terça-feira, 30 de março de 2021

Anticorpos experimentais para Parkinson, Alzheimer podem causar inflamação prejudicial

Os cientistas encontraram evidências de que os tratamentos baseados em anticorpos em ensaios clínicos para doenças neurodegenerativas podem desencadear uma resposta inflamatória nas células imunológicas do cérebro humano, corroendo seus efeitos positivos.

IMAGEM: Cientistas da Scripps Research encontraram evidências de que os tratamentos com anticorpos em testes clínicos para doenças neurodegenerativas podem desencadear uma resposta inflamatória que corrói seus efeitos positivos. Na foto: neurônios dopaminérgicos em vermelho e microglia em verde.
CRÉDITO
Laboratório Lipton, Scripps Research
RESTRIÇÕES DE USO
Nenhum

29-MAR-2021 - LA JOLLA, CA - Uma equipe liderada por cientistas da Scripps Research fez uma descoberta sugerindo que as terapias experimentais com anticorpos para Parkinson e Alzheimer têm um efeito adverso não intencional - inflamação do cérebro - que pode ter que ser combatido se esses tratamentos funcionarem conforme o pretendido.

Os tratamentos experimentais com anticorpos para aglomerados anormais do alvo de Parkinson da proteína alfa-sinucleína, enquanto os tratamentos experimentais com anticorpos para aglomerados anormais do alvo de Alzheimer da proteína beta amilóide. Apesar dos resultados promissores em ratos, esses tratamentos potenciais até agora não tiveram muito sucesso em ensaios clínicos.

"Nossas descobertas fornecem uma possível explicação para por que os tratamentos com anticorpos ainda não tiveram sucesso contra doenças neurodegenerativas", diz o co-autor sênior do estudo Stuart Lipton, MD, PhD, Step Family Foundation Endowed Chair no Departamento de Medicina Molecular e co-diretor fundador da o Neurodegeneration New Medicines Center da Scripps Research.

Lipton, também neurologista clínico, diz que o estudo marca a primeira vez que os pesquisadores examinaram a inflamação cerebral induzida por anticorpos em um contexto humano. Pesquisas anteriores foram conduzidas em cérebros de camundongos, enquanto o estudo atual usou células cerebrais humanas.

O estudo aparecerá nos Anais da Academia Nacional de Ciências dos Estados Unidos da América durante a semana de 29 de março.

Uma abordagem que pode precisar de ajustes

Doenças neurodegenerativas, como Alzheimer e Parkinson, afetam mais de 6 milhões de americanos. Essas doenças geralmente apresentam a propagação de grupos de proteínas anormais no cérebro, com diferentes combinações de proteínas predominando em diferentes distúrbios.

Uma estratégia óbvia de tratamento, que as empresas farmacêuticas começaram a adotar na década de 1990, é injetar anticorpos que visam e eliminam especificamente esses aglomerados de proteínas, também chamados de agregados.

Os agregados incluem não apenas os grandes aglomerados que os patologistas observam nos cérebros dos pacientes na autópsia, mas também os aglomerados muito menores e mais difíceis de detectar, chamados oligômeros, que agora são amplamente considerados os mais prejudiciais ao cérebro.

Exatamente como esses aglomerados de proteínas danificam as células cerebrais é uma área de investigação ativa, mas a inflamação é um provável fator contribuinte. No Alzheimer, por exemplo, os oligômeros beta-amilóides são conhecidos por mudar as células do sistema imunológico do cérebro, chamadas microglia, para um estado inflamatório no qual podem danificar ou matar neurônios saudáveis ​​próximos.

Descoberta surpresa

Lipton e colegas estavam estudando a capacidade dos oligômeros da alfa-sinucleína de desencadear esse estado inflamatório quando encontraram uma descoberta surpreendente: enquanto os oligômeros por conta própria desencadeavam a inflamação na microglia derivada de células-tronco humanas, adicionar anticorpos terapêuticos piorou a inflamação, não melhorou. A equipe rastreou esse efeito não aos anticorpos em si, mas aos complexos formados com anticorpos e seus alvos de alfa-sinucleína.

Os agregados de beta amilóide frequentemente coexistem com os agregados de alfa-sinucleína vistos nos cérebros de Parkinson, assim como a alfa-sinucleína costuma coexistir com a beta amilóide nos cérebros de Alzheimer.

No estudo, os pesquisadores adicionaram oligômeros beta-amilóides à sua mistura, imitando o que aconteceria em um caso clínico, e descobriram que isso piorava a inflamação. A adição de anticorpos beta anti-amilóide piorou ainda mais. Eles descobriram que tanto os anticorpos alfa-sinucleína quanto os anticorpos beta-amilóide pioravam a inflamação quando atingiam com sucesso seus alvos oligoméricos.

Lipton observa que praticamente todos os estudos anteriores sobre os efeitos dos tratamentos experimentais com anticorpos foram feitos com microglia de camundongo, enquanto os principais experimentos neste estudo foram feitos com microglia de origem humana - em culturas de células ou transplantadas para o cérebro de camundongos cujo sistema imunológico foi projetado para acomodar a microglia humana.

"Vemos essa inflamação na microglia humana, mas não na microglia de camundongo e, portanto, esse efeito inflamatório massivo pode ter sido esquecido no passado", diz Lipton.

A inflamação microglial do tipo observado no estudo, acrescenta ele, poderia reverter qualquer benefício do tratamento com anticorpos em um paciente sem ser clinicamente óbvio.

Lipton diz que ele e seus colegas desenvolveram recentemente um medicamento experimental que pode ser capaz de combater essa inflamação e, assim, restaurar qualquer benefício do tratamento com anticorpos no cérebro humano. Eles estão trabalhando ativamente nisso agora. Original em inglês, tradução Google, revisão Hugo. Fonte: Eurekalert. Veja mais aqui: Experimental Antibodies for Parkinson’s and Alzheimer’s May Cause Harmful Inflammation, e aqui: Experimental Antibodies against Parkinson’s and Alzheimer’s May Trigger Brain Inflammation.

segunda-feira, 29 de março de 2021

Revisadas maneiras de garantir um bom atendimento odontológico na doença de Parkinson

MARCH 29, 2021 - Visitas regulares ao dentista e escovação rotineira dos dentes com alternância das mãos estão entre as recomendações para uma melhor saúde bucal em pessoas com doença de Parkinson, relatam os pesquisadores.

A cárie dentária e o recuo das gengivas são problemas conhecidos para esses pacientes, e muitas vezes esquecidos devido à natureza desse distúrbio neurodegenerativo, observou a equipe.

O artigo, "Recomendações baseadas em evidências para a saúde bucal de pacientes com doença de Parkinson", foi publicado na revista Neurology and Therapy.

Sintomas incapacitantes motores e não motores marcam o Parkinson, e o manejo desta doença progressiva pode ser complexo e estressante. Para muitos pacientes, a saúde bucal pode não ser vista como uma prioridade, o que pode abrir caminho para um risco maior de doenças bucais.

Pesquisadores no Brasil realizaram uma revisão de estudos publicados para entender melhor a relação entre o Parkinson e a saúde bucal.

“O objetivo do presente estudo foi revisar diferentes aspectos da saúde bucal na DP [doença de Parkinson] e estabelecer recomendações baseadas em evidências para a prevenção e o tratamento de doenças da cavidade oral”, escreveram os pesquisadores.

Dados de 14 estudos, relatados em 16 artigos publicados, foram incluídos. Coletivamente, esses estudos envolveram cerca de 800 pessoas com Parkinson.

Em termos gerais, “os estudos apontaram que os pacientes com DP tinham qualidade reduzida de saúde e higiene bucal”, escreveram os pesquisadores.

O Parkinson foi associado a uma variedade de problemas específicos, incluindo recessão gengival, cárie dentária, doença periodontal (infecções nas gengivas), boca seca, dificuldade em engolir e salivação excessiva.

Os pesquisadores observaram que a higiene bucal e os cuidados de saúde adequados podem prevenir muitas dessas condições, mas esses cuidados costumam ser negligenciados com esses pacientes. Dentistas, por exemplo, raramente são incluídos em equipes interdisciplinares que cuidam de pessoas com Parkinson.

“Não há dúvida de que a saúde bucal é importante para todos”, escreveram os cientistas. “Embora as doenças bucais sejam amplamente evitáveis, elas estão entre as doenças mais prevalentes em todo o mundo, criando um problema de saúde pública.”

Eles forneceram recomendações baseadas em evidências para saúde bucal em pacientes com Parkinson. Isso incluía escovar os dentes de rotina, bem como idas regulares a um dentista ou outro especialista em saúde bucal, e que os neurologistas questionassem os pacientes quanto à adesão aos cuidados odontológicos.

A equipe também aconselhou que os pacientes pratiquem a escovação dos dentes com as mãos direita e esquerda, para o caso de a rigidez ou tremor dificultar o uso de uma das mãos à medida que a doença progride.

Melhores cuidados com a saúde bucal provavelmente diminuiriam as taxas de doenças periodontais, perda de dentes e problemas dentários semelhantes, disseram os pesquisadores. Eles também recomendaram alguns tratamentos específicos para doenças, como sprays artificiais de saliva para aliviar a boca seca e toxina botulínica aplicada cuidadosamente (o ingrediente ativo do Botox) para babar excessivamente.

“Os pacientes com DP têm uma variedade de doenças bucais que precisam ser prevenidas, diagnosticadas e tratadas. O presente trabalho fornece uma lista de recomendações baseadas em evidências para neurologistas e dentistas que cuidam desses pacientes”, concluiu a equipe. Original em inglês, tradução Google, revisão Hugo. Fonte: Parkinsons NewsToday.

domingo, 28 de março de 2021

Com um picada, pode ser detectado se há risco de doença de Parkinson

28 MARZO, 2021 - Uma injeção lombar em pacientes por distúrbio do comportamento do sono REM (movimento rápido dos olhos) permite determinar se há risco precoce de Parkinson e demência com corpos de Lewy, segundo investigação do Hospital Clínic de Barcelona e da Universidade de Edimburgo.

Conforme relatado pelo Clínic em um comunicado, o estudo publicado na revista The Lancet Neurology “mostra que a detecção de alfa-sinucleína no líquido cefalorraquidiano de pessoas com distúrbio de comportamento do sono REM implica um alto risco de desenvolver doenças de Parkinson. E demência com Corpos de Lewy”.

Essa proteína, presente nos neurônios de quem sofre dessas doenças neurodegenerativas, pode ser detectada por meio de punção lombar, informou a agência Efe.

Assim, a detecção ou não dessa proteína pode ser "um promissor biomarcador -um indicador do estado de saúde- nos estágios iniciais dessas doenças", ao passo que deveria "permitir o desenho de estudos contra essa proteína para prevenir essas doenças de aparecerem".

IMPORTANTE PARA DETECTAR PROTEÍNA
Trata-se de um estudo coordenado pelo neurologista da Unidade de Distúrbios do Sono da Clínica, Alex Iranzo, que ressalta em nota que “detectar a presença dessa proteína precocemente permitiria o diagnóstico de doença de Parkinson e demência com corpos de Lewy em um estágio bem inicial e testar drogas contra essa proteína antes que apareçam o tremor, a rigidez e a demência” que caracterizam essas doenças.

Os sintomas da demência de Parkinson e de corpos de Lewy são explicados pelo acúmulo da proteína alfa-sinucleína nos neurônios, de acordo com o comunicado.

Os resultados da pesquisa são baseados na coleta de amostras de líquido cefalorraquidiano por punção lombar de 52 pacientes com distúrbio do sono REM, além de 40 controles.

Ao longo de sete anos, 62 por cento desses pacientes foram diagnosticados com Parkinson ou demência de corpos de Lewy e, destes, 97 por cento tiveram a proteína alfa-sinucleína detectada em seus neurônios desde o início. Original em espanhol, tradução Google, revisão Hugo. Fonte: Elpipila.

Microbioma intestinal da doença de Parkinson

280321 - Resumo do episódio

Elio revela seus pensamentos sobre os grandes temas da microbiologia moderna, seguido por uma análise do microbioma intestinal em pacientes com doença de Parkinson.

Links para este episódio

Microbioma intestinal com doença de Parkinson (NPJ Parkinsons)

Dados de sequenciamento como composições (Bioinformática)

Microbiota intestinal no modelo de Parkinson de camundongo (celular)

Pesquisa TWiM Listener

sexta-feira, 26 de março de 2021

Tratado com canabidiol, Eder Jofre luta a favor da ciência aos 85 anos

26/03/2021 - Eder Jofre completa nesta sexta-feira 85 anos. Continua com a coragem e a determinação para enfrentar os adversários da vida, como fez em seus 20 anos de carreira profissional, quando venceu 75 rivais (53 por nocaute) e se consagrou como o maior peso galo da história do boxe. No começo deste ano, passou a tratar a ETC, encefalopatia traumática crônica, doença diagnosticada em 2013 que lhe causa problemas motores e de memória, com canabidiol ou CBD, sob prescrição médica.

O canabidiol é um dos princípios ativos da cannabis sativa, nome científico da maconha. Compõe até 40% dos extratos da planta e pode ser usado como medicamento para diversas doenças, que variam de epilepsia severa a fibromialgia. "Meu pai começou a tomar o canabidiol aproximadamente há 3 meses, uma vez ao dia, dosagem 0,5. Eu tenho notado que ele está se alimentando melhor, está mais concentrado e com equilíbrio melhor", disse ao Estadão Andrea, filha de Eder Jofre, que mora com o pai.

Além de ter uma melhor qualidade de vida, ao estar mais presente com a família, mostrar-se mais calmo, com menos dores e mais concentrado, o ex-campeão mundial dos galos (1960-1965) e dos penas (1973-1974) também colabora com a evolução da ciência no tratamento de outros atletas do boxe e de outras modalidades. O ex-peso pesado Adilson Maguila Rodrigues, que sofre com a mesma doença, também é tratado com canabidiol.

Eder está sendo assistido pelo médico Renato Anghinah e o tratamento é financiado pela empresa HempMeds Brasil, que financia os custos com os derivados de cannabis. Cada frasco custa em média US$ 299 (cerca de R$ 1.685).

RECONHECIMENTO - Em outubro do ano passado, o boxe mostrou que não se esquece de Eder Jofre, ao classificá-lo mais uma vez como o maior peso galo, em levantamento feito pelo site boxingforum24.com nos Estados Unidos. Entre os 24 analistas, 18 colocaram Eder em primeiro lugar, superando lutadores lendários como Kid Williams, Lionel Rose, Terry McGovern, Pete Herman, Panama Al Brown, Fighting Harada, Carlos Zarate, Manuel Ortiz e Ruben Olivares.

Apontado pela revista The Ring, em 1997, como o nono maior pugilista de todos os tempos, Eder vai ganhar mais uma biografia este ano: "Eder Jofre: primeiro campeão mundial de boxe do Brasil" será lançada ainda neste primeiro semestre nos Estados Unidos pelo jornalista e escritor norte-americano Chris Smith.

O livro tem 605 páginas e, segundo o autor, o trabalho "é o resultado de muitos anos de pesquisa, com várias fontes primárias, comunicação direta com a família Jofre, muitas entrevistas e vai incluir muitas fotografias raras". Uma versão em português vai ser lançada possivelmente em outubro.

Por causa do seu 85º aniversário, o Galo de Ouro recebeu várias homenagens de ex-campeões, que mandaram vídeos nas redes sociais. "O Brasil nunca mais terá um boxeador como Eder Jofre", disse Angelo Dundee, técnico de Muhammad Ali, em 2011. Fonte: GZH.

quarta-feira, 24 de março de 2021

Doxiciclina, uma nova esperança para os doentes de Parkinson

 

Risco e mortalidade de pneumonia por aspiração na doença de Parkinson: um estudo de banco de dados nacional

23 March 2021 - Resumo

Este estudo de coorte retrospectivo investigou o risco e a taxa de mortalidade devido à pneumonia de aspiração em pacientes com doença de Parkinson (DP) usando um banco de dados nacional. Identificamos 10.159 pacientes com DP recém-diagnosticados entre 2004 e 2006, e quatro controles pareados por idade e sexo para cada paciente com DP do banco de dados do Serviço Nacional de Seguro de Saúde na Coréia. Analisamos o risco relativo de pneumonia por aspiração e mortalidade após a primeira ocorrência de pneumonia por aspiração até 2017. Ao longo do período do estudo, os pacientes com DP apresentaram uma incidência maior de pneumonia por aspiração do que seus controles pareados (3,01 vs. 0,59 eventos por 1.000 pessoas-ano) , e eles estavam em um risco aumentado de pneumonia por aspiração (taxa de risco = 4,21; intervalo de confiança de 95%, 3,87–4,58). Após a primeira ocorrência de pneumonia aspirativa, a taxa de mortalidade dos pacientes com DP foi de 23,9% após um mês, 65,2% após 1 ano e 91,8% após 5 anos, enquanto a dos controles foi de 30,9%, 67,4% e 88,9%, respectivamente . Os pacientes com DP apresentam um risco aumentado de pneumonia por aspiração e aproximadamente dois terços dos pacientes morrem dentro de um ano após apresentarem pneumonia por aspiração. Mais estudos são necessários para prevenir a pneumonia por aspiração e implementar tratamentos adequados para prevenir a morte após a pneumonia por aspiração em pacientes com DP.

Introdução
A pneumonia por aspiração é um grande fardo em pacientes com doença de Parkinson (DP). É responsável por 70% das mortes entre pacientes com DP1, e sua incidência em pacientes com DP aumentou rapidamente2. Numerosos estudos relatam que a DP é um importante fator de risco para pneumonia aspirativa, pois leva à disfagia orofaríngea3,4,5. No entanto, poucos estudos investigaram a incidência ou frequência de pneumonia aspirativa em pacientes com DP2,6. Embora um estudo anterior tenha relatado uma incidência relativamente maior de pneumonia por aspiração entre pacientes com DP2, o risco de pneumonia por aspiração devido à DP não foi investigado. Além disso, como o estudo foi baseado em um banco de dados de alta hospitalar, ele não relatou a incidência de pneumonia por aspiração entre a população em DP na comunidade. Além disso, dados epidemiológicos precisos sobre pneumonia por aspiração em pacientes com DP, incluindo incidência anual a partir do diagnóstico de DP e mortalidade em longo prazo, são escassos.

O governo sul-coreano oferece cobertura universal de seguro por meio de um programa de seguro saúde obrigatório, denominado National Health Insurance Service (NHIS) 7. Como o banco de dados do NHIS contém informações sobre todos os serviços de saúde usados ​​por toda a população coreana (aproximadamente 50 milhões de pessoas), ele pode fornecer dados confiáveis ​​de pacientes com DP e da população em geral. Assim, investigamos o risco relativo e a epidemiologia da pneumonia por aspiração em pacientes com DP usando este banco de dados nacional. (segue…) Original em inglês, tradução Google, revisão Hugo. Fonte: Nature.

Estudantes gaúchas extraem canabidiol da arruda para tratamento de Parkinson

23 março, 2021 - As duas alunas da cidade de Carlos Barbosa participam da final da 19ª edição da Feira Brasileira de Ciências e Engenharia. As informações são do Pioneiro / GZH

Entre os 345 projetos finalistas na maior feira pré-universitária de Ciências e Engenharia do país, quatro são de estudantes da Serra Gaúcha. Cinco alunas de Caxias do Sul, sendo quatro do Centro Tecnológico Universidade de Caxias do Sul (CETEC UCS) e uma do Instituto Federal do Rio Grande do Sul (IFRS), além de duas da Escola Estadual de Ensino Médio Elisa Tramontina, de Carlos Barbosa, participam da final da 19ª edição da Feira Brasileira de Ciências e Engenharia (Febrace).

Neste ano, o evento científico ocorre de forma on-line, desde o dia 15 de março, e segue até a próxima sexta-feira (26). Os projetos finalistas serão julgados e premiados pela criatividade e rigor científico, em evento a ser transmitido pelo Youtube no próximo sábado (27). Ao todo, o Rio Grande do Sul está com 31 projetos na final da Febrace.

Para Camila Mendonça de Freitas, 19 anos, que está finalizando o curso técnico em Química no IFRS, chegar com destaque na feira é a realização de um desejo. O seu projeto, denominado “Casca de pinhão (Araucaria angustifolia) como agente redutor e estabilizante para obtenção de nanopartículas de prata de maneira ambientalmente sustentável”, contou com a orientação do professor Josimar Vargas.

— Quando eu iniciei com o projeto, em 2017, eu nem imaginava que participaria de uma feira tão grande como a Febrace. Tanto que era um sonho de consumo fazer parte dela como finalista. Você apresentar seu trabalho para o Brasil inteiro e dividir ideias e experiências com avaliadores e participantes é algo que nos motiva a continuar no ramo científico e explorar ainda mais esse mundo — revela Camila.

A pesquisa da estudante procurou se utilizar de um resíduo muito comum na Serra, a casca de pinhão, de forma sustentável e barata para combater a proliferação de bactérias.

— Utilizamos algo que seria descartado, no lugar de outras substâncias químicas mais agressivas e que prejudicam o meio ambiente. Afinal, os resíduos vegetais realizam a mesma função que essas substâncias e são mais viáveis economicamente. Como estamos bem adiantados já, conseguimos comprovar que a casca do pinhão produz as nanopartículas, o que é superpositivo para nós e facilita a nossa aplicação — explica.

O CETEC UCS chegou à Febrace com dois projetos finalistas. As alunas Jennifer Pereira Moreira e Nicole Peyrot da Silva, ambas com 17 anos, desenvolveram um trabalho motivadas por um problema que está se tornando cada vez mais comum: a resistência que as bactérias vêm adquirindo frente aos antibióticos já existentes.

A pesquisa, elaborada dentro do Laboratório de Enzimas e Biomassas da Universidade de Caxias do Sul (UCS), recebeu o nome de “Avaliação da atividade antimicrobiana do óleo essencial de gengibre frente a cepas de Staphylococcus aureus resistentes à amoxicilina”. Credenciado na Febrace após destaque na 8ª Mostra Científica e Tecnológica da escola, o projeto tem orientação dos professores Dáfiner Pergher e Willian Daniel Hahn Schneider.

— Ele foi um estudo avaliativo da ação do óleo essencial de gengibre frente a essa bactéria, que é uma das que mais causam infecções hospitalares. Nele, a gente concluiu que a bactéria demonstrou uma sensibilidade bem significativa quando em contato com esse óleo, comprovando assim que o uso de medicamentos naturais pode ser uma opção para complementar a ação dos antibióticos ou, futuramente, até para a substituição deles — conta Nicole, também mencionando a colaboração dos coordenadores do laboratório, Aldo José Pinheiro Dillon e Marli Camassola, além da técnica do laboratório Roseli Claudete Fontana.

O outro projeto do CETEC UCS é o “Indicador de Líquidos para Pessoas com Deficiência Visual”. Além da orientação das professoras Andréia Michelon Gobbi e Glenda Lisa Stimamiglio, as estudantes Júlia Manfro dos Santos e Luiza Ramos Simionato, ambas com 17 anos, tiveram colaboração dos professores, técnicos e usuários do Instituto da Audiovisão de Caxias do Sul (Inav) para a realização de testes.

— A ação de colocar líquidos em recipientes que, para nós que enxergamos, é feita automaticamente, para essas pessoas é um desafio. A partir desse problema, pensamos em criar um instrumento que fosse prático e de baixo custo, que os ajudasse nessa atividade, proporcionando maior autonomia e independência. Decidimos criar um protótipo que funciona por meio da flutuação, indicando o nível do líquido — enaltece Luiza.

Para a confecção dos protótipos, foi utilizada a impressora 3D do Laboratório de Metrologia e Prototipagem Rápida da UCS. Segundo Luiza, com a finalização e a definição do formato ideal, a ideia é de produzir o indicador em larga escala, com o objetivo de auxiliar o maior número possível de pessoas com deficiência visual.

— Estamos muito felizes em participar dessa feira tão importante no Brasil. Quando fizemos a primeira apresentação do projeto, ouvimos as pesquisas dos participantes de vários estados, tivemos a avaliação da banca de professores e pudemos sentir realmente a grandiosidade desse evento — expressa a estudante.

Não é só Caxias do Sul que está com finalistas na maior feira científica do Brasil. A cidade de Carlos Barbosa também ganhou destaque com o trabalho de estudantes da EEEM Elisa Tramontina. Brenda Victoria Facchini Bonatto, 17, e Sabrina Machado Zaro, 18, desenvolveram o “Estudo da viabilidade da extração de canabinoides da Ruta graveolens para possível controle dos tremores do Parkinson”.

— Todos que têm um familiar com Parkinson sabem a dor que é. Os tratamentos para a doença têm muitos problemas, mas o canabidiol é uma alternativa comprovada, melhor que muitos remédios. Ele só é extraído da Cannabis sativa, que é proibida, e importar(*) esse remédio é muito caro e burocrático. Depois de encontrar leves indícios de que a arruda possui esse canabidiol, produzimos um extrato dela na esperança de ele poder ser usado como alternativa para o tratamento do Parkinson — esclarece Brenda.

A constatação final das estudantes foi de que o extrato produzido por elas possui a substância. Brenda acredita que a missão foi cumprida ao atingir três objetivos: encontrar uma planta de fácil acesso que tivesse o canabidiol, formular o extrato e comprovar que o produto final possui a substância. A estudante ressalta que o extrato não possui nenhum efeito alucinógeno e é o primeiro passo em direção a um tratamento viável para as pessoas que sofrem com o Parkinson.

A professora Sandra Seleri, orientadora do projeto de Brenda e Sabrina, revela que, em sua sexta participação na Febrace, a primeira de forma virtual, está orgulhosa da pesquisa que foi destaque também em outras mostras e feiras científicas, como a Mostraseg, que garantiu o primeiro lugar da categoria geral. O projeto possui como coorientadora a professora Marina Paim Gonçalves. Fonte: Smokebuddies.

Estimulação não invasiva por ultrassom no tratamento de Alzheimer e Parkinson

Mar 24, 2021 - Os principais participantes da indústria de estimulação por ultrassom não invasiva pressionam por desenvolvimentos para aumentar o sucesso da administração de medicamentos através da barreira hematoencefálica.

Fact.MR Rockville MD: O relatório em andamento da empresa de pesquisa de mercado Fact.MR sobre o mercado de estimulação por ultrassom não invasivo estimou perspectivas de crescimento positivo em um futuro próximo. A retomada dos procedimentos médicos eletivos à medida que a gravidade da pandemia do coronavírus diminuir em 2021, apoiará a recuperação da demanda no setor. Além disso, o relaxamento das restrições de bloqueio nas atividades de pesquisa para distúrbios neurológicos criará oportunidades de desenvolvimento de produtos para dispositivos de estimulação de ultrassom não invasivos nos próximos anos.

De acordo com a Neurological Society of India, 2,3% da população mundial sofre de distúrbios neurológicos, que até recentemente eram em grande parte tratados com medicamentos e procedimentos cirúrgicos. No entanto, os crescentes investimentos em soluções não invasivas aumentaram o escopo de adoção de alternativas de estimulação por ultrassom. Os tratamentos de estimulação por ultrassom tiveram sucesso com as doenças de Parkinson e Alzheimer, com base na indicação e na área alvo do cérebro dentro do sistema nervoso periférico ou central.

A terapia de ultrassom focalizado é uma tecnologia terapêutica não invasiva relativamente nova, que fornece ablação altamente precisa do tecido do tálamo. O procedimento é amplamente voltado para o tratamento do tremor essencial, um distúrbio de movimento neurológico comum. Embora a maioria dos tratamentos atuais seja realizada em um lado do cérebro, a pesquisa sobre tratamentos bilaterais em estágios também deve encontrar tração entre os profissionais de saúde em um futuro próximo.

“O aumento da incidência de distúrbios neurológicos e uma vasta população geriátrica global em risco de distúrbios cerebrais são os principais fatores que sustentam o mercado de estimulação por ultrassom não invasivo. Os investimentos em pesquisa clínica e aprovações regulatórias mais rápidas para novas técnicas de tratamento para distúrbios neurológicos devem alimentar a indústria de estimulação por ultrassom não invasiva em um futuro próximo”, comenta um analista do Fact.MR.

Principais conclusões do mercado de estimulação por ultrassom não invasivo da Fact.MR

Espera-se que os tratamentos essenciais para tremores mantenham a liderança, devido ao desenvolvimento significativo em tecnologias de ultrassom focalizado.
Espera-se que os dispositivos de ultrassom portáteis exibam um crescimento mais rápido devido ao manuseio mais fácil e melhorias na precisão operacional nos últimos anos.
Os hospitais provavelmente apresentarão taxas mais altas de adoção, devido às capacidades superiores de acesso ao capital.
Níveis mais altos de conscientização e acesso a uma infraestrutura de saúde sofisticada mantêm os Estados Unidos na liderança no fornecimento de serviços de estimulação por ultrassom não invasivos.
A China vai gerar oportunidades lucrativas para os participantes do mercado, impulsionados por uma vasta população e investimentos do governo na reforma da saúde.
A adoção na região MEA deverá ser relativamente lenta devido ao acesso a menos opções de tratamento.
Mercado de estimulação por ultrassom não invasivo – direções proeminentes

Resultados promissores em termos de administração de medicamentos além da barreira hematoencefálica são um fator importante que impulsiona a demanda por opções de tratamento por ultrassom.
Os crescentes esforços de pesquisa para ampliar as aplicações de estimulação de ultrassom em tratamentos de baço e fígado resultaram em oportunidades para inovações no campo.
Aprovações regulatórias mais rápidas associadas a opções de tratamento associadas a doenças neurológicas provavelmente impulsionarão a atividade no mercado.
Mercado de estimulação por ultrassom não invasivo - Principais restrições

A falta de conscientização e o tabu associado aos distúrbios neurológicos, especialmente nos países em desenvolvimento, é um fator-chave que impede o crescimento do mercado.
Opções de tratamento inadequadas, reembolso insuficiente e falta de profissionais qualificados prejudicam as possibilidades de crescimento.
Descubra mais sobre o mercado de estimulação por ultrassom não invasivo com tabelas de dados de figuras e índice analítico. Você também pode encontrar segmentação de mercado detalhada em https://www.factmr.com/report/3345/non-invasive-ultrasound-stimulation-market

Cenário competitivo

Jogadores líderes no mercado de estimulação por ultrassom não invasivo incluem, mas não estão limitados a Sonic Concepts Inc., BrainSonix Corporation e Sonacare Medical. Os principais participantes da indústria investem em pesquisa e desenvolvimento e esforços de lançamento de produtos para ampliar o escopo de aplicações de suas ofertas de produtos.

Por exemplo, em março de 2021, a General Electric Research anunciou uma colaboração com os Institutos Feinstein para pesquisa na aplicação de estimulação de ultrassom não invasiva no tecido hepático para minimizar a inflamação crônica, o que pode ajudar na redução da obesidade em pacientes.


Em agosto de 2020, a Nova Health anunciou sua intenção de ser o primeiro provedor de cuidados de saúde na região de Carolina a fornecer uma técnica de tratamento de cirurgia cerebral não invasiva, incluindo dispositivos de ultrassom orientado por RM para o tratamento da doença de Parkinson e tremores essenciais.

Mais informações sobre o mercado de estimulação por ultrassom não invasivo

Em seu último relatório, o Fact.MR oferece uma análise imparcial do mercado global de estimulação por ultrassom não invasivo. Para entender o potencial do mercado global, seu crescimento e escopo, o mercado é segmentado com base na modalidade de aplicação (doença de Alzheimer, epilepsia, tumores cerebrais, doença de Parkinson, acidente vascular cerebral e outros) (portátil e de bancada) e usuário final (hospitais, centros cirúrgicos ambulatoriais, centros de diagnóstico e clínicas especializadas) em seis regiões (América do Norte, América Latina, Europa, China, Ásia-Pacífico, exceto China, e Oriente Médio e África).

Solicite mais informações sobre Metodologia de Relatório

https://www.factmr.com/connectus/sample?flag=RM&rep_id=3345

Explore a cobertura do Fact.MR no domínio da saúde

Mercado de sistemas de teste vestibular: Um estudo recente da Fact.MR sobre o mercado de sistemas de teste vestibular oferece uma previsão de 10 anos para 2018 a 2028. O estudo analisa as principais tendências que atualmente determinam o crescimento do mercado. Este relatório cobre a dinâmica vital, incluindo motivadores, restrições e oportunidades para os principais participantes do mercado, juntamente com as principais partes interessadas e participantes emergentes. (segue…) Original em inglês, tradução Google, revisão Hugo. Fonte: BioSpace.