sintoma da própria doença.
Discinesia e distonia
podem ser tratadas de forma semelhante por meio de estimulação
cerebral profunda ou modificações na medicação.
Os
medicamentos para Parkinson, como a levodopa, podem causar sintomas
motores conhecidos como discinesias. Outro conjunto de sintomas
motores, distonia, também pode se desenvolver como um efeito
colateral dos medicamentos para Parkinson ou como um sintoma direto
do Parkinson ou outro distúrbio do movimento.
A doença
de Parkinson é um distúrbio neurológico caracterizado pela falta
do neurotransmissor dopamina no cérebro. Este mensageiro químico é
responsável por controlar os movimentos musculares. Quando os níveis
de dopamina estão baixos, a sinalização é interrompida, levando
ao desenvolvimento de distúrbios do movimento. A doença de
Parkinson é tratada com tratamentos dopaminérgicos para aumentar os
níveis de dopamina ou imitar o produto químico para melhorar os
sintomas.
A doença de Parkinson e outras formas de
parkinsonismo são caracterizadas por movimentos anormais,
bradicinesia (movimento lento) e mioclonia (espasmos ou espasmos
involuntários repentinos e breves ou de um músculo).
O
que são discinesia e distonia?
Distúrbios do movimento, como a
doença de Parkinson, estão associados aos sintomas de discinesia e
distonia.
Discinesia
Discinesia é um conjunto de
sintomas motores que afeta cerca de metade das pessoas com doença de
Parkinson que usam levodopa. Esses sintomas incluem movimentos
bruscos e involuntários da face, braços, pernas ou tronco. Mulheres
e aqueles com diagnóstico de Parkinson antes dos 60 anos são mais
propensos a desenvolver discinesia. A discinesia é um efeito
colateral de alguns medicamentos usados para tratar a doença
de Parkinson.
A distonia é outro distúrbio que causa contrações musculares involuntárias excessivas, repetitivas e padronizadas. No entanto, a principal diferença entre discinesia e distonia é que a distonia pode ser um sintoma da própria doença de Parkinson. Pode afetar muitas partes do corpo, incluindo rosto, mandíbula, pescoço, pálpebras (blefaroespasmo), cordas vocais, mãos, braços, pernas e pés.
Alguns sintomas comuns de distonia incluem:
Partes do corpo flexionando ou torcendo anormalmente
Movimentos corporais repetitivos e padronizados, que podem parecer tremores
Movimento em um lado do corpo que causa movimentos distônicos no lado oposto
O que causa discinesia e distonia?
A discinesia é um efeito colateral comum
do medicamento levodopa para Parkinson. Este medicamento é usado
para ajudar a aumentar o nível de dopamina no cérebro, aliviando os
sintomas da doença. No entanto, a levodopa é tomada
intermitentemente ao longo do dia, fazendo com que os níveis de
dopamina aumentem e diminuam com o tempo. Acredita-se que essas
flutuações sejam a causa da discinesia. Existem dois tipos de
discinesia:
Discinesia de dose máxima, que ocorre quando
o nível de levodopa está em seu nível mais alto.
Discinesia difásica, que ocorre quando os níveis de levodopa estão aumentando ou diminuindo.
Embora a distonia possa ser um sintoma da própria doença de Parkinson, também pode ser causada pelo tratamento com levodopa, semelhante à discinesia. Os sintomas de distonia ocorrem quando há uma diminuição nos níveis de dopamina no cérebro, que pode ocorrer antes de a medicação ser tomada pela manhã ou quando o efeito da medicação passa, durante o dia. Essa distonia "desligada" (off) e "ligada" (on) pode ser tratada tomando uma forma de levodopa de liberação prolongada ou aumentando o número de doses tomadas por dia.
A discinesia distônica pode ocorrer quando os movimentos causados pela levodopa são mais sustentados e torcidos do que na discinesia típica. Quando isso ocorre, é importante determinar a causa - se o movimento ocorre nos níveis de dose máxima de dopamina ou se é distonia "desligada" e "ligada".Outras causas de discinesia e distonia
Existem muitos tipos de distonia não relacionados à doença de Parkinson. Muitas formas de distonia ocorrem sem causa conhecida. Algumas causas de distonia são hereditárias, enquanto lesão cerebral (por trauma ou acidente vascular cerebral) também pode causar distonia.
A doença de Huntington é uma doença genética rara em que as células nervosas do cérebro se degeneram com o tempo. Esta doença causa distúrbios do movimento semelhantes ao Parkinson, incluindo coreia e distonia.
A atrofia de múltiplos sistemas (Multiple system atrophy - MSA) e a paralisia supranuclear progressiva (PSP) são outras doenças degenerativas raras que afetam os movimentos musculares. A discinesia pode ocorrer quando as pessoas com MSA ou PSP são tratadas com levodopa, e MSA ou PSP não tratados podem levar ao desenvolvimento de distonia.
Como Gerenciar
Discinesia
Seu neurologista pode sugerir adicionar um novo
medicamento, mudar a forma de levodopa que você toma ou até mesmo
colocar um implante cirúrgico para ajudá-lo a controlar a
discinesia.
Medicamentos complementares
Os agonistas do receptor de dopamina são outro
tipo de medicamento usado para tratar a doença de Parkinson. Eles
funcionam imitando a ação da dopamina e interagindo com os
neurônios do cérebro para aliviar os sintomas. Os agonistas do
receptor de dopamina podem ser usados sozinhos ou adicionados à
levodopa para ajudar a controlar a discinesia. Exemplos dessas drogas
incluem Requip (ropinirol), Mirapex (pramipexol), Apokyn (apomorfina)
e Neupro (rotigotina).
Gocovri (amantadina) é outro
medicamento clinicamente disponível que pode reduzir a discinesia e
ajudar os sintomas de Parkinson. Gocovri atua aumentando a quantidade
de dopamina no cérebro, o que alivia os sintomas de movimento
associados à doença.
Modificando Levodopa
Outra
forma de combater a discinesia é diminuir a dose de levodopa ou
alterar a hora do dia em que ela é tomada. Também existe uma forma
de liberação prolongada de levodopa disponível, que libera a droga
de forma constante por um período de tempo mais longo. Isso ajuda a
prevenir a dose de pico ou discinesia difásica.
Estimulação
profunda do cérebro
A estimulação cerebral profunda (DBS) é
um procedimento cirúrgico usado para ajudar a controlar os sintomas
motores e a discinesia causada pela ingestão de levodopa. Durante
uma cirurgia, eletrodos finos são inseridos em áreas do cérebro
responsáveis por controlar o movimento. Um pequeno gerador de
impulso é implantado durante outra cirurgia posteriormente. Uma vez
que o sistema DBS está instalado, os eletrodos enviam pequenos
pulsos elétricos a essas áreas do cérebro para estimulá-las. O
DBS ajuda o cérebro a manter a atividade de movimento normal
enquanto reduz a dose de levodopa necessária para aliviar os
sintomas.
Como tratar a distonia
A distonia pode ser
tratada das mesmas maneiras que a discinesia, como com medicamentos
dopaminérgicos e DBS. No entanto, existem outras maneiras de
controlar essa condição, incluindo Botox (toxina botulínica),
fisioterapia para trabalhar os músculos distônicos ou medicamentos
anticolinérgicos.
O botox (toxina botulínica) é mais
conhecido por seus usos cosméticos, como para diminuir as rugas. No
entanto, também pode ser usado para tratar distonia. Essa toxina vem
da bactéria Clostridium botulinum, que interfere na substância
química acetilcolina, usada pelas terminações nervosas dos
músculos para enviar mensagens. Quando essa comunicação é
interrompida, os músculos ficam enfraquecidos, o que pode aliviar
alguns sintomas do Parkinson.
Semelhante à toxina
botulínica, os medicamentos anticolinérgicos podem ser usados
para interferir na sinalização da acetilcolina entre os
nervos e os músculos. Estes incluem Artane (trihexifenidil),
Parsitan (etopropazina) e Cogentin (mesilato de
benztropina). Original em inglês, tradução Google,
revisão Hugo. Fonte: My Parkinson Team.
Na minha simplicidade, experiência e franqueza, definiria a Distonia, como uma espécie de cãimbra. Discinesia, só conheço a induzida por levodopa, quando o cara fica como o Michael Fox, no vídeo abaixo, a partir de 12. Esta idéia, admito mudou, ver matéria de 200222. A distonia é presumivelmente sub diagnosticada.
terça-feira, 14 de setembro de 2021
Quais são os 5 estágios da doença de Parkinson? Aqui está o que acontece em cada estágio
Os sintomas tendem a surgir lentamente na maioria das pessoas, especialmente no estágio inicial da doença de Parkinson. Veja o que esperar à medida que a doença progride.
CRÉDITO: ADOBESTOCK
September 14,
2021 - Os estágios da doença de Parkinson podem ajudar a dar à
pessoa e ao médico uma ideia de como o distúrbio pode progredir. A
doença é caracterizada por certos sintomas característicos (tremor
de repouso, rigidez e lentidão de movimentos), mas não há dois
casos iguais da doença.
Uma pessoa pode apresentar apenas
sintomas leves que não interrompem suas atividades diárias nos
estágios iniciais da doença de Parkinson. Com o tempo, as pessoas
com doença de Parkinson podem desenvolver problemas graves de
mobilidade que tornam difícil ficar de pé ou andar.
Embora
não haja como prever como será o cronograma dos estágios da doença
de Parkinson de qualquer indivíduo, entender o que esperar durante o
curso da doença pode ajudar você e o cuidador a planejarem com
antecedência.
Quais são os 5 estágios da doença de
Parkinson?
A doença de Parkinson é um distúrbio do movimento
neurológico que é progressivo, o que significa que os sintomas
pioram com o tempo. De acordo com a Fundação de Parkinson, a
maioria das pessoas passa pelos estágios da doença de Parkinson
gradualmente (e se os sintomas piorarem rapidamente, ao longo de dias
ou semanas, pode ser um sinal de que algo mais está
acontecendo).
Não há teste de laboratório que possa
dizer a uma pessoa em que estágio sua doença se encontra. Em vez
disso, é baseado na gravidade dos sintomas de movimento de uma
pessoa e no quanto a doença afeta sua capacidade de viver a vida
diária.
Embora os estágios da doença de Parkinson
possam parecer um pouco diferentes para cada pessoa, aqui está um
padrão típico da doença, de acordo com a Fundação de
Parkinson:
Estágio 1
Nos estágios iniciais da
doença de Parkinson, uma pessoa pode ter sintomas motores leves,
como um tremor, mas ainda pode levar sua vida diária, seja
trabalhando, fazendo pequenas tarefas ou desfrutando de hobbies, sem
incidentes. Os sintomas de movimento geralmente ocorrem apenas em um
lado do corpo envolvido. A doença de Parkinson no estágio 1 pode
incluir mudanças nas expressões faciais, na postura ou no andar de
uma pessoa.
Estágio 2
Os sintomas se tornam mais
perceptíveis no estágio 2 da doença de Parkinson. Dificuldades de
movimento e rigidez muscular tendem a afetar ambos os lados do corpo
e as tarefas podem se tornar mais demoradas. A pessoa nesta fase do
Parkinson também pode ter problemas para andar ou manter uma boa
postura.
Estágio 3
O estágio 3 é considerado
doença de Parkinson em estágio intermediário. É quando uma pessoa
freqüentemente começa a perder o equilíbrio e aumenta o risco de
cair. (Aqui estão algumas dicas sobre como evitar quedas em casa
conforme você envelhece).
Atividades cotidianas como
cozinhar, limpar, vestir e comer podem ser mais desafiadoras, mas a
maioria das pessoas com doença de Parkinson no estágio 3 ainda são
totalmente independentes.
Estágio 4
No estágio 4 da
doença de Parkinson, a pessoa começa a apresentar sintomas mais
graves e debilitantes. Eles podem precisar usar um andador ou outra
forma de assistência para se locomover. Você pode precisar de ajuda
em tempo integral para morar em sua casa à medida que progride no
estágio médio a avançado de Parkinson.
Estágio 5
Este
é o estágio mais avançado da doença e os sintomas podem ser
intensos. Uma pessoa com doença de Parkinson em estágio avançado
geralmente tem rigidez nas pernas que a impede de ficar em pé ou
andar. Eles podem precisar usar uma cadeira de rodas ou não
conseguir sair da cama e precisar de cuidados de enfermagem 24 horas
por dia, 7 dias por semana, enquanto convivem com o estágio 5 da
doença de Parkinson. Alucinações e delírios também se tornam
mais prováveis neste estágio.
Os médicos podem se
referir a esses estágios do Parkinson como a escala Hoehn e Yahr: os
estágios 1 e 2 são considerados estágios iniciais; os estágios 2
e 3 são considerados intermediários; e os estágios 4 e 5 são
considerados estágio final.
Quais são os sintomas não
motores do Parkinson?
Os estágios da doença de Parkinson são
definidos pela gravidade dos sintomas motores de um paciente e o
quanto esses sintomas afetam a capacidade de funcionar todos os dias.
Mas há sintomas não motores que têm maior probabilidade de se
desenvolver mais tarde na doença também, e o médico pode levá-los
em consideração ao avaliar alguém com o transtorno.
Por
exemplo, pessoas com doença de Parkinson em estágio avançado podem
ter dificuldade para mastigar, comer, falar ou engolir ("disfagia"),
que é considerado um sintoma motor e não motor. A disfagia, em
particular, pode causar sérios problemas de saúde, como
desnutrição, desidratação e aspiração.
Nos estágios finais da doença de Parkinson, uma pessoa pode desenvolver mudanças cognitivas, incluindo lentidão de memória ou pensamento, dificuldade de planejamento e realização de tarefas e dificuldade de concentração. (De acordo com a Fundação de Parkinson, aproximadamente 50% das pessoas com Parkinson terão alguma forma de deficiência cognitiva, e isso pode levar à demência total para alguns.) Ou eles podem notar mudanças em sua saúde óssea ou visão.
Mas não há como dizer com certeza se ou quando
esses sintomas ocorrerão em qualquer indivíduo porque os sintomas
da doença de Parkinson variam de pessoa para pessoa.
Com
que rapidez a doença de Parkinson progride?
As pessoas tendem a
passar pelos estágios da doença de Parkinson lentamente, geralmente
ao longo dos anos. A pesquisa mostrou que a doença tende a progredir
menos rapidamente em pessoas que são diagnosticadas em uma idade
mais jovem (digamos, na casa dos 50 anos) do que aquelas
diagnosticadas mais tarde na vida.
Além do mais, a doença
de Parkinson pode começar décadas antes que o paciente perceba um
único sintoma motor.
“Nós sabemos que a doença de
Parkinson na verdade começa muitos, muitos anos antes de você ver
aquele tremor ou aquele arrastar de pés,” Lynda Nwabuobi, MD,
professora assistente de neurologia clínica no Instituto Weill
Cornell de Doenças e Distúrbios do Movimento de Parkinson, disse à
Health. "Achamos que há pelo menos 30 anos."
Esse estágio inicial da doença de Parkinson é chamado de estágio "pré-motor". Isso acontece antes de uma pessoa ser diagnosticada e pode incluir sintomas como perda do olfato, distúrbio de comportamento do sono REM (quando uma pessoa representa seus sonhos) e constipação.
“Os
pacientes costumam dizer: 'Sim, há muitos e muitos anos não tenho
um bom olfato'”, diz o Dr. Nwabuobi. "Ou o cônjuge diz: 'Ele
chuta muito durante o sono. Faz isso desde que nos casamos.'"
Mas
a realidade é que, como acontece com os sintomas da doença de
Parkinson, a progressão da doença varia de pessoa para pessoa.
“Algumas pessoas têm Parkinson há dois anos e não estão indo
muito bem”, diz o Dr. Nwabuobi. “E então algumas pessoas têm
Parkinson há 20 anos e estão indo muito bem e vivendo suas
vidas”.
Felizmente, os tratamentos podem ajudar uma
pessoa a controlar os sintomas e a ter uma vida mais funcional em
vários estágios da doença de Parkinson.
"Temos
muitos medicamentos muito bons", diz o Dr. Nwabuobi. "Eu
digo às pessoas: 'Se você vai pegar uma doença neurodegenerativa,
o Parkinson não é ruim'." Original em inglês, tradução
Google, revisão Hugo. Fonte: Health. Veja também aqui: May 03, 2021 My Parkinsons Team.
Parkinson: pacientes desconhecem técnicas para andar com mais segurança
Estudo da Academia Americana de Neurologia mostra que as chamadas estratégias de compensação não têm a divulgação necessária
14/09/2021 - Há algumas técnicas para auxiliar pessoas com Doença de Parkinson que enfrentam dificuldades para andar. No entanto, estudo publicado semana passada na revista científica “Neurology”, da Academia Americana de Neurologia, mostra que a maioria desconhece a existência dessas práticas. “Sabemos que os pacientes com Parkinson intuitivamente criam mecanismos para superar suas limitações, com o objetivo de garantir sua mobilidade e independência. Entretanto, muitos não recebem informações sobre as estratégias de compensação que existem para esse quadro”, afirmou a médica Anouk Tosserams, autora do trabalho.
Pacientes com Doença de Parkinson desconhecem que há estratégias para auxiliar quem enfrenta dificuldades para andar — Foto: Steve Buissinne para Pixabay
Os pesquisadores entrevistaram 4.324 indivíduos com Parkinson e algum comprometimento, como falta de equilíbrio, andar arrastando os pés ou travar repentinamente, o temido congelamento. Entre os participantes, 35% relataram que as dificuldades de deslocamento interferiam nas atividades do dia a dia; 52% tinham tido uma ou mais quedas no ano anterior. Em seguida, foram apresentadas as estratégias de compensação. Embora todos recorressem a algum tipo de adaptação para caminhar, 17% nunca tinham ouvido falar de qualquer técnica que pudesse ajudá-los e 23% não tinham experimentado nenhuma delas.
Apenas 4% tinham conhecimento das chamadas sete estratégias, que passo a descrever aqui, lembrando que sua experimentação e adoção devem que ser discutidas com o médico e vão depender do estágio da enfermidade. A primeira é se valer de uma “pista” ou “deixa” interna para ter consciência do movimento – por exemplo, seguir uma contagem dentro da cabeça. A segunda é a “pista” externa, como se deslocar no ritmo de um metrônomo (aparelho que, através de pulsos de duração regular, indica um andamento musical). Terceira: criar um padrão de marcha distinto, como pisar forte em cada passada. Quarta: incrementar a ação a partir da observação, assistindo a outra pessoa caminhar. Quinta: treinar movimentos diferentes, como pular ou andar de costas. Sexta: exercitar as pernas de outra forma, pedalando ou engatinhando. Sétima: atuar no quadro mental e emocional através de técnicas de relaxamento. O grande desafio é que o que antes era natural e automático se torna algo que tem que ser reaprendido. No Brasil, estudos avaliaram que o treino com pistas visuais, feito com marcadores no solo, parece ter efeito positivo, uma vez que se torna eficaz na regulação do comprimento do passo. O treinamento de marcha em esteira também tem se mostrado eficiente, de acordo com levantamento de pesquisadores do Hospital Albert Einstein. Fonte: G1 Globo.
Veja matéria afim, publicada em 090921, AQUI.