28 September 2021 - Eight-hours conventional versus adaptive deep brain stimulation of the subthalamic nucleus in Parkinson’s disease
Objetivo: atualização nos dispositivos de “Deep Brain Stimulation” aplicáveis ao parkinson. Abordamos critérios de elegibilidade (devo ou não devo fazer? qual a época adequada?) e inovações como DBS adaptativo (aDBS). Atenção: a partir de maio/20 fui impedido arbitrariamente de compartilhar postagens com o facebook. Com isto este presente blog substituirá o doencadeparkinson PONTO blogspot.com, abrangendo a doença de forma geral.
terça-feira, 28 de setembro de 2021
segunda-feira, 27 de setembro de 2021
Buscando o progresso na modificação da doença de Parkinson
2021 Sep 10 - Resumo
Objetivo: a modificação da doença na doença de
Parkinson (DP) tem permanecido uma meta indescritível, apesar dos
grandes investimentos ao longo de várias décadas. Após uma grande
reunião de especialistas, este artigo de revisão discute o estado
da ciência, possíveis razões para as falhas de testes anteriores
de DP em demonstrar benefícios modificadores da doença e soluções
potenciais.
Métodos: O Instituto Nacional de Distúrbios
Neurológicos e Derrame (NINDS) convocou uma reunião incluindo
líderes da área e representantes de grupos de partes interessadas
para discutir a terapia medicamentosa com o objetivo de modificar a
doença na DP.
Resultados: lições importantes podem ser
aprendidas de tentativas anteriores, bem como de outros campos. O
processo de seleção de alvos e agentes terapêuticos difere entre
as várias organizações comprometidas com o desenvolvimento
terapêutico. As áreas identificadas como críticas a serem
almejadas em pesquisas futuras incluem o desenvolvimento de
biomarcadores relevantes, refinamentos das populações de pacientes
alvo, considerações de novos projetos de ensaios e melhoria da
colaboração entre todas as partes interessadas.
Conclusões:
Identificamos barreiras potenciais ao progresso na modificação da
doença de Parkinson e propomos um conjunto de prioridades de
pesquisa que podem melhorar a probabilidade de sucesso. Original em
inglês, tradução Google, revisão Hugo. Fonte: Pubmed.
domingo, 26 de setembro de 2021
Dois comportamentos de estilo de vida que mais do que dobram seu risco - não é dieta
Two lifestyle behaviours that more than double your risk - it is not diet
Sun, Sep 26, 2021 - PARKINSON'S disease is a progressive nervous system disorder that affects movement. Research is ongoing into the causes of Parkinson's, but two surprising lifestyle behaviours have been identified.
According to a study published in the journal Parkinson’s Disease, history of head trauma or concussion and exposure to lead may more than double the risk of Parkinson's
Nanoemulsão Intranasal para a Gestão da Doença de Parkinson
260921 - Nanoemulsão Intranasal para a Gestão da Doença de Parkinson.
Este livro cobre os desafios biofarmacêuticos associados aos medicamentos antiparkinson, a administração de medicamentos cerebrais para a doença de Parkinson e a estratégia intranasal para a administração de medicamentos cerebrais. Além disso, muitos tópicos como fatores que afetam a administração de drogas intranasais, necessidade de nanocarrier, nanoemulsão na administração de drogas cerebrais por via intranasal, estudos na área de administração de drogas por via intranasal (nose-to-brain), estudos relacionados à nanoemulsão para a administração de drogas cerebrais por via intranasal são abordados neste livro.
Postagem feita a partir da publicidade do livro. Creio que no Brasil e mesmo no mundo, ainda estejamos distante da tecnologia nano para tratar o parkinson de forma não experimental, mais acentuadamente via nasal. De qualquer foma vislumbra-se parte do futuro na gestão de nossa doença.
sexta-feira, 24 de setembro de 2021
Sonic: conheça a proteína descoberta para potencial tratamento de Parkinson
24 de Setembro de 2021 - Liderado por pesquisadores da Universidade da Cidade de Nova York (CUNY), um novo estudo parece ter encontrado uma forma inédita — e ainda inicial — para o tratamento de Parkinson. Após testes com o tratamento experimental em animais, os cientistas esperam que, no futuro, a qualidade de vida dos pacientes com esse distúrbio do sistema nervoso central possa melhorar. O curioso é que a proteína chave para a terapia recebeu o nome de Sonic the Hedgehog. Sim, uma homenagem ao ouriço azul eternizado no mundo dos games.
Dispositivo rastreia remotamente a atividade cerebral de pessoas com Parkinson
Onda de Parkinson intriga os EUA e a causa pode estar em produtos de limpeza
Como a tecnologia está envolvida no futuro do combate à doença de Parkinson
Segundo os cientistas do estudo, o remédio Levodopa (L-dopa) é considerado uma das melhores alternativas, hoje, para o tratamento de Parkinson. Só que, após alguns anos de uso contínuo, uma parcela significativa de pacientes pode relatar um efeito colateral debilitante, que é conhecido como discinesia induzida por L-dopa (LID).
Concentração da proteína Sonic pode ser a chave para um melhor tratamento contra o Mal de Parkinson (Imagem: Reprodução/Raman Oza/Pixabay)
A LID desencadeia movimentos involuntários nos membros, na face e no tronco dos pacientes. Por sua vez, a medicina já desenvolveu um tratamento que "controla" ou alivia esse problema: a estimulação cerebral profunda. Só que este procedimento é bastante invasivo e não pode ser aplicado em todos os pacientes. Agora, respostas melhores para esse desdobramento da terapia são investigadas.
Estudando a proteína Sonic contra o Parkinson
É neste cenário desafiador que a proteína Sonic the Hedgehog (Shh) pode fazer a diferença na vida dos pacientes com Parkinson, segundo os autores do estudo desenvolvido em modelos animais. Na pesquisa com camundongos, foi possível observar que substâncias que aumentam a concentração da Shh fortalecem a proteção do sistema contra o aparecimento da LID.
"Fornecemos uma nova visão sobre os mecanismos subjacentes por trás da formação de LID e fornecemos uma solução terapêutica potencial", afirma Lauren Malave, pesquisadora da CUNY e principal autora do estudo.
Vale observar que os pesquisadores ainda estão distantes de transformarem essa descoberta em um remédio amplamente disponível. Se estudos futuros continuarem a mostrar este mesmo benefício terapêutico, é possível que, em breve, um tratamento melhor e mais acessível esteja disponível para essa condição neurológica.
Para acessar o estudo completo sobre a proteína Sonic, publicado na revista científica Communications Biology, clique aqui. Original em inglês, tradução Google, revisão Hugo. Fonte: Canaltech.
E não é novidade, pois em 4 de dezembro de 2007 e 5 de julho de 2010, publicamos estas postagens em nosso blog. 14 anos atrás.
Uma pena que os sites de referência não mantém suas postagens ao longo do tempo, perde-se a história.
Não fica documentada materialmente, um problema para os futuros paleontólogos...
Pesquisa do Samsung Medical Center revela que o monitoramento de BP usando o Galaxy Watch3 pode ajudar os pacientes com Doença de Parkinson a monitorar a hipotensão ortostática de maneira mais fácil
21-09-2021 - Pesquisa do Samsung Medical Center revela que o monitoramento de BP usando o Galaxy Watch3 pode ajudar os pacientes com Doença de Parkinson a monitorar a hipotensão ortostática de maneira mais fácil
A Samsung Electronics Co., Ltd anunciou os resultados de um estudo recente publicado na principal revista médica Frontiers in Neurology. O levantamento mostrou que o monitoramento da pressão arterial no Galaxy Watch pode ajudar os pacientes com Doença de Parkinson a gerenciar com eficácia a hipotensão ortostática, uma forma de pressão arterial baixa causada por vasos sanguíneos que não se contraem.
A hipotensão ortostática é comum entre pacientes com Parkinson e pode aumentar o risco de quedas em portadores mais velhos da doença, e que podem já ter doenças cardiovasculares existentes. Medir a pressão arterial com frequência pode ajudar a detectar flutuações críticas para diagnosticar e controlar o Parkinson.
O Galaxy Watch3 da Samsung, o Galaxy Watch Active2 e o Galaxy Watch4 mais recente apresentam sensores sofisticados que podem monitorar a pressão arterial por meio da análise da onda de pulso, que é monitorada com sensores de monitoramento de frequência cardíaca. Os usuários podem monitorar de perto a pressão arterial e outros sinais vitais no aplicativo Samsung Health Monitor e compartilhá-los com profissionais médicos em formato de arquivo PDF durante as consultas1.
Uma equipe de pesquisa do Samsung Medical Center, liderada pelo Dr. Jin Whan Cho e Dr. Jong Hyeon Ahn, comparou as medidas de pressão arterial coletadas pelo Galaxy Watch3 com as medidas por um esfigmomanômetro para comparar a precisão. O teste descobriu que o uso do Galaxy Watch3 – que é mais portátil e conveniente do que um esfigmomanômetro convencional – permite que os pacientes com Parkinson meçam a pressão arterial onde e quando precisarem, rastreando com facilidade qualquer flutuação da pressão arterial.
O teste foi realizado em 56 pacientes – com idade média de 66,9 – com esfigmomanômetro de referência em um braço e o Galaxy Watch3 no outro. Cada paciente teve a pressão arterial medida com os dois dispositivos três vezes.
Os resultados mostram que a pressão arterial medida pelo Galaxy Watch e pelo esfigmomanômetro eram comparáveis. A média e o desvio padrão das diferenças foram 0,4 ± 4,6 mmHg para a pressão arterial sistólica e 1,1 ± 4,5 mmHg para a pressão arterial diastólica. O coeficiente de correlação (r) entre os dois dispositivos foi de 0,967 para pressão arterial sistólica e 0,916 para diastólica. Quanto mais próximo o coeficiente de correlação estiver de 1, mais os dois dispositivos rastreiam um ao outro.
A equipe de pesquisa disse: “A hipotensão ortostática é um sintoma comum e desafiador que afeta as pessoas que vivem com Parkinson. Mas é difícil fazer a triagem apenas observando os sintomas, e o problema pode não ser detectado durante a medição da pressão arterial.” A equipe acrescentou: “Se pudéssemos usar um smartwatch para medir a pressão arterial dos pacientes regularmente e detectar possíveis problemas em um estágio inicial, isso realmente ajudaria a tratar e controlar o Parkinson.”
O estudo, liderado pelo Dr. Cho e a equipe de pesquisa do Dr. Ahn, intitulado “Validation of Blood Pressure Measurement Using a Smartwatch in Patients with Parkinson’s Disease” (“Validação da medição da pressão arterial usando um Smartwatch em pacientes com doença de Parkinson”), foi publicado na última edição do principal jornal médico Frontiers in Neurology.
O monitoramento da pressão arterial é oferecido atualmente por meio do aplicativo Samsung Health Monitor2, disponível na Áustria, Austrália, Brasil, Bélgica, Bulgária, Chile, Croácia, República Tcheca, Chipre, Dinamarca, Estônia, Finlândia, França, Geórgia, Alemanha, Grécia, Hong Kong, Hungria, Islândia, Indonésia, Irlanda, Itália, Coreia, Letônia, Lituânia, Holanda, Noruega, Peru, Polônia, Portugal, Rússia, Romênia, Eslováquia, Eslovênia, Espanha, Suécia, Suíça, Tailândia, Emirados Árabes Unidos e Reino Unido.
Para saber mais sobre o aplicativo Samsung Health Monitor e outros recursos da série Galaxy Watch4, visite:
Galaxy Watch4: https://www.samsung.com/br/watches/galaxy-watch/galaxy-watch4-black-bluetooth-sm-r870nzkpzto
Galaxy Watch4 Classic: https://www.samsung.com/br/watches/galaxy-watch/galaxy-watch4-classic-black-bluetooth-sm-r890nzkpzto/
Fonte: Samsung.
quinta-feira, 23 de setembro de 2021
Tontura em pacientes com doença de Parkinson está associada à função vestibular
23 September 2021 - Resumo
A tontura é comum em pacientes com doença de Parkinson (DP). Sabe-se que a hipotensão ortostática (OH) é a principal causa dessa tontura, mas mesmo sem OH, muitos pacientes em DP se queixam de tontura na clínica. Pode ser considerado inespecífico porque a maioria desses pacientes não apresenta anormalidades neurológicas. Nossa hipótese é que esse tipo de tontura estaria associado à função vestibular, embora os pacientes incluídos não apresentassem vestibulopatia clinicamente confirmada. Estudamos 84 pacientes sem OH entre 121 pacientes com DP. Suas características clínicas e função foram comparadas entre pacientes com e sem tontura. Estágio Hoehn e Yahr (estágio H&Y), a Escala Unificada de Avaliação da Doença de Parkinson (UPDRS) parte III, a versão coreana do Mini-Exame do Estado Mental (K-MMSE), anos de escolaridade, duração da doença, dose diária equivalente total de levodopa (LEDD), foram testadas a presença de tontura, a intensidade da tontura e a hipotensão ortostática. Os potenciais evocados miogênicos vestibulares (VEMPs) foram utilizados para caracterizar a função vestibular. Ocular (oVEMPs) e cervical (cVEMPs) foram registrados. oVEMPs no lado direito mostraram potenciais significativamente reduzidos (p = 0,016) em pacientes com DP com tontura, mas os cVEMPs não (todos ps> 0,2). As respostas do VEMP ausente bilateral foram mais comuns em pacientes com DP com tontura (p = 0,022), mas as frequências de respostas ausentes ao VEMP bilateral não foram diferentes entre os grupos com e sem tontura (p = 0,898). A tontura em pacientes com DP sem hipotensão ortostática pode estar associada à hipofunção vestibular. Nossos resultados fornecem evidências que podem auxiliar os médicos na elaboração de um plano de tratamento para pacientes com tontura, ou seja, estratégias para melhorar a função vestibular reduzida podem ser úteis, mas essa sugestão ainda precisa ser avaliada. (segue…) Original em inglês, tradução Google, revisão Hugo. Fonte: Nature.
Veja mais sobe pressão sanguínea associada ao parkinson AQUI.
quarta-feira, 22 de setembro de 2021
Imunomodulação para doença de Parkinson
Vários imunomoduladores estão sendo avaliados para o potencial tratamento da doença de Parkinson.
22 SEPTEMBER 2021 -
O termo neuroinflamação é usado com frequência, embora não haja
uma definição universalmente aceita. Conforme descrito em uma
revisão anexa, definimos neuroinflamação como uma resposta reativa
de células imunes e os mediadores que elas produzem (por exemplo,
citocinas, quimiocinas, espécies reativas de oxigênio e outros
mensageiros secundários), que causam inflamação do tecido neural.1
A neuroinflamação pode promover A agregação de α-sinucleína
(α-syn) para finalmente causar perda de células dopaminérgicas
(DA) na substância negra com agregados α-syn, denominados corpos de
Lewy, que são a marca registrada da doença de Parkinson (DP) .2 Foi
hipotetizado que α -syn patologia começa no intestino e viaja
através do nervo vago para entrar no sistema nervoso central (SNC)
no núcleo motor dorsal, embora isso tenha sido debatido desde
então.3 O tecido cerebral de pacientes com DP submetidos a
transplante nigral fetal mostrou aumento do citoplasma α-syn no
tecido transplantado, apoiando a teoria de que α-syn pode se
propagar entre as células, de forma semelhante aos príons.4 À
medida que a agregação de α-syn e os efeitos neuroinflamatórios
se acumulam, estes podem causar perda de células DA e sintomas e
sinais subsequentes de DP.5 Considerando esse possível mecanismo
patogênico, existem vários imunomoduladores - tratamentos que
aumentam ou suprimem várias etapas funcionais do sistema imunológico
- sob investigação para o tratamento de pacientes com DP, 6 que
revisamos aqui. Em um artigo anexo, revisamos as evidências para um
papel da neuroinflamação na patologia da DP.
Imunoterapia
visando α-sinucleína
Como os agregados de α-syn em corpos de
Lewy de DP são uma marca patológica da doença, a segmentação de
α-syn tem sido considerada uma terapia potencial. Anticorpos
monoclonais específicos direcionados a α-syn extracelular foram
estudados (Tabela). Estudos de fase 2 usando imunização passiva (ou
seja, infusão de anticorpos monoclonais) contra α-syn foram
conduzidos e 1 continua em um estudo aberto, mas outro foi encerrado
porque os alvos primários e secundários não foram atingidos.7,8
Estes anticorpos direcionados a diferentes regiões de α-syn.
Existem também estudos em andamento de imunização ativa novamente
α-syn.9
Outro medicamento que tem como alvo α-syn, o nilotinib, é um inibidor da região do breakpoint cluster (BCR) -Abelson tirosina quinase (c-Abl) que foi aprovado para uso como quimioterapia na leucemia mieloide crônica. O nilotinib ajuda a interromper a produção descontrolada de granulócitos em maturação (principalmente neutrófilos). Propriedades neuroprotetoras do nilotinib foram observadas com potencial para inibir a autofagia, agregação e propagação de α-syn. Em um estudo de fase 2, no entanto, houve preocupação com relação à penetração do nilotinib no cérebro, e não foi eficaz em retardar a progressão da doença.10,11 Os autores deste estudo alertaram que isso não refuta os potenciais efeitos neuroprotetores de outras moléculas que atuam no via c-Abl, e várias estão sob investigação (Tabela).
Mirando Microglia
A microglia contribui para a neuroinflamação por meio da liberação de espécies reativas de oxigênio (consulte também Neuroinflamação na doença de Parkinson nesta edição). A mieloperoxidase gera espécies reativas de oxigênio na microglia e tem sido alvo de ensaios clínicos com o inibidor de mieloperoxidase, AZD3241. Em um estudo de fase 2, o AZD3241 foi seguro e diminuiu plausivelmente a ativação da microglia, sugerindo que estudos adicionais são necessários. O ensaio de fase 3 em andamento, no entanto, não é para DP, mas sim para atrofia de múltiplos sistemas (MSA), um distúrbio de movimento neurodegenerativo diferente também caracterizado pela patologia α-syn.12
Linfócitos-alvo
A azatioprina (AZA) é um imunossupressor sistêmico sendo avaliado para tratamento de DP em um estudo duplo-cego de fase 2 controlado por placebo, incluindo 60 participantes com DP inicial. Como em muitos outros estudos, pessoas com outras condições imunológicas são excluídas da participação, o que pode excluir indivíduos com DP que podem estar em maior risco de autoimunidade e com maior probabilidade de se beneficiar de AZA ou outros imunomoduladores.13 Um pequeno ensaio clínico de fase 2 de 18 participantes avaliando o uso de plasma fresco congelado intravenoso de doadores jovens saudáveis, com idade entre 18 e 25 anos, foi concluído e relatou melhora da cognição em participantes com DP e comprometimento cognitivo. O plasma fresco congelado tem vários efeitos no sistema imunológico e consiste em imunoglobulinas de doadores saudáveis(IgGs) e outros componentes plasmáticos do plasma (por exemplo, fatores de coagulação). Os resultados não foram publicados em um jornal revisado por pares, embora um comunicado à imprensa afirme que o uso é seguro com resultados positivos.14 O inibidor de quimiocina, AKST4290, que inibe o receptor de quimiocina CC 3 para prevenir o recrutamento de células imunes, está sendo testado para o tratamento de PD em um estudo de fase 3 (Tabela).
Sargramostim é um fator estimulador de colônia de granulócitos-macrófagos recombinante humano que aumenta as células Treg e é aprovado para recuperação de medula óssea em indivíduos que realizaram transplante de medula óssea. Em um ensaio clínico de fase 1 em pessoas com DP, o sargramostim foi seguro e bem tolerado com melhorias modestas no perfil imunológico, por meio do aumento da função e frequência das células Treg, e também dos sintomas motores, embora fosse um tamanho de amostra pequeno.15 Não o ensaio de fase 2 foi registrado no banco de dados National Clinical Trials.
Citocinas de direcionamento
Vários estudos sugerem imunoterapias que bloqueiam citocinas pró-inflamatórias (por exemplo, fator de necrose tumoral [TNF] ou interleucina [IL] -1 podem ter benefícios protetores. Revisões retrospectivas mostraram que, embora a incidência de DP seja maior entre pacientes com colite ulcerativa ou doença de Crohn , esses pacientes diminuíram a prevalência de DP se expostos a esteroides ou terapia antiTNF.16,17 A metanálise mostrou que o uso de ibuprofeno foi associado a um menor risco de desenvolver DP.18
Acredita-se que o receptor do peptídeo 1 semelhante ao glucagon (GLP-1-R) reduza a apoptose celular (isto é, morte celular programada) que ocorre em resposta às citocinas inflamatórias. Com o objetivo de aumentar esse efeito neuroprotetor, vários agonistas de GLP-1-R estão sob investigação (Tabela) .19 Essa classe de medicamentos está aprovada para tratar diabetes. Em um ensaio clínico de fase 2, randomizado, duplo-cego, controlado por placebo e em local único, 60 participantes com DP foram tratados com o agonista GLP-1-R exenatida ou placebo por 48 semanas, seguido por um período de eliminação de 12 semanas. O tratamento com exenatida foi seguro e melhorou a função clínica, conforme medido com os escores motores da Escala de Avaliação da Doença de Parkinson Unificada da Sociedade de Distúrbios do Movimento (MDS-UPDRS) em comparação com o placebo.20 Um estudo de fase 3 de exenatida está em andamento e um estudo de fase 2 avaliando a segurança e eficácia de exenatida peguilada em pessoas com DP. Outros agonistas de GLP-1-R sendo estudados para potencial tratamento de DP incluem lixisenatida, liraglutida e semaglutida.21
Visando o Microbioma
Há uma série de pequenos estudos em andamento de agentes direcionados ao microbioma intestinal. O eixo intestino-cérebro é complexo e o microbioma afeta o sistema imunológico por meio da expressão de citocinas, iniciando o sistema imunológico adaptativo e ativando inflamassomas, entre outros mecanismos. Os estudos direcionados ao microbioma intestinal incluem, mas não estão limitados a, transplante microbiano fecal, rifaximina e maltodextrina. Um pequeno estudo de transplante fecal aberto, que altera o microbioma, em 15 participantes com DP mostrou melhora dos sintomas motores e não motores com eventos adversos limitados.21 Estudos de fase 2 nesta categoria estão em andamento, com muitos ainda recrutando.
Visando Genes Relacionados ao Imune e Parkinson
Mutações da proteína quinase 2 de repetição rica em leucina (LRRK2) estão entre as causas mais comuns de DP hereditária autossômica dominante. LRRK2 está implicado na inflamação neuronal e sistêmica via inibição lisossomal. As células imunes expressam altos níveis de LRRK2 e algumas variantes da mutação de LRRK2 estão associadas a um risco aumentado de doenças inflamatórias autoimunes do intestino.23,24 Existem 2 inibidores de pequenas moléculas potentes, seletivos e penetrantes no cérebro de LRRK2 sendo investigados. Os dados de segurança da Fase I foram relatados apenas em comunicados à imprensa que declararam que todas as metas de segurança e biomarcadores foram alcançadas, e que essas pequenas moléculas irão progredir para os testes de fase 2.25
Conclusão
Esses estudos mostram que há uma série de mecanismos complexos nos quais a neuroinflamação está implicada na patogênese da DP. Ainda existem muitos ensaios terapêuticos promissores de imunomoduladores. Os ensaios que foram concluídos com resultados negativos podem ser, em parte, devido ao momento subótimo da administração da terapia, considerando que há morte significativa de neurônios dopaminérgicos no momento em que os pacientes apresentam sintomas motores de DP e neuroinflamação foi implicada no estágios iniciais da patogênese da doença. Há uma série de outros medicamentos sob investigação que atuam no sistema imunológico com o objetivo de retardar a progressão da doença na DP, e esta não é uma lista completa (Tabela). Muitos outros imunomoduladores têm se mostrado promissores em contextos pré-clínicos e ainda não chegaram ao leito de pacientes com DP.26 Dados os vários mecanismos pelos quais a neuroinflamação leva à patogênese da doença em pacientes com DP, esses medicamentos fornecem uma fronteira promissora no tratamento da DP. Original em inglês, tradução Google, revisão Hugo. Fonte: Practicalneurology.
Drogas nasais são promissoras para retardar a progressão da doença de Parkinson em estudos de laboratório
'Um avanço notável' se os resultados puderem ser replicados
September 21, 2021 - Os pesquisadores
demonstraram que dois peptídeos desenvolvidos em laboratório e
administrados por via nasal ajudaram a desacelerar a disseminação
da alfa-sinucleína em camundongos. 'Se esses resultados pudessem ser
replicados em pacientes, seria um avanço notável no tratamento de
desordens neurológicas devastadoras', diz o autor principal.
Novos
tratamentos potenciais para a doença de Parkinson desenvolvidos por
pesquisadores do Rush University Medical Center mostraram sucesso em
retardar a progressão da doença em camundongos.
Em um
estudo publicado na Nature Communications, os pesquisadores do Rush
descobriram que dois peptídeos diferentes (cadeias de aminoácidos)
ajudaram a desacelerar a disseminação da alfa-sinucleína, uma
proteína que ocorre em depósitos anormais de proteínas chamados
corpos de Lewy no cérebro. Corpos de Lewy são marcas registradas da
doença de Parkinson, o distúrbio do movimento mais comum que afeta
cerca de 1,2 milhão de pessoas nos Estados Unidos e
Canadá.
"Atualmente, não há tratamentos que
retardem a progressão da doença de Parkinson - eles apenas tratam
os sintomas", diz Kalipada Pahan, PhD, o Floyd A. Davis
Professor de Neurologia do Rush University Medical Center e um
cientista de carreira de pesquisa no Jesse Brown VA Medical Center,
que liderou o estudo.
Os corpos de Lewy também estão
associados ao desenvolvimento de demência de corpos de Lewy e a um
raro distúrbio neurológico denominado atrofia de múltiplos
sistemas (do inglês multiple system atrophy - MSA). "No
momento, também não há tratamento eficaz para a demência com
corpos de Lewy e atrofia de múltiplos sistemas", diz Pahan.
"Entender como essas doenças funcionam é importante para o
desenvolvimento de drogas eficazes que inibem a patologia da
alfa-sinucleína, protegem o cérebro e interrompem a progressão das
doenças do corpo de Lewy."
Os peptídeos
desenvolvidos em laboratório testados no estudo são conhecidos como
domínio de interação com TLR2 de Myd88 (TIDM) e domínio de
ligação com NEMO (NBD). Os medicamentos, administrados pelo nariz,
diminuem a inflamação no cérebro e interrompem a disseminação da
alfa-sinucleína em camundongos com doença de Parkinson. Os
tratamentos também melhoraram a marcha, o equilíbrio e outras
funções motoras dos ratos.
"Se esses resultados
puderem ser replicados em pacientes, será um avanço notável no
tratamento de desordens neurológicas devastadoras", diz
Pahan.
A pesquisa foi financiada pelo National Institutes
of Health. Outros autores do artigo são Debashis Dutta, PhD;
Malabendu Jana, PhD; Moumita Majumder, PhD; Susanta Mondal, PhD; e
Avik Roy, PhD, todos do Rush University Medical Center. Original em
inglês, tradução Google, revisão Hugo. Fonte: Sciencedaily.
domingo, 19 de setembro de 2021
Lágrimas contêm sinais precoces da doença de Parkinson
O que começa a ficar claro atualmente é que a composição da lágrima pode revelar muito sobre o seu senhor, o cérebro. É o caso da doença de Parkinson, que atinge cerca de 200 mil idosos no Brasil. Aquela mesma que atacou o querido ator Paulo José, que nos deixou há pouco. Essa é uma das várias doenças neurodegenerativas que vitimam tantos de nós em idades mais avançadas. Parecida com a doença de Alzheimer, tão falada.
A de Alzheimer começa a dar sinais em uma região do cérebro encarregada de administrar as memórias, e depois se espalha por regiões cada vez maiores. A de Parkinson atinge um pequeno núcleo lá bem no meio do cérebro, chamado substância negra. Seus neurônios sintetizam um pigmento escuro, razão do nome. Sintetizam também dopamina, que serve como mensageiro químico para outros neurônios nas redondezas. E, além disso, produzem uma proteína considerada a “culpada” pela degeneração desses neurônios escuros do cérebro. É a alfa-sinucleína.
Em algumas pessoas ocorre um erro no enovelamento da alfa-sinucleína, cujas moléculas começam a formar aglomerados chamados oligômeros, em paralelo (causa ou consequência? — o eterno dilema) com a degeneração e morte dos neurônios da substância negra. Sem dopamina, algumas funções do cérebro se desarranjam: começam a aparecer tremores e movimentos indesejados, dificuldades para iniciar os movimentos e depois rigidez corporal. Também ocorrem alterações de comportamento. Outras regiões neurais são atingidas, provocando sintomas diversos. É a doença de Parkinson, que progride, progride, e consome o paciente lentamente.
Não há cura, mas há formas de aliviar os sintomas por meio de medicamentos que tentam restaurar a falta da dopamina, ou usando marca-passos implantados em regiões vizinhas dentro do cérebro. Como não se pode curar, mas se pode retardar a evolução da doença, é importante identificá-la bem no início, antes que os sintomas mais sérios tomem conta.
Aqui entram as lágrimas da esperança. Um grupo de pesquisadores norte-americanos descobriu que há alfa-sinucleína nelas, em grande quantidade na doença de Parkinson. Simplesmente, analisaram as lágrimas de quase 100 pacientes parkinsonianos e um número equivalente de pessoas sadias para comparação. Usaram aquelas fitinhas de papel que os oftalmologistas colocam em nossos olhos para medir o fluxo de lágrimas que produzimos. Simples assim. Nelas mediram a concentração da forma aglomerada de alfa-sinucleína, característica da doença de Parkinson. E verificaram que as quantidades são muito maiores nos pacientes do que nos controles. Ao que parece, essa molécula é conduzida pelos nervos que comandam as glândulas lacrimais, por isso aparece na lágrima.
Como outros trabalhos identificaram o mesmo fenômeno na saliva, temos agora no horizonte testes baratos e de fácil execução, que identificam precocemente na lágrima (e na saliva) a presença da molécula que caracteriza a doença de Parkinson. Assim como a lágrima que vemos ou produzimos pode anunciar uma emoção mal disfarçada, a que os neurologistas analisam pode revelar a doença de Parkinson ainda escondida. Fonte: Campos 24h.
sábado, 18 de setembro de 2021
Mijar longe, cada vez mais ao longe!
Quando se é guri, se faz campeonato de quem mija mais longe. Quanto mais longe mais viril! Trata-se talvez do machismo estrutural de nossa sociedade, coisa natural. Era normal na minha infância e adolescência.
E, realmente, a vida é uma dádiva degenerativa progressiva.
Afinal, pra que serve a próstata?
É difícil usar o termo, mas gostem ou não gostem, serve para produzir porra e participa do processo da ejaculação.
O mijo com a próstata dilatada sai fraco, não “ejacula”. Tu mija no dedão do pé e o último pingo, ou jorro, vai na cueca.
É o contrário de foda. Não alivia tensões. Com o parkinson estes processos degenerativos são precoces, e se antecipam à idade cronológica. Difícil lidar com isso. O pior é que não adianta se rebelar. A velhice chega e temos que aceitá-la. Afinal, adianta brigar?
Estou tomando Combodart, e sentido efeitos, pois Combodart® pode causar vertigem (tontura). Tome cuidado quando estiver deitado ou sentado e mudar para a posição sentada ou de pé, particularmente se você tiver acordado no meio da noite, até que você saiba como este medicamento lhe afeta. Se você se sentir tonto durante o tratamento, sente ou deite até que o sintoma passe.
sexta-feira, 17 de setembro de 2021
A Fundação Michael J. Fox lança novo guia, "Parkinson 360: Testimonios Para Pacientes y Familias," para fornecer idéias e estratégias práticas para pacientes e famílias que falam espanhol sobre como navegar na jornada do Parkinson
- Recurso recém-traduzido em espanhol oferece reflexões informativas e sinceras em primeira mão e estratégias práticas sobre como compreender e viver com a doença de Parkinson
- Pacientes e familiares são incentivados a
baixar o guia gratuito em
michaeljfox.org/parkinson360-espanol
Fundação Michael J.
Fox para a Pesquisa de Parkinson
Sep 17, 2021 - NOVA YORK, 17 de
setembro de 2021 / PRNewswire / - Como parte de seu compromisso de
educar a comunidade da doença de Parkinson (DP) e garantir que os
tratamentos inovadores que buscamos beneficiem a mais ampla gama de
pessoas afetadas pela DP, The Michael J. A Fundação Fox para a
Pesquisa de Parkinson (MJFF) lança hoje um recurso educacional em
espanhol - "Parkinson 360: Testimonios Para Pacientes y Familias." Até o momento, a maioria das pesquisas e cuidados
com o Parkinson não têm servido e são totalmente representativos
de todas as pessoas que vivem com a doença. O MJFF está empenhado
em construir rampas inclusivas para diversas populações de
pacientes e famílias para se envolver de forma significativa na
educação e na pesquisa. Lançado originalmente em 2016, o guia
recém-traduzido - disponível em
michaeljfox.org/parkinson360-espanol - fornece aos pacientes e
famílias que buscam recursos em espanhol percepções sinceras e
relacionáveis e estratégias práticas sobre como navegar na
vida com Parkinson.
Guia desenvolvido por especialistas em
Parkinson oferece dicas e sabedoria sobre como navegar na jornada do
Parkinson
Originalmente desenvolvido em inglês pela
vice-presidente sênior de comunicações médicas da MJFF, Rachel
Dolhun, MD, "Parkinson 360: Testimonios Para Pacientes y
Familias" foi escrito para incluir as vozes e histórias
pessoais de indivíduos que vivem com DP. Além do guia para
download, pacientes, parceiros de atendimento e entes queridos podem
usar michaeljfox.org/parkinson360-español como um centro para
acessar recursos traduzidos adicionais, incluindo um webinar e um
guia sobre como explorar oportunidades de participação em
pesquisas.
"Um diagnóstico de Parkinson geralmente
traz consigo muitas perguntas. A barreira do idioma não deve impedir
as pessoas ou famílias que vivem com Parkinson de obter as respostas
de que precisam", disse María L. De León, médica,
contribuinte do guia e membro do Conselho de Pacientes do MJFF. "Como
uma comunidade, devemos entender as experiências e culturas de todas
as pessoas que vivem com esta doença para fortalecer o diálogo com
o paciente. Meu conselho para os pacientes e suas famílias é que se
tornem defensores dos seus cuidados e gestão da doença - e um
primeiro passo importante onde quer que você esteja na jornada está
este guia. "
O guia "Parkinson 360" de 58
páginas também oferece dicas sobre como gerenciar os aspectos
clínicos, emocionais e sociais da jornada do DP,
incluindo:
Insights honestos e sinceros de primeira mão
sobre DP;
Perspectivas sobre questões comuns, desde o
diagnóstico até a convivência com a doença por anos;
Dicas
práticas e estratégias para navegar a vida com Parkinson;
e
Informações sobre as opções de tratamento mais recentes e
uma variedade de recursos para se envolver na pesquisa.
"Parkinson's
360" em inglês foi possível graças ao apoio do Parkinson's
Disease Education Consortium da Fundação. "Parkinson 360:
Testimonios Para Pacientes y Familias" foi apoiado por uma bolsa
da Genentech, membro do Grupo Roche. O financiamento de nossos
parceiros da indústria permite que a Fundação mantenha a
supervisão editorial na criação de recursos educacionais de alta
qualidade, enquanto direciona os dólares arrecadados por doadores
para pesquisas críticas. Financiamento adicional para esta tradução
foi fornecido por meio do apoio generoso do membro do Conselho do
MJFF, Alex Krys, membro administrativo e cofundador da Juniper
Capital Partners, LCC, e seu irmão, o produtor vencedor do Grammy e
membro do Conselho de Pacientes do MJFF, Sebastian Krys.
"Na
comunidade latina, Parkinson não é algo que você ouve muito. Mas
praticamente todo mundo conhece alguém com Parkinson", disse
Sebastian Krys. "Estou orgulhoso de ter uma plataforma para
compartilhar minha história e jornada. Informação é tudo, e
pessoas em todos os lugares - independentemente da cultura ou das
barreiras linguísticas - precisam de melhor acesso a informações e
recursos precisos."
Construir Onramps para
comunidades sub-representadas é vital para o avanço da pesquisa
sobre Parkinson
Desde seu início em 2000, o MJFF tem
trabalhado incansavelmente para acelerar descobertas promissoras em
pesquisas e a cura de cerca de 6 milhões de pessoas em todo o mundo
com a doença de Parkinson. A Fundação está empenhada em trabalhar
urgentemente para ajudar a comunidade DP a encontrar, compreender e
abraçar oportunidades de parceria com pesquisadores na busca de uma
cura. E, no entanto, até o momento, a maioria das pesquisas sobre o
Parkinson não incluiu a comunidade mais ampla de pessoas com a
doença. Como resultado, nosso entendimento de como o Parkinson afeta
os pacientes em espectros racial, étnico, socioeconômico, de
gênero, sexualidade e geográfico é incompleto.
De
acordo com o National Institutes of Health, a população hispânica
/ latina representa apenas 7,6 por cento dos inscritos voluntários
em todas as pesquisas clínicas. Embora haja dados limitados sobre o
número de populações sub-representadas especificamente na pesquisa
de DP, as informações mais recentes do Censo dos Estados Unidos de
2020 mostraram que hispânicos / latinos constituem 18,5 por cento da
população dos Estados Unidos, sugerindo que há uma lacuna crítica
de grupos sub-representados, como Hispânicos / latinos participando
dos estudos de Parkinson em geral. Hoje, nossa compreensão da
biologia e progressão da DP tem sido principalmente em voluntários
de ascendência europeia. Ao tornar a pesquisa mais representativa da
comunidade, os cientistas terão um melhor entendimento da DP, o que
levará a estratégias para reduzir o risco e desenvolver tratamentos
que beneficiem a mais ampla gama de pacientes. Além disso, em todas
as pesquisas, 85% dos testes clínicos enfrentam atrasos e 30% nunca
decolam devido à falta de voluntários. É vital envolver o maior
número possível de indivíduos para mover o dial sobre os avanços
na DP, e a comunidade hispânica / latina tem um valor único em
acelerar o avanço da pesquisa crítica.
"Sabemos que
os próximos cinco a sete anos serão fundamentais para as pessoas e
famílias que vivem com Parkinson. Nosso objetivo é mobilizar a
comunidade e conectar as pessoas ao importante papel que cada uma
desempenha em acelerar melhores tratamentos e uma cura", disse o
CEO e Co do MJFF -Founder Debi Brooks. "Há uma explosão
atualmente acontecendo na pesquisa de DP. Para acompanhar esses
avanços e garantir que os tratamentos funcionem para a mais ampla
gama de pacientes de Parkinson, precisamos ajudar os cientistas a
traçar um quadro mais completo da doença, envolvendo-se com cada
pessoa e família com Parkinson."
O MJFF tem o
compromisso de destacar as maiores necessidades não atendidas da
comunidade de Parkinson e galvanizar os pesquisadores para
abordá-las. Atualmente, a Fundação está financiando várias
iniciativas para tornar a pesquisa mais inclusiva. Desde 2018, o MJFF
tem parceria com o Centro de Pesquisa de Acesso, Recrutamento e
Engajamento da Comunidade (CARE) do Massachusetts General Hospital e
da Harvard Medical School no FIRE-UP PD (Fostering Inclusivity in
Research Engagement for Underrepresented Populations in Disease). Até
o momento, este estudo desenvolveu mensagens e materiais
culturalmente relevantes em quatro cidades do país para aumentar a
diversidade e a inclusão na pesquisa sobre Parkinson. Com as
descobertas da primeira fase do estudo FIRE-UP PD, os pesquisadores
continuarão a testar e validar fatores que impedem grupos
sub-representados de se engajarem na pesquisa sobre Parkinson. E, o
estudo da Iniciativa de Marcadores de Progressão de Parkinson, o
marco do MJFF, está se expandindo de quase 1.400 para mais de 4.000
participantes em todo o mundo - com e sem Parkinson. Os locais
selecionados de recrutamento do PPMI começarão a distribuir
materiais bilíngües e oferecer uma equipe que fale espanhol para
ajudar a inscrever novos participantes na busca do estudo por um
melhor entendimento de como diagnosticar, rastrear, tratar e
potencialmente prevenir a DP.
Sobre a Fundação Michael
J. Fox para a Pesquisa de Parkinson
Como o maior
financiador sem fins lucrativos do mundo para a pesquisa do
Parkinson, a Michael J. Fox Foundation se dedica a acelerar a cura
para a doença de Parkinson e melhorar as terapias para aqueles que
vivem com a doença atualmente. A Fundação busca seus objetivos por
meio de um programa de pesquisa altamente direcionado e financiado de
forma agressiva, juntamente com o envolvimento global ativo de
cientistas, pacientes com Parkinson, líderes empresariais,
participantes de ensaios clínicos, doadores e voluntários. Além de
financiar US $ 1 bilhão em pesquisas até o momento, a Fundação
alterou fundamentalmente a trajetória do progresso em direção à
cura. Operando no centro da pesquisa mundial sobre o Parkinson, a
Fundação forja colaborações inovadoras com líderes da indústria,
cientistas acadêmicos e financiadores de pesquisas do governo;
aumenta o fluxo de participantes em ensaios clínicos da doença de
Parkinson com sua ferramenta online, Fox Trial Finder; promove a
conscientização sobre o Parkinson por meio de defesa, eventos e
divulgação de alto nível; e coordena o envolvimento de base de
milhares de membros da Equipe Fox em todo o mundo. Para mais
informações, visite-nos em www.michaeljfox.org, no Facebook,
Twitter, Instagram e LinkedIn. Original em inglês, tradução
Google, revisão Hugo. Fonte: Fundação Michael J. Fox paraParkinson.
Como o CDB pode reduzir sintomas de Parkinson (matéria publicitária)
04.22.2021 - Benefícios terapêuticos para amenizar os sintomas de parkinson trazidos pelo Tratamento com Cannabis Medicinal são esperança para aqueles que sofrem com essa doença, que, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), afeta 1% da população mundial com idade superior a 65 anos
O que é Parkinson?
Para 10 milhões de pessoas em todo o mundo, lentidão dos movimentos e tremores nas mãos foram os primeiros sintomas do Parkinson. Com o aumento da expectativa de vida, e consequentemente, do envelhecimento da população, este número pode dobrar até 2040.
Descoberta há 201 anos, esta doença sem cura, embora absolutamente tratável, é a segunda patologia degenerativa, crônica e progressiva do sistema nervoso central mais frequente do planeta — atrás apenas do Alzheimer.
Segundo estimativa do Ministério da Saúde, 200 mil brasileiros sofrem com essa enfermidade causada pela morte das células do cérebro, especialmente aquelas responsáveis pela produção da dopamina — neurotransmissor que desempenha a função de controlar os movimentos.
Sintomas de Parkinson
Os sintomas do Parkinson podem variar a cada pessoa. Os primeiros sinais podem ser leves e passar despercebidos, podendo ser encarados como características da “velhice”. Frequentemente, começam em um lado do corpo e, assim, continuam piorando ali, inclusive depois de os sintomas começarem a afetar ambos os lados.
Tremores: Os tremores geralmente começam em uma extremidade, como nas mãos, ou nos dedos. Há o movimento de esfregar o polegar e o indicador de um lado para o outro, conhecido como tremor de rolagem de pílula, ou tremor postural. A mão pode tremer quando está em repouso.
Lentidão dos movimentos: Com o tempo, a doença de Parkinson pode retardar os movimentos, fazendo com que tarefas simples sejam difíceis e levem mais tempo. Pode ser que os passos se tornem mais curtos. Também pode haver dificuldade para se levantar da cadeira, ou ainda arrastar os pés ao caminhar.
Rigidez muscular: Pode ocorrer em qualquer parte do corpo. Os músculos rígidos podem causar dores e limitar a amplitude do movimento.
Alteração da postura e do equilíbrio: A pessoa pode ficar curvada ou apresentar problemas de equilíbrio.
Perda dos movimentos automáticos: É possível que seja reduzida a capacidade de realizar movimentos inconscientes, como piscar, sorrir ou balançar os braços ao caminhar.
Mudanças na fala: A pessoa pode passar a falar mais baixo, mais rápido ou mesmo a hesitar antes de falar. A fala pode se tornar monocórdica.
Mudanças na escrita: Pode ficar cada vez mais difícil escrever, e a letra pode diminuir.
Perda Olfativa: Este é um dos sintomas do Parkinson mais comuns no início da doença, e atinge a maioria dos pacientes. Estima-se que cerca de 90% dos parkinsonianos tenham redução do olfato, incluindo alterações no paladar — uma vez que há interligação entre os dois sentidos.
Sono Inquieto: É comum para todos ter certa agitação durante o sono. Mas as mudanças verificadas em pacientes com Parkinson se manifestam como se a pessoa estivesse atuando durante o sonho.
Diferente de sonambulismo, esse sintoma — também conhecido como distúrbio comportamental do sono REM — faz parte da doença. De acordo com especialistas, os movimentos são tão repentinos e intensos que causam incômodo a quem dorme ao lado.
Estima-se que cerca de 60% dos parkinsonianos sofram com insônia. Embora durmam com facilidade, perdem o sono e acordam durante a madrugada, comprometendo, assim, a restauração necessária para que haja uma noite bem dormida.
Tratamento tradicional para os sintomas de parkinson
Sempre sob acompanhamento médico, o tratamento tradicional para os sintomas do Parkinson sugere uma série de possibilidades, como remédios, fisioterapia, tratamento natural e até cirurgia.
No caso dos medicamentos, o neurologista ou o geriatra pode prescrever Levodopa e Selegilina para ajudar a reduzir os sintomas do Parkinson a partir do aumento da dopamina e de outros neurotransmissores no cérebro.
Caso não haja êxito nesta forma de tratamento, há a alternativa do procedimento cirúrgico — chamada “estimulação cerebral profunda”. Neste procedimento, é feita a instalação de um pequeno eletrodo na região cerebral afetada pelo Parkinson, que pode reduzir alguns sintomas, e por consequência, reduzir a dosagem dos remédios.
Além disso, para reforçar a autonomia do indivíduo e melhorar seu equilíbrio, é importante a prática de fisioterapia, terapia ocupacional e atividade física.
Tratamento com Cannabis Medicinal
Pesquisas científicas asseguram que os sintomas do Parkinson podem receber tratamento com Cannabis medicinal.
Rafael dos Santos, Jaime Hallak e José Alexandre Crippa, pesquisadores da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto, da USP (Universidade de São Paulo), apontam os efeitos positivos que o uso do CBD (canabidiol) provoca em comportamentos e alterações bioquímicas relacionadas à doença.
Tanto os sintomas motores (lentidão dos movimentos, tremores, rigidez muscular), quanto os não-motores (transtornos psicóticos, do humor e do sono) apresentaram respostas satisfatórias a partir do uso do canabidiol.
Segundo o panorama de estudos revisados por Santos, Hallak e Crippa, as propriedades antioxidantes e antiinflamatórias do CBD explicam os efeitos benéficos produzidos tanto pelos receptores canabinoides, quanto por outros mecanismos independentes.
Para uma parcela dos pacientes, o tratamento tradicional para oo Parkinson não demonstra a eficácia esperada. De acordo com os pesquisadores da USP, o efeito das medicações tradicionais, como a Levodopa, tem seu efeito reduzido com o passar do tempo, produzindo efeitos adversos graves como os movimentos involuntários (discinesia tardia). Obs.: discinesia induzida por levodopa.
Por isso, a busca pelo acesso à qualidade de vida, com o uso do canabidiol, vem acompanhado de otimismo não apenas pelos resultados apresentados pela revisão publicada na revista de medicina da USP, mas também em outras doenças como epilepsia e fibromialgia.
A importância de um acompanhamento especializado
Para garantir a eficácia de um tratamento com Cannabis medicinal, é importante contar com um minucioso acompanhamento especializado. Apesar de ainda haver poucos médicos prescritores no Brasil, já existem centros de excelência com esse foco. Fonte: Medicina In.
Controvérsias sobre estimulação cerebral profunda na doença de Parkinson inicial
17 de setembro de 2021 - Uma das grandes dúvidas sobre o tratamento da doença de Parkinson diz respeito ao momento de realizar a cirurgia de estimulação cerebral profunda (DBS, do inglês Deep Brain Stimulation). Segundo o Dr. Rubens Gisbert Cury, neurologista do grupo de distúrbios do movimento da Universidade de São Paulo (USP) e coordenador do ambulatório de DBS do Hospital das Clínicas da USP, é prematuro dizer que a estimulação cerebral profunda reduz a progressão da doença de Parkinson. “Há estudos pré-clínicos, mas ainda falta confirmação. Então, não se deve indicar estimulação cerebral profunda na fase precoce da doença”, disse ele, afirmando, entretanto, que há mudanças em relação à indicação de estimulação cerebral profunda na fase moderada da doença de Parkinson. O médico foi um dos palestrantes do painel Controvérsias na doença de Parkinson, realizado on-line no dia 06 de setembro, durante o XXIX Congresso Brasileiro de Neurologia.
Segundo o Dr. Rubens, a Food and Drug Admnistration (FDA) dos Estados Unidos liberou em 2020 um estudo multicêntrico de fase 3 sobre a estimulação cerebral profunda nos estágios iniciais da doença, o que poderá trazer mais esclarecimentos sobre tema. [1] Atualmente, os critérios de indicação para estimulação cerebral profunda em pacientes com doença de Parkinson são: ter recebido o diagnóstico há no mínimo quatro anos, resposta à levodopa de pelo menos 33% e sintomas descompensados.
“A principal indicação é no caso de complicações motoras refratárias (discinesia ou off) com muita flutuação; o segundo perfil mais indicado é em caso de tremor refratário apesar da medicação; e, por fim, para aqueles que têm intolerância medicamentosa e por isso tomam altas doses de dopaminérgicos”, informou. Trabalhos recentes indicam que o tempo médio de Parkinson indicado para cirurgia varia de 10 a 16 anos. [2]
Em geral, a cirurgia vinha sendo indicada na fase moderada para pacientes com complicações motoras avançadas, ou seja, com muita discinesia, muito off e sem alternativas terapêuticas. O Dr. Rubens disse que houve mudanças nesse ponto: a indicação passou a ser feita na fase moderada, mas diante de complicações motoras também moderadas, porque o risco cirúrgico é menor e o pós-operatório é melhor. “Não tem por que esperar até a complicação motora ficar muito grave”, afirmou. Foi constatado que esses grupos apresentam melhora na qualidade de vida. [3]
A hipersensibilização medicamentosa é outro argumento importante. [4] Ao aumentar muito a dose de medicamento em pacientes com complicações motoras há uma hipersensibilização pós-sináptica, de forma que, com a mesma dose de medicamentos, se induz muito mais discinesias e alterações comportamentais não motoras, como impulsividade e desregulação dopaminérgica. Essa hipersensibilização pós-sináptica pode ser parcialmente irreversível. “Depois da cirurgia, mesmo reduzindo os remédios, o paciente pode ter uma dificuldade no manejo medicamentoso, e a DBS entraria justamente para evitar o aumento dos medicamentos”, explicou o Dr. Rubens.
A cirurgia tem efeito por 15 a 17 anos, como foi demonstrado em um artigo recém-publicado no periódico Neurology. [5] “É óbvio que outros sintomas avançam, principalmente a parte cognitiva, mas para os sintomas que a DBS se propõe a tratar, ainda existe um controle em muito longo prazo”, afirmou o neurologista.
Parkinson é uma doença priônica?
Outra controvérsia discutida no painel foi se a doença de Parkinson seria uma doença priônica. O príon é uma proteína infecciosa, malformada, que pode se espalhar e infectar células saudáveis, causando uma autopropagação, explicou a Dra. Arlete Hilbig, que é neurologista do Centro de Doença de Parkinson e Distúrbios do Movimento da Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre e Irmandade da Santa Casa de Misericórdia de Porto Alegre (UFCSPA/ISCMPA). A Dra. Arlete disse que o questionamento da relação com o processo priônico começou com a identificação da alfa-sinucleína, proteína associada à doença de Parkinson, cuja propagação seria similar à do príon, de célula a célula.
“Há inconsistências em relação à propagação pela alfa-sinucleína”, afirmou a médica. O modelo não explica todos os casos clínicos e a distribuição anormal da patologia. Além disso, a proteína nem sempre segue uma conectividade neuroanatômica, e pacientes com sintomas avançados e certas formas genéticas não necessariamente têm corpos de Lewy; portanto, não têm o depósito da alfa-sinucleína. Segundo a Dra. Arlete, ainda é preciso esclarecer essas inconsistências para entendermos o desenvolvimento e a progressão da doença de Parkinson. Fonte: Medscape.
As alucinações são um sintoma surpreendentemente comum da doença de Parkinson, e novas pesquisas sugerem uma maneira de mapear e potencialmente tratá-las.
Por David Levine
Sep 16, 2021 -
Depois de ficar preso na orla da Antártica por mais de um ano, o
famoso explorador Ernest Shackleton relatou ter visto um doppelganger
(N.T.: sósia) durante sua maratona de 36 horas de desespero
marchando pela morte pelas montanhas e geleiras da ilha da Geórgia
do Sul. Ele se referiu a ele como seu "companheiro divino",
ajudando-o a lidar com as adversidades da jornada. Quase um século
depois, a exploradora Ann Bancroft foi ferida durante sua jornada de
1.900 milhas pela Antártica, e ela também encontrou conforto na
presença de um doppelganger que não estava ferido e caminhava ao
lado dela com facilidade.
O que funciona para aventureiros
polares também pode ajudar pessoas com Parkinson.
Embora
a maioria dos pacientes relate ter medo de suas alucinações,
especialmente quando elas ocorrem pela primeira vez, muitos pacientes
relatam não serem incomodados por elas e alguns até adoram falar
com seus amigos alucinatórios, de acordo com um dos autores de um
novo estudo na revista Science Medicina Translacional, que identifica
a rede neural do cérebro responsável pelas alucinações. Seu
trabalho pode ajudar os cientistas a entender como surgem as
alucinações e pode ajudar no tratamento do declínio cognitivo que
muitas vezes acompanha a doença de Parkinson.
O lado
alucinatório do Parkinson
Se você está surpreso com o fato de
as pessoas com Parkinson terem alucinações, você não está
sozinho, de acordo com Rachel Dolhun, neurologista credenciada e
especialista em distúrbios do movimento que é chefe de comunicações
da Fundação Michael J. Fox e não esteve envolvida na nova
pesquisa. “A maioria das pessoas está familiarizada com os
distúrbios do movimento associados à doença de Parkinson, como
tremor, rigidez dos membros ou problemas de marcha e equilíbrio.
Eles não estão tão familiarizados com alucinações ou problemas
de sono, ou mudanças de humor que os pacientes com doença de
Parkinson costumam desenvolver”, diz ela.
De acordo com
a Fundação da Doença de Parkinson, os sintomas não motores da
doença podem incluir distúrbios de atenção, dificuldade de
linguagem, perda de memória, demência, perda de olfato ou paladar,
distúrbios de humor, insônia, sonolência diurna excessiva,
depressão, ansiedade, apatia, e delírios - bem como
alucinações.
“Isso pode ser uma grande preocupação
se um paciente com doença de Parkinson tentar impedir um intruso
percebido.”
Em pessoas com casos mais avançados,
alucinações, problemas de raciocínio e demência são mais comuns,
diz Dolhun. “Para aumentar a confusão, alguns dos medicamentos
usados para tratar os sintomas motores podem causar problemas
de memória, bem como alucinações.”
“As alucinações
podem variar de ver um ente querido morto [a] crianças brincando em
um parquinho”, diz Dolhun. “Alguns pacientes os veem como
benignos e não se preocupam com eles. Outros estão
assustados.”
Ela observa que algumas alucinações de
Parkinson podem afetar a segurança de uma pessoa e assustar sua
família. Um comum é quando uma pessoa acredita que um intruso está
invadindo sua casa. “Isso pode ser muito preocupante se um paciente
com doença de Parkinson tentar impedir um intruso percebido”, diz
Dolhun.
O que pode ser feito para diminuir o impacto das
alucinações? Dolhun recomenda que as pessoas conversem com seus
médicos sobre como ajustar seus medicamentos, tentar criar um
ambiente calmo e limitar a exposição a notícias ou programas
violentos. “No entanto, alguns pacientes precisarão receber
medicamentos antipsicóticos para controlar as alucinações”, diz
ela.
As estimativas de quantas pessoas com Parkinson
sofrem de alucinações variam, e Dolhun diz que uma das razões é
que muitas pessoas não as discutem com seus médicos. “Alguns
pacientes ficam envergonhados, então é difícil dizer exatamente
quantos alucinam - a maioria dos pesquisadores acha que é entre 20%
a 50%”, diz ela.
De acordo com a Fundação da Doença
de Parkinson, quase um milhão de pessoas nos Estados Unidos vivem
com a doença e aproximadamente 60.000 americanos são diagnosticados
anualmente. Existem mais de 10 milhões de pessoas em todo o mundo
que vivem com Parkinson.
O que a nova pesquisa mostra
Olaf
Blanke é o diretor fundador do Centro de Neuroprostética da Ecole
Polytechnique Fédérale de Lausanne, na Suíça, e o autor sênior
do novo estudo. Ele e seus colegas usaram uma nova ferramenta de
diagnóstico robótico que captura o processamento sensorial e motor
por meio de imagens cerebrais para determinar a gravidade da
progressão da doença, provocando com segurança alucinações em
pacientes com Parkinson.
“Os pacientes me dizem que
sentem como se alguém tivesse passado por eles.”
Na
doença de Parkinson, as alucinações estão entre os sintomas não
motores mais perturbadores. A associação entre alucinações
visuais formadas e uma forma mais grave da doença de Parkinson com
declínio cognitivo e demência
Na doença de Parkinson, as alucinações estão entre os sintomas não motores mais perturbadores. A associação entre alucinações visuais formadas e uma forma mais grave da doença de Parkinson com declínio cognitivo e demência é relativamente bem conhecida. A mais comum e uma das primeiras alucinações na doença de Parkinson é a "alucinação de presença", a sensação de outra pessoa estar presente e por perto quando ninguém está lá. “Os pacientes me dizem que sentem como se alguém tivesse passado por eles”, diz Blanke.
Blanke e seus colegas estudaram os mecanismos
comportamentais e neurais subjacentes às alucinações de presença
sintomática na doença de Parkinson. Os pesquisadores induziram a
alucinação de presença no scanner de ressonância magnética por
meio de estimulação sensório-motora mediada por robôs para
desencadear a ocorrência de alucinação de presença sintomática
nesses pacientes.
Uma imagem de uma varredura do cérebro.
Resultados de neuroimagem de uma alucinação de
presença induzida por robô.
Blanke diz que a robótica
juntamente com uma ressonância magnética pode mapear alucinações
de presença no cérebro e identificar um padrão de conectividade
neural que é interrompido em indivíduos com Parkinson. Ao combinar
varreduras cerebrais de pessoas saudáveis com as de pessoas
com Parkinson e dados de pessoas sem Parkinson que sofrem de outras
condições neurológicas que causam alucinações de presença, eles
identificaram a rede específica de regiões cerebrais
fronto-temporais associadas a alucinações de presença.
“A
possibilidade de induzir alucinações de presença enquanto o
paciente está na máquina de ressonância magnética nos permitiu
investigar online as redes cerebrais associadas a ela”, diz Blanke.
"Descobrimos que a conectividade funcional dentro desta rede
fronto-temporal do cérebro de varreduras cerebrais em repouso previu
se um paciente com doença de Parkinson também sofria de alucinações
de presença."
Capturando a atividade neural
Blanke
está atualmente conduzindo um grande ensaio clínico para confirmar
seus resultados e estender os dados comportamentais e de neuroimagem
para definir outros subgrupos de pacientes e investigar a possível
relação entre alucinações de presença e outras formas de
alucinações, como alucinações auditivas, táteis e olfativas,
como bem como a possível relação entre alucinações de presença
e declínio cognitivo. Seu grupo também planeja adaptar ainda mais a
tecnologia robótica em combinação com a ressonância magnética
com o objetivo de “capturar” a atividade neural associada às
alucinações enquanto elas ocorrem. Ele também está adaptando e
aprimorando a tecnologia robótica e trabalhando no desenvolvimento
de um sistema totalmente usável.
Blanke espera que, no
futuro, um diagnóstico precoce de alucinações de presença possa
ajudar os médicos a adaptarem tratamentos e permitir intervenções
precoces visando formas específicas da doença de Parkinson e ajudar
a conduzir uma seleção mais homogênea de amostras de pacientes
para ensaios cognitivos específicos.
Dolhun diz que a
Michael J. Fox Foundation está muito interessada em inteligência
artificial, robótica e outras tecnologias que possam aprimorar os
tratamentos tradicionais, e a pesquisa de Blanke é importante a esse
respeito. “Espero que esta pesquisa leve a melhores tratamentos e
nos ajude a prever quais pacientes com doença de Parkinson
desenvolverão alucinações”. Original em inglês, tradução
Google, revisão Hugo. Fonte: Neo Life.
Discinesia e distonia são condições comuns que se desenvolvem em pessoas com doença de Parkinson e outros distúrbios do movimento.
May 03, 2021 - A discinesia é um efeito colateral do medicamento usado para tratar o Parkinson. A distonia pode ser causada por medicamentos ou pode ser um sintoma da própria doença.
Discinesia e distonia
podem ser tratadas de forma semelhante por meio de estimulação
cerebral profunda ou modificações na medicação.
Os
medicamentos para Parkinson, como a levodopa, podem causar sintomas
motores conhecidos como discinesias. Outro conjunto de sintomas
motores, distonia, também pode se desenvolver como um efeito
colateral dos medicamentos para Parkinson ou como um sintoma direto
do Parkinson ou outro distúrbio do movimento.
A doença
de Parkinson é um distúrbio neurológico caracterizado pela falta
do neurotransmissor dopamina no cérebro. Este mensageiro químico é
responsável por controlar os movimentos musculares. Quando os níveis
de dopamina estão baixos, a sinalização é interrompida, levando
ao desenvolvimento de distúrbios do movimento. A doença de
Parkinson é tratada com tratamentos dopaminérgicos para aumentar os
níveis de dopamina ou imitar o produto químico para melhorar os
sintomas.
A doença de Parkinson e outras formas de
parkinsonismo são caracterizadas por movimentos anormais,
bradicinesia (movimento lento) e mioclonia (espasmos ou espasmos
involuntários repentinos e breves ou de um músculo).
O
que são discinesia e distonia?
Distúrbios do movimento, como a
doença de Parkinson, estão associados aos sintomas de discinesia e
distonia.
Discinesia
Discinesia é um conjunto de
sintomas motores que afeta cerca de metade das pessoas com doença de
Parkinson que usam levodopa. Esses sintomas incluem movimentos
bruscos e involuntários da face, braços, pernas ou tronco. Mulheres
e aqueles com diagnóstico de Parkinson antes dos 60 anos são mais
propensos a desenvolver discinesia. A discinesia é um efeito
colateral de alguns medicamentos usados para tratar a doença
de Parkinson.
A distonia é outro distúrbio que causa contrações musculares involuntárias excessivas, repetitivas e padronizadas. No entanto, a principal diferença entre discinesia e distonia é que a distonia pode ser um sintoma da própria doença de Parkinson. Pode afetar muitas partes do corpo, incluindo rosto, mandíbula, pescoço, pálpebras (blefaroespasmo), cordas vocais, mãos, braços, pernas e pés.
Alguns sintomas comuns de distonia incluem:
Partes do corpo flexionando ou torcendo anormalmente
Movimentos corporais repetitivos e padronizados, que podem parecer tremores
Movimento em um lado do corpo que causa movimentos distônicos no lado oposto
O que causa discinesia e distonia?
A discinesia é um efeito colateral comum
do medicamento levodopa para Parkinson. Este medicamento é usado
para ajudar a aumentar o nível de dopamina no cérebro, aliviando os
sintomas da doença. No entanto, a levodopa é tomada
intermitentemente ao longo do dia, fazendo com que os níveis de
dopamina aumentem e diminuam com o tempo. Acredita-se que essas
flutuações sejam a causa da discinesia. Existem dois tipos de
discinesia:
Discinesia de dose máxima, que ocorre quando
o nível de levodopa está em seu nível mais alto.
Discinesia difásica, que ocorre quando os níveis de levodopa estão aumentando ou diminuindo.
Embora a distonia possa ser um sintoma da própria doença de Parkinson, também pode ser causada pelo tratamento com levodopa, semelhante à discinesia. Os sintomas de distonia ocorrem quando há uma diminuição nos níveis de dopamina no cérebro, que pode ocorrer antes de a medicação ser tomada pela manhã ou quando o efeito da medicação passa, durante o dia. Essa distonia "desligada" (off) e "ligada" (on) pode ser tratada tomando uma forma de levodopa de liberação prolongada ou aumentando o número de doses tomadas por dia.
A discinesia distônica pode ocorrer quando os movimentos causados pela levodopa são mais sustentados e torcidos do que na discinesia típica. Quando isso ocorre, é importante determinar a causa - se o movimento ocorre nos níveis de dose máxima de dopamina ou se é distonia "desligada" e "ligada".Outras causas de discinesia e distonia
Existem muitos tipos de distonia não relacionados à doença de Parkinson. Muitas formas de distonia ocorrem sem causa conhecida. Algumas causas de distonia são hereditárias, enquanto lesão cerebral (por trauma ou acidente vascular cerebral) também pode causar distonia.
A doença de Huntington é uma doença genética rara em que as células nervosas do cérebro se degeneram com o tempo. Esta doença causa distúrbios do movimento semelhantes ao Parkinson, incluindo coreia e distonia.
A atrofia de múltiplos sistemas (Multiple system atrophy - MSA) e a paralisia supranuclear progressiva (PSP) são outras doenças degenerativas raras que afetam os movimentos musculares. A discinesia pode ocorrer quando as pessoas com MSA ou PSP são tratadas com levodopa, e MSA ou PSP não tratados podem levar ao desenvolvimento de distonia.
Como Gerenciar
Discinesia
Seu neurologista pode sugerir adicionar um novo
medicamento, mudar a forma de levodopa que você toma ou até mesmo
colocar um implante cirúrgico para ajudá-lo a controlar a
discinesia.
Medicamentos complementares
Os agonistas do receptor de dopamina são outro
tipo de medicamento usado para tratar a doença de Parkinson. Eles
funcionam imitando a ação da dopamina e interagindo com os
neurônios do cérebro para aliviar os sintomas. Os agonistas do
receptor de dopamina podem ser usados sozinhos ou adicionados à
levodopa para ajudar a controlar a discinesia. Exemplos dessas drogas
incluem Requip (ropinirol), Mirapex (pramipexol), Apokyn (apomorfina)
e Neupro (rotigotina).
Gocovri (amantadina) é outro
medicamento clinicamente disponível que pode reduzir a discinesia e
ajudar os sintomas de Parkinson. Gocovri atua aumentando a quantidade
de dopamina no cérebro, o que alivia os sintomas de movimento
associados à doença.
Modificando Levodopa
Outra
forma de combater a discinesia é diminuir a dose de levodopa ou
alterar a hora do dia em que ela é tomada. Também existe uma forma
de liberação prolongada de levodopa disponível, que libera a droga
de forma constante por um período de tempo mais longo. Isso ajuda a
prevenir a dose de pico ou discinesia difásica.
Estimulação
profunda do cérebro
A estimulação cerebral profunda (DBS) é
um procedimento cirúrgico usado para ajudar a controlar os sintomas
motores e a discinesia causada pela ingestão de levodopa. Durante
uma cirurgia, eletrodos finos são inseridos em áreas do cérebro
responsáveis por controlar o movimento. Um pequeno gerador de
impulso é implantado durante outra cirurgia posteriormente. Uma vez
que o sistema DBS está instalado, os eletrodos enviam pequenos
pulsos elétricos a essas áreas do cérebro para estimulá-las. O
DBS ajuda o cérebro a manter a atividade de movimento normal
enquanto reduz a dose de levodopa necessária para aliviar os
sintomas.
Como tratar a distonia
A distonia pode ser
tratada das mesmas maneiras que a discinesia, como com medicamentos
dopaminérgicos e DBS. No entanto, existem outras maneiras de
controlar essa condição, incluindo Botox (toxina botulínica),
fisioterapia para trabalhar os músculos distônicos ou medicamentos
anticolinérgicos.
O botox (toxina botulínica) é mais
conhecido por seus usos cosméticos, como para diminuir as rugas. No
entanto, também pode ser usado para tratar distonia. Essa toxina vem
da bactéria Clostridium botulinum, que interfere na substância
química acetilcolina, usada pelas terminações nervosas dos
músculos para enviar mensagens. Quando essa comunicação é
interrompida, os músculos ficam enfraquecidos, o que pode aliviar
alguns sintomas do Parkinson.
Semelhante à toxina
botulínica, os medicamentos anticolinérgicos podem ser usados
para interferir na sinalização da acetilcolina entre os
nervos e os músculos. Estes incluem Artane (trihexifenidil),
Parsitan (etopropazina) e Cogentin (mesilato de
benztropina). Original em inglês, tradução Google,
revisão Hugo. Fonte: My Parkinson Team.
Na minha simplicidade, experiência e franqueza, definiria a Distonia, como uma espécie de cãimbra. Discinesia, só conheço a induzida por levodopa, quando o cara fica como o Michael Fox, no vídeo abaixo, a partir de 12. Esta idéia, admito mudou, ver matéria de 200222. A distonia é presumivelmente sub diagnosticada.
terça-feira, 14 de setembro de 2021
Quais são os 5 estágios da doença de Parkinson? Aqui está o que acontece em cada estágio
Os sintomas tendem a surgir lentamente na maioria das pessoas, especialmente no estágio inicial da doença de Parkinson. Veja o que esperar à medida que a doença progride.
CRÉDITO: ADOBESTOCK
September 14,
2021 - Os estágios da doença de Parkinson podem ajudar a dar à
pessoa e ao médico uma ideia de como o distúrbio pode progredir. A
doença é caracterizada por certos sintomas característicos (tremor
de repouso, rigidez e lentidão de movimentos), mas não há dois
casos iguais da doença.
Uma pessoa pode apresentar apenas
sintomas leves que não interrompem suas atividades diárias nos
estágios iniciais da doença de Parkinson. Com o tempo, as pessoas
com doença de Parkinson podem desenvolver problemas graves de
mobilidade que tornam difícil ficar de pé ou andar.
Embora
não haja como prever como será o cronograma dos estágios da doença
de Parkinson de qualquer indivíduo, entender o que esperar durante o
curso da doença pode ajudar você e o cuidador a planejarem com
antecedência.
Quais são os 5 estágios da doença de
Parkinson?
A doença de Parkinson é um distúrbio do movimento
neurológico que é progressivo, o que significa que os sintomas
pioram com o tempo. De acordo com a Fundação de Parkinson, a
maioria das pessoas passa pelos estágios da doença de Parkinson
gradualmente (e se os sintomas piorarem rapidamente, ao longo de dias
ou semanas, pode ser um sinal de que algo mais está
acontecendo).
Não há teste de laboratório que possa
dizer a uma pessoa em que estágio sua doença se encontra. Em vez
disso, é baseado na gravidade dos sintomas de movimento de uma
pessoa e no quanto a doença afeta sua capacidade de viver a vida
diária.
Embora os estágios da doença de Parkinson
possam parecer um pouco diferentes para cada pessoa, aqui está um
padrão típico da doença, de acordo com a Fundação de
Parkinson:
Estágio 1
Nos estágios iniciais da
doença de Parkinson, uma pessoa pode ter sintomas motores leves,
como um tremor, mas ainda pode levar sua vida diária, seja
trabalhando, fazendo pequenas tarefas ou desfrutando de hobbies, sem
incidentes. Os sintomas de movimento geralmente ocorrem apenas em um
lado do corpo envolvido. A doença de Parkinson no estágio 1 pode
incluir mudanças nas expressões faciais, na postura ou no andar de
uma pessoa.
Estágio 2
Os sintomas se tornam mais
perceptíveis no estágio 2 da doença de Parkinson. Dificuldades de
movimento e rigidez muscular tendem a afetar ambos os lados do corpo
e as tarefas podem se tornar mais demoradas. A pessoa nesta fase do
Parkinson também pode ter problemas para andar ou manter uma boa
postura.
Estágio 3
O estágio 3 é considerado
doença de Parkinson em estágio intermediário. É quando uma pessoa
freqüentemente começa a perder o equilíbrio e aumenta o risco de
cair. (Aqui estão algumas dicas sobre como evitar quedas em casa
conforme você envelhece).
Atividades cotidianas como
cozinhar, limpar, vestir e comer podem ser mais desafiadoras, mas a
maioria das pessoas com doença de Parkinson no estágio 3 ainda são
totalmente independentes.
Estágio 4
No estágio 4 da
doença de Parkinson, a pessoa começa a apresentar sintomas mais
graves e debilitantes. Eles podem precisar usar um andador ou outra
forma de assistência para se locomover. Você pode precisar de ajuda
em tempo integral para morar em sua casa à medida que progride no
estágio médio a avançado de Parkinson.
Estágio 5
Este
é o estágio mais avançado da doença e os sintomas podem ser
intensos. Uma pessoa com doença de Parkinson em estágio avançado
geralmente tem rigidez nas pernas que a impede de ficar em pé ou
andar. Eles podem precisar usar uma cadeira de rodas ou não
conseguir sair da cama e precisar de cuidados de enfermagem 24 horas
por dia, 7 dias por semana, enquanto convivem com o estágio 5 da
doença de Parkinson. Alucinações e delírios também se tornam
mais prováveis neste estágio.
Os médicos podem se
referir a esses estágios do Parkinson como a escala Hoehn e Yahr: os
estágios 1 e 2 são considerados estágios iniciais; os estágios 2
e 3 são considerados intermediários; e os estágios 4 e 5 são
considerados estágio final.
Quais são os sintomas não
motores do Parkinson?
Os estágios da doença de Parkinson são
definidos pela gravidade dos sintomas motores de um paciente e o
quanto esses sintomas afetam a capacidade de funcionar todos os dias.
Mas há sintomas não motores que têm maior probabilidade de se
desenvolver mais tarde na doença também, e o médico pode levá-los
em consideração ao avaliar alguém com o transtorno.
Por
exemplo, pessoas com doença de Parkinson em estágio avançado podem
ter dificuldade para mastigar, comer, falar ou engolir ("disfagia"),
que é considerado um sintoma motor e não motor. A disfagia, em
particular, pode causar sérios problemas de saúde, como
desnutrição, desidratação e aspiração.
Nos estágios finais da doença de Parkinson, uma pessoa pode desenvolver mudanças cognitivas, incluindo lentidão de memória ou pensamento, dificuldade de planejamento e realização de tarefas e dificuldade de concentração. (De acordo com a Fundação de Parkinson, aproximadamente 50% das pessoas com Parkinson terão alguma forma de deficiência cognitiva, e isso pode levar à demência total para alguns.) Ou eles podem notar mudanças em sua saúde óssea ou visão.
Mas não há como dizer com certeza se ou quando
esses sintomas ocorrerão em qualquer indivíduo porque os sintomas
da doença de Parkinson variam de pessoa para pessoa.
Com
que rapidez a doença de Parkinson progride?
As pessoas tendem a
passar pelos estágios da doença de Parkinson lentamente, geralmente
ao longo dos anos. A pesquisa mostrou que a doença tende a progredir
menos rapidamente em pessoas que são diagnosticadas em uma idade
mais jovem (digamos, na casa dos 50 anos) do que aquelas
diagnosticadas mais tarde na vida.
Além do mais, a doença
de Parkinson pode começar décadas antes que o paciente perceba um
único sintoma motor.
“Nós sabemos que a doença de
Parkinson na verdade começa muitos, muitos anos antes de você ver
aquele tremor ou aquele arrastar de pés,” Lynda Nwabuobi, MD,
professora assistente de neurologia clínica no Instituto Weill
Cornell de Doenças e Distúrbios do Movimento de Parkinson, disse à
Health. "Achamos que há pelo menos 30 anos."
Esse estágio inicial da doença de Parkinson é chamado de estágio "pré-motor". Isso acontece antes de uma pessoa ser diagnosticada e pode incluir sintomas como perda do olfato, distúrbio de comportamento do sono REM (quando uma pessoa representa seus sonhos) e constipação.
“Os
pacientes costumam dizer: 'Sim, há muitos e muitos anos não tenho
um bom olfato'”, diz o Dr. Nwabuobi. "Ou o cônjuge diz: 'Ele
chuta muito durante o sono. Faz isso desde que nos casamos.'"
Mas
a realidade é que, como acontece com os sintomas da doença de
Parkinson, a progressão da doença varia de pessoa para pessoa.
“Algumas pessoas têm Parkinson há dois anos e não estão indo
muito bem”, diz o Dr. Nwabuobi. “E então algumas pessoas têm
Parkinson há 20 anos e estão indo muito bem e vivendo suas
vidas”.
Felizmente, os tratamentos podem ajudar uma
pessoa a controlar os sintomas e a ter uma vida mais funcional em
vários estágios da doença de Parkinson.
"Temos
muitos medicamentos muito bons", diz o Dr. Nwabuobi. "Eu
digo às pessoas: 'Se você vai pegar uma doença neurodegenerativa,
o Parkinson não é ruim'." Original em inglês, tradução
Google, revisão Hugo. Fonte: Health. Veja também aqui: May 03, 2021 My Parkinsons Team.
Parkinson: pacientes desconhecem técnicas para andar com mais segurança
Estudo da Academia Americana de Neurologia mostra que as chamadas estratégias de compensação não têm a divulgação necessária
14/09/2021 - Há algumas técnicas para auxiliar pessoas com Doença de Parkinson que enfrentam dificuldades para andar. No entanto, estudo publicado semana passada na revista científica “Neurology”, da Academia Americana de Neurologia, mostra que a maioria desconhece a existência dessas práticas. “Sabemos que os pacientes com Parkinson intuitivamente criam mecanismos para superar suas limitações, com o objetivo de garantir sua mobilidade e independência. Entretanto, muitos não recebem informações sobre as estratégias de compensação que existem para esse quadro”, afirmou a médica Anouk Tosserams, autora do trabalho.
Pacientes com Doença de Parkinson desconhecem que há estratégias para auxiliar quem enfrenta dificuldades para andar — Foto: Steve Buissinne para Pixabay
Os pesquisadores entrevistaram 4.324 indivíduos com Parkinson e algum comprometimento, como falta de equilíbrio, andar arrastando os pés ou travar repentinamente, o temido congelamento. Entre os participantes, 35% relataram que as dificuldades de deslocamento interferiam nas atividades do dia a dia; 52% tinham tido uma ou mais quedas no ano anterior. Em seguida, foram apresentadas as estratégias de compensação. Embora todos recorressem a algum tipo de adaptação para caminhar, 17% nunca tinham ouvido falar de qualquer técnica que pudesse ajudá-los e 23% não tinham experimentado nenhuma delas.
Apenas 4% tinham conhecimento das chamadas sete estratégias, que passo a descrever aqui, lembrando que sua experimentação e adoção devem que ser discutidas com o médico e vão depender do estágio da enfermidade. A primeira é se valer de uma “pista” ou “deixa” interna para ter consciência do movimento – por exemplo, seguir uma contagem dentro da cabeça. A segunda é a “pista” externa, como se deslocar no ritmo de um metrônomo (aparelho que, através de pulsos de duração regular, indica um andamento musical). Terceira: criar um padrão de marcha distinto, como pisar forte em cada passada. Quarta: incrementar a ação a partir da observação, assistindo a outra pessoa caminhar. Quinta: treinar movimentos diferentes, como pular ou andar de costas. Sexta: exercitar as pernas de outra forma, pedalando ou engatinhando. Sétima: atuar no quadro mental e emocional através de técnicas de relaxamento. O grande desafio é que o que antes era natural e automático se torna algo que tem que ser reaprendido. No Brasil, estudos avaliaram que o treino com pistas visuais, feito com marcadores no solo, parece ter efeito positivo, uma vez que se torna eficaz na regulação do comprimento do passo. O treinamento de marcha em esteira também tem se mostrado eficiente, de acordo com levantamento de pesquisadores do Hospital Albert Einstein. Fonte: G1 Globo.
Veja matéria afim, publicada em 090921, AQUI.