quinta-feira, 19 de novembro de 2020

Criada primeira associação de cannabis medicinal no Espírito Santo

19 novembro, 2020 - Unindo profissionais de diversas áreas, incluindo corpo médico e jurídico, além de pacientes e seus familiares, foi criada no Espírito Santo a Associação de Cannabis Medicinal Capixaba (ACAMC), com objetivo de promover o uso terapêutico de cannabis de forma acessível, promover informações e acolhimento, e realizar pesquisas, cursos e orientação médica e jurídica sobre o tema. É a primeira associação do tipo registrada no Espírito Santo e em breve deve abrir inscrições para novos associados.

A entidade dá início às suas atividades com a realização de um seminário com diversas palestras informativas sobre o tema. A primeira delas será nesta quinta-feira (19), às 20h, com transmissão pelo YouTube da Acamc. O tema será “Cannabis, saúde e a experiência com prescrição no Espírito Santo”, com participação do médico clínico Fábio Rocha, da neuropediatra Rafaella Coppo, do paciente Tales da Silva Loss e da enfermeira Mirian Coelho, que participa junto com seu filho Guilherme Coelho, que também é paciente de tratamento com cannabis.

“A ACAMC acredita que cada pessoa tem o direito de escolher o tratamento de saúde que considera mais adequado para o seu bem-estar e compreende que as políticas proibicionistas são um entrave no que diz respeito ao uso terapêutico da Cannabis”, diz a nota de lançamento da associação. A entidade lembra que essa luta já ocorre no Brasil por meio de outras associações e que é necessário modificar a legislação do país para regulamentar o plantio associativo e o autocultivo para fins medicinais, além de promover o incentivo à pesquisa para desenvolvimento de produtos e tratamentos médicos e veterinários à base de cannabis.

Doenças como epilepsia, autismo, Parkinson, dores crônicas e outras podem ser aliviadas por meio do uso médico da planta. Porém, além do preconceito e desconhecimento sobre as propriedades medicinais da erva, o acesso ainda é difícil, de forma que a associação buscará divulgar e dar orientação a interessados no tratamento, especialmente para famílias de baixa renda. “Utilizamos o óleo da planta inteira, não apenas o canabidiol isolado, que é o que a indústria farmacêutica quer vender, mas ele não tem tanto efeito, não tem os principais componentes que são anti-inflamatórios”, diz a médica veterinária Emanuelle Oliveira, uma das integrantes da associação.

O Ciclo de Debates continua no dia 24 de novembro com o tema “Aspectos sociais e políticos da Cannabis na atualidade brasileira: criminalização x legalização”, tendo como convidados o cientista social, professor universitário e pesquisador Pablo Ornelas e a cientista social e assessora parlamentar Monique Padro, uma das responsáveis pela primeira lei sobre a Cannabis.

No dia 2 de dezembro, o tema do debate será “A atualidade jurídica sobre a cannabis e a questão do habeas corpus para autocultivo e tratamento de saúde”. Outras questões ainda serão abordadas como parte do Ciclo de Debates, com temas e datas informadas por meio da página da Acamc no Instagram. Fonte: Panoramafarmaceutico.

quarta-feira, 18 de novembro de 2020

Previsão do aprendizado de máquina da resposta motora após estimulação cerebral profunda na doença de Parkinson - prova de princípio em uma coorte retrospectiva

November 18, 2020 - Introdução

Apesar da seleção cuidadosa do paciente para estimulação cerebral profunda do núcleo subtalâmico (STN DBS), alguns pacientes com doença de Parkinson apresentam melhora limitada da deficiência motora. Métodos inovadores de análise preditiva têm potencial para desenvolver uma ferramenta para médicos que prediz de forma confiável a resposta motora pós-operatória individual, considerando apenas as variáveis clínicas pré-operatórias. O principal objetivo da predição pré-operatória seria melhorar o aconselhamento pré-operatório do paciente, gerenciamento de expectativas e satisfação do paciente pós-operatório. (…)

Conclusão

A precisão do diagnóstico do modelo confirma a utilidade da predição de resposta motora baseada em aprendizado de máquina com base em variáveis clínicas pré-operatórias. Após a reprodução e validação em uma coorte maior e prospectiva, este modelo de predição tem potencial para apoiar os médicos durante o aconselhamento pré-operatório ao paciente. Original em inglês, tradução Google, revisão Hugo. Fonte: Peerj. Trata-se de um resumo. Para ter acesso à matéria integral, acesse a fonte.

Quando haverá uma cura para o Parkinson?

O Parkinson é a doença neurológica que mais cresce no mundo. E atualmente não há cura.

18112020 - Mas estamos próximos de grandes avanços. Ao financiar a pesquisa certa sobre os tratamentos mais promissores, podemos chegar mais perto de uma cura.

Quão perto estamos de uma cura para o Parkinson?

Estamos pressionando para entregar um novo tratamento para o mal de Parkinson até o final de 2024. E estamos determinados a desenvolver uma cura no menor tempo possível.

Graças a 50 anos de pesquisa sobre o Parkinson, entendemos mais sobre a doença do que nunca. Fizemos descobertas vitais que revolucionaram nossa compreensão do Parkinson e do cérebro.

Agora é a hora de manter o ritmo. Juntos, podemos encontrar uma cura.

O Parkinson pode significar que você não possa trabalhar. Não consiga andar. Não poder sentir paladar. Não poder falar.

A pesquisa pode levar a novos tratamentos para retardar, interromper ou reverter os sintomas.

Podemos encontrar uma cura. Mas não podemos fazer isso sem você.

O que sabemos até agora

Descobrimos pistas sobre as causas e o envolvimento genético no Parkinson.

Estamos descobrindo a cadeia de eventos que leva ao dano e à perda de células cerebrais.

Estamos trabalhando para desenvolver novos tratamentos e terapias.

Estamos explorando o reaproveitamento de drogas para ajudar a controlar alguns dos sintomas mais angustiantes, como alucinações e quedas.

E sabemos que, embora as pessoas com Parkinson compartilhem os sintomas, a experiência da doença e a resposta de cada pessoa ao tratamento são diferentes.

Agora, a ciência está pronta para desenvolvermos os novos tratamentos e a cura de que as pessoas com Parkinson precisam tão desesperadamente.

A pesquisa leva tempo. Mas lançamos o Parkinson's Virtual Biotech para acelerar os tratamentos potenciais mais promissores. Quanto mais podemos investir, mais cedo chegaremos lá.

Como será uma cura para o Parkinson?

Como o Parkinson varia muito de pessoa para pessoa, pode não haver uma única "cura".

Em vez disso, podemos precisar de uma variedade de terapias diferentes para atender às necessidades do indivíduo e sua forma específica de doença.

Essa mistura pode incluir tratamentos, terapias e estratégias que podem:

desacelerar ou parar a progressão da doença

substituir ou reparar células cerebrais perdidas ou danificadas

controlar e gerenciar sintomas específicos

diagnosticar o Parkinson o mais cedo possível.

E isso pode envolver tratamentos médicos, como medicamentos e abordagens cirúrgicas, bem como mudanças no estilo de vida, por exemplo, dieta e exercícios.

Que novos tratamentos estão sendo desenvolvidos?

Graças ao progresso que já fizemos, novos tratamentos estão sendo testados em ensaios clínicos que têm o potencial de desacelerar, interromper ou até mesmo reverter o Parkinson.

Esses incluem:

terapias com células-tronco, que visam usar células vivas saudáveis ​​para substituir ou reparar os danos no cérebro de pessoas com Parkinson

terapias genéticas, que usam o poder da genética para reprogramar células e mudar seu comportamento para ajudá-las a permanecer saudáveis ​​e funcionar melhor por mais tempo

fatores de crescimento (como o GDNF), que são moléculas de ocorrência natural que apoiam o crescimento, o desenvolvimento e a sobrevivência das células cerebrais.

E estamos desenvolvendo tratamentos que visam melhorar a vida com a doença, incluindo novos medicamentos que podem reduzir a discinesia.

Como estamos acelerando a busca por uma cura

Acreditamos que novos e melhores tratamentos são possíveis em anos, não em décadas, e temos uma estratégia clara para fazer isso acontecer. Isso inclui:

apoiando as melhores e mais brilhantes mentes para desbloquear descobertas científicas que levarão a novos tratamentos e uma cura

acelerando o desenvolvimento e teste de novos tratamentos através de nosso Virtual Biotech

colaborar internacionalmente para tornar os ensaios clínicos mais rápidos, baratos e com maior probabilidade de sucesso no caminho crítico para o Parkinson

rastrear drogas para outras condições que têm potencial inexplorado para o Parkinson.

Sabemos que quanto mais podemos investir, mais rápido seremos capazes de entregar. Portanto, estamos trabalhando muito para levantar os fundos de que precisamos para impulsionar as coisas com mais rapidez. Original em inglês, tradução Google, revisão Hugo. Fonte: Parkinsons org uk.

Modelo Computacional pode ajudar a adaptar melhor a dose de levodopa às necessidades do paciente

 17 DE NOVEMBRO DE 2020 - Modelo Computacional pode ajudar a adaptar melhor a dose de levodopa às necessidades do paciente.

segunda-feira, 16 de novembro de 2020

Suor excessivo e doença de Parkinson alertados

 Washington, 13 nov - Alertan sobre sudoración excesiva y la enfermedad de Parkinson.

LANDÃO sumiu há dois anos. Sofrimento da família só aumenta

15 de novembro de 2020 - LANDÃO sumiu há dois anos. Sofrimento da família só aumenta.

 

Minicérebro auxilia a testar tipos de cannabis

16/11/2020 - Cientistas brasileiros estudam os mecanismos moleculares por trás dos efeitos da maconha nas células nervosas do cérebro humano. O objetivo é desenvolver medicamentos específicos para condições de saúde graves. Essa lista inclui epilepsia, dores neuropáticas crônicas, depressão, mal de Alzheimer e doença de Parkinson.

Pelo menos 20 potenciais usos medicinais dos canabinoides já são bem conhecidos. E a maconha medicinal vem sendo usada, na forma de óleo ou vaporizada, em várias partes do mundo, inclusive no Brasil, para amenizar os sintomas de muitas dessas doenças.

Os cientistas, porém, não conhecem ainda muito bem os mecanismos exatos que produzem esse efeito. Também não sabem quais combinações específicas dos diferentes canabinoides – existem mais de cem no total – são mais eficientes para cada problema.

Desde dezembro do ano passado, os produtos à base de maconha estão regulamentados pela Anvisa. Esses itens podem ser vendidos em farmácias, mediante prescrição médica, e estão sujeitos à fiscalização da agência. O cultivo da planta no País, no entanto, foi rejeitado. Para produzir remédios no Brasil continua a ser necessário importar a matéria-prima.

O único medicamento feito a partir da cannabis que já tem registro no Brasil é o Mevatyl (Sativex), produzido por um laboratório britânico. À base de THC e CDB, os dois canabinoides mais conhecidos, é indicado para os sintomas da esclerose múltipla. Uma embalagem com três ampolas de 10 ml cada uma custa R$ 2.896,70.

Além disso, já há autorização para a produção e comercialização de alguns extratos de cannabis de uso mais genérico, que são igualmente caros. Para importar algum produto derivado da maconha, é preciso ter autorização da Anvisa. A grande maioria dos pacientes acaba usando óleos produzidos artesanalmente.

Um acordo firmado entre o Instituto DOr de Pesquisa (Idor) e a Entourage Phytolab, a primeira empresa do País autorizada a importar matéria-prima in natura e a produzir medicamentos com canabinoides, pode mudar isso.

Epilepsia e Alzheimer

Fazendo uso dos minicérebros (estruturas criadas em laboratório análogas ao cérebro humano), os cientistas querem estudar as diferentes combinações de canabinoides nas células nervosas humanas para o desenvolvimento de remédios específicos. “Num primeiro momento, vamos testar os efeitos dos canabinoides THC, CBD e CBG isolados ou em combinação sobre a inflamação e a degeneração previamente induzidas nas células nervosas humanas”, explicou o neurocientista Stevens Rehen, do Idor e da UFRJ.

O cientista conta que, no futuro, a meta é conseguir analisar os efeitos de 20 combinações diferentes de canabinoides. “Queremos estudar os mecanismos moleculares associados à neuroinflamação e à neurodegeneração, fenômenos comuns a doenças como epilepsia, Alzheimer e Parkinson.” O primeiro medicamento desenvolvido e produzido no Brasil chega ao mercado no ano que vem e será indicado para o tratamento da epilepsia. “O principal objetivo é compreender melhor os diferentes potenciais dessas substâncias e de suas diversas combinações”, explicou Caio Santos Abreu, CEO da Entourage Phytolab. “A partir desses primeiros resultados, poderemos selecionar os melhores caminhos de desenvolvimento terapêutico que, no futuro, deverão evoluir para ensaios clínicos com nossos próprios medicamentos.”

Tratamento

Tadeu, de 8 anos, é autista. Começou a ser medicado com o óleo extraído da cannabis em dezembro do ano passado para tratar alguns distúrbios associados ao transtorno neurológico. A conectividade e a interação social do menino melhoraram. Mas ele continuou muito agitado e com pouco apetite.

Tadeu estava usando um óleo que continha somente canabidiol (CBD). “Há dois meses, recebemos uma doação de um óleo feito artesanalmente que eu achei que era CBD puro, mas não era; tinha THC também”, contou o pai de Tadeu. “Nossa, que surpresa tivemos. Na primeira vez que demos esse óleo, foi num sábado, por volta das 20 horas. Quando deu 20h30, observamos uma coisa que nunca tínhamos visto em toda a vida do Tadeu: ele bocejou.”

Logo depois, conta o pai, Tadeu sentou-se à mesa e comeu toda a fatia de torta de frango que estava em seu prato. Não satisfeito, avançou no prato do pai e, em seguida, no da mãe.

“Ele comeu como nunca tinha comido”, lembrou seu pai. “E depois, para melhorar tudo ainda mais, ele subiu para escovar os dentes e dormir. Normalmente, ele fica até 1h30 tocando o terror.”

Informação

Animada pelo resultado tão impressionante observado na primeira aplicação, a família resolveu então não esperar por outra doação e correr por conta própria para manter o resultado obtido. Cotizou-se para comprar um extrato produzido oficialmente pela Abrace, uma associação de pacientes com sede em João Pessoa (PB). Mas o efeito não se repetiu.

“O óleo artesanal é feito por um método simples, numa panelinha parecida com aquelas de cozinhar a vapor”, contou o pai do Tadeu. “Mas é aquilo, né? Não tem um laboratório para dizer quanto exatamente de THC e de CBD tem naquele óleo. Você sabe que funciona, mas não sabe exatamente como. Não sabe que cepa foi usada, que tipo de cannabis. Aí, se precisa arranjar outro fornecedor, não sabe o que procurar. Foi o que aconteceu comigo”, lamenta. Fonte: CGN.