sábado, 21 de agosto de 2021

Pesquisa indica potencial de substância extraída da peçonha de vespas para evitar progressão da doença

20/08/2021 - A Doença de Parkinson (DP) é uma doença degenerativa do sistema nervoso central, crônica e progressiva. A doença é causada pela degeneração das células da chamada substância negra, uma região do cérebro cujas células produzem a dopamina, substância responsável pela condução das correntes nervosas para o corpo. A redução ou a ausência de dopamina afeta os movimentos e causa os sintomas. O quadro afeta os movimentos, causando tremores, lentidão, rigidez muscular, alterações na fala e na escrita.

No Brasil, são pouco mais de 200 mil pessoas convivendo com o problema, de acordo com dados da Organização Mundial da Saúde (OMS). Foi pensando em pacientes com essa realidade, que procuram atendimento no Sistema Único de Saúde (SUS), que a pesquisadora Márcia Renata Mortari, da Universidade de Brasília (UnB), desenvolveu uma pesquisa para aprimorar métodos de diagnóstico e avaliar a segurança de novos medicamentos para o controle da doença.

Com fomento da Fundação de Apoio à Pesquisa e Inovação do Distrito Federal (FAPDF), ela coordenou o estudo “Doença De Parkinson Em Foco: aprimoramento de escalas de avaliação cognitiva de pacientes e segurança farmacológica de novos compostos neuroprotetores”.

De acordo com a estudiosa, uma grande limitação para o estudo da progressão da doença, assim como de seu estágio em pacientes atendidos pelo SUS, é causada, em parte, pelo uso de escalas com baixa especificidade, sensibilidade e acurácia que dificultam uma intervenção farmacêutica adequada e uma correta orientação aos familiares, compatíveis com as necessidades dos pacientes. Outra lacuna apontada por ela é a ausência de remédios disponíveis capazes de reduzir ou impedir a evolução da doença.

“Em especial, o diagnóstico precoce dos quadros demenciais pelo rastreio cognitivo é de fundamental importância, pois permite que o apoio ao paciente seja iniciado precocemente, além de possibilitar que o paciente participe das decisões sobre o planejamento futuro de sua vida. Quanto aos medicamentos, até o momento, fármacos utilizados para impedir a progressão da doença com ação neuroprotetora são pouco estudados e não utilizados no tratamento”, afirma Márcia Mortari.

Por isso, os principais objetivos da pesquisadora foram traduzir, adaptar e aprimorar escalas internacionais de avaliação de sintomas não motores (especialmente cognitivos) para aplicabilidade na avaliação e diagnóstico de pacientes no SUS. Outra vertente do estudo avaliou a segurança de novas fórmulas produzidas com o peptídeo neuroprotetor Neurovespina, composto desenhado a partir do protótipo identificado na peçonha de vespas sociais.

Vespas sociais (Foto: divulgação)

Adaptação de escalas para diagnóstico

Duas escalas foram avaliadas e adaptadas pelos pesquisadores: Escala de Avaliação Cognitiva da Doença de Parkinson (PD-CRS) e Cambridge Neuropsychological Test Automated Battery (CANTAB).

Para avaliação da PD-CRS, foram considerados 640 indivíduos saudáveis (40 anos ou mais) de cinco regiões brasileiras distintas. A escala foi adaptada para o Português e validada através de comparação com testes neuropsicológicos amplamente utilizados: Teste das Trilhas, teste dos Trigrama-consonante, Teste dos Cinco Pontos, Fluência verbal (frutas e animais).

“PD-CRS é uma escala com alta capacidade de triar, discriminar e diagnosticar de forma precoce graus leves de perda cognitiva em pacientes com doença de Parkinson, diferentemente de outras escalas neurocognitivas utilizadas na prática clínica atual”, destaca a coordenadora da pesquisa.

De acordo com os resultados atingidos, a escala demonstrou adequada reprodutibilidade e fidedignidade, podendo ser considerada válida como método diagnóstico. A PD-CRS mostrou-se uma escala com alta capacidade de triar, discriminar e diagnosticar, de forma precoce, graus leves de perda cognitiva em pacientes com doença de Parkinson, diferentemente de outras escalas neurocognitivas utilizadas na prática clínica atual.

Já a CANTAB é uma plataforma digital de mensuração de funções cognitivas com ampla aceitabilidade internacional no meio de pesquisa em neurociência cognitiva e no diagnóstico neuropsicológico. No estudo, ela foi aplicada em 30 participantes voluntários subdivididos em DP-CN (Doença de Parkinson – Cognição Normal) e DP-CCL (Doença de Parkinson – Comprometimento Cognitivo Leve). A escala demonstrou adequada validade do teste cognitivo.

Potencial medicamento

Além da adaptação das escalas para diagnóstico, a pesquisadora também testou a segurança de fórmulas produzidas a partir do peptídeo neuroprotetor Neurovespina, presente na peçonha de vespas sociais.

“Os peptídeos bioativos têm sido excelentes candidatos ao desenvolvimento de novos medicamentos, devido a algumas características da sua atividade biológica, como alta especificidade, potência, baixa toxicidade e diversidades química e biológica. A otimização de peptídeos tem sido muito empregada com o intuito de minimizar problemas inerentes aos peptídeos e viabilizar o uso dessas moléculas como fármacos”, indica Márcia Mortari.

Os resultados do projeto indicaram que a forma injetável da Neurovespina, em doses de 7 e 4mg/KG, foi capaz de reduzir a descoordenação motora e mostrou ação neuroprotetora de neurônios produtores de dopamina na substância negra do cérebro (substantia nigra).

“Este estudo tem revelado que a Neurovespsina é um fármaco promissor capaz de prevenir a progressão da doença e perda neuronal. Além disso, foram realizadas a produção de duas novas formulações, para a administração intranasal”, afirma Márcia Mortari.

A cientista destaca, ainda, que a Neurovespina teve todo o seu perfil de segurança farmacológica avaliado em roedores e primatas, tendo sido bem tolerada sem geração de feitos adversos. Ela ressalta as vantagens do uso da substância, como alta potência, excelente seletividade, baixa toxicidade química e imunogenicidade.

Quanto à importância e aplicabilidade da pesquisa para o SUS, Mortari explica que a disponibilidade de um fármaco neuroprotetor é inexistente até o momento e que “os resultados poderão revolucionar a terapia de desordens neurodegenerativas, proporcionando uma melhora significativa para os pacientes e diminuindo os custos diretos e indiretos no SUS”.

A pesquisa foi fomentada pela FAPDF  “Chamada FAPDF/MS-DECIT/CNPQ/SESDF 01/2016 – Programa de Pesquisa para o SUS: Gestão Compartilhada em Saúde”, cujo objetivo foi apoiar a execução de projetos de pesquisa científica, tecnológica e de inovação que promovam a formação e a melhoria da qualidade da atenção à saúde no Distrito Federal, no contexto do Sistema Único de Saúde (SUS).

Confira a apresentação final de resultados da pesquisa aqui (link "fora do ar"). Fonte: Confap. Veja também aqui: 11/8/21 - Fármaco se revela promissor na luta contra o Parkinson.

Afinal, não se trata de algo novo. Há 3 anos, 10 de fevereiro de 2018, postamos esta notícia AQUI.

quarta-feira, 18 de agosto de 2021

Efeitos Neuroprotetores e Sintomáticos do Canabidiol em um Modelo Animal da Doença de Parkinson

18 August 2021 - Neuroprotective and Symptomatic Effects of Cannabidiol in an Animal Model of Parkinson’s Disease.

Necessidades de tratamento de pacientes com Parkinson identificadas com nova varredura do cérebro

Wednesday, August 18, 2021 - Uma nova varredura do cérebro pode ajudar os cientistas a identificar quais pacientes com Parkinson se beneficiariam mais com uma droga usada para tratar o transtorno de déficit de atenção e hiperatividade (TDAH).

A varredura pode permitir que os pesquisadores visualizem melhor as mudanças na parte do cérebro ligadas ao declínio cognitivo, sugeriu um estudo.

Embora trabalhos anteriores tenham mostrado que a atomoxetina - uma droga usada para pessoas com TDAH - pode ser útil para alguns portadores de Parkinson, até agora não havia uma maneira fácil de identificar aqueles que ela poderia ajudar mais.

O estudo, financiado pela instituição de caridade Parkinson’s UK e publicado na revista Brain, foi saudado por um pesquisador como um "passo estimulante em direção à terapia individualizada para o declínio cognitivo" porque ajuda a identificar as pessoas para as quais o tratamento é mais adequado.

“Mudanças na cognição podem interferir no bem-estar de uma pessoa e podem impedi-la de se envolver em suas atividades regulares e agradáveis ​​porque sentem que se tornam muito demoradas, estressantes e desafiadoras para concluir”, explicou a Dra. Katherine Fletcher, gerente de comunicações de pesquisa da instituição de caridade.

A instituição disse que o uso de atomoxetina melhorou a capacidade de inibir o comportamento - para permitir que o cérebro “pare e pense” antes de fazer a coisa certa. As melhorias com a droga foram especialmente profundas em pessoas com mais danos ao locus coeruleus - a região do cérebro ligada ao declínio cognitivo, disseram os pesquisadores. Eles tinham níveis naturais mais baixos de noradrenalina - uma substância química do cérebro afetada na doença de Parkinson que processa pensamentos e comportamento.

Os pesquisadores acrescentaram que um desequilíbrio da noradrenalina pode levar à dificuldade de concentração, esquecer as coisas e demorar mais para pensar e processar informações, ou pode causar uma mudança no comportamento.

Observar os níveis de noradrenalina e como eles são afetados significa que os cientistas estão “dando um passo mais perto de encontrar melhores tratamentos” para a doença, explicou Fletcher.

“Esta pesquisa promissora tem o potencial de atender a essa necessidade não atendida e melhorar a qualidade de vida de 145.000 pessoas que vivem no Reino Unido”, disse ela. “Ao observar quais outros produtos químicos são afetados, como a noradrenalina, estamos dando um passo mais perto de encontrar melhores tratamentos para o Parkinson.”

Claire O’Callaghan, pesquisadora líder da Universidade de Cambridge, descreveu como o projeto é um "passo estimulante" em direção à terapia individualizada para o declínio cognitivo no Parkinson, já que os especialistas agora podem identificar para quem esse tratamento pode ser adequado. “Os próximos passos serão realizar um ensaio clínico com pessoas que tomam a droga por mais tempo e ver se ajuda a cognição no dia a dia”. Original em inglês, tradução Google, revisão Hugo. Fonte: EandT


Uso de pimavanserina associado a maior risco de hospitalização e mortalidade em pacientes com doença de Parkinson

August 17, 2021 - O início da pimavanserina (Nuplazid) entre pacientes com doença de Parkinson foi associado a maior risco de hospitalização por 30 dias e mortalidade de até um ano em comparação com não usuários.

O uso de pimavanserin, vendido como Nuplazid, pode aumentar o risco de hospitalização e mortalidade em pacientes com doença de Parkinson (DP), de acordo com os resultados do estudo publicados na Neurology.

Como um agonista inverso e antagonista seletivo da serotonina que visa preferencialmente os receptores 5HT2A, a pimavanserina foi aprovada pelo FDA em 2016 para o tratamento de alucinações e delírios associados à psicose de DP. Embora associado à eficácia durável contra a psicose de DP, os pesquisadores observam que preocupações de segurança foram relatadas anteriormente, as quais mostraram um risco elevado de mortalidade em usuários da droga em comparação com o placebo.

“O FDA posteriormente revisou 893 mortes relatadas na vigilância pós-comercialização - um número inesperado em um novo medicamento”, acrescentaram. “Ele observou que a maioria dos relatórios ocorreu em uma população com altas taxas de mortalidade subjacente e não sinalizou nenhum risco adicional além do alerta atual para todos os antipsicóticos, o que poderia ter resultado em taxas de mortalidade anuais de até 60%.”

Buscando avaliar melhor o risco de hospitalização e mortalidade entre usuários de pimavanserina, os autores do estudo conduziram um estudo de coorte retrospectivo de pacientes com DP com 65 anos ou mais que residiam em unidades de cuidados de longa duração certificadas pelo Medicare entre 1º de novembro de 2015 a 31 de dezembro, 2018 (N = 318.152).

Os participantes foram avaliados quanto aos resultados primários de hospitalização por todas as causas em 30 e 90 dias e mortalidade por todas as causas em 30, 90, 180 e 365 dias após o início da pimavanserina, conforme medido por meio de modelos de regressão de risco competitivo Fine-Gray e Cox de riscos proporcionais .

Os pesquisadores usaram a probabilidade inversa de ponderação de tratamento baseada no escore de propensão (IPTW) como a abordagem primária para determinar a associação do uso de pimavanserina com os resultados, nos quais usuários e não usuários de pimavanserina foram balanceados de acordo com 24 características basais.

Da coorte de pacientes, 5.853 (1,8%) receberam pimavanserina. Depois de realizar a amostragem de conjuntos de risco e excluir variáveis ​​de confusão, a coorte final incluiu 2.186 usuários de pimavanserin e 18.212 não usuários.

Em resultados ajustados para IPTW, os pacientes com DP tratados com pimavanserina exibiram um risco 24% maior de hospitalização em 30 dias do que os não usuários (HR ajustado [aHR], 1,24, IC 95%, 1,06-1,43). Não houve diferença significativa entre os dois grupos ao avaliar o risco de hospitalização por 90 dias (aHR, 1,10; IC de 95%, 0,99-1,24).

Além disso, constatou-se que o risco de mortalidade entre usuários de pimavanserina versus não usuários aumenta com o tempo, no qual o risco de mortalidade em 30 dias foi considerado não significativo (aHR, 0,76, IC de 95%, 0,56-1,03), enquanto o risco aumentou significativamente após 90 dias (aHR, 1,20, 95% CI, 1,02-1,41), 180 dias (aHR, 1,28, 95% CI, 1,13-1,45) e 1 ano (aHR, 1,56, CI 1,42-1,72) após iniciação.

Abordando suas evidências de Classe II ligando pacientes com pimavanserina prescrita para DP e risco elevado de hospitalização e mortalidade, os pesquisadores disseram que as descobertas podem ajudar a informar as decisões sobre o equilíbrio risco-benefício do medicamento entre essas populações. Original em inglês, tradução Google, revisão Hugo. Fonte: AJMC.

Recuperação milagrosa da doença de Parkinson por um homem europeu expatriado após tratamento bem-sucedido em Dubai

August 18, 2021 - Miraculous recovery from Parkinson’s Disease by European expat man after successful treatment in Dubai.

ESTUDO MOSTRA QUE HÁ POSSIBILIDADES DE MELHORA NOS SINTOMAS DO PARKINSON

sábado, 14 de agosto de 2021

Nardosinona alivia os sintomas da doença de Parkinson em camundongos, regulando o receptor D2 da dopamina

14 Aug 2021 - Nardosinone Alleviates Parkinson’s Disease Symptoms in Mice by Regulating Dopamine D2 Receptor.

Nardosinona

A nardosinona é um sesquiterpeno e constituinte químico do Nardostachys jatamansi. [1] Em estudos in vitro, o composto demonstrou aumento dependente da concentração da bucladesina e crescimento de neurito induzido pela estaurosporina. [2] A nardosinona também demonstrou aumentar o crescimento de neuritos mediados por NGF e a sinaptogênese de células PC12D. [3]

Além disso, a nardosinona demonstrou atividade citotóxica contra células de leucemia linfocítica P-388 em cultura. [4] In Wikipedia.

segunda-feira, 26 de julho de 2021

Pesquisa de alfa-sinucleína: definindo movimentos estratégicos na batalha contra a doença de Parkinson

26 July 2021 - Com o advento da era genética na pesquisa da doença de Parkinson (DP) em 1997, a α-sinucleína foi identificada como um jogador importante em uma doença neurodegenerativa complexa que afeta> 10 milhões de pessoas em todo o mundo. Estima-se que a DP tenha um impacto econômico de US $ 51,9 bilhões apenas nos Estados Unidos. Desde a associação inicial com a DP, centenas de pesquisadores contribuíram para elucidar as funções da α-sinucleína em estados normais e patológicos, e essas continuam sendo áreas críticas para pesquisas contínuas. Com este documento de posicionamento, os autores se esforçam para atingir dois objetivos: primeiro, para resumir sucintamente as características críticas que definem as funções variadas da α-sinucleína, como são conhecidas hoje; e, em segundo lugar, identificar as lacunas de conhecimento mais prementes e delinear uma estratégia multifacetada para pesquisas futuras com o objetivo de permitir que as terapias parem ou reduzam a progressão da doença na DP ... Original em inglês, tradução Google, revisão Hugo. Fonte: Nature.


sábado, 24 de julho de 2021

ASSEGURAM QUE AS CIMENTEIRAS E CAIERAS SÃO CAUSADORES DE PROBLEMAS NEURODEGENERATIVOS

JULIO 24, 2021 - O estabelecimento e a reabertura de novas fábricas de cimento e calcário em Yucatán causariam o aparecimento de doenças neurodegenerativas, como o Parkinson, depressão, autismo e ansiedade, a poluição ambiental que gerariam.

Até o momento, são quatro grandes cimenteiras instaladas na entidade, e uma série de cimenteiras, tanto em operação quanto abandonadas, que, diariamente, geram milhões de micropartículas, que são dispersas pelo vento.

Em meio a esse panorama, está prevista a instalação em Yucatán de duas novas cimenteiras, que apresentam problemas jurídicos, como o grupo Amori, Sociedad Anónima de Capital Variable, empresa de parentes de Billy Álvarez, que fraudou a cimenteira. A Cruz Azul, assim como a empresa Comercio para el Desarrollo Mexicano (CDM) del Sureste, de Ricardo Alessio Robles Cerda, vinculada aos Panama Papers.

Estudo científico recente demonstra a relação entre a contaminação por micropartículas e doenças neurodegenerativas, além dos efeitos no sistema respiratório.

Especialistas mexicanos alertam que as micropartículas emitidas pelas fábricas de cal e cimento causam danos ao aparelho respiratório das pessoas e, a médio prazo, a situação se complica por se tornarem problemas crônicos.

Estudos indicam que a poluição ambiental é um fator determinante para doenças neurodegenerativas, anomalia que aumentou com as fábricas de cal e cimento.

A especialista do Centro de Pesquisas e Estudos Avançados (Cinvestav), María de los Ángeles Andrade Oliva, afirmou que a má qualidade do ar causa uma alteração na produção de dopamina, hormônio liberado pelo hipotálamo que influencia diretamente o comportamento, a atividade motora e a motivação etc.

Ele comentou que a exposição constante a material particulado em suspensão no ar tem implicações sociais e econômicas importantes, talvez uma das mais relevantes seja ser a principal causa ambiental de mortes prematuras.

Inclusive, tem sido associada a um risco aumentado de desenvolver doenças neurológicas que envolvem o controle do humor e do comportamento motor, como Parkinson, depressão, autismo e ansiedade, onde a transmissão da dopamina é afetada.

Menciono que a transmissão dopaminérgica pode ser diretamente afetada por partículas finas (PF) com tamanho aerodinâmico menor ou igual a 2,5 mícrons e partículas ultrafinas (PUF) menores ou iguais a 0,1 mícron.

A má qualidade do ar deve-se ao constante crescimento da população nas áreas urbanas e à concentração das atividades econômicas e produtivas, que emitem elevados níveis de gases poluentes na atmosfera, que ultrapassaram as concentrações máximas diárias em mais de cinco vezes. Recomendado (25 microgramas por metro quadrado) por organismos internacionais, como a Organização Mundial da Saúde (OMS).

Andrade Oliva expressou que a exposição a esses poluentes presentes no ar causa estresse oxidativo e respostas inflamatórias em nível periférico, especificamente nos sistemas respiratório e cardiovascular, bem como em nível central, além da alteração da transmissão da dopamina, que está relacionada com o desenvolvimento de doenças neurodegenerativas.

Desse modo, apóia a reclamação dos moradores de Progreso e Umán, que há anos se queixam das consequências que sofrem ao morar próximo a este tipo de construtoras, problema que se complicará ainda mais com o interesse de duas iniciativas privadas de instalar-se na região

Original em espanhol, tradução Google, revisão Hugo. Fonte: Yucatan ahora.

A droga de Parkinson pode aliviar a psicose associada à demência

JULY 24, 2021 - Uma droga que alivia as alucinações em pessoas com doença de Parkinson pode ser capaz de fazer o mesmo com pessoas com demência, descobriu um novo ensaio clínico.

O medicamento, denominado Nuplazid, ou pimavanserin, já foi aprovado nos Estados Unidos para o tratamento de alucinações e delírios relacionados ao Parkinson.

O novo estudo, publicado esta semana no New England Journal of Medicine, sugere que a droga pode ajudar pacientes com demência afetados por esses mesmos sintomas.

Os pesquisadores descobriram que, ao longo de 18 semanas, os pacientes que receberam Nuplazid tiveram 65% menos probabilidade de ver o ressurgimento de suas alucinações e delírios, em comparação com aqueles que receberam um placebo.

O ensaio havia sido planejado para durar mais tempo, mas foi interrompido mais cedo quando ficou claro que a droga era eficaz.

Os especialistas dizem que as descobertas oferecem esperança de um novo tratamento para alguns dos sintomas mais preocupantes da demência. Mas estudos de longo prazo ainda são necessários.

"Não quero que as pessoas pensem que esta é uma droga milagrosa. Não é", disse o pesquisador principal Dr. Pierre Tariot, diretor do Banner Alzheimer's Institute em Phoenix.

Mas, ele acrescentou, as descobertas sugerem que o Nuplazid pode ajudar muitos pacientes com psicose relacionada à demência - possivelmente sem todos os riscos dos medicamentos atuais.

A doença de Alzheimer e outras formas de demência são comumente vistas como distúrbios de memória, mas afetam todo o cérebro.

E são os sintomas psiquiátricos e comportamentais - incluindo delírios, alucinações, agitação e agressão - que podem ser os mais difíceis para pacientes e cuidadores.

É comum, por exemplo, que os pacientes acreditem que as pessoas estão constantemente tentando roubar seus pertences, disse o Dr. Joseph Friedman, professor associado de psiquiatria e neurociência da Icahn School of Medicine no Mount Sinai, na cidade de Nova York.

É uma crença falsa, mas que pode ser muito angustiante, disse Friedman.

As alucinações, entretanto, podem envolver ver ou ouvir pessoas que não estão lá. Friedman disse que em alguns casos - se uma pessoa está vendo um ente querido morto há muito tempo, por exemplo - a alucinação pode não ser uma experiência negativa.

Em outros casos, os encontros imaginários podem ser assustadores ou desencadear comportamentos perigosos.

No momento, nenhum medicamento foi aprovado oficialmente para o tratamento de alucinações e delírios relacionados à demência. Mas os médicos geralmente prescrevem medicamentos antipsicóticos - os tipos usados ​​para esquizofrenia e transtorno bipolar.

Um grande problema, disse Friedman, são os efeitos colaterais das drogas: problemas de movimento, sedação, tontura e quedas estão entre eles.

"E a exposição crônica a antipsicóticos pode realmente piorar o declínio cognitivo", disse Friedman.

Nesse contexto, disse ele, as novas descobertas podem oferecer às famílias "esperança de que haja um possível tratamento alternativo por aí".

Friedman escreveu um editorial publicado com o estudo, que foi financiado pelo fabricante do Nuplazid, Acadia Pharmaceuticals.

O julgamento foi conduzido em etapas separadas. Primeiro, a equipe de Tariot examinou quase 800 pacientes com demência que estavam tendo alucinações e delírios.

Todos os pacientes e seus cuidadores receberam aconselhamento sobre como lidar com esses sintomas sem medicação, que é o que as diretrizes médicas recomendam.

Os cuidadores podem, por exemplo, oferecer garantias ou usar distrações - como música ou caminhar - quando surgem alucinações ou delírios.

Após cinco semanas, 351 pacientes do estudo ainda apresentavam sintomas e entraram em um ensaio "aberto": todos receberam Nuplazid por 12 semanas. Desses pacientes, 62% tiveram uma resposta duradoura à medicação e passaram para a fase final do teste.

Nesse ponto, cerca de metade foram aleatoriamente designados para ficar com Nuplazid por mais 26 semanas, enquanto os outros foram substituídos por um placebo.

Após 18 semanas, surgiu uma diferença clara: 28% dos pacientes com placebo estavam sofrendo de alucinações ou delírios novamente, em comparação com 13% dos pacientes com Nuplazid.

Quanto aos efeitos colaterais, os mais comuns foram cefaleia, constipação e infecção do trato urinário.

Três pacientes apresentaram uma irregularidade do ritmo cardíaco chamada de intervalo QT longo - um efeito colateral conhecido da droga. A bula aconselha as pessoas com certas condições que afetam o ritmo cardíaco a não tomar o medicamento.

Friedman disse que dados de longo prazo ainda são necessários e não está claro se o Nuplazid funciona melhor para certas formas de demência do que outras.

A maioria dos pacientes do estudo tinha Alzheimer, mas cerca de um terço tinha demência devido ao Parkinson, doença vascular ou um acúmulo de estruturas anormais chamadas corpos de Lewy no cérebro.

Tariot concordou que testes maiores e mais longos são necessários.

Dadas as opções atuais para controlar esses sintomas, ele disse: "se tivéssemos algo mais que pudéssemos usar, isso seria ótimo".

No entanto, não houve comparações diretas entre o Nuplazid e os antipsicóticos padrão para avaliar o quanto ele pode ser mais seguro ou eficaz, observou Tariot.

Nuplazid é muito mais caro. Quando chegou ao mercado em 2016, teria um custo de US $ 24.000 por ano. Original em inglês, tradução Google, revisão Hugo. Fonte: Upi Health News.

Polêmica! Veja sobre questões de segurança do Nuplazid/pimavanserin AQUI.