Objetivo: atualização nos dispositivos de “Deep Brain Stimulation” aplicáveis ao parkinson. Abordamos critérios de elegibilidade (devo ou não devo fazer? qual a época adequada?) e inovações como DBS adaptativo (aDBS). Atenção: a partir de maio/20 fui impedido arbitrariamente de compartilhar postagens com o facebook. Com isto este presente blog substituirá o doencadeparkinson PONTO blogspot.com, abrangendo a doença de forma geral.
sexta-feira, 11 de março de 2022
Você conhece a receita para prevenir a prisão de ventre?
Cerca de 20% do mundo sofre com isso, de acordo com o Guia de Constipação Mundial de Gastroenterologia (GMO)
11 · 03 · 22 - Muitas pessoas no
mundo sabem que a constipação é comum em suas vidas, com o
inconveniente que isso acarreta. De fato, esta patologia tem uma
prevalência estimada em cerca de 20% da população mundial, segundo
o guia de constipação World Gastroenterology (GMO). Além disso, é
mais comum no sexo feminino, em pessoas com estilo de vida sedentário
e nas quais digerem uma dieta pobre em líquidos e fibras (frutas e
legumes). E durante as férias fica ainda pior, pois a mudança de
hábitos e até o “banheiro desconhecido” podem levar a uma
verdadeira tortura intestinal.
Quando podemos falar sobre
constipação?
Os especialistas da Fundação do Sistema
Digestivo Espanhol (FEAD) reconhecem que uma coisa é a definição
clínica deste problema e outra muito diferente que cada paciente
percebe subjetivamente. Os especialistas estabelecem uma escala:
menos de três evacuações por semana, e que as fezes estejam duras,
em pequenas quantidades ou secas, é sinal de que o paciente está
sofrendo de constipação. Mas é claro que cada um tem seu próprio
ritmo intestinal e essa escala não se aplica a todos os casos
igualmente. Portanto, a constipação também é considerada se o
paciente observar uma diminuição no número de vezes que defeca,
exige mais esforço para fazê-lo e as fezes são duras.
Por
outro lado, uma questão importante deve ficar clara: o FEAD não
considera a constipação uma doença, mas pode ser devido a uma
patologia específica (doença de Crohn, colite isquêmica, fissuras
anais ou hemorroidas complicadas). Também pode ser causada pelo
consumo de algumas drogas como:
Benzodiazepínicos
Medicamentos
para Parkinson
Antidepressivos, anti-inflamatórios não
esteroides
Diuréticos
Dieta rica em fibras, a melhor
prevenção
A Fundação
do Sistema Digestivo Espanhol (FEAD) recomenda uma dieta rica em
fibras para prevenir ou tratar a constipação. Embora a fibra
dietética faça parte do que é considerado uma dieta saudável,
também é recomendada para prevenir ou tratar a constipação. O
fato é que a fibra aumenta muito a massa fecal. Portanto, seu
consumo aumenta a frequência de defecação e reduz o tempo de
trânsito intestinal. Mas se não tivermos certeza de quanta fibra
nossa dieta deve conter, os especialistas da FEAD nos oferecem alguns
requisitos mínimos:
Duas porções de vegetais por dia,
pelo menos uma crua, como em saladas, e outra como parte de um prato
elaborado ou como guarnição.
Três pedaços de fruta
diariamente, de preferência inteiros e com casca, desde que
comestíveis, é claro, pois a fibra é encontrada principalmente na
polpa e na casca.
Todos os dias entre quatro e seis porções de produtos que contêm farinha integral ou são enriquecidos com farelo de trigo para maior ingestão de fibras. Como fazer isso? Assim, por exemplo, tome alguns cereais matinais, pão integral nas refeições ou também, como refeição em si, alimentos como massas ou arroz integral.
Semanalmente duas a cinco porções de leguminosas, pois são uma das principais fontes de fibra. Eles podem ser usados como substitutos de cereais e vegetais cozidos pela adição de cereais, aumentando assim o valor biológico do teor de proteínas.
Os especialistas em digestão dão-nos algumas ideias: lentilhas com arroz, guisado com batatas ou homus com pão, etc. Claro, essas quantidades levando em conta que uma porção equivale a um prato individual de cerca de 60 gramas cru. Original em catalão, tradução Google, revisão Hugo. Fonte: Diari de Girona.
Parkinson: quando as rugas da pele são um sintoma precoce da doença
Estudo inédito liderado por cientistas brasileiros identificou a relação
Doença de Parkinson - Foto: Pixabay
11/03/22 - Rugas e perda de viço da pele podem revelar bem mais do que sinais de envelhecimento. Um novo estudo sugere que seriam um indicador visível da presença de depósitos anômalos de proteínas já associados a doenças neurodegenerativas, em especial, o Parkinson.
Realizado por cientistas brasileiros e publicado na revista científica Neurobiology of Aging, o estudo abre mais do que janelas, mas um portal de possibilidades para a compreensão do envelhecimento e de formas para diagnosticar e tratar doenças neurodegenerativas, hoje sem cura.
Ainda no campo da hipótese, o trabalho lança bases para se imaginar, por exemplo, o desenvolvimento de um creme para a pele que possa não apenas retardar e amenizar os sinais de envelhecimento, mas também prevenir ou tratar doenças que atacam o cérebro. Pois, os sinais na pele antecederiam o avanço de distúrbios para o sistema nervoso central.
"A nova pesquisa se soma a trabalhos internacionais recentes, que propõe uma nova compreensão sobre o envelhecimento e as doenças neurodegenerativas ligadas a ele, como o Parkinson e Alzheimer", afirma o neurocientista Stevens Rehen, um dos autores do estudo e pesquisador do Departamento de Genética do Instituto de Biologia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e do Instituto D’Or de Pesquisa e Ensino (IDOR).
A pele de qualquer pessoa definha à medida que se envelhece, mas nem todo mundo terá doenças neurodegenerativas na velhice. Porém, a ciência começa a reunir pistas sobre os fatores que fazem a diferença entre doença e envelhecimento saudável. Os agregados de determinadas proteínas estão logo à frente na lista de culpados.
O estudo investigou o que acontece com a pele quando exposta a agregados, ou seja, depósitos, de uma proteína chamada alfa-sinucleína. Esses agregados de alfa-sinucleína formam as fibras que matam os neurônios produtores de dopamina de pacientes com Parkinson, levando a tremores e problemas motores característicos da doença.
Já se sabia que eles existem na pele de pessoas com Parkinson. Mas não como eles afetam a pele de forma geral. Em condições normais, a alfa-sinucleína é uma proteína importante para as sinapses, a conversa entre os neurônios. Por motivos desconhecidos, ela pode começar a se agregar. Nesse momento, ela se torna tóxica.
"O que fizemos foi ‘desafiar’ um modelo de pele humana com agregados de alfa-sinucleína e o que vimos nos impressionou", explica a neurocientista Júlia Oliveira, pesquisadora do IDOR e primeira autora do estudo, realizado em parceria com a UFRJ e a L’Oreal.
Eles viram a pele envelhecer sob a lente do microscópio. Os cientistas usaram um organoide, uma espécie de “minipele” desenvolvida em laboratório, mas que tem a estrutura da epiderme (a camada superficial) da pele humana. A minipele foi exposta aos agregados de alfa-sinucleína e os pesquisadores observaram que os queratinócitos, as principais células da epiderme humana, passaram a proliferar menos.
Os queratinócitos normalmente têm intensa proliferação, pois são eles que renovam e mantém saudável a pele. Porém, uma vez expostos aos agregados, eles começaram a degenerar. Isso porque os agregados deflagram uma violenta resposta inflamatória do sistema de defesa do organismo.
O sistema imunológico tenta, mas não consegue atacar os agregados. Eles são muito grandes para serem engolidos por células de defesa especializadas e resistentes a todas as enzimas que dissolvem estruturas nocivas, explica Debora Foguel, também autora do estudo e professora titular do Instituto de Bioquímica Médica da UFRJ. O ataque imune fracassado acaba por levar à uma reação inflamatória descontrolada. Com isso, a pele se torna mais fina e imperfeita.
"É a mesma coisa que acontece no envelhecimento", observa Oliveira.
As mudanças na pele podem ser um sinal de alerta antes que os agregados cheguem e se estabeleçam no cérebro. Normalmente, os sinais clínicos das doenças neurodegenerativas só se tornam perceptíveis quando o estrago já está feito no cérebro, observa Foguel.
Como essas proteínas anômalas se acumulam lentamente, à medida que envelhecemos, detectá-las precocemente ainda na pele pode se tornar um instrumento de diagnóstico poderoso para a medicina.
"Será que intervenções na pele podem vir a aliviar a progressão de doenças neurodegenerativas? É o que queremos investigar", salienta Rehen.
O cérebro, que se considerava a origem e o alvo dessas doenças, pode ser apenas o derradeiro destino de um processo iniciado em outras partes do corpo, como a pele e o intestino, onde esses agregados também já foram encontrados em pacientes com Parkinson. Em vez de neurodegenerativas, seriam doenças sistêmicas, isto é, que afetam numerosas partes do corpo.
"Talvez não existam propriamente doenças neurodegenerativas, mas sim doenças sistêmicas provocadas pelo acúmulo de proteínas", diz Foguel.
Parkinson, Alzheimer e uma série de outras doenças neurodegenerativas são causadas pelo acúmulo de depósitos de proteínas. Elas se agregam e formam fibras chamadas de amiloides. Pelo menos 30 proteínas podem formar fibras amiloides associadas a doenças. Os exemplos mais conhecidos são alfa-sinucleína (Parkinson), beta-amiloide (Alzheimer) e príon (mal da vaca louca).
"Uma hipótese interessante que nosso artigo levanta é se esses agregados de alfa-sinucleína seriam capazes de serem transferidos da pele para neurônios periféricos e de lá até o cérebro, contribuindo para o avanço da doença. Um processo semelhante poderia ocorrer com os agregados do Alzheimer", acrescenta Rehen.
A ciência ainda não compreende a complexa linguagem de sinais bioquímicos entre a pele e o cérebro. Mas já descobriu que, no ambiente controlado de laboratório, é possível amenizar o avanço da degeneração provocada pelos agregados ao controlar a inflamação.
Os pesquisadores também querem identificar que motivos fazem proteínas se tornarem nocivas. No caso da pele, a radiação ultravioleta é a candidata mais óbvia por alterar o DNA e a expressão das proteínas, mas não está sozinha.
"Os agregados vão se juntando ao longo da vida. Obesidade, que é inflamatória; infecções virais; dermatites, há numerosas condições que podem influenciar", afirma a neurocientista Marília Zaluar Guimarães, do IDOR e do Instituto de Ciências Biomédicas da UFRJ, que também participou do estudo.
"Os agregados aceleram a degeneração da pele, não apenas de quem tem Parkinson. Não se sabe o quão frequentes são. Porém, podemos vislumbrar formas de cuidar melhor da pele ao tratá-los", enfatiza Júlia Oliveira. Fonte: Folha de Pernambuco.
Demência do corpo de Lewy: causas e sintomas
November 01, 2021 - Demência por corpos de Lewy (LBD - Lewy body dementia) é um termo abrangente para dois tipos relacionados de demência – demência com corpos de Lewy e demência da doença de Parkinson (PDD - Parkinson’s disease dementia). A demência é uma doença que prejudica progressivamente a capacidade de uma pessoa pensar, raciocinar, lembrar e funcionar. Embora essas duas condições tenham características sobrepostas, também existem distinções importantes. Compreender as causas e sintomas de LBD, bem como como seus dois subtipos, demência com corpos de Lewy e PDD, diferem um do outro é fundamental para diagnósticos adequados e encurtar o tempo para iniciar o tratamento.
Leia sobre o diagnóstico e tratamento da demência por corpos de Lewy.
Prevalência de Demência de
Corpos de Lewy
Depois da doença de Alzheimer, os LBDs são a
segunda causa mais comum de demência em pessoas com mais de 65 anos.
Os cientistas não têm certeza de quão comuns são essas demências.
Em uma revisão de estudos sobre demência com corpos de Lewy, sua
prevalência no total de casos de demência variou de 0,3% a 24,4%,
dependendo do estudo. Essa inconsistência é provavelmente porque os
cientistas estão apenas começando a entender a demência com corpos
de Lewy e a diferenciá-la da doença de Alzheimer. Outro estudo
estima que pelo menos 75% dos indivíduos que vivem com doença de
Parkinson (DP) por pelo menos 10 anos desenvolverão
demência.
Causas da Demência de Corpos de Lewy
Os
LBDs são pouco compreendidos, mas acredita-se que sejam
caracterizados pelo acúmulo de corpos de Lewy no cérebro. Os corpos
de Lewy são agrupamentos ou aglomerados de proteínas mal formadas
(desdobradas) chamadas proteínas alfa-sinucleína. As proteínas
alfa-sinucleína saudáveis são normalmente encontradas
amplamente em todo o cérebro e acredita-se que desempenhem muitos
papéis, incluindo a participação na plasticidade. Isso significa
que eles afetam como as células cerebrais se comunicam umas com as
outras e mudam em resposta à experiência de uma pessoa. No entanto,
quando essas proteínas se dobram e se acumulam, o resultado são os
corpos de Lewy, que levam à morte celular no cérebro.
O
tipo de LBD que uma pessoa tem é determinado por onde no cérebro os
corpos de Lewy começam a se formar. Quando os corpos de Lewy começam
a se formar no córtex, a demência com corpos de Lewy é o resultado
mais provável. Esses depósitos iniciais de proteínas no córtex
levam a mudanças cognitivas precoces, como desatenção. Quando os
corpos de Lewy primeiro se depositam em áreas do cérebro mais
relacionadas ao controle motor e movimento, como a substância negra,
o PDD é o resultado mais provável.
Mas o que faz com que
esses corpos de Lewy se formem em primeiro lugar?
A
genética ou elementos hereditários provavelmente desempenham um
papel. Acredita-se que os seguintes genes estejam envolvidos no
espectro de distúrbios relacionados à DP, incluindo demência com
corpos de Lewy e PDD.
APOE
SNCA
LRRK2PD
O gene APOE,
que produz a apolipoproteína E. tem sido associado à demência por
corpos de Lewy. Especificamente, a demência com corpos de Lewy tem
sido associada à presença da variante ε4, assim como a doença de
Alzheimer. PDD não está associado a esta variante do gene.
Essas
doenças também foram associadas a mutações no SNCA (um gene que
controla a produção de alfa-sinucleína) e LRRK2 (um gene que
controla a produção de uma proteína quinase). O LRRK2 é um gene
particularmente interessante, pois as mutações no LRRK2 estão
ligadas ao acúmulo de alfa-sinucleína e proteína tau (outra
proteína anormalmente dobrada que se acumula na doença de
Alzheimer). No entanto, mais pesquisas são necessárias para
entender o complicado papel desses genes e como eles podem estar
interagindo. Alterações nessas proteínas podem levar a
consequências devastadoras para indivíduos com doença de
Parkinson.
Sinais e sintomas de demência do corpo de
Lewy
Existem muitos sinais e sintomas de LBD. Uma característica
importante é o comprometimento cognitivo. É definida na versão
mais recente do Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos
Mentais (DSM-5) como declínio cognitivo em uma ou mais áreas
(atenção complexa, função executiva, aprendizagem e memória,
linguagem, percepção-motora ou cognição social). Pessoas com
problemas nessas áreas podem ser esquecidas, ter problemas para
prestar atenção, ter problemas para resolver problemas, ser
incapazes de aprender novos fatos ou habilidades, ter dificuldade em
falar ou formar frases ou ter mudanças comportamentais. Esses
sintomas podem variar de leves a graves e, para fazer o diagnóstico,
devem prejudicar significativamente o funcionamento diário de uma
pessoa.
O comprometimento cognitivo não é a única marca
registrada do LBD. Pessoas com demência com corpos de Lewy e PDD
podem se apresentar de maneira muito diferente por causa de como (e
onde) os corpos de Lewy se depositam no cérebro.
A
demência com corpos de Lewy é caracterizada por três
características principais, de acordo com o DSM-5:
Problemas
com a cognição (incluindo variações acentuadas na atenção e no
estado de alerta)
Alucinações visuais
Características espontâneas do parkinsonismo (sintomas motores ou de movimento), que começam após o aparecimento dos sintomas cognitivos
Outras
características que podem sugerir demência com corpos de Lewy
são:
Distúrbio comportamental do sono de movimento
rápido dos olhos
Sensibilidade a medicamentos antipsicóticos
Os
sintomas do PDD são semelhantes, mas o momento é diferente. A
diferença importante é que no PDD, os sintomas do movimento
parkinsoniano (movimento lento, andar arrastado, tremores, tremores,
músculos rígidos, cãibras musculares, problemas de equilíbrio)
começam antes que os sintomas cognitivos e a demência apareçam.
Os
sintomas característicos de ambas as doenças incluem:
Alucinações
visuais – Ver ou ouvir coisas ou pessoas que não estão
lá
Distúrbios do movimento (parkinsonismo) — Movimento
lento, músculos rígidos, tremor e andar arrastado
Problemas
cognitivos — Confusão, falta de atenção, problemas
visuais-espaciais e perda de memória
Dificuldades do sono –
distúrbio comportamental do sono REM e realização de sonhos
durante o sono
Problemas emocionais – Depressão, ansiedade e
apatia
Uma vez que a demência se desenvolve em alguém com
doença de Parkinson (resultando em PDD), não há diferenças
clínicas ou biológicas que possam distingui-la de forma confiável
da demência com corpos de Lewy.
Diagnosticando a Demência
do Corpo de Lewy
Diagnosticar LBD pode ser um desafio. A
demência com corpos de Lewy é mais frequentemente diagnosticada
como doença de Alzheimer. A maior dificuldade no diagnóstico da
demência por corpos de Lewy é o diagnóstico precoce e a
diferenciação da doença de Alzheimer. No PDD, o principal desafio
é a identificação oportuna do comprometimento cognitivo em
indivíduos com doença de Parkinson.
Para fazer um
diagnóstico, os médicos usarão questionários específicos de
entrevista clínica, escalas de classificação e testes
laboratoriais (incluindo neuroimagem, como ressonância magnética e
PET). Exames neurológicos e físicos também serão necessários.
Técnicas de imagem podem ser particularmente úteis ao tentar
distinguir LBD da doença de Parkinson. Avaliações cuidadosas e
precisas e planos de manejo apropriados são componentes necessários
para o diagnóstico de doenças do corpo de Lewy.
Gerenciamento
de sintomas
Várias estratégias de tratamento demonstraram
clinicamente melhorar os sintomas da LBD. Algumas dessas escolhas são
medicamentos e outras são opções baseadas em terapia.
Inibidores
da Colinesterase
Embora os inibidores da colinesterase não
possam curar a demência, eles podem ajudar a retardar o processo e
melhorar os sintomas de alguns indivíduos. Os inibidores da
colinesterase ajudam a aumentar a quantidade de substâncias químicas
importantes chamadas neurotransmissores no cérebro, que podem ajudar
na memória e no funcionamento diário. Em um estudo, pessoas com
demência com corpos de Lewy que foram tratadas com a droga
rivastigmina tiveram melhor humor, maior atenção e diminuição das
alucinações. Os efeitos colaterais geralmente incluem náuseas,
vômitos e redução do apetite.
Antagonistas de
N-metil-D-aspartato
Em outra classe de medicamentos chamados
antagonistas de N-metil-D-aspartato, a memantina demonstrou melhorar
a atenção e a memória em pessoas com demência com corpos de Lewy
e PDD.
Medicamentos para outros sintomas de
demência
Pessoas com LBD podem frequentemente experimentar um
distúrbio do sono chamado distúrbio comportamental do sono com
movimentos rápidos dos olhos. Isso às vezes pode ser tratado com
sedativos como clonazepam ou com melatonina (um hormônio que ajuda a
dormir). Outros sintomas mais graves de LBD, incluindo níveis
flutuantes de alerta (zoning out), alucinações, agitação,
confusão grave e delírio podem ser difíceis de tratar. Os médicos
devem primeiro descartar causas subjacentes, como infecção ou
outros medicamentos que podem estar desencadeando esses sintomas. Se
não for possível encontrar uma causa tratável, os médicos podem
usar uma dose baixa do medicamento antipsicótico atípico quetiapina
para tratar esses sintomas. No entanto, pessoas com LBD não devem
receber antipsicóticos típicos (como haloperidol) ou antipsicóticos
atípicos de alta potência (como olanzapina), pois as pessoas com
LBD são muito sensíveis a esses medicamentos e podem desenvolver
síndrome neuroléptica maligna se os tomarem. Esta é uma condição
com risco de vida que causa febre, rigidez muscular e coração
acelerado, e pode levar à insuficiência cardíaca e renal. Converse
com seu médico sobre as opções de medicação.
Tratamentos
não farmacológicos
Muitos tratamentos não médicos podem
ajudar a melhorar a qualidade de vida de pessoas com doença de
Parkinson, demência com corpos de Lewy e PDD. Algumas dessas opções
incluem terapia cognitivo-comportamental, exercícios físicos e
fisioterapia, ouvir música e estimulação transcraniana por
corrente contínua.
Construindo uma
comunidade
MyParkinsonsTeam é a rede social para pessoas com
doença de Parkinson. No MyParkinsonsTeam, mais de 79.000 membros se
reúnem para fazer perguntas, dar conselhos e compartilhar suas
histórias com outras pessoas que entendem a vida com a doença de
Parkinson.
Você está vivendo com a doença de Parkinson?
Compartilhe sua experiência nos comentários abaixo ou inicie uma
conversa postando no MyParkinsonsTeam. Original em inglês, tradução
Google, revisão Hugo. Fonte: MyParkinsonsTeam.
Demência de corpos de Lewy: diagnóstico e tratamento
October 12, 2021 - Demência de corpos de Lewy (LBD) é um termo genérico para dois tipos de demências semelhantes: demência com corpos de Lewy (DLB) e demência da doença de Parkinson (PDD). As semelhanças entre DLB, PDD e até mesmo a doença de Alzheimer levam a desafios em seu diagnóstico e tratamento. As características marcantes do LBD são distúrbios do movimento, a presença de depósitos de proteínas cerebrais chamados corpos de Lewy e sintomas de demência, como comprometimento cognitivo.
DLB e PDD podem ser difíceis de distinguir,
principalmente em estágios posteriores. Suas semelhanças levaram
alguns pesquisadores a pensar que podem, de fato, ser manifestações
diferentes da mesma doença. Abordagens diagnósticas cuidadosas
nesses casos podem levar a um melhor tratamento dos sintomas e
qualidade de vida.
Leia sobre as causas e sintomas da demência por corpos de Lewy.
Demência de corpos de Lewy:
diagnóstico
O diagnóstico de LBD é complicado e a pesquisa
está em andamento na biologia de DLB e PDD. Compreender como elas
diferem biologicamente pode ajudar a distinguir uma doença da outra,
o que é importante quando se trata de tratamento. Uma maneira que os
pesquisadores podem distinguir DLB de PDD é observando o acúmulo ao
longo do tempo de uma proteína chamada alfa-sinucleína, um
componente dos corpos de Lewy.
Para diagnosticar
definitivamente a LBD, equipes que incluem neurologistas e outros
especialistas usam uma variedade de métodos. Primeiro, eles procuram
sinais clínicos de LBD. Os médicos usam muitos questionários e
pesquisas para medir a cognição e os sintomas de movimento de uma
pessoa, o que pode ajudar a diferenciar esses distúrbios
semelhantes.
Em seguida, varreduras cerebrais especiais,
chamadas tomografia computadorizada por emissão de fóton único
(SPECT) ou tomografia por emissão de pósitrons (PET), podem ser
usadas para encontrar áreas danificadas do cérebro que são típicas
de LBD. Essas varreduras usam moléculas especiais que se ligam a
locais no tecido cerebral chamados transportadores de dopamina. Os
transportadores de dopamina acendem nos exames SPECT e PET e ajudam a
diferenciar o LBD da doença de Alzheimer.
Diagnosticando
Demência com Corpos de Lewy
A demência com corpos de Lewy é
caracterizada por sintomas de demência que começam antes do
aparecimento dos sintomas motores (de movimento). Pesquisas sugerem
que isso ocorre porque as proteínas do corpo de Lewy começam a se
acumular no córtex cerebral, fazendo com que os sintomas cognitivos
apareçam antes dos motores. Esta é uma característica definidora
no diagnóstico de DLB, de acordo com o Manual Diagnóstico e
Estatístico de Transtornos Mentais da American Psychiatric
Association,
Além disso, pelo menos uma dessas
características clínicas principais deve estar presente para que um
diagnóstico de DLB seja feito:
Estados cognitivos
flutuantes, incluindo desatenção e alerta
Alucinações
visuais recorrentes que são muito detalhadas e
vívidas
Características do parkinsonismo (movimentos lentos,
tremores de repouso ou rigidez), com início que ocorre após o
início do declínio cognitivo
Outras características diagnósticas de DLB incluem distúrbio comportamental do sono de movimento rápido dos olhos e sensibilidade neuroléptica grave (medicação antipsicótica). A presença de sintomas motores é a chave para distinguir DLB da doença de Alzheimer, pois sintomas motores ou de movimento não estão presentes na doença de Alzheimer.
Diagnosticando a
Demência da Doença de Parkinson
A demência da doença de
Parkinson é caracterizada por sintomas de demência que ocorrem após
o início da doença de Parkinson. Um diagnóstico de PDD normalmente
consiste em um diagnóstico preexistente de doença de Parkinson, uma
doença de movimento desordenado com declínio cognitivo posterior.
As avaliações clínicas para declínio cognitivo podem incluir
testes de funcionamento executivo (planejamento, pensamento adaptável
e organização) e memória.
Biologicamente falando, os
corpos de Lewy no PDD geralmente começam em áreas do cérebro
relacionadas à função motora, como os gânglios da base. Mais
tarde, à medida que se movem para outras áreas como o córtex, o
declínio cognitivo se torna aparente.
Demência do corpo
de Lewy: tratamento
Para alguém que vive com demência, um
diagnóstico adequado é importante para sua qualidade de vida.
Confusão ou diagnóstico incorreto podem atrasar o tratamento e
causar dificuldades indevidas.
Tratando a demência com
corpos de Lewy
Um tipo de tratamento para DLB é a família de
medicamentos conhecidos como inibidores da colinesterase. Esses
medicamentos ajudam a manter os níveis normais de uma substância
química no cérebro chamada acetilcolina. O tratamento a longo prazo
de indivíduos com DLB usando uma dessas drogas, a rivastigmina –
vendida como Exelon – demonstrou cientificamente aumentar a função
cognitiva e diminuir os sintomas neuropsiquiátricos.
Outro
tipo de medicamento chamado antagonistas de N-metil-D-aspartato
(NMDA) também pode ajudar indivíduos com DLB. A droga antagonista
de NMDA Namenda (memantina) demonstrou melhorar os resultados
clínicos em comparação com placebo em indivíduos com DLB (mas não
PDD).
As drogas
antipsicóticas às vezes são usadas para tratar os sintomas da
demência, como alucinações e agitação. Para indivíduos com DLB,
no entanto, é crucial selecionar a medicação certa. Os efeitos
biológicos do DLB tornam as pessoas mais sensíveis a esses
medicamentos, de modo que certos antipsicóticos podem ser
extremamente prejudiciais.
Tratamento da Demência da
Doença de Parkinson
Medicamentos inibidores da colinesterase
também são usados para tratar indivíduos com PDD, enquanto
estudos com antagonistas de NMDA mostraram resultados mistos. Algumas
pesquisas mostraram que eles não afetam significativamente os
sintomas clínicos, enquanto outros estudos com a mesma droga
(memantina) descobrem que ajudam aqueles com PDD.
Além
dos medicamentos, a terapia cognitivo-comportamental (TCC) provou ser
útil em casos de demência. A TCC é uma forma de terapia de
conversa que se concentra no uso de habilidades, como atenção
plena, para trabalhar com emoções negativas.
O exercício
também é útil em casos de doença de Parkinson. Pode ser capaz de
ajudar aqueles com LBD também. Em um estudo de indivíduos com
doença de Parkinson, exercícios aeróbicos como corrida diminuíram
os comprometimentos cognitivos.
A musicoterapia também
tem sido utilizada em casos de demência. Em um estudo, a
musicoterapia ajudou pessoas com demência leve a moderada a relaxar
e reduziu seus sintomas de depressão. Mais pesquisas são
necessárias para examinar o papel dos tratamentos não tradicionais
para DLB e PDD.
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de 79.000 membros se reúnem para fazer perguntas, dar conselhos e
compartilhar suas histórias com outras pessoas que entendem a vida
com a doença de Parkinson.
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em inglês, tradução Google, revisão Hugo. Fonte:
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quinta-feira, 10 de março de 2022
FDA aprova o mais novo estimulador cerebral profundo da Boston Scientific para a doença de Parkinson
Jan 25, 2021 - A Boston Scientific obteve a aprovação do FDA para a quarta geração de seu sistema de estimulação cerebral profunda Vercise Genus, permitindo o uso condicional sob um scanner de ressonância magnética.
Projetado
para tratar os sintomas da doença de Parkinson, como lentidão
muscular e tremores, a família Vercise Genus inclui geradores de
pulso implantáveis habilitados para Bluetooth com modelos
recarregáveis e não recarregáveis.
Os geradores
se conectam aos condutores elétricos Vercise padrão da empresa ou
aos condutores direcionais Cartesia que permitem uma estimulação
mais precisa.
Dominar o processo de licitação de
tecnologia médica é fundamental para ter sucesso nos mercados
internacionais. As licitações são o mecanismo de aquisição de
produtos para prestadores de serviços públicos de saúde e, se os
fabricantes de tecnologia médica desejam fazer negócios fora dos
EUA, devem ficar a par de todas as novas oportunidades de licitação
e determinar se e como responder a elas. No entanto, as ferramentas
que as empresas tradicionalmente usam para gerenciar o processo são
limitadas, expondo-as a oportunidades perdidas, preços desfavoráveis
e desalinhamento da cadeia de suprimentos. Os programas de
software podem ajudar a agilizar esse processo e fornecer vantagens
competitivas para os fabricantes que os adotam.
"Continuamos a priorizar inovações
terapêuticas que melhoram a qualidade de vida de nossos pacientes
com uma ampla gama de ofertas personalizadas", disse Maulik
Nanavaty, Ph.D., presidente da divisão de neuromodulação da Boston
Scientific, em comunicado.
“Para pessoas que vivem com
distúrbios do movimento, isso significa desenvolver novas
tecnologias projetadas para refinar o controle motor, reduzir os
tempos de programação e expandir a compatibilidade com RM para
melhorar sua experiência de tratamento e, finalmente, sua vida
diária”, acrescentou Nanavaty. A empresa lançou o sistema Vercise
Genus na Europa em setembro passado e planeja iniciar um lançamento
inicial e limitado nos EUA nos próximos meses.
O
dispositivo foi aprovado para a estimulação bilateral do núcleo
subtalâmico do cérebro ou globo pálido interno – áreas ligadas
aos gânglios da base, que ajudam a controlar o comportamento e o
movimento. É usado como terapia adjuvante para Parkinson moderado a
avançado que respondeu ao tratamento com levodopa, embora os
sintomas não sejam adequadamente controlados apenas com medicação.
Original em inglês, tradução Google, revisão Hugo. Fonte: FierceBiotech.
segunda-feira, 7 de março de 2022
Pílula que pode retardar a progressão da doença de Parkinson pode estar disponível dentro de cinco anos
Os pesquisadores também esperam que suas descobertas possam levar a um tratamento eficaz para a doença de Alzheimer mais adiante
March 7, 2022 - Uma pílula que pode retardar ou até impedir a progressão da doença de Parkinson pode estar disponível dentro de cinco anos após um teste indicar que uma vitamina natural pode reduzir a inflamação e ajudar a controlar os sintomas.
Os participantes do estudo descobriram que tomar ribosídeo de nicotinamida (NR), uma forma de vitamina B3, reduziu a inflamação no fluido ao redor do cérebro e da medula espinhal, aumentou o metabolismo do cérebro e produziu uma melhora “leve, mas significativa” em seus sintomas.
A descoberta levantou esperanças de que a vitamina, encontrada em frutas, vegetais, carne e leite, possa formar a base dos primeiros medicamentos para retardar com sucesso o desenvolvimento do Parkinson – bem como ajudar a controlar seus sintomas.
Os pesquisadores já iniciaram um segundo teste, Fase II, envolvendo 400 pacientes para validar suas descobertas, que deve terminar até o final do próximo ano.
O pesquisador principal Charalampos Tzoulis diz que está “altamente encorajado” pelas descobertas, mas adverte que muito mais pesquisas são necessárias sem garantia de sucesso, descrevendo-se como “cautelosamente otimista”.
Ele desaconselha enfaticamente o combate ao Parkinson comendo grandes quantidades de alimentos contendo NR, pois estes conterão muito pouca vitamina para fazer alguma diferença e desequilibrarão sua dieta.
Além disso, as pessoas devem evitar a automediação de suplementos de NR para a doença até que se entenda mais sobre seu efeito, diz ele.
“Estamos muito animados com esses resultados. Os tratamentos atuais para o Parkinson proporcionam algum alívio dos sintomas, mas não causam impacto na progressão da doença. Esperamos que este tratamento possa atingir o objetivo final no campo da doença de Parkinson – e neurodegeneração em geral: ir além do mero controle dos sintomas e retardar ou interromper a progressão da doença ”, disse o professor Tzoulis, da Universidade de Bergen.
“Em última análise, se isso levará a uma terapia estabelecida para o Parkinson depende dos resultados do estudo de fase II em andamento. Se isso for positivo, poderemos estar procurando um novo medicamento nos próximos cinco anos”, disse ele.
“Até então, os pacientes devem abster-se de se automedicar. Quando o estudo de fase II estiver concluído, o composto começará a ser disponibilizado de maneira controlada e segura”, disse o professor Tzoulis.
Especialistas não envolvidos no estudo saudaram suas descobertas. Beckie Port, chefe de comunicações de pesquisa e engajamento no Parkinson's UK, disse: "Embora sejam necessários resultados de ensaios maiores e de longo prazo, é emocionante que os pesquisadores possam descobrir que um suplemento de NR relativamente barato possa ajudar a controlar alguns dos sintomas. que impactam a vida cotidiana das pessoas com Parkinson.
“Curiosamente, a equipe descobriu que o suplemento pode não beneficiar a todos. Mas para alguns, há sinais promissores de que o ribosídeo de nicotinamida pode ter efeitos protetores que podem ajudar a retardar a progressão do Parkinson”, disse ela.
O estudo foi publicado na revista Cell Metabolism.
Também envolveu cientistas do Haukeland University Hospital, na Noruega, e do Feinstein Institutes for Medical Research, em Nova York, EUA.
A doença de Parkinson afeta cerca de 145.000 pessoas no Reino Unido – e mais de 10 milhões de pessoas em todo o mundo – e está rapidamente se tornando mais prevalente à medida que a população envelhece.
Descoberta também pode levar a pílula para a doença de Alzheimer
O professor
Charalampos Tzoulis diz que os suplementos de NR também podem ser
usados para tratar outras condições, como Alzheimer e ELA –
uma doença progressiva do sistema nervoso que afeta as células
nervosas do cérebro e da medula espinhal, causando perda de controle
muscular.
O estudo que ele realizou para a doença de
Parkinson mostrou que os suplementos de NR aumentaram
significativamente os níveis de NAD (nicotinamida adenina
dinucleotídeo) no cérebro do paciente.
O NAD é um fator
metabólico essencial, que é vital para uma infinidade de processos
celulares, incluindo metabolismo energético e reparo de danos ao
DNA.
O aumento dos níveis de NAD celular tem sido
associado a uma vida mais longa e saudável em animais e demonstrou
proteger as células neuronais contra várias formas de estresse.
O
estudo mostra pela primeira vez que os níveis de NAD do cérebro
humano podem ser aumentados pela ingestão de NR, com aplicações
potenciais para uma variedade de tratamentos.
“Acreditamos
que o aumento do metabolismo NAD do cérebro não apenas visa e
retifica os processos relacionados a doenças específicos do
Parkinson, mas também pode otimizar o metabolismo neuronal e
fortalecer os neurônios, tornando-os mais resistentes ao estresse
relacionado à idade e doenças neurodegenerativas”, disse o
professor Tzoulis. .
“Atualmente, estamos realizando um
estudo de fase II sobre a ELA e estamos prestes a iniciar um para a
doença de Alzheimer”, acrescentou.
Original em inglês, tradução Google, revisão Hugo. Fonte: Inews.
Novos primeiros sinais de Parkinson descobertos em estudo diversificado
March 7, 2022 - A perda auditiva e a epilepsia são características precoces do Parkinson, de acordo com uma nova pesquisa pioneira da Queen Mary University of London – o primeiro estudo do Reino Unido sobre a condição em uma população tão diversificada, publicado hoje (7 de março de 2022) no JAMA Neurology.
Pesquisadores do
Queen Mary financiados pela Bart's Charity usaram registros
eletrônicos de cuidados primários de saúde de mais de um milhão
de pessoas que moravam no leste de Londres entre 1990 e 2018 para
explorar os primeiros sintomas e fatores de risco para Parkinson.
Os
pesquisadores descobriram que os sintomas conhecidos associados ao
Parkinson, incluindo tremores e problemas de memória, podem aparecer
até dez e cinco anos antes do diagnóstico, respectivamente. Eles
também descobriram duas novas características iniciais do
Parkinson, epilepsia e perda auditiva, e foram capazes de replicar
essas descobertas usando dados adicionais do Biobank do Reino
Unido.
Embora os primeiros sinais de Parkinson tenham sido
descritos anteriormente, esses estudos se concentraram amplamente em
populações brancas abastadas, com pacientes de grupos étnicos
minoritários e aqueles que vivem em áreas de alta privação social
amplamente sub-representados na pesquisa de Parkinson até o momento.
O novo estudo fornece mais evidências de fatores de risco e sinais
precoces de Parkinson, usando pela primeira vez dados de uma
população urbana tão diversa e carente.
No leste de
Londres, condições como hipertensão e diabetes tipo 2 foram
associadas a maiores chances de desenvolver Parkinson. Os
pesquisadores também observaram uma associação mais forte entre as
queixas de memória nessa população do que o descrito
anteriormente.
East London tem uma das maiores proporções
de grupos étnicos negros, sul-asiáticos e mistos/outros, que
compreendem cerca de 45% dos residentes na área, em comparação com
14% no resto do Reino Unido. Ele também tem alguns dos mais altos
níveis de privação no Reino Unido, e 80% dos pacientes incluídos
no estudo eram de famílias de baixa renda.
A principal
autora do estudo, Cristina Simonet, neurologista e estudante de
doutorado na Queen Mary University of London, comentou: "Este é
o primeiro estudo com foco na fase pré-diagnóstica do Parkinson em
uma população tão diversificada com alta privação
socioeconômica, mas acesso universal aos cuidados de saúde Pessoas
de grupos étnicos minoritários e áreas carentes têm sido
amplamente sub-representadas na pesquisa de Parkinson até agora, mas
para nos permitir ter uma visão completa da condição, precisamos
garantir que a pesquisa seja inclusiva e represente todos os
afetados.
"Nossos resultados descobriram novos
fatores de risco e sintomas precoces: epilepsia e perda auditiva.
Enquanto isso, é importante que os profissionais de cuidados
primários estejam cientes desses vínculos e entendam quão cedo os
sintomas de Parkinson podem aparecer, para que os pacientes possam
obter um diagnóstico oportuno e os médicos possam agir precocemente
para ajudar a controlar a condição."
Alastair
Noyce, aficionada de neurologia e neuroepidemiologia da Queen Mary
University of London, que também é autora da nova pesquisa,
continuou: "As pessoas veem seus médicos de clínica geral com
sintomas, mas geralmente não recebem um diagnóstico até cinco a
dez anos depois. O tremor, por exemplo, é um dos sintomas mais
reconhecíveis do Parkinson -- mas foi observado dez anos antes do
diagnóstico final em nosso estudo. É muito tempo para os pacientes
esperarem. Se pudermos diagnosticar o Parkinson mais cedo, teremos
uma oportunidade real de intervir precocemente e oferecer tratamentos
que possam melhorar a qualidade de vida dos pacientes.
"Este
estudo confirma que muitos dos sintomas e características iniciais
da doença de Parkinson podem ocorrer muito antes do diagnóstico.
que poderíamos fazer mais do que apenas melhorar a qualidade de vida
dos pacientes e talvez estar na posição de desacelerar ou curar o
Parkinson no futuro."
O PREDICT-PD é um grande
projeto de pesquisa financiado pelo Parkinson's UK que visa
identificar pessoas com alto risco de desenvolver a doença. Os
pesquisadores estão procurando 10.000 pessoas com idades entre 60 e
80 anos de todas as origens que não têm Parkinson, para participar
de um conjunto simples de testes on-line que examinam fatores ligados
ao aumento do risco da doença.
Shafaq Hussain-Ali, um morador de Londres nativo de descendente de punjabi do leste paquistanês que foi diagnosticado com Parkinson de início jovem há três anos e é membro do Grupo de Direção de Igualdade de Raça do Reino Unido, disse: "Parkinson afeta a todos, independentemente de raça ou origem social, mas a pesquisa muitas vezes não conseguiu representar a diversidade da comunidade. Essa pesquisa e o trabalho que o Parkinson's UK está liderando ajudam a abordar as muitas incógnitas sobre como a doença afeta pessoas de grupos sub-representados. Isso significa que novos tratamentos que mudam a vida podem ser desenvolvido que irá beneficiar todos com a condição.
"Quero passar a mensagem de que jovens asiáticos como eu podem ser afetados por essa condição e que mais pessoas provavelmente serão afetadas pelo Parkinson de início jovem no futuro.
Vida e progressão do Parkinson. Com um manejo adequado, você pode continuar vivendo bem e ter uma vida produtiva. Ainda sou dentista praticante, que gosta de nadar, caminhar e praticar Kung Fu. Também adoro fazer meu crochê!" Original em inglês, tradução Google, revisão Hugo. Fonte: Science Daily.

