13 Dicembre 2013 - A publicação do estudo franco-alemão
EARLYSTIM ( Schuepbach WM et al. N Engl J Med 2013 368: 610-22 ) demonstra que o DBS é superior ao tratamento medicamentoso em
pacientes com doença de Parkinson que tenham complicações motoras
iniciais e levanta a suspeita de que talvez haja necessidade de rever
os critérios atuais de intervenção, que indica a intervenção
quando as complicações ocorrem em estágios avançados da doença
(10 anos e mais de doença ) em pacientes com mais de 70 anos de
idade. Estas políticas de restringir o número de pacientes que
podem se submeter à cirurgia, já que a idade média de início é
de 60 anos e a complicação pode ocorrer quando o paciente já tem
mais de 70 anos de idade devem ser revistas. Deve-se notar que um
editorial publicado junto com o trabalho com as objeções
levantadas na conclusão dos autores devem antecipar a intervenção
nos pacientes cuja população em estudo não era representativa da
maioria dos pacientes com doença de Parkinson, porque eles eram
jovens, não tinham outras doenças ou sinais de demência. Além
disso, o aumento da taxa de suicídio torna imperativa a monitoração
e o DBS não melhora todos os sintomas parkinsonianos.
É convidado o Dr. G Carrabba. que
trabalha na Unidade Operativa de Neurocirurgia Funcional e
Estereotáxica Simples Neuroendoscopica da Policlínica de Milão, um
centro que já realizou mais de 100 operações de DBS para fornecer
uma resposta.
O Dr. Carrabba afirmou que, na realidade,
não há critérios rigorosos para a seleção de pacientes, você
deve sempre decidir de acordo com as características de cada
paciente. Hoje a estimulação profunda do cérebro (DBS) é uma
terapia cirúrgica consolidada, existe uma vasta experiência com o
implante dos eletrodos, o que pode ser considerada uma operação de
rotina. Em particular, a experiência em 107 pacientes submetidos à cirurgia mostrou que o benefício obtido na função motora é
semelhante (72,7% vs 71,2% em jovens idosos). No que se refere aos
riscos, que são essencialmente dois (...)
(...) Portanto, a idade de 70 anos não é
mais válida, você tem que decidir em um nível individual. Isso é
importante, porque no meio do Parkinson se observa uma tendência no
sentido de haver um início mais tardio da doença. Uma vez que a idade
média de início foi de 58 anos e hoje é cerca de 65 anos. Existem
publicações recentes que indicam que o mesmo se passa com a doença
de Alzheimer. Uma provável explicação é a melhoria das condições
de vida, com menor exposição a toxinas ambientais, controle de
fatores de risco cardiovascular (hipertensão, colesterol elevado,
diabetes) e contenção do uso de drogas que induzem os sintomas
parkinsonianos.
Em relação à antecipação da
intervenção em fases iniciais da doença, é preciso considerar que
se trata de uma intervenção desafiadora, porém, com algum risco.
Houve a manifestação do Dr CB Mariani que expôs a experiência no
centro CTO do Parkinson. Esta experiência mostra que o DBS
permite controlar alguns dos sintomas muito bem (flutuações
motoras, discinesia, distonia) a longo prazo (após 10 anos e mais),
mas que não resolve os chamados sintomas axiais (problemas com a
caminhada, equilíbrio e a voz). É essencial que o diagnóstico de
doença de Parkinson seja certo. Além disso, ainda hoje considera-se
não haver nenhuma indicação de que o paciente tenha os sintomas
controlados (veja acima) apenas respondendo à terapia medicamentosa.
Estes critérios não são satisfeitos em pacientes nos estágios
iniciais, por isso hoje temos a tendência de intervir mais tarde. (segue..., original em italiano, tradução Google, revisão Hugo) Fonte: Parkinson.it.
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