Uma vez, logo depois do diagnóstico, fui informado de um gurú, em Canoas, que tinha melhorado alguns pacientes de parkinson. Num misto de esperança, incredulidade e desespero fui até ele, numa sessão noturna de “passes”. Afinal, não tinha nada a perder, a não ser a minha imagem de um cara não muito afeito à crenças.
Chegando lá, me dei de cara com um ex-colega de faculdade, que segundo à meia boca, cochichavam, seria informante do DOPS. O colega era assessor do gurú, tipo braço direito. Não é preciso dizer que a partir daí, toda minha ingênua esperança ruíra, retumbantemente. Falo isto após ter assistido o filme “Os dois hemisférios de Lucca”. A impotência ante uma doença incurável nos torna suscetível à picaretagens e o desespero, que nos leva a cair em mãos malignas, com fins financeiros. Tratamentos milagrosos não existem e aí estamos diante da aridez da vida. Quaisquer coisa que nos propõem devem ser vistas como engodos.
Portanto, se alienígenas, ou ET´s vierem nos resgatar, acredite, pois No Way Out. Aliás, acredito no dbs, que bem ou mal, me trouxe até aqui, 26 anos de diagnóstico.
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