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sexta-feira, 1 de janeiro de 2021

A ligação trágica entre o paraquat e a doença de Parkinson e a busca por justiça da TorHoerman Law's

Thu, December 31, 2020 - EDWARDSVILLE, IL / ACCESSWIRE / 31 de dezembro de 2020 / O paraquat está colocando agricultores e comunidades agrícolas em todo o país em perigo. O herbicida está diretamente relacionado à doença de Parkinson e já foi proibido em muitos países, incluindo China, Brasil (N.T.: não proibiu) e União Europeia. Isso levanta a questão de por que os agricultores em todos os 50 estados ainda são capazes de utilizar o produto químico perigoso. A TorHoerman Law tem a missão de conscientizar sobre esse produto químico perigoso, os riscos envolvidos e as opções legais disponíveis para aqueles que sofrem de Parkinson associado à exposição ao paraquat.

O paraquat é um agente químico usado principalmente como herbicida no plantio direto. É mais comumente usado como spray, sendo uma alternativa menos trabalhosa para a agricultura de lavoura / lavoura padrão. À medida que mais ervas daninhas se tornam resistentes ao RoundUp, a popularidade dos Paraquats na agricultura continua a crescer nos Estados Unidos. Em 2017, o último ano em que há dados disponíveis, o uso foi estimado em quase 10 milhões de libras anuais nos Estados Unidos.

Os perigos de ingerir o produto químico são bastante conhecidos, já que uma dose de apenas 2,5 gramas é letal. Por esse motivo, tem sido a causa de morte em múltiplos suicídios e mortes acidentais. Os efeitos imediatos do Paraquat são mortais, mas os efeitos duradouros da exposição ao Paraquat podem representar uma ameaça ainda mais sinistra para os agricultores, aplicadores de pesticidas, enchedores / misturadores de tanques e as famílias que vivem dentro e ao redor de comunidades agrícolas.

Um estudo de 2011 do Instituto Nacional de Saúde descobriu que as pessoas expostas ao Paraquat têm aproximadamente 2,5 vezes, ou 250%, mais probabilidade de desenvolver a doença de Parkinson. O Parkinson é um distúrbio do sistema nervoso central que afeta os movimentos, geralmente na forma de tremores, rigidez ou perda de equilíbrio. Embora certos medicamentos possam controlar os sintomas do Parkinson, não há cura. A doença geralmente afeta pessoas com 50 anos de idade ou mais. O Parkinson tem 1,5 vezes mais probabilidade de estar presente em homens do que em mulheres. Embora muitas vezes se presuma que o Parkinson é uma doença genética, estudos têm mostrado que a genética é o principal contribuinte para apenas 10% dos casos de Parkinson. Embora a genética possa levar à predisposição de um indivíduo para desenvolver a doença, os cientistas agora sabem que exposições ambientais como herbicidas e pesticidas são a principal causa do Parkinson. Acredita-se que outras causas sejam lesões repetidas na cabeça e exposição a metais pesados. Os primeiros sinais de Parkinson podem ser pequenos tremores, caligrafia cada vez menor e problemas de sono.

Estudos em células humanas demonstraram que exposições de baixo nível ao Paraquat causam mudanças celulares que mimetizam os efeitos do Parkinson. Em estudos com animais, o paraquat é usado para induzir a doença de Parkinson para que os cientistas possam estudar a doença. Para ser claro, os pesquisadores usam o paraquat em animais para causar o Parkinson para que possam entender melhor a doença. Ainda assim, a EPA continua permitindo que comunidades agrícolas sejam expostas a este perigoso herbicida.

Chad A Finley, advogado líder da Torhoerman Law e advogado especializado em ferimentos por doença de Paraquat Parkison, entende essa triste realidade em primeira mão. Filho de uma família de fazendeiros de várias gerações em Illinois, Finley se lembra de ter sido exposto a aviões e pulverizadores aplicando herbicidas como o paraquat nos campos ao redor de sua casa desde muito jovem. Quando criança, ele se lembra de sair para ver os aviões e os pulverizadores fazerem suas passagens pelos campos. Só mais tarde na vida Finley começou a perceber como ele, sua família e outras pessoas em comunidades agrícolas estavam sendo altamente expostas durante e após a pulverização.

Para Finley, o Parkinson chega perto de casa. A avó de Finley sofria há muito tempo da doença de Parkinson. Finley espera trazer maior conscientização aos agricultores que utilizam ativamente o produto químico perigoso e aos indivíduos que desenvolveram Parkinson como resultado da exposição ao paraquat.

“A maioria das pessoas em comunidades agrícolas não tem ideia de que o paraquat causa o mal de Parkinson ou que o produto químico é proibido em muitos países”. explicou Finley. "Eles precisam dessas informações para se protegerem e às suas famílias."

Infelizmente, a ligação entre o paraquat e a doença de Parkinson ainda é amplamente desconhecida do público. Muitos agricultores podem estar usando o spray de herbicida e colocando suas comunidades inteiras em risco simplesmente porque os perigos não são conhecidos pelos agricultores. Agricultores bem-intencionados podem assumir incorretamente que, simplesmente porque um produto químico é disponibilizado, ele é seguro para uso. Isto não podia estar mais longe da verdade.

Se você ou alguém que você conhece está sofrendo atualmente de doença de Parkinson e acredita que pode estar relacionado à exposição ao paraquat, a TorHoerman Law recomenda que você entre em contato com a Agência de Proteção Ambiental (EPA) imediatamente. Em 2019, a EPA começou a receber comentários públicos sobre os riscos do Paraquat à saúde humana. Apesar de receber pedidos para banir o paraquat por cientistas, pesquisadores, agricultores e grupos de defesa como a Fundação Michael J. Fox, em 23 de outubro de 2020, a EPA se recusou a banir o uso do paraquat nos Estados Unidos. A EPA propôs algumas novas medidas de segurança para o uso do Paraquat, mas não proibiu o herbicida.

Disse Finley: "Foi uma decisão errada. A decisão foi econômica e não se baseia na ciência disponível. É inacreditável que países como a China tenham banido este produto, mas os Estados Unidos não. Até mesmo a EPA o fez baniram o paraquat em áreas residenciais, mas continuam permitindo que comunidades agrícolas sejam expostas. Pessoas foram feridas e se o paraquat não for banido, elas continuarão a ser feridas."

Chad A Finley e sua equipe na TorHoerman Law estão aceitando ativamente os casos de ação judicial paraquat. Se você ou um ente querido foi exposto ao paraquat e subsequentemente desenvolveu a doença de Parkison, entre em contato com a TorHoerman Law hoje para saber mais sobre sua opção legal. Visite a página de ação judicial de Paraquat da Torhoerman Law e use o chatbot para obter uma avaliação de caso online instantânea e gratuita hoje para descobrir se você se qualifica para uma ação judicial paraquat. Original em inglês, tradução Google, revisão Hugo. Fonte: Finance Yahoo.

sexta-feira, 20 de novembro de 2020

quinta-feira, 1 de outubro de 2020

Anvisa avalia permitir uso de estoques de agrotóxico banido e associado ao Parkinson

Uso de agrotóxico na produção de alimentos é uma das causas de contaminação e mortes (Foto: Divulgação)

30 de setembro de 2020 - SÃO PAULO – Em meio à pressão do setor do agronegócio, a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) irá discutir a possibilidade de permitir que agricultores utilizem estoques do agrotóxico paraquate, que teve o uso proibido no país na última semana. Até então, a previsão era que esses estoques fossem recolhidos em até 30 dias.

A medida ocorre dias após a própria agência confirmar o banimento do produto, em votação apertada entre diretores. Com a decisão, a produção, venda, importação e uso do paraquate estão vetados desde 22 de setembro.

A nova proposta, que flexibilizaria a proibição, foi apresentada pelo diretor-presidente substituto da Anvisa, Antônio Barra Torres, e incluída em pauta de reunião na próxima terça-feira, 7.

Segundo documento da agência, a ideia é alterar a resolução que define o banimento para “tratar da utilização dos estoques em posse dos agricultores brasileiros para o manejo dos cultivos na safra agrícola de 2020/2021”.

Não há ainda informação de quanto seria esse estoque. Segundo a reportagem apurou, a ideia inicial é que a medida valha para os agricultores, não para as empresas.

Atualmente, o paraquate é bastante usado em culturas como algodão, milho e soja, e é considerado um dos dez agrotóxicos mais vendidos do país. Análises da Anvisa, porém, apontam risco à saúde de produtores que lidam diretamente com o herbicida, como aumento na incidência de doença de Parkinson.

O tema deve ser tratado sem que haja análise de impacto regulatório, procedimento comum na Anvisa. Em documento, Barra justifica a medida devido ao que chama de “alto grau de urgência e gravidade”.

A nova proposta coincide com a apresentação de projetos no Congresso para tentar derrubar a norma da Anvisa. Um deles, apresentado pelo senador Luis Carlos Heinze (PP-RS), da bancada do agronegócio, aguarda votação no plenário do Senado.

Uma primeira decisão por banir o paraquate, no entanto, havia sido adotada ainda em 2017, após uma revisão de estudos pela equipe técnica da Anvisa apontar riscos à saúde de agricultores.

A avaliação à época era de que o paraquate tem potencial mutagênico (ou seja, pode trazer mudanças no material genético) e traz risco de doença de Parkinson entre produtores que lidam diretamente com o material. Não há evidência de prejuízos à saúde da população ou de que o herbicida deixe resíduos nos alimentos.

Adotada a medida, a agência definiu um prazo de três anos como transição. Nesse intervalo, houve abertura para que o setor pudesse apresentar novos estudos -o que não ocorreu. Também foram adotados alertas nos produtos.

A possibilidade de adiar o banimento, no entanto, passou a ser analisada neste ano novamente em meio a pressão do Ministério da Agricultura, que também responde pelo registro de agrotóxicos, e de membros do setor.

O argumento é que pesquisas que poderiam trazer nova análise sobre riscos estavam sendo desenvolvidas, mas foram prejudicadas pela pandemia do novo coronavírus. O grupo também questiona a decisão da Anvisa.

“A Anvisa usa metadados para tomar essa decisão, que é uma escolha baseada em perigo e precaução. Ela simplesmente juntou um monte de estudos e fez correlação, e disse que pode dar problemas de mutagenicidade. Não foi a conclusão da Austrália, que fez nexo causal, ou dos Estados Unidos. Esse sistema quem usa é a Europa”, afirma Fabrício Rosa, diretor-executivo da Aprosoja (Associação Brasileira dos Produtores de Soja).

Entidades da área de saúde e meio ambiente reagiram. A defesa é que, desde a decisão de 2017, há um número maior de evidências que apontam riscos à saúde e sustentam a proibição, e que é baixa a probabilidade de que novos estudos contrariem essa análise.

“Ele é proibido em outros países e tem efeitos tóxicos graves, tanto agudos quanto crônicos. São efeitos de contato do trabalhador, e de pessoas que moram em áreas próximas da área da pulverização”, relata Karen Friedrich, do grupo de saúde e ambiente da Abrasco (Associação Brasileira de Saúde Coletiva), citando como exemplo um aumento na incidência de Parkinson em agricultores e o aumento no risco de câncer.

Após análise em 15 de setembro, por três votos a dois, diretores da Anvisa decidiram então por manter o banimento. Na ocasião, a possibilidade de adotar uma medida extra para análise dos estoques chegou a ser citada por alguns diretores, mas ainda não tinha sido apresentada.

Na prática, a proibição já passou a valer.

Rosa diz que a defesa por usar os estoques ocorre devido à dificuldade em substituir o paraquate, o que deve levar agricultores a terem que misturar produtos diferentes e a um aumento nos custos.

“A Anvisa está proibindo no meio da safra”, afirma ele, segundo quem o setor contava com a liberação dos estoques. “Não tem produto substituto em volume suficiente para atender os produtores.”

Já Friedrich, da Abrasco, argumenta que não há motivo para novo adiamento. Ela lembra que a proibição era esperada desde 2017.

“Não faz nenhum sentido o setor estocar esse produto já sabendo que nesse mês de setembro teria a proibição, a não ser que tivesse uma expectativa de reverter a avaliação de alguma outra forma que não pela toxicidade”, diz. “Manter e usar esse estoque é apoiar um artifício que o setor econômico viu de estocar um produto que saberia que seria proibido, e manter pessoas expostas.”

A reportagem questionou a Anvisa sobre a nova proposta, mas a agência informou que não iria comentar.

Em nota, o Ministério da Agricultura afirmou que fará o cancelamento dos registros dos produtos à base do ingrediente paraquate nos próximos dias e “adotará as providências necessárias para o cumprimento da resolução da Anvisa.”

O órgão justifica a ausência do cancelamento até o momento à necessidade de “aguardar respostas da Anvisa a algumas questões técnicas”. A pasta não informou quais.

Questionado, o ministério disse não ter informações sobre os estoques. A reportagem também questionou o Ibama, que acompanhava vendas dos produtos, mas não recebeu resposta até o momento. Fonte: AmazonasAtual. Veja mais aqui: 07/10/2020 - Após proibição, Anvisa discute nesta quarta-feira se autoriza uso de estoques de agrotóxico associado à doença de Parkinson., e aqui: 07/10/2020 - Anvisa permite uso de estoque de agrotóxico associado a doença de Parkinson. E uma REVIRAVOLTA: 08/10/2020 - Proposta anula decisão da Anvisa de liberar uso de paraquate na próxima safra.