sábado, 14 de dezembro de 2013

Quando se submeter à estimulação profunda do cérebro (DBS)?

13 Dicembre 2013 - A publicação do estudo franco-alemão EARLYSTIM ( Schuepbach WM et al. N Engl J Med 2013 368: 610-22 ) demonstra que o DBS é superior ao tratamento medicamentoso em pacientes com doença de Parkinson que tenham complicações motoras iniciais e levanta a suspeita de que talvez haja necessidade de rever os critérios atuais de intervenção, que indica a intervenção quando as complicações ocorrem em estágios avançados da doença (10 anos e mais de doença ) em pacientes com mais de 70 anos de idade. Estas políticas de restringir o número de pacientes que podem se submeter à cirurgia, já que a idade média de início é de 60 anos e a complicação pode ocorrer quando o paciente já tem mais de 70 anos de idade devem ser revistas. Deve-se notar que um editorial publicado junto com o trabalho com as objeções levantadas na conclusão dos autores devem antecipar a intervenção nos pacientes cuja população em estudo não era representativa da maioria dos pacientes com doença de Parkinson, porque eles eram jovens, não tinham outras doenças ou sinais de demência. Além disso, o aumento da taxa de suicídio torna imperativa a monitoração e o DBS não melhora todos os sintomas parkinsonianos.

É convidado o Dr. G Carrabba. que trabalha na Unidade Operativa de Neurocirurgia Funcional e Estereotáxica Simples Neuroendoscopica da Policlínica de Milão, um centro que já realizou mais de 100 operações de DBS para fornecer uma resposta.

O Dr. Carrabba afirmou que, na realidade, não há critérios rigorosos para a seleção de pacientes, você deve sempre decidir de acordo com as características de cada paciente. Hoje a estimulação profunda do cérebro (DBS) é uma terapia cirúrgica consolidada, existe uma vasta experiência com o implante dos eletrodos, o que pode ser considerada uma operação de rotina. Em particular, a experiência em 107 pacientes submetidos à cirurgia mostrou que o benefício obtido na função motora é semelhante (72,7% vs 71,2% em jovens idosos). No que se refere aos riscos, que são essencialmente dois (...)


(...) Portanto, a idade de 70 anos não é mais válida, você tem que decidir em um nível individual. Isso é importante, porque no meio do Parkinson se observa uma tendência no sentido de haver um início mais tardio da doença. Uma vez que a idade média de início foi de 58 anos e hoje é cerca de 65 anos. Existem publicações recentes que indicam que o mesmo se passa com a doença de Alzheimer. Uma provável explicação é a melhoria das condições de vida, com menor exposição a toxinas ambientais, controle de fatores de risco cardiovascular (hipertensão, colesterol elevado, diabetes) e contenção do uso de drogas que induzem os sintomas parkinsonianos.


Em relação à antecipação da intervenção em fases iniciais da doença, é preciso considerar que se trata de uma intervenção desafiadora, porém, com algum risco. Houve a manifestação do Dr CB Mariani que expôs a experiência no centro CTO do Parkinson. Esta experiência mostra que o DBS permite controlar alguns dos sintomas muito bem (flutuações motoras, discinesia, distonia) a longo prazo (após 10 anos e mais), mas que não resolve os chamados sintomas axiais (problemas com a caminhada, equilíbrio e a voz). É essencial que o diagnóstico de doença de Parkinson seja certo. Além disso, ainda hoje considera-se não haver nenhuma indicação de que o paciente tenha os sintomas controlados (veja acima) apenas respondendo à terapia medicamentosa. Estes critérios não são satisfeitos em pacientes nos estágios iniciais, por isso hoje temos a tendência de intervir mais tarde. (segue..., original em italiano, tradução Google, revisão Hugo) Fonte: Parkinson.it.

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