domingo, 3 de agosto de 2008

22 meses pós DBS
Li que Cláudia está decepcionada com seu DBS (deep brain stimulation). Realmente não é nenhuma “Brastemp”. Mas p'rá mim valeu a pena e faria de novo. A única dúvida surgida seria onde implantar os eletrodos? Se no STN (núcleo sub-talâmico) ou no GPi (globo pálido interno). Trata-se quase de uma opção de tentativa e erro. Vai-se ao STN porque estatisticamente apresenta melhores resultados. Mas cada caso é um caso.

Os meus primeiros 19 meses foram bons. Melhorei muito. A dependência aos remédios anti-parkinsonianos diminuiu bastante. Mas após este tempo os sintomas parkinsonianos (tremores) começaram a aumentar muito no lado esquerdo, principalmente no braço esquerdo. A suspeita do deslocamento dos eletrodos bilaterais implantados nos STN’s foi descartada após tomografia. Sem l-dopa a qualidade de vida está péssima.

Agora questiono e estudo a possibilidade de implantar eletrodo no GPi do lado direito do cérebro (unilateral), que controla os aspectos motores do lado esquerdo do corpo, que seria, a princípio, acionado por Soletra. Estou lendo muito a respeito disso.

Dentre os trabalhos que li, a maioria expressa que a melhora dos sintomas é mais efetiva quando a estimulação é no STN, o que já tenho, e aliás, foi a opção adotada por meu neuro-cirurgião.

Ocorre que os efeitos anti-discinéticos produzidos apenas pelo DBS no GPi, com ou sem estimulação do STN, parecem indicar diferentes mecanismos para a atividade antidiscinética e antiparkinsoniana relativa ao DBS no GPi ou um adicional mecanismo no GPi. Isto indica que o implante de duplos eletrodos para DBS pode não ser um procedimnento de rotina, mas o implante de eletrodos no GPi é a opção quando a estimulação do STN não controla os movimentos anormais involuntários.

Vou falar com meu neuro-cirurgião acerca disso. Mante-los-ei informados.

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