domingo, 2 de fevereiro de 2025

Implantes cerebrais inovadores podem transformar o tratamento do Parkinson

Pesquisadores desenvolvem implantes que podem restaurar circuitos neurais danificados. A nova abordagem promete avanços no tratamento da doença, oferecendo esperança a milhões de pessoas afetadas pelo Parkinson.

1 de Fevereiro, 2025 - Atualmente, Parkinson não tem cura, mas um novo experimento pode trazer mudanças significativas no tratamento da doença. Um grupo de cientistas da Universidade de Cambridge está desenvolvendo um tipo inovador de implante cerebral feito a partir de pequenas células cerebrais, com o objetivo de restaurar circuitos neuronais comprometidos. Os primeiros testes serão realizados em animais.

O que é o Parkinson?

O Parkinson é uma doença neurodegenerativa progressiva causada pela morte de neurônios responsáveis pela produção de dopamina. Essa perda reduz a capacidade do cérebro de controlar os movimentos, resultando em tremores, rigidez e dificuldades motoras. Embora os medicamentos que repõem a dopamina sejam eficazes no início, eles perdem efeito com o tempo e podem causar efeitos colaterais adversos. A causa exata da doença ainda é desconhecida.

Nova pesquisa e abordagem inovadora

O projeto liderado pelos pesquisadores George Malliaras e Roger Barker busca solucionar um dos principais desafios das terapias de reposição celular: a integração das novas células no cérebro. Para isso, a equipe desenvolverá implantes formados por organoides cerebrais – pequenos agrupamentos de células cerebrais cultivadas em laboratório.

A ideia é que esses organoides sejam transplantados para o cérebro dos pacientes e, com a ajuda de materiais avançados e estimulação elétrica, consigam se conectar ao sistema nervoso, restaurando os circuitos comprometidos pela doença.

Potencial transformador dos implantes

Até o momento, as terapias existentes para o Parkinson enfrentam dificuldades na integração de células transplantadas ao sistema nervoso. Segundo Jacques Carolan, diretor da Agência de Pesquisa Avançada e Inovação (ARIA), os investimentos nessa nova metodologia podem trazer avanços significativos para o tratamento de distúrbios neurológicos complexos.

A ARIA, instituição britânica responsável pelo financiamento do projeto, acredita que essa abordagem poderá impactar profundamente a qualidade de vida de pacientes com Parkinson e outras doenças neurodegenerativas.

Próximos passos

Os cientistas iniciarão os testes em animais nos próximos meses para avaliar a eficácia dos implantes. Caso os resultados sejam positivos, futuros ensaios clínicos poderão ser realizados em humanos, aproximando a medicina de uma solução mais eficaz para essa condição debilitante. Fonte: gizmodo.

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