Objetivo: atualização nos dispositivos de “Deep Brain Stimulation” aplicáveis ao parkinson. Abordamos critérios de elegibilidade (devo ou não devo fazer? qual a época adequada?) e inovações como DBS adaptativo (aDBS). Atenção: a partir de maio/20 fui impedido arbitrariamente de compartilhar postagens com o facebook. Com isto este presente blog substituirá o doencadeparkinson PONTO blogspot.com, abrangendo a doença de forma geral.
terça-feira, 28 de dezembro de 2021
Proteína pode acelerar novos tratamentos para o Parkinson
27 de dezembro de 2021 - Durante quase uma década, cientistas andaram investigando uma proteína ligada à doença de Parkinson, envolvida na forma como nossas células cerebrais processam energia.
O mistério, enfim, foi desvendado por pesquisadores da WEHI (Walter e Eliza Hall Institute of Medical Research) que conseguiram, pela primeira vez, visualizar em detalhes todo o processo que leva à ativação dessa proteína – chamada PINK1.
O estudo, publicado na Nature, em 21 de Dezembro, analisou cada processo desde o momento em que a PINK1 é criada até como os seus defeitos levam à doença de Parkinson.
Essa compreensão aprimorada culmina a pesquisa que já dura oito anos e que pode auxiliar o desenvolvimento de terapias que previnam a morte celular associada à doença ou, até mesmo, interrompam a progressão do Parkinson.
O estudo foi conduzido pelo doutorando, Zhong Yan Gan e pelo professor David Komander, e equipe multidisciplinar da WEHI que usaram para essa descoberta recursos inovadores de microscopia crioeletrônica (crio-EM).
Da esquerda para a direita: Zhong Yan Gan, Dr Alisa Glukhova e Professor David Komander (WEHI)
Papel protetor
Mais de 10 milhões de pessoas no mundo têm Parkinson, uma doença neurodegenerativa progressiva que se instala quando células produtoras de dopamina no cérebro morrem ou ficam prejudicadas. O mecanismo por trás desse processo ainda não está muito claro.
O estudo apontou para o papel que as mitocôndrias desempenham, como usinas que fornecem energia às células. À medida que envelhecemos, as mitocôndrias se danificam e se acumulam no corpo, podendo criar um ambiente tóxico para que doenças como Parkinson e Alzheimer se instalem.
Diante dessa ameaça, o estudo mostrou que a proteína PINK1 desempenha um papel protetor importante, marcando mitocôndrias danificadas para que sejam destruídas e removidas, possibilitando que mitocôndrias saudáveis entrem em cena.
“O que fizemos foi tirar uma série de prints da proteína e juntá-los para criar um filme de ‘ação ao vivo’ que revela todo o processo de ativação da PINK1. Uma das descobertas críticas que fizemos foi que essa proteína forma um dímero – ou par – que é essencial para ligá-la ou ativá-la para que desempenhe sua função. Existem dezenas de milhares de artigos sobre esta família de proteínas, mas visualizar como essa proteína se junta e muda no processo de ativação é realmente uma inovação”, acredita – explica Zhong Yan Gan.
Ubiquitina e doença de Parkinson (2021) por Etsuko Uno wehi.tv
Novas terapias
Atualmente não existem medicamentos aprovados que possam retardar ou interromper a progressão do Parkinson, apenas terapias que aliviam os sintomas. O professor Komander acredita que a descoberta irá abrir oportunidades de explorar novas terapias. “Empresas de biotecnologia e farmacêutica já estão olhando para essa proteína como alvo terapêutico para o Parkinson, mas estão meio às cegas. Acho que elas ficarão animadas em ver as novas e incríveis informações que nossa equipe foi capaz de produzir usando crio-EM. Estou muito orgulhoso deste trabalho e o que pode levar”, comemora.
Tecnologia avançada
Cientistas do WEHI usaram a mais avançada tecnologia de microscopia crioeletrônica para observar a proteína em “detalhes moleculares sofisticados” e juntar as diferentes peças do quebra-cabeça.
Para Dra Alisa Glukhova, head de laboratório da WEHI, essa descoberta só foi possível graças à nova instalação de crio-EM, financiada em conjunto pela WEHI e Bio21 Institute e ao recrutamento de biólogos estruturais com experiência no uso dessa tecnologia.
“Foi a primeira vez que usamos crio-EM no WEHI para desvendar a estrutura de pequenas proteínas como PINK1. É um ótimo exemplo de como tecnologias inovadoras podem realmente impulsionar a pesquisa e levar a descobertas transformadoras”, diz Dra Alisa. Fonte: O Futuro.
Há descobertas promissoras para o tratamento do Parkinson
Por Mariza Tavares
Dois estudos indicam caminhos que podem levar a um novo patamar de intervenção terapêutica
28/12/2021 - Rio de Janeiro - Como prometi no domingo, a última semana de 2021 será dedicada a boas notícias. Para os pacientes com Doença de Parkinson, que ocupa o segundo lugar entre as desordens neurodegenerativas mais frequentes, há o que se comemorar. A enfermidade, que começa a se manifestar por volta dos 60 anos e é mais comum entre os homens, afeta a capacidade do cérebro de controlar os movimentos, levando a tremores, rigidez muscular e alterações de marcha e equilíbrio.
Pesquisadores da Universidade de Northwestern e do Centro Médico Weill Cornell, ambos nos Estados Unidos, e do Instituto de Biomedicina de Sevilha apresentaram um estudo promissor com camundongos que pode beneficiar quem se encontra num estágio avançado da doença. Nessa fase, o tratamento com a substância levodopa, que aumenta a quantidade de dopamina – neurotransmissor que ajuda a aliviar os sintomas do Parkinson – não apresenta a mesma eficácia. A nova terapia modificou geneticamente cobaias tendo como alvo a área do cérebro chamada substância negra, que é crucial para o controle motor, e restaurou a capacidade dos neurônios da região de converter a levodopa em dopamina.
A Doença de Parkinson afeta a capacidade do cérebro de controlar os movimentos, levando a tremores, rigidez muscular, lentidão de movimentos e alterações de marcha e equilíbrio — Foto: StockSnap para Pixabay
Na Universidade de Georgetown (EUA), os cientistas fizeram uma descoberta inesperada ao se deparar com o mau funcionamento da barreira hematoencefálica (BHE) em alguns pacientes com Parkinson. Essa barreira é formada por células endoteliais alinhadas com os capilares e forma uma estrutura que funciona como um “filtro”, permitindo a entrada de moléculas essenciais e dificultando que substâncias prejudiciais atinjam o sistema nervoso central e o líquido cefalorraquidiano. Nos casos analisados, a barreira tinha um comportamento anômalo: não deixava as toxinas saírem do cérebro e impedia os nutrientes de entrar. Num estudo com 75 participantes com Parkinson severo, eles foram tratados com a substância nilotinibe, normalmente utilizada em casos de leucemia mieloide crônica. Ao fim de 27 meses, a droga havia se mostrado eficiente em deter o declínio motor dessas pessoas, mas os cientistas ainda puderam festejar uma segunda descoberta. A análise epigenômica do líquido cefalorraquidiano dos indivíduos apontou que a nilotinibe também desativava uma proteína (DDR1) que era responsável por minar a capacidade da barreira hematoencefálica de funcionar corretamente. Quando a DDR1 era “neutralizada”, o “filtro” passava a funcionar e o nível de inflamação diminuía a ponto de o neurotransmissor dopamina voltar a ser produzido. Esse achado, publicado na revista científica “Neurology Genetics”, pode levar a um novo patamar de intervenção terapêutica. Na indústria farmacêutica, o que foi feito com a nilotinibe – testar medicamentos que já existem para avaliar sua eficácia contra outras doenças – chama-se reposicionamento de fármacos.
A Academia Norte-americana de Neurologia (AAN em inglês) divulgou recentemente uma atualização das recomendações da entidade para o uso de medicamentos dopaminérgicos – o documento anterior era de 2002. “Revisamos os estudos sobre a eficácia e os possíveis riscos dos medicamentos usados no manejo dos sintomas nos estágios iniciais da doença e avaliamos que, mesmo com os efeitos colaterais que toda droga apresenta, a levodopa é a melhor opção”, afirmou a médica Tamara Pringsheim, principal autora do trabalho. Ainda assim, a revisão feita pelos médicos da entidade fez a ressalva de que a levodopa tem mais chances de provocar discinesia (movimentos involuntários do rosto, braços, pernas ou tronco) nos cinco primeiros anos do tratamento. Para contornar o problema, a dose prescrita deve ser a mais baixa possível para chegar ao melhor custo/benefício. Fonte: G1.
sexta-feira, 24 de dezembro de 2021
O papel da disbiose intestinal na doença de Parkinson
Insights mecanísticos e opções terapêuticas
Friday, December 24, 2021 - Resumo e
Introdução
Resumo
A doença de Parkinson é uma doença
neurodegenerativa comum em que os sintomas gastrointestinais podem
aparecer antes dos sintomas motores. A microbiota intestinal de
pacientes com doença de Parkinson mostra mudanças únicas, que
podem ser usadas como biomarcadores precoces da doença. Alterações
na composição da microbiota intestinal podem estar relacionadas à
causa ou efeito de sintomas motores ou não motores, mas os
mecanismos patogênicos específicos não são claros.
Foi
sugerido que a microbiota intestinal e seus metabólitos estão
envolvidos na patogênese da doença de Parkinson, regulando a
neuroinflamação, a função de barreira e a atividade dos
neurotransmissores. Há comunicação bidirecional entre o sistema
nervoso entérico e o SNC, e o eixo microbiota-intestino-cérebro
pode fornecer uma via para a transmissão de
α-sinucleína.
Destacamos as recentes descobertas sobre
alterações na microbiota intestinal na doença de Parkinson e
enfocamos os atuais insights mecanicistas sobre o eixo
microbiota-intestino-cérebro na fisiopatologia da doença. Além
disso, discutimos as interações entre a produção e transmissão
de α-sinucleína e inflamação e neuroinflamação intestinal. Além
disso, chamamos a atenção para a modificação da dieta, o uso de
probióticos e prebióticos e o transplante de microbiota fecal como
potenciais abordagens terapêuticas que podem levar a um novo
paradigma de tratamento para a doença de Parkinson.
Introdução
A
doença de Parkinson é uma doença neurodegenerativa comum
amplamente caracterizada pela perda de neurônios dopaminérgicos com
acúmulo anormal de α-sinucleína na substância negra e estriado.
Os principais sintomas motores da doença de Parkinson são tremor,
rigidez, bradicinesia e instabilidade postural. [1,2] Além disso,
sintomas não motores que variam de anormalidades sensoriais,
alterações comportamentais, distúrbios do sono, disfunção
gastrointestinal e nervosa autonômica [3–5] pode preceder os
sintomas motores clássicos. [6] Os sintomas não motores desempenham
um papel dominante nas manifestações clínicas da doença de
Parkinson e influenciam seriamente a qualidade de vida do paciente.
[7,8] Mais de 80% dos pacientes com doença de Parkinson apresentam
uma variedade de sintomas gastrointestinais graves, como constipação,
náuseas e vômitos. [9] A patogênese da doença de Parkinson é
complexa e conhecida por estar relacionada à neuroinflamação,
estresse oxidativo e disfunção mitocondrial. [10–13]
Nos
últimos anos, o papel da microbiota intestinal em doenças
neurológicas tem atraído considerável interesse. A microbiota
intestinal envia sinais ao SNC e ao sistema nervoso entérico por
meio de diferentes vias por meio de metabólitos, hormônios, sistema
imunológico e nervos aferentes. [14,15] O sistema nervoso entérico
se comunica com o SNC através do eixo microbiota-intestino-cérebro
e um mecanismo foi proposto para sugerir que a função do micróbio
intestinal participa da ocorrência e progressão da doença. Além
disso, a microbiota intestinal fornece um meio prospectivo de
tratamento da doença de Parkinson, e pesquisas sobre a dieta
mediterrânea, probióticos e transplante microbiano fecal mostram
grande potencial de aplicação. Nesta revisão, iremos: (i) resumir
estudos recentes sobre a relação entre a microbiota intestinal e a
doença de Parkinson; (ii) discutir os possíveis mecanismos pelos
quais o eixo microbiota-intestino-cérebro afeta a patogênese da
doença de Parkinson; e (iii) destacar as estratégias potenciais
para a implementação de terapia microbiana para tratar a doença de
Parkinson. (segue…) Original em inglês, tradução Google, revisão
Hugo. Fonte: Medscape.
Gatilhos ambientais da doença de Parkinson - implicações das hipóteses de Braak e dual hit
23 December 2021 - Resumo
A doença de Parkinson idiopática (DP) pode levar décadas para se desenvolver, durante as quais muitos fatores de risco ou de proteção podem entrar em ação para iniciar a patogênese ou modificar sua progressão para DP clínica. A falta de compreensão dessa fase prodrômica da DP e dos fatores envolvidos tem sido um grande obstáculo no estudo da etiologia da DP e nas estratégias preventivas. Embora ainda controversas, as hipóteses de Braak e dual-hit de que a DP pode começar perifericamente nas estruturas olfativas e / ou no intestino fornecem uma plataforma teórica para identificar os gatilhos e modificadores do desenvolvimento e progressão prodrômica da DP. Isso é particularmente verdadeiro para a pesquisa de causas ambientais de DP, uma vez que as estruturas olfativas e o intestino são as principais interfaces da mucosa humana com o meio ambiente. Nesta revisão, apresentamos nossas visões pessoais sobre como as hipóteses de Braak e dual-hit podem nos ajudar a pesquisar os gatilhos e modificadores ambientais para DP, resumir as evidências experimentais e epidemiológicas disponíveis e discutir as lacunas e estratégias de pesquisa. (segue…) Original em inglês, tradução Google, revisão Hugo. Fonte: Sciencedirect.
Por quanto tempo uma pessoa pode viver com a doença de Parkinson?
Por Aleksandar Videnovic, médico
October 18, 2021
A
primeira coisa a entender quando se busca uma estimativa a respeito
da expectativa de vida de qualquer paciente é que a resposta nunca é
definitiva. Cada pessoa é diferente e não existe uma fórmula para
determinar exatamente a rapidez com que uma doença crônica irá
progredir, quão seriamente ela afetará o corpo ou se complicações
adicionais podem ocorrer ao longo do caminho.
A doença de
Parkinson é uma doença progressiva
A doença de Parkinson (DP)
é uma doença neurodegenerativa progressiva que afeta principalmente
o movimento e, em alguns casos, a cognição. Indivíduos com DP
podem ter uma expectativa de vida ligeiramente mais curta em
comparação com indivíduos saudáveis da mesma faixa etária.
De acordo com a Fundação Michael J. Fox para a Pesquisa de
Parkinson, os pacientes geralmente começam a desenvolver os sintomas
de Parkinson por volta dos 60 anos e muitos vivem entre 10 e 20 anos
após o diagnóstico. No entanto, a idade do paciente e o estado
geral de saúde no início influenciam a precisão desta estimativa.
A idade é o maior fator de risco para essa condição, mas a doença
de Parkinson de início jovem, que afeta pessoas antes dos 50 anos, é
responsável por entre 10 e 20 por cento dos casos de DP.
Embora
não haja cura para a doença de Parkinson, muitos pacientes são
afetados apenas levemente e não precisam de tratamento por vários
anos após o diagnóstico inicial. No entanto, a DP é crônica, o
que significa que persiste por um longo período de tempo, e
progressiva, o que significa que seus sintomas pioram com o tempo.
Essa progressão ocorre mais rapidamente em algumas pessoas do que em
outras.
Intervenções farmacêuticas e cirúrgicas podem
ajudar a controlar alguns dos sintomas, como bradicinesia (lentidão
de movimentos), rigidez ou tremor (tremores), mas não muito pode ser
feito para retardar a progressão geral da doença. Com o tempo, o
tremor, que afeta a maioria dos pacientes com DP, pode começar a
interferir nas atividades de vida diária (AVDs) e na qualidade de
vida.
Parkinson é fatal?
É importante entender que
a DP não é considerada uma condição fatal. Como é o caso da
doença de Alzheimer e outras formas de demência, as complicações
e as comorbidades do paciente são mais fatais do que a própria DP.
Por exemplo, como o Parkinson afeta o movimento, o equilíbrio e a
coordenação, o risco de queda do paciente aumenta à medida que a
doença progride. As quedas são notoriamente perigosas e uma das
principais causas de lesões e morte entre adultos mais velhos. A
dificuldade de engolir, conhecida como disfagia, é outra complicação
que pode se desenvolver a qualquer momento ao longo da jornada de
alguém com DP, e isso pode causar pneumonia por aspiração - outra
causa principal de morte em pacientes.
Como a saúde geral
de uma pessoa é um fator significativo no progresso do Parkinson,
escolhas inteligentes de estilo de vida são vitais para prolongar a
funcionalidade e a longevidade. O exercício regular, uma dieta
saudável, o manejo cuidadoso de doenças preexistentes e a prevenção
de novos problemas médicos são cruciais.
A expectativa
de vida dos pacientes com Parkinson melhorou significativamente nas
últimas décadas, graças aos avanços médicos no controle dos
sintomas e ao desenvolvimento de uma abordagem abrangente para o
atendimento ao paciente. Na verdade, pesquisas recentes confirmam que
a expectativa média de vida de um paciente com DP com início aos 60
anos é de 23,3 anos (83,3 anos no total). Isso é diretamente
comparável às últimas Tabelas de Vida dos Estados Unidos
publicadas em 2020 como parte dos Relatórios de Estatísticas Vitais
Nacionais. Este relatório descobriu que a pessoa média de 60 anos
em 2018 também poderia esperar viver uma média de 23,3 anos, para
um total de 83,3 anos.
É importante trabalhar com uma
equipe médica bem preparada para entender os sintomas da DP,
explorar as opções de tratamento e desenvolver um plano de
tratamento personalizado para melhorar a saúde geral, manter uma
alta qualidade de vida e prevenir complicações. Original em inglês,
tradução Google, revisão Hugo. Fonte: Agingcare. Veja mais AQUI.
quinta-feira, 23 de dezembro de 2021
Pesquisadores australianos desvendam o maior mistério no tratamento da doença de Parkinson
Pesquisadores australianos desvendaram um mistério médico que pode levar a melhores tratamentos para quem sofre da doença de Parkinson.
Mais de 80.000 australianos vivem com Parkinson; no entanto, não há maneira de retardar ou parar a progressão da doença, com os médicos apenas capazes de tratar e aliviar os sintomas.
O culminar de oito anos de trabalho, um estudo realizado por pesquisadores do Walter e Eliza Hall Institute of Medical Research (WEHI) fornece o primeiro plano detalhado para desenvolver melhores tratamentos e potencialmente parar a doença em seu caminho.
A descoberta envolve a explicação de como uma proteína problemática deixa as células cerebrais sem energia, levando-as ao mau funcionamento e, por fim, causando a doença de Parkinson.
O ator Michael J Fox se tornou a face global da doença de Parkinson, que afeta mais de 80.000 australianos e mais de 10 milhões de pessoas em todo o mundo.
Liderada pelo estudante de doutorado Zhong Yan Gan e o professor David Komander, a equipe multidisciplinar usou microscopia crioeletrônica de última geração (crio-EM) para visualizar a proteína, chamada PINK1.
“O
que fomos capazes de fazer é tirar uma série de instantâneos da
proteína nós mesmos e costurá-los juntos para fazer um filme de
‘ação ao vivo’ que revela todo o processo de ativação do
PINK1”, disse o Sr. Gan.
O PINK1 normalmente protege as
células marcando mitocôndrias danificadas - a usina de energia da
célula - para serem demolidas e recicladas. Quando há defeitos no
PINK1 ou em outros componentes da via, ele deixa a célula sem
energia ao impedir a substituição de mitocôndrias danificadas por
outras saudáveis.
Pensa-se que disfunções no PINK1, ou outras partes da via que controla a reparação mitocondrial, são de particular relevância para jovens que desenvolvem Parkinson na faixa dos 20, 30 e 40 anos devido a mutações hereditárias da proteína.
“As empresas de
biotecnologia e farmacêutica já estão olhando para essa proteína
e esse caminho como um alvo terapêutico para a doença de Parkinson,
mas estão voando um pouco às cegas”, disse o professor
Komander.
“Acho que eles ficarão realmente
entusiasmados em ver essas novas informações estruturais incríveis
que nossa equipe foi capaz de produzir usando crio-EM. Estou muito
orgulhoso deste trabalho e de onde ele pode levar.” Original em
inglês, tradução Google, revisão Hugo. Fonte: News au.