segunda-feira, 21 de janeiro de 2008

ASSUNTO PARKINSON: DBS E IMPULSIVIDADE

O marcapasso cerebral altera a capacidade do pacientes com Parkinson tomar decisões

Provoca uma impulsividade que os leva a atuar de forma apressada na tomada de decisões devido a alterações da capacidade normal da pessoa refletir quando enfrenta um conflito.

Redação, Madrid (4-11-2007)

O marcapasso cerebral altera a capacidade do paciente com Parkinson de tomar decisões, segundo um estudo da Universidade de Washington em Seattle (Estados Unidos) publicado por Science Express, a edição digital da revista Science.

Esta pesquisa examinou as predições feitas com um modelo computacional de aprendizagem e tomada de decisão. O Parkinson é um transtorno do sistema nervoso central no qual há prejuízo das habilidades motoras e do discurso, além de causar tremores físicos. Uma das formas de tratar essa doença é a implantação cirúrgica de um marca-passo para a estimulação dos núcleos subtalâmicos, localizados em um dos centros cerebrais da aprendizagem e da tomada de decisão, os gânglios basais. O dispositivo possibilita estimulação para diminuir os tremores físicos. Como terapia alternativa se utiliza a droga L-Dopa.

Os pesquisadores, sob a coordenação de Michael J. Frank, com a ajuda de computadores, atribuiram tarefas de tomada de decisão a pacientes tratados com o marca-passo cerebral, ligado e desligado, e a outros que tomavam L-Dopa mantidos sob controle. Aqueles que tinham o marca-passo ativado no cérebro respondiam às questões supostamente difíceis mais rápido que quando tinham que decidir questões simples.

O contrario ocorria quando o dispositivo era desligado e então os pacientes respondiam como os indivíduos sob controle. Quando os mesmos testes eram aplicados aos pacientes com Parkinson que tomavam L-Dopa, estes se mostravam mais lentos ao ter que tomar decisões difíceis, como sucedia com os indivíduos sob controle.

Além disso, os pesquisadores também descobriram que os pacientes que tomavam a medicação tinham problemas de aprendizagem, comparando-se os resultados positivos com os negativos dos testes.

Fonte: AZPRENSA.COM http://www.azprensa.com/noticias_ext.php?idreg=32820&AZPRENSA=a9b6440a448ba96923e2c4fb0b9f346e

Artigo original: Published Online October 25, 2007

Science DOI: 10.1126/science.1146157 http://www.sciencemag.org/cgi/content/abstract/1146157

Submitted on June 6, 2007Accepted on October 15, 2007 Hold Your Horses: Impulsivity, Deep Brain Stimulation, and Medication in Parkinsonism

Segure suas rédeas: Impulsividade, Estimulação Cerebral Profunda, e Medicação no Parkinsonismo

Michael J. Frank 1*, Johan Samanta 2, Ahmed A. Moustafa 1, Scott J. Sherman 3

1 Department of Psychology and Program in Neuroscience, University of Arizona, Tucson, AZ 85721, USA.

2 Banner Good Samaritan Medical Center, Phoenix, AZ, USA. ; Department of Neurology, University of Arizona, Tucson, AZ, USA.

3 Department of Neurology, University of Arizona, Tucson, AZ, USA. *
To whom correspondence should be addressed.Michael J. Frank ,

E-mail: mfrank@u.arizona.edu '//-->


A estimulação cerebral profunda (DBS - Deep brain stimulation) do núcleo subtalâmico melhora dramaticamente os sintomas motores da doença de Parkinson, mas provoca efeitos secundários cognitivos, tais como impulsividade.

Demonstramos aqui que a DBS interfere seletivamente na capacidade normal de manter a calma diante de uma decisão conflitiva. Sob os efeitos do DBS, os pacientes realmente tendem a acelerar as condições de conflito. Esta forma de impulsividade não é afetada pela presença ou não da medicação dopaminérgica.

Por outro lado, a medicação parece prejudicar à capacidade dos pacientes de aprender com os resultados negativos da decisão. Estes descobertas implicam na existência de mecanismos independentes conduzindo a impulsividade em pacientes parkinsonianos sob tratamento, e foi prevista por um modelo neurocomputational dos gânglios basais.

Fonte: Science http://www.sciencemag.org/cgi/content/abstract/1146157

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