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Objetivo: atualização nos dispositivos de “Deep Brain Stimulation” aplicáveis ao parkinson. Abordamos critérios de elegibilidade (devo ou não devo fazer? qual a época adequada?) e inovações como DBS adaptativo (aDBS). Atenção: a partir de maio/20 fui impedido arbitrariamente de compartilhar postagens com o facebook. Com isto este presente blog substituirá o doencadeparkinson PONTO blogspot.com, abrangendo a doença de forma geral.
sábado, 18 de julho de 2020
A tolerabilidade, segurança e eficácia da safinamida (Xadago MR) em pacientes idosos com doença de Parkinson: um estudo retrospectivo
17 July 2020 - The tolerability, safety and efficacy of safinamide in elderly Parkinson’s disease patients: a retrospective study.
sexta-feira, 17 de julho de 2020
Equador legaliza Cannabis medicinal e cultivo de cânhamo com limite de 1% de THC
17/07/2020 - Equador legaliza Cannabis medicinal e cultivo de cânhamo com limite de 1% de THC.
Novo biossensor detecta transmissão célula a célula da proteína alfa-sinucleína associada ao Parkinson
17. Juli 2020 - New biosensor detects cell-to-cell transmission of the Parkinson-associated protein alpha-Synuclein.
A fóvea intrinsecamente reestruturada está correlacionada com a perda de sensibilidade ao contraste na doença de Parkinson
16 July 2020 - The intrinsically restructured fovea is correlated with contrast sensitivity loss in Parkinson’s disease.
Fóvea: É a região da retina mais altamente especializada para a visão de alta resolução. A fóvea contém apenas cones e permite que a luz atinja os fotorreceptores sem passar pelas demais camadas da retina, maximizando a acuidade visual – que é a capacidade do olho de distinguir entre dois pontos próximos.
Sintoma de Parkinson que 'congela' movimento pode ser contido com tratamento desenvolvido no Brasil
Uma pessoa vai dar um passo, mas, de repente, congela. A sensação é como se os pés tivessem ficado presos ao chão.
170720 - Esta é uma consequência frequente da doença de Parkinson, o chamado "congelamento da marcha". Pesquisadores estimam que mais de um terço das pessoas com a doença têm este sintoma, que é uma causa frequente de quedas, dependência e má qualidade de vida.
Uma equipe da Universidade de São Paulo (USP), liderada pela pesquisadora Carla da Silva Batista e supervisionada por Carlos Ugrinowitsch, da Escola de Educação Física e Esporte da universidade, publicou em junho os resultados de um estudo clínico que mostrou a eficácia de um protocolo de treinamento para tratar do congelamento da marcha.
O estudo dividiu 32 pessoas com Parkinson em dois grupos: um passou por fisioterapia tradicional (15 pessoas) e outro, um treino específico proposto pelos pesquisadores (17). Este combina exercícios de sobrecarga, coordenação motora, cognição e instabilidade com bolas e pranchas — sim, cair também fez parte do treinamento pelo qual os pacientes passaram por 12 semanas, em um total de 36 sessões.
O segundo grupo, que passou pelo treinamento específico, teve resultados melhores em vários critérios, observados em questionários respondidos pelos próprios pacientes, por avaliação médica do quadro e também por ressonância magnética (veja detalhes dos resultados abaixo).
"Construímos um conjunto de exercícios complexos, porque a complexidade induz à neuroplasticidade — que é a adaptação do cérebro a novos estímulos", explicou Carla Batista à BBC News Brasil, destacando que os problemas vividos por quem sofre do congelamento estão relacionados a uma parte do cérebro chamada região locomotora mesencefálica.
A neuroplasticidade cerebral se expressa, por exemplo, na formação de neurônios e sinapses, conexões entre eles.
"No treinamento específico para o congelamento da marcha, combinamos tarefas concomitantes, exercícios de coordenação, força e equilíbrio. Também trabalhamos o medo de cair, às vezes induzindo à queda — e os pacientes relataram não só melhora nos movimentos, mas também na percepção do medo."
Combinação de exercícios de equilíbrio, força e cognição mostrou bons resultados para tratar do chamado congelamento da marcha GETTY IMAGES |
Carla Batista aparece com autora principal, ao lado de colegas da USP, da Universidade Federal do ABC, e também de universidades no exterior, fruto de períodos de estudo dela nos Estados Unidos. Ela fez parte do doutorado na Northwestern University e agora pós-doutorado na Oregon Health and Science University, nos dois casos com bolsas da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp).
O estudo publicado no Movement Disorders é do tipo clínico randomizado controlado (RCT, na sigla em inglês) — que envolve pacientes (clínico), divididos aleatoriamente (randomizado) em grupos, um deles usando o tratamento sob teste. Os experimentos, nesse caso, foram realizados entre junho de 2018 e abril de 2019.
Pelos relatos dos participantes, o grupo que participou do treino específico apontou maior melhora do que o grupo que seguiu a fisioterapia tradicional no congelamento da marcha em si (melhora de 20% vs. melhora de 1%) e na qualidade de vida (melhora de 23% vs. piora de 9%).
Na ressonância magnética, foi possível observar também a reativação das áreas do cérebro relacionadas ao congelamento da marcha. O modelo de análise de imagens de ressonância magnética usado neste estudo foi desenvolvido por equipes da USP e de pesquisadores dos EUA e Inglaterra, conforme apresentado em um artigo anterior, de 2017.
Gráficos enviados pela equipe à BBC News Brasil mostram diferentes indicadores em que treino complexo se mostrou superior |
A preparação postural é um indicador importante, pois o congelamento da marcha normalmente ocorre no início do passo ou na virada do corpo, possivelmente por anormalidades motoras e cognitivas na configuração que precede o movimento.
O que uma pessoa que tem congelamento da marcha pode fazer hoje?
Entre os sintomas de Parkinson, estão ainda rigidez nos músculos, lentidão nos movimentos corporais, tremores e perda de equilíbrio.
De acordo com Carla Batista, o congelamento pode durar de segundos a dois minutos. Há remédios e até uma cirurgia, de estimulação cerebral profunda, que são usados para tratar do congelamento da marcha — mas, segundo a pesquisadora, até hoje, os resultados destes tratamentos são considerados inconclusivos.
"Com nossa proposta de tratamento, estamos apostando em uma terapia de baixo custo — na comparação com uma cirurgia, por exemplo — e que é eficaz em modificar a doença, seja diminuindo, retardando ou até prevenindo o aparecimento do congelamento da marcha. No futuro, a terapia poderia ser incorporada pelo Sistema Único de Saúde, por exemplo", apontou.
Agora, um próximo passo previsto para testar o tratamento será fazer um estudo clínico com número maior de pessoas e, possivelmente, envolvendo pessoas que tenham Parkinson mas não congelamento da marcha. A ideia é verificar se o treino específico desenvolvido pela equipe e aplicado durante dois anos é capaz de prevenir o aparecimento do sintoma.
Enquanto o tratamento não passa por esta nova validação e diante das incertezas atuais sobre remédios e cirurgias existentes, Batista diz que o paciente que passar pelo congelamento deve respirar fundo e depois tentar levantar a ponta do pé, seguida pelo calcanhar. Depois de respirar fundo, a pessoa pode tentar também balançar o corpo, jogando-o de um lado para o outro, até que venha um "gatilho" que dispara o movimento do passo.
Conhecida por seus sintomas motores, como tremor nas mãos, doença de Parkinson tem alcance mais amplo pouco a pouco descoberto, diz pesquisadora Direito de imagem GETTY IMAGES |
Um estudo publicado em 2018 na revista científica Lancet estimou que, no mundo, 6,1 milhões de pessoas viviam com Parkinson em 2016. Para o Brasil, o número estimado foi de 128.836 (*).
O número global aumentou desde 1990, quando havia cerca de 2,5 milhões de pessoas com a doença. Mas, desde então, não foi somente a dimensão quantitativa da doença que mudou.
"Antes, acreditava-se que o Parkinson afetasse somente indivíduos a partir da meia idade e na função motora — levando a músculos mais fracos, tremor… Hoje, entendemos que não se trata apenas de uma desordem motora, mas também cognitiva, gastrointestinal, cardiovascular… E temos evidências também de que pessoas acima dos 20 anos já podem ser afetadas", diz a pesquisadora. Original em inglês, tradução Google, revisão Hugo. Fonte: BBC.
(*) No mínimo 200 mil pessoas.
quinta-feira, 16 de julho de 2020
Pai irlandês com Parkinson diz que a vida foi transformada pelo adorável cão-guia preto
July 16, 2020 - Um irlandês com doença de Parkinson teve sua vida transformada para melhor, graças à ajuda de um labrador preto muito especial - e sempre tão bom.
Duncan Hughes, pai de dois filhos de Dublin, conheceu Leon, um labrador preto que o ajuda com estabilidade há cerca de seis meses, segundo a RTE.
Em vez de apenas atuar como companheiro, Leon é o primeiro cão-guia a ser treinado especificamente para ajudar na mobilidade geral de uma pessoa, sua estabilidade e sua marcha.
Hughes disse: "Este é o melhor tratamento para melhorar minha qualidade de vida entre todos os tratamentos que recebi para o Parkinson nos últimos 17 anos".
Ele acrescentou: "Antes, quando eu estava andando, as pessoas pensavam que eu estava bêbado ou drogado. Agora elas apenas sorriem. Nós dois estamos caminhando mais de seis quilômetros todos os dias agora. Foi uma mudança completa de vida".
A doença de Parkinson é uma doença neurológica de longo prazo que afeta a maneira como o cérebro coordena os movimentos do corpo, incluindo caminhar, falar e escrever.
Pensa-se que afeta hoje cerca de 8.000 pessoas na Irlanda.
Duncan costumava ter problemas quando seus pés ficavam presos no chão e congelavam. Ele não era capaz de fazer caminhadas regulares e lutava para se deslocar pela casa.
Existem várias maneiras de gerenciar a doença de Parkinson e aliviar os sintomas, mas não há cura.
Hughes disse à RTE que a assistência de Leon foi o tratamento mais benéfico e eficaz que ele teve para sua condição.
"Ele [Leon] é o primeiro tratamento para mim, com Parkinson, que abordou minha qualidade de vida.
"Na verdade, está melhorando minha vida. Ele é como uma parte de mim nesta fase.
"Eu não vou a lugar nenhum sem ele. Ele cuida de mim e eu cuido dele."
O relacionamento de Leon com Duncan e a ajuda que ele está fornecendo a ele é o primeiro estudo de longo prazo de um paciente com Parkinson usando um cachorro que foi treinado especificamente para eles. Original em inglês, tradução Google, revisão Hugo. Fonte: Irishpost.
Duncan Hughes, pai de dois filhos de Dublin, conheceu Leon, um labrador preto que o ajuda com estabilidade há cerca de seis meses, segundo a RTE.
Em vez de apenas atuar como companheiro, Leon é o primeiro cão-guia a ser treinado especificamente para ajudar na mobilidade geral de uma pessoa, sua estabilidade e sua marcha.
Hughes disse: "Este é o melhor tratamento para melhorar minha qualidade de vida entre todos os tratamentos que recebi para o Parkinson nos últimos 17 anos".
Ele acrescentou: "Antes, quando eu estava andando, as pessoas pensavam que eu estava bêbado ou drogado. Agora elas apenas sorriem. Nós dois estamos caminhando mais de seis quilômetros todos os dias agora. Foi uma mudança completa de vida".
A doença de Parkinson é uma doença neurológica de longo prazo que afeta a maneira como o cérebro coordena os movimentos do corpo, incluindo caminhar, falar e escrever.
Pensa-se que afeta hoje cerca de 8.000 pessoas na Irlanda.
Existem várias maneiras de gerenciar a doença de Parkinson e aliviar os sintomas, mas não há cura.
Hughes disse à RTE que a assistência de Leon foi o tratamento mais benéfico e eficaz que ele teve para sua condição.
"Ele [Leon] é o primeiro tratamento para mim, com Parkinson, que abordou minha qualidade de vida.
"Na verdade, está melhorando minha vida. Ele é como uma parte de mim nesta fase.
"Eu não vou a lugar nenhum sem ele. Ele cuida de mim e eu cuido dele."
O relacionamento de Leon com Duncan e a ajuda que ele está fornecendo a ele é o primeiro estudo de longo prazo de um paciente com Parkinson usando um cachorro que foi treinado especificamente para eles. Original em inglês, tradução Google, revisão Hugo. Fonte: Irishpost.
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