Objetivo: atualização nos dispositivos de “Deep Brain Stimulation” aplicáveis ao parkinson. Abordamos critérios de elegibilidade (devo ou não devo fazer? qual a época adequada?) e inovações como DBS adaptativo (aDBS). Atenção: a partir de maio/20 fui impedido arbitrariamente de compartilhar postagens com o facebook. Com isto este presente blog substituirá o doencadeparkinson PONTO blogspot.com, abrangendo a doença de forma geral.
sábado, 10 de abril de 2021
Dia Mundial de Conscientização da Doença de Parkinson
09 Apr. 2021 - 11 de abril, Dia Mundial de Conscientização da Doença de Parkinson. Nesta data toda a sociedade mundial de saúde faz um alerta sobre o Parkinson, doença que afeta milhares de pessoas acima dos 65 anos. A data foi criada com a finalidade de conscientizar a população sobre a doença, que pode levar a diminuição da qualidade de vida e a importantes incapacidades. Parkinson é uma doença neurológica degenerativa e progressiva, afeta o sistema nervoso central, principalmente a região negra do cérebro, que é aquela responsável pela produção de dopamina. Uma das funções da dopamina, em uma das vias dopaminérgicas, é a nossa condição motora, que afetada pela doença fica comprometida. Ela ainda não é totalmente compreendida, mas os sintomas já são bem conhecidos. De acordo com Baptista et.al. (2019), a doença de Parkinson gera deficiência cognitiva, sendo uma manifestação não motora comum, podendo a pessoa evoluir para a demência grave.
A sintomatologia
mais comum se apresenta nos tremores periféricos, principalmente nas
mãos, rigidez muscular, o que pode levar a pessoa ao movimento em
bloco, letargia de movimento e alterações na fala, escrita e
memória, anedonia, cansaço, distúrbios do sono. Ansiedade e
depressão também são comumente associadas à doença
neurodegenerativa, que é progressiva e uma das mais frequentes no
mundo, ficando atrás apenas do Alzheimer. Dessa maneira, Valcarenghi
(2017, pág 295) relata em seu estudo que: “O convívio com as
medicações ocorre de forma positiva quando é percebida a
diminuição dos sinais e sintomas; porém, muitas pessoas referem
que é necessário conviver também com os efeitos colaterais, de
modo que isso se torna mais um desafio a enfrentar”. O autor ainda
relata que a doença possui forte simbologia nas atividades do
trabalho, principalmente para aqueles que adoecem em idade precoce e
que devido às características da doença, como tremor e rigidez e
dificuldade na marcha, percebem preconceito e se sentem
estigmatizadas.
A equipe de enfermagem possui papel
relevante no cuidado às pessoas com Parkinson. Devem se atentar,
lembrando sempre de construir um projeto terapêutico singular (PTS)
com suas etapas: diagnóstico, metas, divisão de responsabilidades e
reavaliação. Importante pensar em alguns cuidados, de acordo com os
principais sinais e sintomas da doença. Para isso o enfermeiro deve
conhecer a fisiopatologia da doença, principalmente em relação a
condição debilitante causada pela diminuição da dopamina no
núcleo acumbes, conhecida região negra do cérebro. A doença não
possui cura e é importante compreender que o cuidado é essencial
para uma qualidade de vida. Desta forma, vamos conhecer alguns
cuidados de enfermagem.
11 de abril, Dia Mundial de
Conscientização da Doença de Parkinson
Cuidados de enfermagem a pessoas com Parkinson
Realizar o acolhimento do usuário, compreendendo o seu processo de adoecimento, tratando-o com empatia, sendo sensível aos comprometimentos causados pela doença na pessoa;
Orientar quanto o processo de saúde-doença ao
paciente, cuidador e familiar, objetivando melhores práticas de
cuidado no ambiente domiciliar, enfatizando o comprometimento
motor;
Avaliar e orientar quanto à alimentação, considerando
dificuldade motora, criando estratégias de cuidado. Considerar o uso
de espessantes e alimentos que minimizem riscos de aspiração para o
paciente;
Avaliar o comprometimento cognitivo e motor, criando
estratégias de cuidado, compreendendo as principais dificuldades da
pessoa, seja no ambiente domiciliar, laboral ou escolar e criar
sempre junto à pessoa possíveis intervenções;
Avaliar a
deambulação do usuário e o risco de queda, criando estratégias de
cuidado;
Avaliar as medicações e orientar quanto à
administração, doses e horários;
Realizar exame da condição
cognitiva e motora rotineiramente;
Abordar a questão do
isolamento social provocado pelos sintomas da doença, como sintomas
motores, locomoção, sialorreia e dificuldade de fala;
Avaliar
trânsito intestinal, uma vez que a constipação é um problema
comum, a ingestão de alimentos ricos em fibra e a maior ingestão de
água. Esses cuidados podem ser ofertados de maneira fácil.
O conhecimento da doença pode modificar o comportamento social frente ao processo de interação com as pessoas que possuem Parkinson, valorizando o respeito e melhoria da qualidade de vida dessas pessoas. A PEBMED apóia essa iniciativa e também informa sobre o evento realizado no próximo dia 11 de Abril, Dia Mundial De Conscientização da Doença de Parkinson, pela Associação Brasil Parkinson(ABP), que fará um simpósio internacional online pelo Facebook. Confira a programação e participe!!! Fonte: PebMed.
Congresso está verde e vermelho pela conscientização para doença de Parkinson
09/04/2021 - Os edifícios principais do Senado e Câmara serão iluminados de verde e vermelho, respectivamente, desta sexta (9) até domingo (11), em referência ao Dia Mundial de Conscientização da Doença de Parkinson, doença degenerativa de áreas do sistema nervoso central. A iniciativa, aprovada pela Primeira-Secretaria do Senado, é da senadora Mara Gabrilli (PSDB-SP) e do deputado federal Ricardo Izar (PP-SP), a pedido da Associação Brasil Parkinson, e visa alertar a população para buscar informações e o tratamento necessário para a doença.
A falta de informação sobre o Parkinson, além
de atrasar o início de um tratamento adequado, pode causar sérios
prejuízos à saúde das pessoas, segundo a senadora Mara Gabrilli.
Essa falta de instrução impede ainda a atualização de dados sobre
a prevalência da doença, estudos de novas drogas e a aplicação
correta de recursos públicos na saúde.
— A ideia de
iluminar o Congresso é justamente chamar atenção para essas
questões ainda tão negligenciadas. Quem sofre de Parkinson, ou
qualquer outra doença rara ou degenerativa, enfrenta todos os dias
preconceito, descaso e muitos constrangimentos pela falta de
informação da sociedade. Essa é uma realidade que queremos mudar
transformando o raro em familiar, e o familiar em diagnóstico,
tratamento, políticas públicas e, acima de tudo, possibilidades —
afirmou a senadora.
Samuel Grossmann, um dos fundadores e
atual vice-presidente da Associação Brasil Parkinson, disse que a
entidade foi a primeira a promover a conscientização da doença no
país. Para ele, a adesão do Congresso à iluminação verde e
vermelha no mês de abril representa esperança para os pacientes e
familiares.
— A iluminação do Congresso Nacional dará
um maior alcance, em âmbito nacional, à nossa mensagem e representa
a esperança da cura dessa insidiosa enfermidade —
ressaltou.
Simbolismo
11 de abril é o Dia Mundial da
Doença de Parkinson. Foi nessa data, em 1755, que nasceu o médico
inglês James Parkinson, o primeiro a pesquisar cientificamente a
enfermidade, chamada na época de “paralisia agitante”.
Segundo
a Organização Mundial da Saúde (OMS), a cor verde representa a
esperança de cura para os doentes. Já o vermelho faz referência à
tulipa vermelha, símbolo mundial da Doença de Parkinson. O uso
desse símbolo remonta à década de 80, quando um horticultor
holandês que vivia com Parkinson desenvolveu uma nova variedade de
tulipa, vermelha e branca, e batizou-a de "tulipa Dr. James
Parkinson".
Legislação
A Comissão de
Educação, Cultura e Esporte (CE) aprovou, em março de 2019, um
projeto que determina o mês de abril como o Mês de Conscientização
sobre a Doença de Parkinson. A proposta (PLS 100/2018), do senador
Paulo Paim (PT-RS), foi aprovada em decisão terminativa e segue sob
a análise da Câmara dos Deputados.
Doença
degenerativa
A doença de Parkinson é uma doença degenerativa
de áreas do sistema nervoso central (cérebro e medula espinhal). É
caracterizada pelo tremor quando os músculos estão em repouso,
lentidão de movimentos voluntários e dificuldade em manter o
equilíbrio. Em muitas pessoas, o pensamento torna-se comprometido ou
desenvolve-se demência. A doença é causada pela diminuição
intensa na produção de dopamina, que é um neurotransmissor
(substância química que ajuda na transmissão de mensagens entre
células nervosas).
A dopamina ajuda na realização dos
movimentos voluntários do corpo de forma automática, ou seja, não
precisamos pensar em cada movimento que nossos músculos fazem,
graças à presença desta substância em nossos cérebros. Na falta
dela, particularmente numa pequena região encefálica chamada
substância negra, o controle motor da pessoa é perdido, ocasionando
sinais e sintomas característicos. Com o envelhecimento, todos os
indivíduos saudáveis apresentam morte progressiva de células
nervosas que produzem dopamina. Algumas pessoas, entretanto, perdem
essas células (e consequentemente diminuem muito mais seus níveis
de dopamina) num ritmo muito acelerado e, assim, acabam por
manifestar os sintomas da doença. Fonte: Agência Senado.
sexta-feira, 9 de abril de 2021
quinta-feira, 8 de abril de 2021
CANNABIS MEDICINAL
Agência participou de inspeção determinada pela Justiça nesta quarta-feira
Publicado em 03/03/2021
A Anvisa participou, na manhã desta quarta-feira (3/3), da inspeção determinada pelo Tribunal Regional Federal da 5ª Região (TRF5) na sede da Abrace (Associação Brasileira de Apoio Cannabis Esperança), na capital paraibana.
A inspeção conduzida pelo desembargador Cid Marconi buscou verificar o funcionamento da Associação e a sua produção de óleo medicinal à base de canabidiol. A substância é usada no tratamento de diversas doenças, especialmente as neurodegenerativas como esclerose múltipla e Parkinson.
Durante a inspeção, a Anvisa reforçou a necessidade da Associação cumprir as exigências para a fabricação e distribuição de produtos de Cannabis, que já haviam sido determinadas por força de decisão judicial. A Abrace ainda não instruiu os processos necessários junto à Agência para receber a Autorização de Funcionamento de Empresa (AFE) e o Certificado de Boas Práticas de Fabricação (CBPF), por exemplo.
Na ação desta quarta-feira determinada pela Justiça, a Anvisa colocou-se à disposição dos responsáveis pela Abrace para orientá-los quanto à regularização sanitária da produção do óleo, tudo em cumprimento ao que consta na ação judicial.
O objetivo da Anvisa não é impedir o trabalho da Associação. Ao apontar irregularidades no processo de fabricação e distribuição de óleo de Cannabis, a Agência cumpre o seu compromisso de proteger e promover a saúde da população brasileira.
Ação na Justiça
A Abrace ajuizou uma ação judicial em 2017 (nº 0800333-82.2017.4.05.8200/PB) em que obteve autorização para cultivar a cannabis para fins medicinais e, em consequência, a produzir e distribuir óleos terapêuticos derivados da planta a seus associados.
Esta decisão, porém, condicionou a autorização ao cumprimento de uma série de obrigações. Como esses requisitos não foram observados pela associação, a Anvisa, após infrutíferas tentativas administrativas de sanar os problemas, reportou a situação ao TRF5. A medida foi necessária para evitar um risco sanitário que pudesse agravar a saúde dos pacientes.
A Agência deixa claro que em nenhum momento tomou qualquer medida judicial com o objetivo de prejudicar o trabalho da Abrace. Ao contrário: a Anvisa busca soluções para que a produção ocorra em conformidade com o ordenamento sanitário brasileiro e em estrito cumprimento às decisões judiciais já prolatadas na ação. Fonte: Anvisa.
Se realmente foi só isso, peço humildemente minhas desculpas à Anvisa, ante tanto ódio de minha parte.
A descoberta no Parkinson aponta para possíveis abordagens de tratamentos futuros
7-APR-2021 - Mais de 20 anos após a descoberta do gene parkin ligado à doença de Parkinson de início precoce, pesquisadores do Hospital de Ottawa e da Universidade de Ottawa podem ter finalmente descoberto como esse misterioso gene protege o cérebro
Usando amostras de cérebro humano e de
camundongo e células modificadas, eles descobriram que a proteína
parkin funciona de duas maneiras. Primeiro, ela atua como um poderoso
antioxidante que desarma oxidantes potencialmente prejudiciais no
cérebro, incluindo os radicais de dopamina. Em segundo lugar, à
medida que o cérebro envelhece e os radicais de dopamina continuam a
se acumular, a parkin sequestra essas moléculas prejudiciais em um
local de armazenamento especial dentro das células nervosas
vulneráveis, para que possam continuar a funcionar normalmente ao
longo de nossa vida.
Em pessoas com mutações em ambas as
cópias do gene parkin, esses efeitos protetores estão ausentes e,
como resultado, o Parkinson se desenvolve antes dos 40 anos de idade.
Se confirmados, os resultados podem apontar caminhos para o
desenvolvimento de novos tratamentos.
"Se pudéssemos
fornecer antioxidantes ou uma cópia saudável do gene da parkin ao
cérebro de pessoas com essas mutações, isso poderia ajudar a
desacelerar ou até mesmo interromper o início precoce do
Parkinson", disse a co-autora e gerente de projeto científico
Dra. Julianna Tomlinson .
"O que não sabemos ainda é
se essa abordagem também pode beneficiar indivíduos com Parkinson
de início tardio que não está ligado ao gene da parkin",
acrescentou o co-autor correspondente, Dr. Michael Schlossmacher,
neurologista e diretor de neurociência do The Ottawa Hospital.
"Estamos ansiosos para investigar isso."
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O
Dr. Schlossmacher também é professor do Instituto de Pesquisa do
Cérebro e Mente da Universidade de Ottawa e detém a Cadeira de
Pesquisa da Família Bhargava em Neurodegeneração no Hospital de
Ottawa.
Esta pesquisa foi possível devido a um grande
esforço de equipe, com contribuições importantes de vários alunos
de pós-graduação, incluindo Jacqueline Tokarew, Daniel El-Kodsi,
Nathalie Lengacher e Travis Fehr.
Drs. Schlossmacher,
Tomlinson e John Pezacki do Departamento de Química de uOttawa
receberam recentemente uma nova bolsa de projeto dos Institutos
Canadenses de Pesquisa em Saúde para continuar este trabalho. Eles
também estão disponibilizando suas ferramentas de pesquisa
exclusivas em todo o mundo por meio de uma parceria entre a BioLegend
e o Ottawa Hospital Research Institute. Original em inglês, tradução
Google, revisão Hugo. Fonte: Eurekalert.
Terapia Gênica pode ser promessa no tratamento do Parkinson
Há uma série de pesquisas mundiais, algumas a serem concluídas já no ano que vem, que usam a terapia gênica para atenuar e/ou melhorar a função motora de pacientes com Parkinson
07 ABR 2021 - O uso de material genético como tratamento para uma série de doenças é uma evolução na medicina e ganhou repercussão em razão da pandemia, justamente por conta da aplicação deste tipo de tecnologia no desenvolvimento de vacinas contra a Covid-19. Algumas delas injetam pequenas pedaços de RNA nas células que passam a produzir proteínas, as quais combatem o vírus. Mas qual a relação disso com a Doença de Parkinson?
Há uma série de pesquisas mundiais, algumas a serem concluídas já no ano que vem, que usam a terapia gênica para atenuar e/ou melhorar a função motora de pacientes com Parkinson. A proposta dos pesquisadores é autorregular a produção de dopamina, neurotransmissor responsável pela mensagem entre as células nervosas e que tem queda intensa na Doença de Parkinson.
Dentre elas, há uma pesquisa realizada por um grupo francês que estuda a injeção de material genético diretamente em estruturas cerebrais relacionadas à doença. Este DNA carrega informação correspondente não apenas a uma enzima, mas três enzimas (TH, CH1 e a AADC) envolvidas na produção de dopamina. Se os resultados deste estudo forem favoráveis, as células do cérebro destes pacientes se tornarão capazes de produzir a substância em quantidades adequadas para o alívio dos sintomas da Doença de Parkinson, podendo eliminar a necessidade de terapia medicamentosa. Embora ainda não acessível, precisamos ver que finalmente é possível falar na possibilidade de cura do Parkinson num futuro talvez não tão distante.
Na verdade, a medicina vem trabalhando constantemente para trazer melhor qualidade de vida aos pacientes de Parkinson, segunda condição neurodegenerativa mais incidente em pessoas com mais de 60 anos. Hoje temos medicamentos que ajudam a controlar os principais sintomas da doença, como os tremores, a rigidez e os movimentos involuntários. Outra alternativa segura e eficaz consiste na Terapia de Estimulação Cerebral Profunda (DBS), cirurgia que utiliza um dispositivo médico implantado, semelhante a um marcapasso cardíaco.
Já disponível no rol de procedimentos da rede pública de saúde, a DBS também tem evoluído. Indicada para pacientes que não absorvem bem a medicação devido ao seu uso prolongado, a neuro estimulação, como a técnica também é conhecida, traz resultados bem precoces, notados horas depois da cirurgia. Inclusive, hoje existem tecnologias que nos permitem captar os sinais cerebrais do paciente e monitorá-los remotamente. Em breve, possivelmente nos "comunicaremos com o cérebro", e não apenas interviremos. Ou seja, além das consultas regulares, ganhamos maior precisão no controle do Parkinson e passamos a atender de forma ainda mais assertiva às necessidades individuais de cada paciente.
Como aprendemos no último ano, é preciso confiar na ciência e na capacidade do ser humano de inovar e surpreender. As respostas podem não ser tão rápidas como queremos, mas estaremos sempre caminhando para trazer terapias que realmente fazem a diferença na vida dos pacientes com a Doença de Parkinson, bem como seus familiares. Fonte: Diário do Litoral SP.
As taxas da doença de Parkinson estão explodindo. Um produto químico comum pode ser o culpado
Os pesquisadores acreditam que um fator é um produto químico usado na limpeza a seco e em produtos domésticos, como graxa para sapatos e produtos para limpeza de carpetes
Wed 7 Apr 2021 - Questionado sobre o futuro da doença de Parkinson nos EUA, o Dr. Ray Dorsey disse: “Estamos na ponta de um iceberg muito, muito grande”.
Dorsey, neurologista da University of Rochester Medical Center e autor de Ending Parkinson’s Disease, acredita que uma epidemia de Parkinson está no horizonte. O Parkinson já é o distúrbio neurológico de crescimento mais rápido no mundo; nos Estados Unidos, o número de pessoas com Parkinson aumentou 35% nos últimos 10 anos, diz Dorsey, e “Acreditamos que nos próximos 25 anos ele dobrará novamente”.
A maioria dos casos de doença de Parkinson são considerados idiopáticos - não têm uma causa clara. No entanto, os pesquisadores acreditam cada vez mais que um dos fatores é a exposição ambiental ao tricloroetileno (TCE), um composto químico usado em desengorduramento industrial, lavagem a seco e produtos domésticos, como alguns graxos de sapatos e limpadores de carpetes.
Até o momento, a evidência mais clara em torno do risco de TCE para a saúde humana é derivada de trabalhadores que são expostos ao produto químico no local de trabalho. Um estudo revisado por pares de 2008 no Annals of Neurology, por exemplo, descobriu que o TCE é “um fator de risco para parkinsonismo”. E um estudo de 2011 ecoou esses resultados, descobrindo “um aumento de seis vezes no risco de desenvolver Parkinson em indivíduos expostos ao tricloroetileno (TCE) no local de trabalho”.
O Dr. Samuel Goldman, do The Parkinson's Institute em Sunnyvale, Califórnia, que co-liderou o estudo, que apareceu no jornal Annals of Neurology, escreveu: “Nosso estudo confirma que contaminantes ambientais comuns podem aumentar o risco de desenvolver Parkinson, que tem um público considerável implicações para a saúde.” Foi por trás de estudos como esses que o Departamento do Trabalho dos EUA emitiu uma orientação sobre o TCE, dizendo: "O Conselho recomenda [...] que exposições a dissulfeto de carbono (CS2) e tricloroetileno (TCE) sejam consideradas causadoras, contribuam, ou agravam o parkinsonismo.”
O TCE é um carcinógeno ligado ao carcinoma de células renais, câncer do colo do útero, fígado, vias biliares, sistema linfático e tecido mamário masculino e defeitos cardíacos fetais, entre outros efeitos. Sua relação conhecida com o Parkinson pode muitas vezes ser negligenciada devido ao fato de que a exposição ao TCE pode anteceder o início da doença em décadas. Enquanto algumas pessoas expostas podem adoecer rapidamente, outras podem inadvertidamente trabalhar ou viver em locais contaminados durante a maior parte de suas vidas antes de desenvolverem os sintomas de Parkinson.
Aqueles próximos aos locais do Superfund da Lista de Prioridades Nacionais (locais conhecidos por estarem contaminados com substâncias perigosas como o TCE) correm um risco de exposição especialmente alto. O condado de Santa Clara, na Califórnia, por exemplo, abriga não apenas o Vale do Silício, mas também 23 locais de superfund - a maior concentração do país. O Google Quad Campus fica no topo de um desses sites; por vários meses em 2012 e 2013, a Agência de Proteção Ambiental (EPA) descobriu que os funcionários da empresa estavam inalando níveis inseguros de TCE na forma de vapor tóxico subindo do solo sob seus escritórios.
Embora alguns países regulem fortemente o TCE (seu uso é proibido na UE sem autorização especial), a EPA estima que 250 milhões de libras do produto químico ainda são usados anualmente nos EUA e que, em 2017, mais de 2 milhões de libras foram liberados no ambiente de locais industriais, contaminando o ar, o solo e a água. Atualmente, estima-se que o TCE esteja presente em cerca de 30% das águas subterrâneas dos EUA (o Grupo de Trabalho Ambiental sem fins lucrativos criou seu próprio mapa de locais com água contaminada por TCE em todo o país), embora a pesquisadora Briana de Miranda, uma toxicologista que estuda o TCE na Universidade de Alabama, na Birmingham School of Medicine, diz: “Estamos subestimando quantas pessoas estão expostas ao TCE. Provavelmente é muito mais do que imaginamos. ”
De acordo com os regulamentos da EPA, é considerado "seguro" para o TCE estar presente na água potável em uma concentração máxima de cinco partes por bilhão. Em casos graves de contaminação, como o que ocorreu em Camp Lejeune, um corpo de fuzileiros navais da Carolina do Norte, entre os anos 1950 e o final dos anos 1980, acredita-se que as pessoas tenham sido expostas a até 3.400 vezes o nível de contaminantes permitido pelos padrões de segurança. Um memorial conhecido como “Babyland” homenageia os filhos de militares que morreram depois que eles ou suas mães grávidas foram expostos à água contaminada com TCE enquanto viviam na base.
Embora De Miranda diga que os pesquisadores não acreditam que baixas concentrações de TCE na água potável sejam especificamente suficientes para causar doenças, Dorsey não acha que é um exagero dizer que as águas subterrâneas dos EUA podem estar causando a doença de Parkinson. “Numerosos estudos ligaram a água de poço à doença de Parkinson, e não é apenas o TCE nesses casos, pode ser pesticidas como o paraquat também”, diz ele, referindo-se a um herbicida letal que os EUA ainda usam, apesar de ter sido descontinuado na UE, Brasil(*) e China.
Usar dispositivos de filtragem de carvão ativado
(como filtros Brita) pode ajudar a reduzir o TCE na água potável,
mas tomar banho em água contaminada, bem como inalar vapores de
águas subterrâneas e do solo tóxicos, pode ser muito mais difícil
de evitar.
De Miranda diz que a política e a intervenção
governamental eficaz são cruciais quando se trata de testar,
monitorar e remediar locais contaminados com TCE, e que é importante
aumentar a conscientização sobre o papel do TCE nas taxas de
aumento da doença de Parkinson. Deixar de abordar o problema não só
continuará a afetar negativamente a saúde das pessoas, mas também
agravará a crise de atendimento domiciliar adulto que já deixou 50
milhões de americanos responsáveis por cuidar de seus entes
queridos enfermos, já que
o
Parkinson é caracterizado por degeneração lenta e progressiva e
tem não cura.
Em
maio de 2020, Minnesota se tornou o primeiro estado a proibir o TCE;
Nova York fez o mesmo em dezembro passado, assim como mais estados,
especialmente porque as ações federais sobre o assunto foram
demoradas. Dado que os efeitos negativos do TCE na saúde foram
documentados no Journal of the American Medical Association desde
1932, já passou da hora de os EUA pararem de usá-lo e proteger
melhor seus civis de produtos químicos perigosos que colocam vidas
em risco. Original em inglês, tradução Google, revisão Hugo.
Fonte: The Guardian.
quarta-feira, 7 de abril de 2021
10 doenças que mudam sua personalidade
April 7, 2021 - A personalidade afeta o modo como pensamos, sentimos e agimos, o que gostamos e odiamos e como vivemos em harmonia com o mundo. Às vezes, ele se torna inconstante e muda com o tempo, mas ainda existe um 'eu' nele.
No entanto,
quando minha saúde se deteriora, pode ser difícil manter esse tipo
de personalidade. Apresentando '10 Diseases That Affect Personality
'publicado no WebMD, um portal de saúde online nos Estados
Unidos.
Doença de Parkinson = doença de Parkinson começa
com um leve tremor da mão, mas eventualmente afeta a maneira como
você anda, fala e dorme. As mudanças podem começar do início,
como ficar obcecado por coisas triviais ou repentinamente tornar-se
descuidado e, mais tarde, tornar-se menos sociável e mais vago.
Também fica cada vez mais difícil manter seus pensamentos
consistentes.
As doenças que seguem, na fonte.
Alzheimer’s disease (...)
Huntington’s disease (...)
Multiple sclerosis (...)
Brain tumor (...)
Stroke (...)
Depression (...)
Obsessive-compulsive disorder (...)
Bipolar disorder (...)
Schizophrenia (…)
Original em inglês, tradução Google, revisão Hugo. Fonte: Tekdeeps.
terça-feira, 6 de abril de 2021
Sintomas distintos da doença de Parkinson vinculados a diferentes vias cerebrais
April 5, 2021 - Resumo: Vias neurais específicas e identificáveis são alteradas com funções particulares durante os diferentes estágios progressivos da doença de Parkinson. Fonte: UCSD
A doença de Parkinson (DP) é bem conhecida como uma doença debilitante que piora gradualmente com o tempo. Embora a progressão da doença tenha sido amplamente ligada à perda de funções motoras, sintomas não motores, incluindo a perda de habilidades cognitivas, muitas vezes surgem no início da doença.
Muito menos compreendido é o papel que circuitos neurais específicos desempenham nessas funções motoras e não motoras distintas.
Um
novo estudo liderado por neurobiologistas da Universidade da
Califórnia em San Diego e seus colegas descobriu que vias neurais
específicas e identificáveis são carregadas com funções
específicas durante os estágios da doença.
Suas
descobertas, publicadas recentemente na Nature Neuroscience, podem
ajudar a formar a base para melhorar as estratégias terapêuticas
para sintomas precisos de Parkinson em vários níveis de progressão
da doença.
Os pesquisadores usaram uma combinação de
abordagens para lançar mais luz sobre a importância anatômica e
funcional de um centro de circuito do cérebro conhecido como
gânglios da base, localizado nas profundezas do crânio.
Especificamente, os pesquisadores, trabalhando em camundongos,
investigaram vias de circuito ligadas a neurônios específicos no
globo pálido externo, ou GPe, e seu papel em diferentes
comportamentos relacionados à doença de Parkinson. O GPe é
conhecido por sua forte produção e influência em várias regiões
do cérebro a jusante.
As investigações incluíram uma
abordagem multifacetada usando eletrofisiologia, rastreamento viral e
experimentos comportamentais. Os pesquisadores identificaram duas
populações de neurônios GPe e suas vias distintas ligadas a
diferentes sintomas comportamentais.
"Nosso trabalho
demonstra que os circuitos neurais distintos nos gânglios da base
estão envolvidos diferencialmente nos sintomas motores e não
motores de comportamentos do tipo parkinsoniano que ocorrem em
diferentes estágios da doença", disse Lim, professor associado
da Seção de Neurobiologia da a Divisão de Ciências Biológicas da
UC San Diego.
"Isso sugere que a avaliação dos
mecanismos detalhados do circuito é necessária para compreender
completamente as mudanças no cérebro durante a progressão da DP e
pode fornecer melhores estratégias terapêuticas para o tratamento
da DP."
Isso mostra um dos caminhos que os
pesquisadores identificaram
Uma renderização tridimensional de
um hemisfério de camundongo mostra padrões de projeção em todo o
cérebro de neurônios GPe marcados por mRuby2 (soma, fibras axonais)
e eGFP (locais pré-sinápticos). Crédito: Lim Lab, UC San Diego.
Uma renderização tridimensional de um hemisfério de camundongo mostra padrões de projeção em todo o cérebro de neurônios GPe marcados por mRuby2 (soma, fibras axonais) e eGFP (locais pré-sinápticos). Crédito: Lim Lab, UC San Diego
Lim
disse que a descoberta mais surpreendente da pesquisa foi o fato de
que os neurônios dopaminérgicos, aqueles que são gradualmente
perdidos durante a progressão da doença de Parkinson, podem estar
ligados especificamente a mudanças em diferentes áreas do
cérebro.
"A manipulação seletiva de mudanças
específicas pode resgatar um tipo de sintoma - sem afetar outros
sintomas - da doença de Parkinson", disse Lim.
Com a
nova estrutura em mãos, Lim e seus colegas estão agora examinando
mais profundamente as vias do circuito e como elas estão vinculadas
aos diferentes estágios dos sintomas da doença, em particular com
ênfase no retardo da progressão da doença.
“Nossas
descobertas fornecem uma nova estrutura para a compreensão da base
do circuito de vários sintomas comportamentais do estado
parkinsoniano, o que poderia fornecer melhores estratégias para o
tratamento da DP”, escrevem os pesquisadores no artigo.
A
lista completa de autores inclui: Varoth Lilascharoen (ex-aluno de
graduação), Eric Hou-Jen Wang (atual aluno de pós-graduação),
Nam Do, Stefan Carl Pate, Amanda Ngoc Tran, Christopher Dabin Yoon,
Jun-Hyeok Choi, Xiao-Yun Wang, Horia Pribiag, Parque Young-Gyun,
Kwanghun Chung e Byungkook Lim. Original em inglês, tradução
Google, revisão Hugo. Fonte: Neuro ScienceNews.