Objetivo: atualização nos dispositivos de “Deep Brain Stimulation” aplicáveis ao parkinson. Abordamos critérios de elegibilidade (devo ou não devo fazer? qual a época adequada?) e inovações como DBS adaptativo (aDBS). Atenção: a partir de maio/20 fui impedido arbitrariamente de compartilhar postagens com o facebook. Com isto este presente blog substituirá o doencadeparkinson PONTO blogspot.com, abrangendo a doença de forma geral.
segunda-feira, 22 de agosto de 2022
domingo, 21 de agosto de 2022
Enfermeiros na Inglaterra testarão óculos inteligentes durante visitas a pacientes
AGO 21, 2022 - Enfermeiros ingleses participarão de testes de óculos inteligentes enquanto visitam pacientes em casa, como parte de um projeto do Serviço Nacional de Saúde do Reino Unido (NHS) que visa melhorar a qualidade dos serviços médicos usando gadgets. Nesta fase, os testes serão realizados em North Lincolnshire e Goole.
NHS England / PA Media
Com o consentimento dos pacientes, os enfermeiros poderão usar óculos inteligentes para acessar dados de prontuários médicos. Essa abordagem ajudará a automatizar o trabalho administrativo, além de permitir que eles compartilhem vídeos para consultas rápidas com colegas do hospital. Os óculos também podem ser usados para examinar feridas e lesões in situ usando tecnologia de imagem térmica especial.
O dispositivo em si foi criado por um clínico geral como parte de um programa de US$ 7,1 milhões para melhorar a qualidade das ambulâncias e dos serviços sociais. No início deste ano, o NHS também distribuiu relógios inteligentes para pacientes com doença de Parkinson para que os médicos pudessem monitorar remotamente sua condição.
O NHS estima que os enfermeiros distritais gastam mais da metade de seu tempo preenchendo formulários e inserindo manualmente os dados do paciente. Os próximos testes dos óculos inteligentes devem mostrar se um dispositivo moderno pode ajudar os enfermeiros a liberar mais tempo para outras tarefas, como verificar a pressão arterial e fazer curativos. Fonte: Avalanchenoticias.
quinta-feira, 18 de agosto de 2022
Cerca de 10% dos pacientes com Parkinson no mundo são diagnosticados com menos de 50 anos
Relato público da jornalista e apresentadora Renata Capucci mostra como o diagnóstico no início da doença pode impedir sua progressão e manter a qualidade de vida do paciente
18 Agosto 2022 - Embora a prevalência da Doença de Parkinson seja em pessoas com mais de 60 anos, estima-se que em cerca de 10% dos pacientes a doença se manifeste antes dos 50 anos1-2, como aconteceu com a jornalista e apresentadora Renata Capucci, 49 anos, que revelou em um dos podcasts do "Fantástico?, da Globo3, ser portadora da doença desde 2018, quando surgiram os primeiros sintomas motores? ela começou a mancar e, posteriormente, um dos braços passou a subir sozinho, enrijecido.
O relato da jornalista alerta para a importância de estar atento aos sinais do corpo e de buscar um especialista, caso a própria pessoa ou alguém próximo a ela identifique alterações no movimento. Um relatório divulgado, em junho, pela Organização Mundial de Saúde (OMS)4 revela que a prevalência da Doença de Parkinson dobrou nos últimos 25 anos (dados de 2019), mostrando que 8,5 milhões de indivíduos no mundo vivem com a doença. O levantamento também aponta que as mortes e os impactos na saúde como consequência do Parkinson estão aumentando de forma mais rápida que qualquer outro distúrbio neurológico. No Brasil, estima-se que 200 mil pessoas tenham a patologia.
"O aumento dos diagnósticos também está relacionado ao crescimento do número de especialistas que trabalham com distúrbios de movimento e que são capazes de identificar mais rapidamente a doença?, afirma Renan Rocha, gerente de produto da linha de Neurologia da Zambon. Ele participou recentemente do PD Academy, evento anual promovido pela farmacêutica Zambon na Europa, com a presença de 250 neurologistas especialistas em distúrbios do movimento do mundo inteiro para debater sobre novos estudos, técnicas e medicamentos.
A Doença de Parkinson é uma das prioridades da Zambon, que tem investido de maneira significativa em pesquisas de doenças crônicas e degenerativas. O objetivo é promover a qualificação médica e a globalização das informações, de forma a antecipar o diagnóstico, retardar a progressão da doença e manter a qualidade de vida dos pacientes.
O que é a Doença de Parkinson?
O Parkinson é causado por uma degeneração progressiva dos neurônios que produzem uma substância chamada dopamina, um neurotransmissor que ajuda na comunicação entre as células nervosas e é essencial para o controle dos movimentos dos músculos5-6-7. A ausência da dopamina causa tremores, ou seja, movimentos involuntários de braços, pernas e cabeça.
Mas nem sem sempre os tremores são o primeiro sintoma da doença. Na maioria das vezes, antes deles a pessoa desenvolve bradicinesia, caracterizada pela lentidão dos movimentos, quase sempre de um lado só do corpo. De acordo com a Dra. Yvi Gea, diretora médica da Zambon, existem outros sintomas que podem aparecer ? os não motores - e que dificilmente são relacionados ao Parkinson, tais como quadros de tristeza, ansiedade, distúrbios de humor e do sono, depressão, problemas urinários, sintomas gastrointestinais e dor.
Atualmente, o diagnóstico da doença é feito com base na história clínica do paciente e no exame neurológico. Segundo Dra. Yvi, não há, por enquanto, nenhum teste específico para diagnóstico precoce ou prevenção da patologia. Por isso, a orientação é procurar um neurologista sempre que surgirem alguns dos principais sintomas:
Tremores involuntários em repouso
Rigidez muscular
Andar mais lento e arrastado
Perda de expressão facial
Depressão
Ansiedade
Dores musculares
Constipação
Doença pode ter origem no intestino
Durante o evento anual da Zambon, os especialistas debateram sobre uma possível correlação entre a Doença de Parkinson e problemas no intestino. "Evidências recentes sugerem que uma mudança na composição do microbioma gastrointestinal pode desempenhar um papel importante na patogênese da DP 8. Antes o foco das pesquisas era o cérebro; agora está sendo redirecionado do cérebro para os intestinos?, ressalta Mônica Bognar, coordenadora de Assuntos Médicos da Zambon.
Dois estudos publicados no início deste ano por pesquisadores brasileiros reforçam a hipótese de que a evolução dos distúrbios neurovegetativos pode ser influenciada pela microbiota intestinal9. Os trabalhos descrevem a forma pela qual o desequilíbrio entre as bactérias patogênicas e benéficas do intestino ? a disbiose ? pode facilitar o surgimento da doença de Parkinson.
Em artigo publicado na revista iScience, em março, pesquisadores do Centro Nacional de Pesquisa em Energia e Materiais (CNPEM)10, de Campinas, descobriram que a proteína aSyn, agregada nos intestinos pela proliferação descontrolada de bactérias, pode migrar para o Sistema Nervoso Central, iniciando um provável mecanismo do surgimento da patologia. Ou seja, há evidências de que células específicas do epitélio intestinal possuem propriedades semelhantes às dos neurônios e podem estar relacionadas ao Parkinson e outras doenças degenerativas.
Dados
A prevalência da Doença de Parkinson está aumentando mais rapidamente que outros distúrbios neurológicos. Em 2016, cerca de 6 milhões de indivíduos tinham diagnóstico de Parkinson, o que significa um aumento de 2,4 vezes, se comparados com os dados de 1990. Nos Estados Unidos, 930 mil pessoas convivem com a doença. 11 Na Espanha são 300 mil, o que representa um novo caso a cada 10 mil pessoas por ano. 12
Alguns estudos internacionais estimam que o número de pacientes com Parkinson no Brasil dobrará até 2030. Como o número de pessoas diagnosticadas com a patologia representa em torno de 3% da população com 60 ou anos ou mais, é possível que 630 mil indivíduos passem a conviver com a doença até o final desta década, levando em consideração que existem, hoje, aproximadamente 21 milhões de pessoas nessa faixa etária (=>60 anos).13
Tratamento
Como a doença é progressiva e não tem cura, as terapias ajudam a controlar os sintomas e permitem que o indivíduo continue exercendo suas atividades. O tratamento com medicamentos estimula a oferta de dopamina, aumentando a sua presença ou evitando a sua degradação, além da deterioração das funções cerebrais e do controle dos sintomas.
Quanto mais cedo se obtém o diagnóstico, mais chances de diminuir a progressão da doença e de melhorar a qualidade de vida ao lado de amigos e familiares, além de ampliar a capacidade produtiva dos pacientes. Além dos remédios, existem outros recursos terapêuticos como fisioterapia, cirurgia e até o implante de um marcapasso cerebral que reduz os tremores e a rigidez dos músculos.
Sobre a Zambon
A Zambon é uma multinacional de origem italiana que atua na linha farmacêutica e de química fina desde 1906. É globalmente reconhecida por sua linha respiratória com produtos de ação mucolítica e antioxidante, e no Brasil atua em 5 grandes áreas terapêuticas: respiratória, saúde feminina, dor, sistema nervoso central e doenças raras. Mantendo seu foco em inovação e cuidado com as pessoas, a farmacêutica investe no lançamento de medicamentos e soluções de saúde modernas para que os pacientes, consumidores e colaboradores desfrutem profundamente cada momento, afinal, está no centro de nosso propósito a diferenciação entre viver e viver verdadeiramente. Esta é a Zambon: uma empresa inovadora composta por pessoas altamente qualificadas, que partilham os mesmos valores e estão em constante evolução para lidar com cenários em constante evolução. Fonte: Aboutfarma.
quarta-feira, 17 de agosto de 2022
O QUE VOCÊ PRECISA SABER SOBRE GASTROPARESIA E PARKINSON
August 1.7, 2022 - WHAT YOU NEED TO KNOW ABOUT GASTROPARESIS AND PARKINSON’S.
Gastroparesia é uma doença gástrica em que o estômago do paciente não consegue se movimentar da forma correta, fazendo com que os alimentos passem tempo demais no estômago, sem seguir para o intestino. A gastroparesia é chamada também de síndrome de atraso no esvaziamento gástrico. (via Google)
terça-feira, 16 de agosto de 2022
Estudo encontra agrotóxicos em famosos pães e biscoitos. Veja lista
Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec) identificou agrotóxicos em produtos comuns na mesa dos brasileiros, como o biscoito Oreo
16/08/2022 - Para manter a saúde em dia, devemos priorizar uma alimentação natural, evitando ultraprocessados — alimentos ricos em açúcares, gorduras e substâncias artificiais. Além de serem prejudiciais ao organismo, esses produtos podem conter agrotóxicos, conforme alerta o Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec) em nova pesquisa.
Para se ter ideia, duas das três marcas de requeijão analisadas continham resquícios da substância. Os campeões do veneno, contendo adição de seis tipos de agrotóxico, foram o pão Bisnaguito, da Panco; a bolacha Água e Sal, da Marilan; a bolacha também de Água e Sal, da Vitarella; e o biscoito Trakinas.
Segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), as principais doenças relacionadas à intoxicação por agrotóxicos são: arritmias cardíacas, lesões renais, câncer, alergias respiratórias, doença de Parkinson e fibrose pulmonar.
Resquícios da substância também foram identificados em famosas bisnaguinhas, amplamente consumidas por crianças.
Agrotóxico está relacionado ao Parkinson
Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec) encontrou agrotóxicos em ultraprocessados comuns na mesa dos brasileiros, como o biscoito Oreo.
Em segundo lugar, contendo cinco agrotóxicos, apareceram o pão Bisnaguinha, da Seven Boys; a bolacha Água e Sal, da Triunfo; a bolacha também de Água e Sal, da Zabet; a Empanada de Frango, da Seara; e o salgadinho Torcida.
Muitos dos alimentos citados são destinados ao público infantil, fato que preocupou pais e nutricionistas.
Para uma alimentação saudável, opte por produtos in natura ou minimamente processados. Uma forma de identificá-los é por meio da lista de ingredientes. Quanto menor ela for, mais saudável e livre de substâncias químicas o produto será.
Vale ressaltar que, segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), as principais doenças relacionadas à intoxicação por agrotóxicos são: arritmias cardíacas, lesões renais, câncer, alergias respiratórias, doença de Parkinson e fibrose pulmonar. Os venenos entram no corpo por meio de contato com a pele, mucosa, pela respiração e ingestão. Fonte: Metropoles.
segunda-feira, 15 de agosto de 2022
Usando a realidade virtual para identificar os primeiros sinais da doença de Parkinson: Jay Alberts, PhD
August 15, 2022 - Nos últimos anos, o uso da realidade virtual (RV) tornou-se menos um fenômeno na comunidade médica, embora continue sendo uma abordagem subutilizada. A plataforma Cleveland Clinic Virtual Reality Shopping (CC-VRS) combina conteúdo de RV de última geração com uma esteira omnidirecional para quantificar atividades instrumentais na vida diária propostos como marcadores prodrômicos de doenças neurológicas. Liderado por Jay Alberts, PhD, um novo estudo publicado no Journal of Visualized Experiments destacou a viabilidade e a funcionalidade da plataforma CC-VRS em pacientes com doença de Parkinson (DP), uma condição neurodegenerativa que dificulta a capacidade dos pacientes de realizar tarefas diárias.
Um dos maiores problemas na
expansão da RV é a doença relacionada à RV causada por
descompassos sensoriais entre os sistemas visual e vestibular, também
conhecidos como distúrbios do movimento. A plataforma CC-VRS tenta
resolver o problema de movimento acoplando uma esteira omnidirecional
com conteúdo VR de alta resolução, permitindo que o usuário
navegue fisicamente em uma mercearia virtual para simular
compras.
Alberts, presidente da família Edward F. e Barbara
A. Bell na Cleveland Clinic, sentou-se com o NeurologyLive® para
detalhar o CC-VRS e suas construções. Ele discutiu a subutilização
da RV, os benefícios que ela pode trazer para pacientes com DP e por
que ela pode descobrir mais sobre os estágios prodrômicos iniciais
antes que os sintomas apareçam. Original em inglês, tradução
Google, revisão Hugo. Fonte: Aumag.
Racismo contribui para preconceito contra Cannabis medicinalRacismo contribui para preconceito contra Cannabis medicinal
Médica Mirene Morais destaca que herança de criminalização da planta trava tratamento a milhões de pacientes
15 de agosto de 2022 - Até o século 19, era recorrente o uso médico, no Brasil, de uma planta que, algumas décadas mais tarde, tornaria-se forte tabu: a Cannabis. Um dos principais fatores para a mudança da percepção pública no País foi o racismo, conforme apontam diversos estudos. “As primeiras políticas de proibição da planta foram idealizadas com base em perspectivas racistas, que tinham o objetivo de criminalizar práticas médico-religiosas e culturais da população negra”, ratifica a médica Mirene Morais, certificada internacionalmente em Cannabis medicinal.
Mirene, pós-graduada em dor pelo Hospital Sírio-Libanês, lembrou que o Brasil foi um dos primeiros países a proibir a Cannabis. Isso incluiu sua utilização medicinal, que, segundo extensa produção científica, contribui para o tratamento de sintomas de diversas doenças crônicas e neurológicas, a exemplo de câncer, Parkinson, Alzheimer, esquizofrenia, depressão, ansiedade, entre outras.
Ela destacou um personagem crucial nesse processo: o médico brasileiro Rodrigues Dória. “Em 1915, ele indicou, no 2º Congresso Científico Pan-americano, nos Estados Unidos, que a planta havia sido introduzida no País pelos negros como uma forma de vingança pelo ressentimento à escravidão, além de ser usada para gerar alucinações. Na verdade, foram os próprios portugueses que trouxeram-na e até incentivaram o seu cultivo no Brasil”, afirmou Mirene, acrescentando que as cordas das caravelas portuguesas eram feitas de cânhamo, uma variedade da Cannabis.
A médica ressaltou, ainda, que a proibição no País foi influenciada pelos Estados Unidos, principal responsável por disseminar a ideia de que a Cannabis se tratava de um entorpecente perigoso. A posição, enfatizou ela, também tinha objetivo de criminalizar minorias étnico-raciais, a exemplo de imigrantes e negros. “Graças a isso, no século 20, a Organização das Nações Unidas (ONU) classificou a planta como um entorpecente nocivo, o que foi revisto em 2020. Hoje, os Estados Unidos são um dos países que mais avançam no uso medicinal da Cannabis no mundo, enquanto o Brasil sofre com a herança racista e anda a passos curtos”, disse.
Para Mirene, é necessário se entender de que forma se deu a proibição da Cannabis medicinal no Brasil, “porque se trata de uma narrativa construída em um determinado contexto sócio-histórico, pouco baseada em ciência e muito calcada no racismo”. Ela enfatizou que embora o uso médico não seja crime no País, ainda há muito a se progredir, uma vez que os medicamentos, aliados na redução do sofrimento de milhões de pacientes, são inacessíveis a boa parte da população.
“Além de causar outros diversos prejuízos à população negra, o racismo se coloca como um problema na saúde pública, impedindo o Brasil de avançar na regulamentação da Cannabis medicinal e reduzir a dor de pessoas de todas as cores e de todas as classes sociais. Precisamos, com urgência, rever o que foi estabelecido sob viés racista”, salientou a médica Mirene Morais. Fonte: Faxaju.