por Andrea Torrente
04.08.2020 - Falta
um mês e meio para que o paraquat – um herbicida de alta
letalidade e que pode causar Doença de Parkinson e mutações
genéticas – seja oficialmente banido no Brasil. A proibição não
só de produzir, importar e comercializar, mas também de utilizar
produtos formulados à base do ingrediente ativo do agrotóxico
começa a valer em 22 de setembro, conforme a determinação da
Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). A data foi
estabelecida há três anos, em setembro de 2017. Apesar disso, a
compra e a importação do produto não caíram gradativamente, como
era de se supor, mas se mantiveram em altos patamares e até
aumentaram em regiões do país.
Uma das primeiras
hipóteses das autoridades é de que produtores rurais estejam
estocando o produto e de que contam com alguma flexibilização do
banimento para seguirem aplicando o herbicida.
No Paraná, segundo
maior produtor de grãos do país, a comercialização do herbicida
chegou a 8,4 milhões de litros no ano passado – um avanço de 42%
em três anos, segundo um levantamento da Agência de Defesa
Agropecuária do Paraná (Adapar), obtido pelo Congresso em Foco.
Mais de 85% do volume de paraquat usado no estado tem como destino as
lavouras de soja. No Mato Grosso, entre janeiro de 2019 e janeiro
deste ano, foram vendidos 3 milhões de litros do agrotóxico,
conforme o Instituto de Defesa Agropecuária do estado (Indea). O
órgão, vinculado ao governo do Mato Grosso, não informou os
volumes registrados em anos anteriores.
Plantação de soja em Palmeira das Missões (RS). [fotografo] Camila Domingues/Palácio Piratini [/fotografo]
O caso do Rio Grande
do Sul é o mais emblemático. A comercialização dobrou de um ano
para o outro, de acordo com os dados da secretaria estadual de
Agricultura. Se, em 2018, foram vendidos no estado 642 mil litros de
ingrediente ativo, em 2019 o volume subiu para 1,2 milhão de litros.
Nos primeiros sete meses de 2020, o volume de vendas atingiu 1,23
milhão de litros, mais em que todo o ano passado. De acordo com a
secretaria, como a coleta de dados começou em 2018, o aumento “pode
estar relacionado ao melhor controle de informações, e não
necessariamente ao aumento do uso do produto”.
A importação do
paraquat também se manteve aquecida após estabelecida uma data para
o banimento do herbicida. Dados do Ministério da Indústria,
Comércio Exterior e Serviços (MDIC) mostram que a entrada do
agrotóxico no Brasil aumentou 91% entre 2017 e 2019. Em 2017, foram
compradas 35 mil toneladas do produto. Em 2018, o volume importado
subiu para 50 mil toneladas e, no ano seguinte, chegou às 67 mil
toneladas. A tendência só se reverteu neste ano por causa da forte
alta do dólar. De janeiro a junho, 10 mil toneladas de produtos à
base de paraquat descarregaram ao país.
Paraquat em estoque
Como o agrotóxico
não poderá ser mantido nas propriedades rurais nem utilizado nas
lavouras após 22 de setembro, uma das hipóteses é de que
agricultores estejam estocando o produto para aplicá-lo, mesmo após
a proibição, de forma clandestina. “Se você vê os índices de
produção, sobretudo dos agricultores maiores, não tem a menor
dúvida disso [de que o agrotóxico esteja sendo estocado]”, diz um
servidor do Instituto Paranaense de Assistência Técnica e Extensão
Rural (Emater). “Eles estão apostando que o governo barre [a
proibição]”, completa.
Diante da
possibilidade de produtores estarem estocando o produto, o Ministério
Público Federal (MPF) de Mato Grosso do Sul solicitou ao Ministério
da Agricultura (Mapa) e a todos os órgãos ambientais estaduais
informações sobre ações de fiscalização no uso e manejo
irregular do agrotóxico.
“O paraquat tem
uma forma de utilização, que é X gramas por litro em tantos
hectares. Se você tem uma quantidade que é absolutamente
incompatível, é óbvio que houve uma aquisição para formação de
estoque”, afirma o procurador Marco Antônio Delfino. Ele observa
que, assim como os medicamentos que exigem prescrição médica, a
aquisição de agrotóxicos também é baseada em receita agronômica.
“Toda e qualquer aquisição para formação de estoque é, a
princípio, ilegal e criminosa. O crime pode ser do agrônomo, do
produtor ou de ambos”, acrescenta Delfino.
A mesma suspeita é
compartilhada pelo procurador do Ministério Público do Trabalho
(MPT) de Mato Grosso, Bruno Choairy. Para ele, a hipótese mais óbvia
é a de que, diante da proibição iminente, os produtores estejam
aproveitando para “utilizar mais” o produto, resposta a uma
estratégia de venda mais agressiva por parte das fabricantes para
escoar o agrotóxico. “O aumento do consumo nos últimos anos é
algo que causa alguma perplexidade e exige um estudo mais
aprofundado”, afirma.
A hipótese da
estocagem de paraquat consta também de uma manifestação da
Advocacia-Geral da União (AGU) em um processo movido pelo MPF contra
a Anvisa. A AGU menciona a valorização cambial e, defendendo a
flexibilização da legislação, sugere que, se o banimento do
paraquat não for protelado, os produtores rurais podem ficar no
prejuízo. “Com a alta do valor do dólar em relação ao
real, muitos agricultores anteciparam a compra de insumos, o
que inclui a compra de herbicidas […]. Caso não venha a
ser prorrogado o prazo previsto [para a proibição], os
agricultores que já estão com produtos a base de paraquat nas
fazendas para uso na próxima safra deverão trocar os
produtos ou mesmo poderão perder os herbicidas, aumentando o
custo de produção”, assinala AGU.
De acordo com
Hamilton Jardim, presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de
Palmeira das Missões, no interior do Rio Grande do Sul, o
crescimento no uso do agrotóxico se deve principalmente à expansão
do plantio da soja. Ele nega que os agricultores estejam estocando o
produto, mas admite: “As empresas vêm colocando que o produto pode
sair de linha, então os produtores logicamente estão fazendo a
compra. Estamos comprando um produto que hoje é possível comprar
com receituário agronômico e dentro da legalidade, respaldado pelo
crédito rural que aceita notas para utilização na próxima safra”.
O risco, reconhece, é ter estoque acumulado depois que a proibição
passar a vigorar. Mas ele torce para que Anvisa suspenda o banimento.
“Como vou comprar um produto que é vendido até setembro e depois
não utilizar? Aí, vai ter que ir numa desobediência civil que não
queremos”, alerta.
Brecha na legislação
Foram aspectos
relacionados à saúde que levaram a Anvisa a fixar uma data para o
banimento do paraquat. A proibição de fabricação,
comercialização, importação e utilização do produto foi
estabelecida por meio da Resolução de Diretoria Colegiada (RDC) Nº
177, de setembro de 2017. O documento cita o “potencial mutagênico”
e a “toxidade aguda” do agrotóxico, além de sua associação à
Doença de Parkinson. A resolução também especifica as condições
em que o produto pode ser comercializado até 22 de setembro de 2020,
quando se efetiva a proibição integral.
A Anvisa, no
entanto, deixou uma brecha: o banimento do herbicida poderia ser
revisto caso aparecessem “novas evidências científicas que
excluam o potencial mutagênico do paraquat” e que “garantam a
exposição negligenciável em todas as etapas de possível contato
com o produto”. Logo em seguida à resolução, 13 empresas
fabricantes de agrotóxicos constituíram uma força-tarefa para
reavaliar os efeitos do paraquat.
Lobby na Anvisa
De 2017 para cá, a
Anvisa manteve regularmente uma interlocução com a força-tarefa do
paraquat, a Frente Parlamentar da Agropecuária, o Sindicato Nacional
da Indústria de Produtos para Defesa Vegetal (Sindiveg), a
Associação dos Produtores de Soja e Milho (Aprosoja) e a Syngenta,
empresa que fabrica o defensivo. Detalhes do lobby foram revelados
em reportagem de Ana Aranha e Hélen Freitas para a Repórter Brasil
e Agência Pública e confirmados pelo Congresso em Foco.
Em 31 de março
desse ano, a Anvisa convocou uma reunião da diretoria colegiada para
deliberar sobre a suspensão da proibição até pelo menos julho de
2021, conforme pediram as empresas. A reunião foi cancelada de
última hora após o MPF do Mato Grosso do Sul conseguir uma liminar
na Justiça. Com uma série de idas e vindas, a Anvisa conseguiu
reverter a decisão no último dia 28 de julho, quando o Tribunal
Federal Regional da 3ª Região (TRF-3) determinou que a agência tem
o direito de convocar a reunião. Surpreendentemente, no mesmo dia, a
Anvisa enviou um ofício ao MPF informando que vai desistir de
suspender a proibição porque é “improvável” que os novos
estudos em andamento encontrem evidências científicas tais de poder
reverter o quadro e que a resolução de 2017 deve ser mantida.
A força-tarefa
solicita a suspensão do banimento para ter tempo hábil para
concluir pesquisas que devem ficar prontas apenas em dezembro deste
ano. É nesse contexto que, ao longo dos últimos três anos, foram
realizados regularmente encontros na Anvisa para discutir o futuro do
paraquat. Em momentos específicos, as reuniões se intensificaram.
Logo após a resolução de setembro de 2017, os diretores da Anvisa
se reuniram pelo menos seis vezes com empresas e associações do
setor para discutir regras de uso dos agrotóxicos. Dois encontros
trataram especificamente da marca.
O resultado foi que,
em 30 de novembro de 2017, a Anvisa emitiu uma nova resolução que
flexibilizou o uso do paraquat. O produto voltou a ser permitido para
dessecar as plantas por três anos e foi esticado de 60 para 120 dias
o prazo para que as empresas atualizassem a bula com alertas sobre a
toxicidade aguda do defensivo. Uma segunda onda de encontros ocorreu
cerca de dois anos depois. Primeiro, em agosto de 2019, a
força-tarefa do paraquat pediu à Anvisa a suspensão do banimento
até novembro de 2022. Logo em seguida, entre outubro e novembro de
2019, pelos menos sete reuniões trataram de agrotóxicos, sendo
quatro especificamente sobre paraquat.
Poucas semanas após
essa rodada de encontros, em 13 de fevereiro de 2020, a Frente
Parlamentar da Agropecuária, a Aprosoja e a Associação Brasileira
dos Produtores de Algodão (Abrapa) pediram mais uma vez a suspensão
da proibição até que sejam concluídos os estudos. Um mês e meio
depois, em seu último dia no cargo, o diretor da Anvisa Fernando
Mendes Garcia Neto incluiu na pauta da diretoria colegiada o pedido
de extensão do prazo, que acabou sendo barrado na Justiça.
Na ação, o MPF-MS
criticou a Anvisa por tentar rever a legislação no meio da
pandemia, um momento considerado “inoportuno”. Além disso, a
prorrogação sem qualquer estudo científico se transformaria “em
prejuízo à saúde, principalmente, dos trabalhadores que lidam
diretamente com o paraquat”, argumentou o procurador Marco Antonio
Delfino de Almeida.
Estudos atrasados
A força-tarefa do
paraquat luta contra o tempo para conseguir levar a cabo os novos
estudos encomendados. Uma tentativa foi feita já no ano passado, mas
“casos fortuitos e dificuldades técnicas” na safra 2018/2019
impediram que se chegasse a resultados conclusivos. A nova pesquisa
avalia a safra 2019/2020 e tenta demonstrar que o paraquat “pode
ser usado de forma segura”. O objetivo do estudo é determinar se
resíduos do produto são encontrados na urina dos trabalhadores
rurais que aplicam o agrotóxico com tratores mesmo com cabine
fechada.
O trabalho,
financiado pela Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato
Grosso (Aprosoja-MT), é realizado pelo Instituto de Pesquisas e
Educação em Saúde e Sustentabilidade (INPES) e é coordenado por
Angelo Trapé, professor aposentado do Departamento de Saúde
Coletiva da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp).
Contudo, a faculdade
informou em nota que tomou conhecimento do estudo apenas no dia 15 de
julho, após uma reportagem da ONG Repórter Brasil, e que “não
endossa esse projeto de pesquisa”. Segundo a universidade, o
professor Trapé tenta associar seu nome ao da faculdade para
legitimar “estudos que claramente colidem com os interesses da
saúde coletiva”. A Unicamp esclarece ainda que no segundo semestre
de 2019 recebeu um pedido de convênio com o INPES, mas que foi
negado.
“Defendemos que
não há uso seguro do paraquat para os trabalhadores, sendo bem
estabelecida a associação do agrotóxico com diversas doenças
relacionadas ao trabalho como fibrose pulmonar, insuficiência renal,
Doença de Parkinson e danos genéticos”, afirma a universidade em
nota. O Congresso em Foco procurou o INPES e o professor Trapé, mas
não obteve resposta.
Pressão do
Congresso
Com a aproximação
do prazo da proibição, nas últimas semanas tem se intensificado
também a atuação da Frente Parlamentar da Agropecuária no
Congresso. Só no mês de julho, parlamentares realizaram três
reuniões na Anvisa para tratar de pesticidas.
Em 29 de junho, o
deputado Luiz Nishimori (PL-PR) apresentou um projeto de lei para
suspender a proibição alegando que foi o resultado de “viés
político e não de uma decisão científica”. Em 7 de julho, o
deputado Efraim Filho (DEM-PB) e o senador Luiz Carlos Heinze (PP-RS)
também apresentaram dois projetos de lei parecidos. Este último foi
retirado por causa de um erro de digitação, mas o senador afirmou
que vai reapresentar a proposta.
Falta de
transparência
Apesar do debate
relacionado à proibição do paraquat se estender ao longo dos
últimos anos, os dados relacionados ao uso do produto são pouco
transparentes. A própria Anvisa informou não ter levantamento de
comercialização do agrotóxico, embora a agência tenha acesso aos
dados do AcessoAgro, portal que registra toda a comercialização do
paraquat. Desde março de 2018, fabricantes, distribuidores,
revendas, produtores e engenheiros agrônomos são obrigados a
cadastrem os registros de compra e venda do defensivo.
A Anvisa informou
que os dados poderiam ser obtidos com o Ministério da Agricultura,
Pecuária e Abastecimento (Mapa). Por sua vez, o Mapa disse que quem
compila as informações de comercialização é o Ibama. Questionado
pela reportagem, o Ibama não informou os volumes de paraquat
comercializados ao longo de 2019, nem respondeu se vem acompanhando
as discussões relacionadas ao banimento do herbicida.
Além dos dados de
volumes anuais de importação disponibilizado pelo MDIC, os números
mais recentes em âmbito nacional provêm do Ibama e se restringem
até 2018. Segundo os dados, a comercialização do paraquat chegou a
13,2 milhões de toneladas naquele ano, cerca de 13% mais do que o
registrado em 2017. Com esse volume, o paraquat foi o sexto
agrotóxico mais vendido no Brasil em 2018.
Nos estados, as
informações não estão disponíveis ou são mantidas em sigilo
pelas secretarias. Importantes produtores de grãos, Pará e Santa
Catarina afirmaram não terem dados de comercialização do paraquat
nos respectivos estados. O primeiro detalhou que um sistema de
informações começaria a ser consolidado em julho. Já o estado do
sul afirmou que dispõe de bases ainda “pouco confiáveis”, pois
está trabalhando em um ferramenta informatizada de controle.
O governo de Mato
Grosso do Sul afirmou não dispor dos dados. No Paraná, as
informações foram obtidas pelo Congresso em Foco extraoficialmente.
No Mato Grosso, como já detalhado, só foram disponibilizados dados
do último ano.
Altamente tóxico
Criado em 1961 e
fabricado pela multinacional Syngenta, o paraquat é um herbicida de
contato, ou seja, applicator diretamente sobre as plantas e utilizado
para manejo em onze culturas, sobretudo na soja. A principal
aplicação do produto se dá no processo de dessecação ou
dessecagem, que consiste na remoção de ramos e folhas verdes,
uniformizando a maturação da lavoura. Isso permite a antecipação
da colheita mecanizada. Além disso, por ser mais potente, o paraquat
também é usado contra ervas daninhas que já desenvolveram
resistência a outros agrotóxicos. Em ambas as utilizações, o
produto apresenta ação rápida: seus efeitos nas plantas aparecem
em até trinta minutos após a aplicação.
Os produtores ainda
não sabem exatamente qual será o impacto da proibição no dia a
dia do campo, mas é certo que haverá reflexos em toda a cadeia.
“Vai afetar bastante, não sei como vamos nos adaptar. Outros
produtos não dão o mesmo resultado”, afirma Nelson Paludo,
presidente do Sindicato Rural de Toledo, no interior do Paraná.
“[Sem paraquat] tem que esperar a soja secar naturalmente. Vai
demorar uma semana a mais e atrasar a safra do milho”, explica o
produtor. Agricultores e especialistas apontam que uma das
alternativas mais viáveis é o diquate, defensivo que é cerca de
30% mais caro que o paraquat e cujo resultado nas plantações não é
garantido.
Apesar da eficiência
na lavoura, a utilização do paraquat tem um custo altíssimo no que
diz respeito à saúde pública. Além de estar associado à Doença
de Parkinson e poder causar mutações, o herbicida é altamente
tóxico. O produto pode ser absorvido pela pele e causar intoxicações
diretas. Uma vez ingerido, torna-se altamente letal: causa danos
imediatos nas mucosas da boca, do estômago e do intestino. Conforme
a Agência de Proteção Ambiental dos Estados Unidos (United States
Environmental Protection Agency, EPA), “o paraquat é altamente
tóxico para os seres humanos; um pequeno gole acidental pode ser
fatal e não há antídoto”. Como é de se supor, a morte ocorre de
forma rápida, porém dolorosa: a ingestão provoca queimaduras na
garganta, dificuldade de respirar, sangramento nasal, convulsões e
vômitos, entre outros sintomas. Não à toa, a Anvisa determinou que
sejam incluídos no rótulo do paraquat avisos, entre os quais, “um
pequeno gole pode matar”.
Até 2014, a EPA
identificou 27 mortes associadas ao paraquat. Dessas, oito ocorreram
a partir da ingestão acidental do produto ou de seus resíduos, após
o agrotóxico ter sido transferido temporariamente para outros
recipientes. Entre os casos, está o de um menino de oito anos, que
bebeu paraquat que havia sido colocado em uma garrafa de
refrigerante. Ele morreu dezesseis dias depois de ser hospitalizado.
O agrotóxico havia sido guardado no recipiente improvisado pelo
irmão, que aplicaria o produto em ervas daninhas da casa.
Conduzido na França,
pelo Centro de Controle de Intoxicações em Marselha (Marseille
Poison Control Center – MPCC), outro estudo associa o paraquat a
suicídios. De 34 tentativas de suicídio ocorridas a partir da
ingestão do herbicida, 15 terminaram em óbito. Dez das mortes
ocorreram em menos de 24 horas. “De fato, o paraquat pode causar
falência de múltiplos órgãos, incluindo insuficiência hepática
e fibrose pulmonar, que podem ser fatais devido à insuficiência
respiratória”, consta do artigo. Não à toa, o produto foi banido
em cerca de 55 países, incluindo blocos inteiros, como a União
Europeia (UE), que proíbe o paraquat desde 2017. Fonte:
Congressoemfoco.