Ator canadiano recebeu o prémio pelo seu trabalho humanitário na luta contra a doença de Parkinson, que lhe foi diagnosticada em 1991.
20 Novembro 2022 — Oprotagonista de "Regresso ao futuro", Michael J. Fox, recebeu um Óscar honorário pelo seu trabalho na luta contra a doença de Parkinson, uma doença neurodegenerativa de que padece desde 1991.
Michael J. Fox, de 61 anos, recebeu o prémio pelo compromisso humanitário de uma personalidade cinematográfica numa noite de gala em Los Angeles, realizada no sábado à noite, em que muitas personalidades de Hollywood marcaram presença.
"Estão a fazer-me tremer, parem!", brincou o ator, sendo ovacionado de pé quando considerou o prémio "uma honra totalmente inesperada".
Michael J. Fox alcançou o estatuto de estrela na trilogia "Regresso ao Futuro", filmada entre 1985 e 1990, e na qual interpretou o adolescente Marty McFly, que viajou no tempo.
Em 1991, aos 29 anos de idade, foi-lhe diagnosticada a doença de Parkinson ao mesmo tempo que foi informado de que teria apenas mais dez anos de vida.
Cerca de 10 milhões de pessoas em todo o mundo sofrem da doença, que afeta a função motora.
Woody Harrelson, que contracenou com Michael J. Fox em "Doutor Sarilhos" na altura em que este fora diagnosticado com Parkinson, disse à audiência da cerimónia de sábado que "não podia acreditar, porque Mike tinha qualidades tão invencíveis e super-humanas". "Nunca usou autopiedade, mas transformou um diagnóstico arrepiante num compromisso corajoso", acrescentou.
Michael J. Fox ganhou fama na década de 1980 com a série de televisão da NBC "Quem sai aos seus" e tornou pública a sua doença em 1998, quando a série de sucesso "Cidade Louca" foi lançada.
Passou à reforma parcial alguns anos mais tarde, dedicando-se à sua fundação para financiar a investigação sobre a doença de Parkinson, angariando mais de mil milhões de dólares por ano.
"Não fiz nada de heróico", disse Michael J. Fox, no sábado à noite.
O ator, que deixou de atuar em 2020, sofreu múltiplas fraturas ósseas e outras lesões devido a quedas nos últimos meses, exigindo uma cirurgia ao ombro.
Na cerimónia caminhou pelo palco, pedindo à mulher Tracy Pollan para o ajudar a carregar a sua estatueta.
Peter Weir entre os galardoados
Os Óscares honorários são atribuídos por uma realização vitalícia, e desde 2009 têm sido apresentados separadamente da cerimónia principal.
A estatueta dourada foi também atribuída no sábado a Diane Warren, cantora e compositora de êxitos como "I Don't Want to Miss a Thing" dos Aerosmith. A cantora foi nomeada para 13 Óscares, mas nunca ganhou nenhum.
"Tenho muitos discursos amassados nos meus bolsos", brincou ela, perante os aplausos.
Peter Weir, o realizador australiano de "A Testemunha", "O Clube dos Poetas Mortos" e "The Truman Show-A vida em direto", fez um raro regresso a Hollywood para receber o seu Óscar.
A realizadora francesa Euzhan Palcy, originária da Martinica, recebeu a estatueta de uma carreira que incluía "Assassinato sob custódia" de 1989, baseada no romance de André Brink sobre o apartheid na África do Sul, com Marlon Brando no elenco.
"As minhas histórias não são nem brancas nem negras, são universais, coloridas", disse. Fonte: Diário de Notícias.pt.
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