quinta-feira, 8 de abril de 2021

CANNABIS MEDICINAL

Fumemos pra comemorar!
Óleo à base de canabidiol: Anvisa não pediu o fechamento da Abrace

Agência participou de inspeção determinada pela Justiça nesta quarta-feira

Publicado em 03/03/2021

A Anvisa participou, na manhã desta quarta-feira (3/3), da inspeção determinada pelo Tribunal Regional Federal da 5ª Região (TRF5) na sede da Abrace (Associação Brasileira de Apoio Cannabis Esperança), na capital paraibana.

A inspeção conduzida pelo desembargador Cid Marconi buscou verificar o funcionamento da Associação e a sua produção de óleo medicinal à base de canabidiol. A substância é usada no tratamento de diversas doenças, especialmente as neurodegenerativas como esclerose múltipla e Parkinson.

Durante a inspeção, a Anvisa reforçou a necessidade da Associação cumprir as exigências para a fabricação e distribuição de produtos de Cannabis, que já haviam sido determinadas por força de decisão judicial. A Abrace ainda não instruiu os processos necessários junto à Agência para receber a Autorização de Funcionamento de Empresa (AFE) e o Certificado de Boas Práticas de Fabricação (CBPF), por exemplo.

Na ação desta quarta-feira determinada pela Justiça, a Anvisa colocou-se à disposição dos responsáveis pela Abrace para orientá-los quanto à regularização sanitária da produção do óleo, tudo em cumprimento ao que consta na ação judicial.

O objetivo da Anvisa não é impedir o trabalho da Associação. Ao apontar irregularidades no processo de fabricação e distribuição de óleo de Cannabis, a Agência cumpre o seu compromisso de proteger e promover a saúde da população brasileira.

Ação na Justiça

A Abrace ajuizou uma ação judicial em 2017 (nº 0800333-82.2017.4.05.8200/PB) em que obteve autorização para cultivar a cannabis para fins medicinais e, em consequência, a produzir e distribuir óleos terapêuticos derivados da planta a seus associados.

Esta decisão, porém, condicionou a autorização ao cumprimento de uma série de obrigações. Como esses requisitos não foram observados pela associação, a Anvisa, após infrutíferas tentativas administrativas de sanar os problemas, reportou a situação ao TRF5. A medida foi necessária para evitar um risco sanitário que pudesse agravar a saúde dos pacientes.

A Agência deixa claro que em nenhum momento tomou qualquer medida judicial com o objetivo de prejudicar o trabalho da Abrace. Ao contrário: a Anvisa busca soluções para que a produção ocorra em conformidade com o ordenamento sanitário brasileiro e em estrito cumprimento às decisões judiciais já prolatadas na ação. Fonte: Anvisa.

Se realmente foi só isso, peço humildemente minhas desculpas à Anvisa, ante tanto ódio de minha parte.

A descoberta no Parkinson aponta para possíveis abordagens de tratamentos futuros

7-APR-2021 - Mais de 20 anos após a descoberta do gene parkin ligado à doença de Parkinson de início precoce, pesquisadores do Hospital de Ottawa e da Universidade de Ottawa podem ter finalmente descoberto como esse misterioso gene protege o cérebro

Usando amostras de cérebro humano e de camundongo e células modificadas, eles descobriram que a proteína parkin funciona de duas maneiras. Primeiro, ela atua como um poderoso antioxidante que desarma oxidantes potencialmente prejudiciais no cérebro, incluindo os radicais de dopamina. Em segundo lugar, à medida que o cérebro envelhece e os radicais de dopamina continuam a se acumular, a parkin sequestra essas moléculas prejudiciais em um local de armazenamento especial dentro das células nervosas vulneráveis, para que possam continuar a funcionar normalmente ao longo de nossa vida.

Em pessoas com mutações em ambas as cópias do gene parkin, esses efeitos protetores estão ausentes e, como resultado, o Parkinson se desenvolve antes dos 40 anos de idade. Se confirmados, os resultados podem apontar caminhos para o desenvolvimento de novos tratamentos.

"Se pudéssemos fornecer antioxidantes ou uma cópia saudável do gene da parkin ao cérebro de pessoas com essas mutações, isso poderia ajudar a desacelerar ou até mesmo interromper o início precoce do Parkinson", disse a co-autora e gerente de projeto científico Dra. Julianna Tomlinson .

"O que não sabemos ainda é se essa abordagem também pode beneficiar indivíduos com Parkinson de início tardio que não está ligado ao gene da parkin", acrescentou o co-autor correspondente, Dr. Michael Schlossmacher, neurologista e diretor de neurociência do The Ottawa Hospital. "Estamos ansiosos para investigar isso."

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O Dr. Schlossmacher também é professor do Instituto de Pesquisa do Cérebro e Mente da Universidade de Ottawa e detém a Cadeira de Pesquisa da Família Bhargava em Neurodegeneração no Hospital de Ottawa.

Esta pesquisa foi possível devido a um grande esforço de equipe, com contribuições importantes de vários alunos de pós-graduação, incluindo Jacqueline Tokarew, Daniel El-Kodsi, Nathalie Lengacher e Travis Fehr.

Drs. Schlossmacher, Tomlinson e John Pezacki do Departamento de Química de uOttawa receberam recentemente uma nova bolsa de projeto dos Institutos Canadenses de Pesquisa em Saúde para continuar este trabalho. Eles também estão disponibilizando suas ferramentas de pesquisa exclusivas em todo o mundo por meio de uma parceria entre a BioLegend e o Ottawa Hospital Research Institute. Original em inglês, tradução Google, revisão Hugo. Fonte: Eurekalert.

Terapia Gênica pode ser promessa no tratamento do Parkinson

Há uma série de pesquisas mundiais, algumas a serem concluídas já no ano que vem, que usam a terapia gênica para atenuar e/ou melhorar a função motora de pacientes com Parkinson

07 ABR 2021 - O uso de material genético como tratamento para uma série de doenças é uma evolução na medicina e ganhou repercussão em razão da pandemia, justamente por conta da aplicação deste tipo de tecnologia no desenvolvimento de vacinas contra a Covid-19. Algumas delas injetam pequenas pedaços de RNA nas células que passam a produzir proteínas, as quais combatem o vírus. Mas qual a relação disso com a Doença de Parkinson?

Há uma série de pesquisas mundiais, algumas a serem concluídas já no ano que vem, que usam a terapia gênica para atenuar e/ou melhorar a função motora de pacientes com Parkinson. A proposta dos pesquisadores é autorregular a produção de dopamina, neurotransmissor responsável pela mensagem entre as células nervosas e que tem queda intensa na Doença de Parkinson.

Dentre elas, há uma pesquisa realizada por um grupo francês que estuda a injeção de material genético diretamente em estruturas cerebrais relacionadas à doença. Este DNA carrega informação correspondente não apenas a uma enzima, mas três enzimas (TH, CH1 e a AADC) envolvidas na produção de dopamina. Se os resultados deste estudo forem favoráveis, as células do cérebro destes pacientes se tornarão capazes de produzir a substância em quantidades adequadas para o alívio dos sintomas da Doença de Parkinson, podendo eliminar a necessidade de terapia medicamentosa. Embora ainda não acessível, precisamos ver que finalmente é possível falar na possibilidade de cura do Parkinson num futuro talvez não tão distante.

Na verdade, a medicina vem trabalhando constantemente para trazer melhor qualidade de vida aos pacientes de Parkinson, segunda condição neurodegenerativa mais incidente em pessoas com mais de 60 anos. Hoje temos medicamentos que ajudam a controlar os principais sintomas da doença, como os tremores, a rigidez e os movimentos involuntários. Outra alternativa segura e eficaz consiste na Terapia de Estimulação Cerebral Profunda (DBS), cirurgia que utiliza um dispositivo médico implantado, semelhante a um marcapasso cardíaco.

Já disponível no rol de procedimentos da rede pública de saúde, a DBS também tem evoluído. Indicada para pacientes que não absorvem bem a medicação devido ao seu uso prolongado, a neuro estimulação, como a técnica também é conhecida, traz resultados bem precoces, notados horas depois da cirurgia. Inclusive, hoje existem tecnologias que nos permitem captar os sinais cerebrais do paciente e monitorá-los remotamente. Em breve, possivelmente nos "comunicaremos com o cérebro", e não apenas interviremos. Ou seja, além das consultas regulares, ganhamos maior precisão no controle do Parkinson e passamos a atender de forma ainda mais assertiva às necessidades individuais de cada paciente.

Como aprendemos no último ano, é preciso confiar na ciência e na capacidade do ser humano de inovar e surpreender. As respostas podem não ser tão rápidas como queremos, mas estaremos sempre caminhando para trazer terapias que realmente fazem a diferença na vida dos pacientes com a Doença de Parkinson, bem como seus familiares. Fonte: Diário do Litoral SP.

As taxas da doença de Parkinson estão explodindo. Um produto químico comum pode ser o culpado

Os pesquisadores acreditam que um fator é um produto químico usado na limpeza a seco e em produtos domésticos, como graxa para sapatos e produtos para limpeza de carpetes

‘A EPA estima que 250 milhões de libras de TCE são usadas anualmente nos Estados Unidos’. Fotografia: Justin Kase / Alamy Stock Photo

Wed 7 Apr 2021 - Questionado sobre o futuro da doença de Parkinson nos EUA, o Dr. Ray Dorsey disse: “Estamos na ponta de um iceberg muito, muito grande”.


Dorsey, neurologista da University of Rochester Medical Center e autor de Ending Parkinson’s Disease, acredita que uma epidemia de Parkinson está no horizonte. O Parkinson já é o distúrbio neurológico de crescimento mais rápido no mundo; nos Estados Unidos, o número de pessoas com Parkinson aumentou 35% nos últimos 10 anos, diz Dorsey, e “Acreditamos que nos próximos 25 anos ele dobrará novamente”.

A maioria dos casos de doença de Parkinson são considerados idiopáticos - não têm uma causa clara. No entanto, os pesquisadores acreditam cada vez mais que um dos fatores é a exposição ambiental ao tricloroetileno (TCE), um composto químico usado em desengorduramento industrial, lavagem a seco e produtos domésticos, como alguns graxos de sapatos e limpadores de carpetes.

Até o momento, a evidência mais clara em torno do risco de TCE para a saúde humana é derivada de trabalhadores que são expostos ao produto químico no local de trabalho. Um estudo revisado por pares de 2008 no Annals of Neurology, por exemplo, descobriu que o TCE é “um fator de risco para parkinsonismo”. E um estudo de 2011 ecoou esses resultados, descobrindo “um aumento de seis vezes no risco de desenvolver Parkinson em indivíduos expostos ao tricloroetileno (TCE) no local de trabalho”.

O Dr. Samuel Goldman, do The Parkinson's Institute em Sunnyvale, Califórnia, que co-liderou o estudo, que apareceu no jornal Annals of Neurology, escreveu: “Nosso estudo confirma que contaminantes ambientais comuns podem aumentar o risco de desenvolver Parkinson, que tem um público considerável implicações para a saúde.” Foi por trás de estudos como esses que o Departamento do Trabalho dos EUA emitiu uma orientação sobre o TCE, dizendo: "O Conselho recomenda [...] que exposições a dissulfeto de carbono (CS2) e tricloroetileno (TCE) sejam consideradas causadoras, contribuam, ou agravam o parkinsonismo.”

O TCE é um carcinógeno ligado ao carcinoma de células renais, câncer do colo do útero, fígado, vias biliares, sistema linfático e tecido mamário masculino e defeitos cardíacos fetais, entre outros efeitos. Sua relação conhecida com o Parkinson pode muitas vezes ser negligenciada devido ao fato de que a exposição ao TCE pode anteceder o início da doença em décadas. Enquanto algumas pessoas expostas podem adoecer rapidamente, outras podem inadvertidamente trabalhar ou viver em locais contaminados durante a maior parte de suas vidas antes de desenvolverem os sintomas de Parkinson.

Aqueles próximos aos locais do Superfund da Lista de Prioridades Nacionais (locais conhecidos por estarem contaminados com substâncias perigosas como o TCE) correm um risco de exposição especialmente alto. O condado de Santa Clara, na Califórnia, por exemplo, abriga não apenas o Vale do Silício, mas também 23 locais de superfund - a maior concentração do país. O Google Quad Campus fica no topo de um desses sites; por vários meses em 2012 e 2013, a Agência de Proteção Ambiental (EPA) descobriu que os funcionários da empresa estavam inalando níveis inseguros de TCE na forma de vapor tóxico subindo do solo sob seus escritórios.

Embora alguns países regulem fortemente o TCE (seu uso é proibido na UE sem autorização especial), a EPA estima que 250 milhões de libras do produto químico ainda são usados ​​anualmente nos EUA e que, em 2017, mais de 2 milhões de libras foram liberados no ambiente de locais industriais, contaminando o ar, o solo e a água. Atualmente, estima-se que o TCE esteja presente em cerca de 30% das águas subterrâneas dos EUA (o Grupo de Trabalho Ambiental sem fins lucrativos criou seu próprio mapa de locais com água contaminada por TCE em todo o país), embora a pesquisadora Briana de Miranda, uma toxicologista que estuda o TCE na Universidade de Alabama, na Birmingham School of Medicine, diz: “Estamos subestimando quantas pessoas estão expostas ao TCE. Provavelmente é muito mais do que imaginamos. ”

De acordo com os regulamentos da EPA, é considerado "seguro" para o TCE estar presente na água potável em uma concentração máxima de cinco partes por bilhão. Em casos graves de contaminação, como o que ocorreu em Camp Lejeune, um corpo de fuzileiros navais da Carolina do Norte, entre os anos 1950 e o final dos anos 1980, acredita-se que as pessoas tenham sido expostas a até 3.400 vezes o nível de contaminantes permitido pelos padrões de segurança. Um memorial conhecido como “Babyland” homenageia os filhos de militares que morreram depois que eles ou suas mães grávidas foram expostos à água contaminada com TCE enquanto viviam na base.

Embora De Miranda diga que os pesquisadores não acreditam que baixas concentrações de TCE na água potável sejam especificamente suficientes para causar doenças, Dorsey não acha que é um exagero dizer que as águas subterrâneas dos EUA podem estar causando a doença de Parkinson. “Numerosos estudos ligaram a água de poço à doença de Parkinson, e não é apenas o TCE nesses casos, pode ser pesticidas como o paraquat também”, diz ele, referindo-se a um herbicida letal que os EUA ainda usam, apesar de ter sido descontinuado na UE, Brasil(*) e China.

Usar dispositivos de filtragem de carvão ativado (como filtros Brita) pode ajudar a reduzir o TCE na água potável, mas tomar banho em água contaminada, bem como inalar vapores de águas subterrâneas e do solo tóxicos, pode ser muito mais difícil de evitar.

De Miranda diz que a política e a intervenção governamental eficaz são cruciais quando se trata de testar, monitorar e remediar locais contaminados com TCE, e que é importante aumentar a conscientização sobre o papel do TCE nas taxas de aumento da doença de Parkinson. Deixar de abordar o problema não só continuará a afetar negativamente a saúde das pessoas, mas também agravará a crise de atendimento domiciliar adulto que já deixou 50 milhões de americanos responsáveis ​​por cuidar de seus entes queridos enfermos, já qu
e o Parkinson é caracterizado por degeneração lenta e progressiva e tem não cura.

Em maio de 2020, Minnesota se tornou o primeiro estado a proibir o TCE; Nova York fez o mesmo em dezembro passado, assim como mais estados, especialmente porque as ações federais sobre o assunto foram demoradas. Dado que os efeitos negativos do TCE na saúde foram documentados no Journal of the American Medical Association desde 1932, já passou da hora de os EUA pararem de usá-lo e proteger melhor seus civis de produtos químicos perigosos que colocam vidas em risco. Original em inglês, tradução Google, revisão Hugo. Fonte:
The Guardian.

quarta-feira, 7 de abril de 2021

10 doenças que mudam sua personalidade

April 7, 2021 - A personalidade afeta o modo como pensamos, sentimos e agimos, o que gostamos e odiamos e como vivemos em harmonia com o mundo. Às vezes, ele se torna inconstante e muda com o tempo, mas ainda existe um 'eu' nele.

No entanto, quando minha saúde se deteriora, pode ser difícil manter esse tipo de personalidade. Apresentando '10 Diseases That Affect Personality 'publicado no WebMD, um portal de saúde online nos Estados Unidos.

Doença de Parkinson = doença de Parkinson começa com um leve tremor da mão, mas eventualmente afeta a maneira como você anda, fala e dorme. As mudanças podem começar do início, como ficar obcecado por coisas triviais ou repentinamente tornar-se descuidado e, mais tarde, tornar-se menos sociável ​​e mais vago. Também fica cada vez mais difícil manter seus pensamentos consistentes.

As doenças que seguem, na fonte.

Alzheimer’s disease (...)

Huntington’s disease (...)

Multiple sclerosis (...)

Brain tumor (...)

Stroke (...)

Depression (...)

Obsessive-compulsive disorder (...)

Bipolar disorder (...)

Schizophrenia (…)

Original em inglês, tradução Google, revisão Hugo. Fonte: Tekdeeps.

terça-feira, 6 de abril de 2021

Sintomas distintos da doença de Parkinson vinculados a diferentes vias cerebrais

April 5, 2021 - Resumo: Vias neurais específicas e identificáveis ​​são alteradas com funções particulares durante os diferentes estágios progressivos da doença de Parkinson. Fonte: UCSD

A doença de Parkinson (DP) é bem conhecida como uma doença debilitante que piora gradualmente com o tempo. Embora a progressão da doença tenha sido amplamente ligada à perda de funções motoras, sintomas não motores, incluindo a perda de habilidades cognitivas, muitas vezes surgem no início da doença.

Muito menos compreendido é o papel que circuitos neurais específicos desempenham nessas funções motoras e não motoras distintas.

Um novo estudo liderado por neurobiologistas da Universidade da Califórnia em San Diego e seus colegas descobriu que vias neurais específicas e identificáveis ​​são carregadas com funções específicas durante os estágios da doença.

Suas descobertas, publicadas recentemente na Nature Neuroscience, podem ajudar a formar a base para melhorar as estratégias terapêuticas para sintomas precisos de Parkinson em vários níveis de progressão da doença.

Os pesquisadores usaram uma combinação de abordagens para lançar mais luz sobre a importância anatômica e funcional de um centro de circuito do cérebro conhecido como gânglios da base, localizado nas profundezas do crânio. Especificamente, os pesquisadores, trabalhando em camundongos, investigaram vias de circuito ligadas a neurônios específicos no globo pálido externo, ou GPe, e seu papel em diferentes comportamentos relacionados à doença de Parkinson. O GPe é conhecido por sua forte produção e influência em várias regiões do cérebro a jusante.

As investigações incluíram uma abordagem multifacetada usando eletrofisiologia, rastreamento viral e experimentos comportamentais. Os pesquisadores identificaram duas populações de neurônios GPe e suas vias distintas ligadas a diferentes sintomas comportamentais.

"Nosso trabalho demonstra que os circuitos neurais distintos nos gânglios da base estão envolvidos diferencialmente nos sintomas motores e não motores de comportamentos do tipo parkinsoniano que ocorrem em diferentes estágios da doença", disse Lim, professor associado da Seção de Neurobiologia da a Divisão de Ciências Biológicas da UC San Diego.

"Isso sugere que a avaliação dos mecanismos detalhados do circuito é necessária para compreender completamente as mudanças no cérebro durante a progressão da DP e pode fornecer melhores estratégias terapêuticas para o tratamento da DP."

Isso mostra um dos caminhos que os pesquisadores identificaram
Uma renderização tridimensional de um hemisfério de camundongo mostra padrões de projeção em todo o cérebro de neurônios GPe marcados por mRuby2 (soma, fibras axonais) e eGFP (locais pré-sinápticos). Crédito: Lim Lab, UC San Diego.

Uma renderização tridimensional de um hemisfério de camundongo mostra padrões de projeção em todo o cérebro de neurônios GPe marcados por mRuby2 (soma, fibras axonais) e eGFP (locais pré-sinápticos). Crédito: Lim Lab, UC San Diego

Lim disse que a descoberta mais surpreendente da pesquisa foi o fato de que os neurônios dopaminérgicos, aqueles que são gradualmente perdidos durante a progressão da doença de Parkinson, podem estar ligados especificamente a mudanças em diferentes áreas do cérebro.

"A manipulação seletiva de mudanças específicas pode resgatar um tipo de sintoma - sem afetar outros sintomas - da doença de Parkinson", disse Lim.

Com a nova estrutura em mãos, Lim e seus colegas estão agora examinando mais profundamente as vias do circuito e como elas estão vinculadas aos diferentes estágios dos sintomas da doença, em particular com ênfase no retardo da progressão da doença.

“Nossas descobertas fornecem uma nova estrutura para a compreensão da base do circuito de vários sintomas comportamentais do estado parkinsoniano, o que poderia fornecer melhores estratégias para o tratamento da DP”, escrevem os pesquisadores no artigo.

A lista completa de autores inclui: Varoth Lilascharoen (ex-aluno de graduação), Eric Hou-Jen Wang (atual aluno de pós-graduação), Nam Do, Stefan Carl Pate, Amanda Ngoc Tran, Christopher Dabin Yoon, Jun-Hyeok Choi, Xiao-Yun Wang, Horia Pribiag, Parque Young-Gyun, Kwanghun Chung e Byungkook Lim. Original em inglês, tradução Google, revisão Hugo. Fonte:
Neuro ScienceNews.

Hospital português implanta dispositivo que individualiza tratamento de Parkinson

6 de Abril de 2021 - O Centro Hospitalar Universitário São João (CHUSJ), no Porto, implantou hoje um dispositivo médico num paciente com doença de Parkinson que, ao registar as ondas cerebrais associadas aos sintomas da doença, permite “individualizar o tratamento”, revelou o médico responsável.

“Com este novo sistema, conseguimos ter um registo das ondas cerebrais relacionadas com os sintomas da doença – as ondas beta – e, portanto, sabemos quando é que o doente tem mais ou menos ondas, adaptando o tratamento a essas alturas. De algum modo, individualizamos o tratamento”, afirmou hoje Rui Vaz, neurocirurgião do CHUSJ responsável pelo procedimento.

Em declarações à agência Lusa, o médico explicou que o novo dispositivo associa a “direcionalidade” já existente à “capacidade de receber informação sobre as ondas cerebrais” relacionadas com os sintomas da doença, permitindo dar resposta às necessidades dos doentes e dos clínicos.

“O problema é conseguirmos tratamento que se adapte à variabilidade ao longo do dia, ou seja, aquilo que se chama passar do tratamento da doença para o tratamento do doente”, disse.

O novo dispositivo, que funciona como “um diário eletrónico”, é mais um “passo” na melhoria do tratamento dos doentes com Parkinson.

“O dispositivo vai com o doente para casa e quando o doente vem à consulta revemos o registo todo, e aí podemos melhorar a estimulação que estamos a dar”, referiu Rui Vaz.

Depois da doença de Alzheimer, o Parkinson é doença neurodegenerativa mais comum, afetando cerca de 20 mil portugueses.

A doença de Parkinson resulta da redução dos níveis de dopamina, uma substância que funciona como um mensageiro químico cerebral nos centros que comandam os movimentos, sendo quatro os sintomas que se destacam: lentidão de movimentos, rigidez muscular, tremor e alterações da postura.

A cirurgia de implantação do dispositivo, que decorreu esta manhã no Hospital de São João, é semelhante à da estimulação cerebral profunda, não acarretando “nenhum risco acrescido para o doente”, assegurou o neurocirurgião.

“Isto é uma melhoria no tratamento, uma vez que o sistema é um ‘upgrade’ em relação ao tratamento”, referiu, acrescentando que todos os doentes com Parkinson são elegíveis a receber o dispositivo.

“Não há nenhuma limitação”, referiu Rui Vaz

Depois do Hospital Universitário de Wurzburg, na Alemanha, e do Hospital Universitário Grenobles Alpes, em França, o Hospital de São João foi a terceira unidade hospitalar do mundo a implantar este dispositivo.

A tecnologia ainda está a ser avaliada pela Food and Drug Administration (FDA) para ser lançada nos Estados Unidos, sendo que a Europa foi “pioneira” na sua utilização. Original em inglês, tradução Google, revisão Hugo. Fonte: Noticias de Coimbra.

segunda-feira, 5 de abril de 2021

O exercício pode retardar o declínio cognitivo na doença de Parkinson

 04.05.21 - Exercise May Slow Cognitive Decline in Parkinson Disease.

Por que Israel está se tornando um centro de pesquisas sobre Parkinson

Por Abigail Klein Leichman

Uma alta taxa de Parkinson genético torna Israel um laboratório perfeito para encontrar maneiras de prevenir, parar e até mesmo curar esse distúrbio neurológico de rápido crescimento.

APRIL 5, 2021 - A doença de Parkinson é uma doença neurológica complexa e progressiva que afeta até 10 milhões de pessoas. E sua prevalência está crescendo rapidamente em todo o mundo.

11 de abril, o aniversário de James Parkinson - que descreveu essa síndrome pela primeira vez em 1817 - dá início à Semana Mundial da Conscientização sobre Parkinson.

A doença é mais freqüentemente diagnosticada em pessoas com mais de 60 anos, mais freqüentemente em homens. Os sintomas clássicos incluem tremor em cerca de 60 por cento dos casos, rigidez, má postura e movimentos lentos.

Porém, várias décadas antes do diagnóstico, sintomas mais sutis, como distúrbios do sono e perda do olfato, costumam aparecer junto com constipação e disfunção erétil.

Isso ocorre porque aglomerados de proteína alfa-sinucleína estão se agregando no cérebro e no sistema nervoso autônomo, danificando as células dopaminérgicas (produtoras de dopamina) que regem o controle motor, entre outras funções. A perda de células dopaminérgicas eventualmente causa os sintomas clássicos do Parkinson.

Captura de tela do Prof. Nir Giladi explicando o longo período de preparação para a doença de Parkinson. Geralmente é diagnosticado no estágio 3.

A aglomeração de alfa-sinucleína pode ser desencadeada pelo envelhecimento, mutações genéticas, doenças como diabetes e hipertensão, toxinas ambientais como pesticidas e fatores de estilo de vida, como fumo, exercícios, dieta e humor.

Em todo o mundo, cerca de 10% dos casos têm base genética. Embora a taxa de Parkinson em Israel não seja diferente de outros países, a porcentagem causada por mutações genéticas é muito maior.

“Em Israel, entre os judeus de herança Ashkenazi, 37 por cento dos casos de Parkinson são genéticos”, disse o especialista internacional Prof. Nir Giladi, presidente do Instituto Neurológico do Centro Médico de Tel Aviv e codiretor do Centro Familiar de Aufzien para a Prevenção e Tratamento do Parkinson A doença foi inaugurada em junho de 2019 na Universidade de Tel Aviv.

“Cerca de 10% dos israelenses carregam mutações genéticas que aumentam o risco de Parkinson. Ter um dos pais com Parkinson aumenta o risco três vezes ”, diz Giladi, que tratou cerca de 20.000 pacientes com Parkinson ao longo de 30 anos.

“A alta taxa de Parkinson genético de Israel oferece uma oportunidade de tornar Israel um centro global de pesquisa e desenvolvimento”, diz ele.

Algumas descobertas anteriores na pesquisa e no tratamento do Parkinson vieram de laboratórios israelenses. Technion Prof. Moussa Youdim, por exemplo, ajudou a desenvolver Azilect e Selegiline para tratar os sintomas de Parkinson.

Hoje, todas as universidades israelenses têm pesquisadores do Parkinson, e o foco está mais na prevenção do que no controle dos sintomas.

“O objetivo é prevenir a doença detectando marcadores para esses genes anos antes que os sintomas apareçam. Eu acho que é possível”, diz Giladi.

O Centro Familiar Aufzien para a Prevenção e Tratamento da Doença de Parkinson

Mais de 40 cientistas estudam elementos moleculares, genéticos, fisiológicos e genéticos da doença de Parkinson em Aufzien.

“Oferecemos uma estrutura organizacional e de financiamento para que pesquisadores e médicos possam trabalhar juntos e encontrar soluções mais rapidamente”, diz a co-diretora Prof. Karen B. Avraham, especialista em pesquisa genética sobre surdez e vice-reitora da faculdade de medicina da Universidade de Tel Aviv.

Giladi diz que Aufzien “é um centro único que combina a pesquisa básica mais avançada da universidade com pesquisa clínica no Centro Médico de Tel Aviv e alcance comunitário por meio da Associação de Parkinson de Israel para fornecer conhecimento, conscientização e pesquisa baseada no país”.

O novo site do centro convida parentes de primeiro grau de pacientes com Parkinson genético a se registrar, ajudando os pesquisadores a desenvolver um sistema de pontuação para risco e início esperado dos sintomas.

“Nos próximos 10 anos, esperamos ter dezenas de milhares de registrados e segui-los prospectivamente”, diz Giladi.

“Por enquanto, estamos sugerindo como modificar seu estilo de vida para diminuir o risco. O exercício reduz o risco em 30%. Uma boa noite de sono, melhora do humor e uma dieta mediterrânea têm um impacto”, diz ele.

“No futuro, esperamos oferecer uma vacina ou outra intervenção para protegê-los de futuras progressões. Alguns genes diminuem o risco de doença de Parkinson e, se pudermos identificá-los, podemos desenvolver medicamentos usando a mesma proteína.”

Giladi diz que cerca de 150 startups israelenses estão desenvolvendo tecnologias para ajudar a prevenir, parar ou até mesmo curar o Parkinson. O Aufzien Center também tem laços estreitos com a Fundação Michael J. Fox para a Pesquisa de Parkinson nos Estados Unidos.

Em 29 de abril, o Aufzien Center fará parceria na primeira Conferência (virtual) de Israel Parkinson, reunindo startups, pesquisadores, médicos, terapeutas de saúde aliados e pacientes e famílias para atividades terapêuticas e atualizações científicas.

A droga da dopamina

“A doença de Parkinson é definida pela degeneração dos neurônios produtores de dopamina. Essa é a marca patológica ”, diz o Dr. Claude Brodski, um renomado pesquisador de Parkinson na Universidade Ben-Gurion do Negev.

“Por muitos anos, estive interessado no desenvolvimento embrionário de células nervosas produtoras de dopamina no cérebro. Minha motivação foi impulsionada pela suposição de que estudar a origem e a história dessas células nos ajudará a entender melhor por que as células produtoras de dopamina se degeneram na doença de Parkinson e como podemos preveni-la. "

Em novembro passado, seu laboratório publicou um artigo na revista Brain demonstrando que as proteínas morfogenéticas ósseas (BMPs - bone morphogenetic proteins) previnem a degeneração dos neurônios produtores de dopamina em modelos animais da doença de Parkinson. Isso indica a possibilidade de que os BMPs possam ser novos candidatos a medicamentos para a doença de Parkinson.

“Na doença de Parkinson, existem muitos medicamentos que tratam os sintomas, mas nenhum medicamento modificador da doença”, disse Brodski ao ISRAEL21c.

"Com base em nossas descobertas nesses modelos animais de que os BMPs podem interromper a progressão da neurodegeneração, estamos trabalhando duro para trazê-lo mais perto da clínica."

Prevendo Parkinson

O Laboratório de Interfaces Neurais da Universidade Bar-Ilan inclui Ayala Matzner, Yuval El-Hanany e o Prof. Izhar Bar-Gad. Foto cortesia da BIU


Em junho passado, uma equipe de neurocientistas da Bar-Ilan University foi um dos quatro vencedores da competição de dados BEAT-PD da Michael J. Fox Foundation e Sage Bionetworks em busca de novos métodos para prever a gravidade da doença de Parkinson.

O Prof. Izhar Bar Gad e seu Neural Interfaces Lab abordaram o problema aplicando métodos de processamento de sinal a smartwatch e dados de sensores de smartphones. Os resultados foram então usados ​​em modelos de aprendizado de máquina para permitir características específicas do paciente.

O objetivo de longo prazo do laboratório é usar a interação entre os sistemas computadorizados e o sistema nervoso central para entender melhor os distúrbios neurais e criar tratamentos eletrofisiológicos para os sintomas.

No laboratório de eletrofisiologia da Universidade de Haifa, liderado por Shani Stern, a tecnologia de células-tronco pluripotentes induzidas (iPSC - induced pluripotent stem cell) é usada para criar linhas de células neuronais derivadas de pacientes com Parkinson genético e não genético.

Dr. Shani Stern da Universidade de Haifa, terceiro a partir da esquerda, com os estudantes de pesquisa Ritu Nayak, Utkarsh Tripathi e Idan Rosh. Foto cortesia de Shani Stern

Observando essas células nervosas à medida que se desenvolvem e envelhecem, a equipe procura traços comuns de diferentes tipos de doença de Parkinson, bem como as funções de vários genes no processo.

Stern observou mudanças patológicas, como uma redução na conectividade sináptica entre os neurônios, ocorrendo antes que o paciente apresentasse os sintomas.

“Os pacientes com doença de Parkinson têm uma morte celular neuronal grave que é mais específica para áreas do cérebro que são compactadas com neurônios dopaminérgicos”, diz ela.

Stern está desenvolvendo estruturas 3D que se assemelham a uma dessas áreas do cérebro como uma nova plataforma para testar possíveis tratamentos, como moduladores do receptor de dopamina.

Ela pretende construir um algoritmo que possa prever o início e a gravidade da doença na fase pré-sintomática.

Imagens mentais

Amit Abraham, do departamento de fisioterapia da Ariel University, tem um novo laboratório de imagens mentais e potencial corporificado humano que estuda como diferentes tipos de imagens mentais ajudam a reabilitar pacientes com uma variedade de condições físicas e melhorar o desempenho de dançarinos e atletas.

“Para a reabilitação da doença de Parkinson, a imaginação mental é uma ferramenta inovadora e promissora”, diz ele ao ISRAEL21c.

“Parkinson é uma doença multifacetada conhecida principalmente por causar lentidão de movimento, rigidez, disfunções de equilíbrio e tremor de repouso. Mas cerca de 60% também têm déficits sensoriais e cognitivos que são menos comentados. Achamos que as imagens mentais resolveriam esses déficits além dos motores”, disse ele a ISRAEL21c.

Durante seu pós-doutorado na Emory University School of Medicine, Abraham desenvolveu uma intervenção piloto para pessoas com doença de Parkinson com base no método Franklin de imagens neurocognitivas dinâmicas. Seu objetivo era corrigir representações mentais distorcidas do corpo que podem piorar os déficits motores e cognitivos.

Dr. Amit Abraham com um modelo de uma pelve durante uma intervenção piloto usando imagens neurocognitivas dinâmicas para pessoas com doença de Parkinson. Foto cortesia de Amit Abraham

“Concentrei-me na pelve, coluna e extremidades inferiores. Por duas semanas, cinco sessões por semana durante duas horas por dia, as pessoas com doença de Parkinson fizeram um protocolo de imagem neurocognitiva dinâmica que incluía movimento e imagens. Mostramos uma ampla gama de efeitos benéficos para sintomas motores e não motores.”

Os resultados foram publicados na Neural Plasticity em 2018 e na Complementary Therapies in Medicine em 2019. Abraham está agora trabalhando no desenvolvimento de um conjunto de protocolos.

Enquanto isso, o pesquisador de Bar-Ilan, Adam Zaidel está estudando como os dispositivos de aumento sensorial ou retreinamento sensorial podem ajudar os pacientes de Parkinson a superar a deterioração da percepção visual do automovimento. Original em inglês, tradução Google, revisão Hugo. Fonte: Israel21c.


Estamos vivos. Comemore!

 050421 - Infelizmente, neste novo mês do Parkinson, não há nada a comemorar, a não ser lamentos (vide Anvisa).

A não ser o fato de estarmos ainda vivos, comemore!