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segunda-feira, 25 de janeiro de 2021

Catarinense consegue decisão inédita na Justiça para plantio de maconha

25/01/2021 - Um morador de Florianópolis, de 56 anos, conseguiu decisão favorável da Justiça para poder plantar maconha. Ele tem doença de Parkinson, e recomendação de uso medicinal do óleo extraído da planta. 

A autorização é inédita em Santa Catarina porque foi confirmada pela Justiça Federal e Estadual. Com isso, o catarinense não pode ser responsabilizado criminalmente pelo cultivo. 

O processo foi acompanhado pela Santa Cannabis, ONG que nasceu em SC e busca facilitar o acesso a tratamentos com maconha medicinal. A entidade completou dois anos este mês. Fonte: Wh3.

domingo, 27 de dezembro de 2020

“A cannabis está permitindo que eu viva mais”

Kendall tem o cuidado de observar que a cannabis "não é uma solução mágica": “Agora estou apenas optando pela cannabis porque sei que ela é a melhor opção” (Foto: Reprodução/ The Cannigma/Bruce Kendall)

26/12/2020 - “A cannabis está permitindo que eu viva mais”.

quarta-feira, 23 de dezembro de 2020

Orientação para o uso de cannabis para Parkinson

Sem haver quaisquer dados claros que apóiem ​​o uso de produtos canabinoides na DP, a Fundação de Parkinson embora não endosse seu uso na DP, reconhece que as pessoas podem decidir experimentar produtos canabinoides para certos sintomas. Se você decidir experimentar produtos canabinoides:

O que é CBD?

Canabidiol (CBD) e produtos de cânhamo (definidos como tendo menos de 0,3% de tetrahidrocanabinol - THC) estão legalmente disponíveis em todos os 50 estados.

Discuta o uso de produtos canabinoides com seus profissionais de saúde. Esses produtos podem interagir com outros medicamentos ou causar efeitos colaterais que podem influenciar seu tratamento de DP.

Trate os produtos de cannabis como faria com qualquer novo medicamento. Sempre comece com uma dose baixa e vá aumentando lentamente. Produtos apenas com CBD também podem ser menos propensos a causar efeitos colaterais e podem ser considerados antes de tentar produtos que também contenham THC.

Para dores em uma área específica, considere cremes ou adesivos para reduzir os efeitos colaterais gerais.

Tenha cuidado ao ingerir produtos comestíveis, pois eles podem ter efeitos colaterais retardados e aumentar a toxicidade.

Considere ficar no mesmo dispensário. Uma vez que os produtos de cannabis não são regulamentados, não presuma que a “dose” no rótulo de um dispensário terá os mesmos efeitos que uma obtida em um dispensário diferente.

Esteja ciente dos potenciais efeitos colaterais, especialmente tonturas, problemas de equilíbrio, piora da motivação, boca seca e perda de pensamento e memória.

Para saber mais sobre como obter cannabis medicinal por meio de um dispensário ou como obter uma licença de maconha medicinal, leia essas seções da declaração.

Leia nossa Declaração de consenso sobre o uso de cannabis medicinal para a doença de Parkinson, que inclui estas seções:

Evidências para o uso de cannabis medicinal para Parkinson

Desvantagens das conclusões do estudo anterior

Possíveis benefícios da Cannabis

Potenciais efeitos colaterais e problemas de segurança

Áreas de interesse para futuros pesquisadores

Orientação para o uso de cannabis para Parkinson

Obtendo Cannabis Medicinal por meio de um dispensário

Obtendo uma licença de maconha medicinal

Leia a Declaração de Consenso sobre Cannabis Medicinal e Parkinson. Original em inglês, tradução Google, revisão Hugo. Fonte: Parkinson org.

Maconha e Parkinson: o que realmente sabemos?

Pessoas com doença de Parkinson (DP) e seus médicos estão querendo responder se a maconha medicinal pode ajudar a controlar os sintomas de Parkinson. Os pesquisadores mal arranharam a superfície quando se trata de maconha e DP e estudos anteriores não são conclusivos sobre seus benefícios potenciais, mas muitas pessoas com Parkinson estão curiosas para experimentá-lo. Aqui está o que você precisa saber.

O artigo a seguir é baseado na pesquisa mais recente e nos resumos de especialistas da Parkinson’s Foundation sobre maconha e Parkinson, apresentados por Benzi M. Kluger, MD, MS, Professor Associado em Neurologia e Psiquiatria da Universidade do Colorado.

O que há na maconha?

A própria maconha - as folhas secas conhecidas por nomes como maconha e erva - vem de um gênero de plantas com flores chamado Cannabis. As plantas de cannabis contêm mais de 100 substâncias químicas, chamadas canabinóides, que afetam o sistema nervoso humano. Alguns desses produtos químicos estimulam partes do cérebro, enquanto outros bloqueiam os mesmos efeitos.

Os canabinóides vegetais mais conhecidos são:

THC (D9-tetrahidrocanabinol): o componente psicoativo da Cannabis responsável por fazer uma pessoa se sentir "alta". As cepas Sativa de Cannabis (Cannabis sativa) tendem a ter maiores concentrações de THC do que outras. A maconha disponível hoje normalmente contém 10 a 30 vezes a quantidade de THC que na década de 1970.

CBD (canabidiol): o componente da cannabis que pode ter efeitos calmantes no sistema nervoso. Não tem os efeitos psicoativos do THC. As cepas de Cannabis indica e ruderalis (Cannabis indica e Cannabis ruderalis) tendem a ter menos THC e mais CBD.

Marijuana Research

As endorfinas são as substâncias que ocorrem naturalmente no cérebro que ajudam a reduzir a dor. Eles são estimulados pelo exercício. Às vezes, eles são chamados de opiáceos naturais do cérebro, porque as drogas opióides se ligam aos mesmos receptores celulares que as endorfinas. Da mesma forma, o cérebro tem seus próprios canabinóides que ocorrem naturalmente. Os canabinóides na maconha têm um efeito ligando-se aos receptores dessas moléculas naturais.

Os produtos químicos no cérebro que são semelhantes aos agentes ativos da maconha são chamados de endocanabinóides. Destes, os cientistas estudaram a anandamida, que pode desempenhar um papel na dor, no sono e em outros comportamentos, junto com o desenvolvimento do sistema nervoso. O nome anandamida significa "bem-aventurança". Este produto químico é encontrado no cérebro humano e, não surpreendentemente, no chocolate.

Os endocanabinoides têm um papel no Parkinson? Os pesquisadores sabem que estão envolvidos na área do cérebro chamada de gânglios da base, que é afetada pela DP. Por meio de pesquisas, os cientistas estão entendendo os dois principais receptores cerebrais que respondem à maconha:

CB1 (principalmente no sistema nervoso central)

CB2 (principalmente no sistema imunológico).

As dezenas de canabinóides diferentes na maconha têm uma gama de efeitos para ativar ou bloquear os receptores.

Em estudos com animais de laboratório, foi relatado que os canabinoides que se ligam ao CB1 melhoram as discinesias, os movimentos involuntários que podem se desenvolver após vários anos de terapia com levodopa. Os canabinóides também têm efeitos antioxidantes e antiinflamatórios, o que pode indicar atividade neuroprotetora. Alguns estudos apóiam essa ideia, mas mais pesquisas são necessárias.

Canabinoides sintetizados em laboratório (em vez de extraídos da maconha) foram testados como terapias para outras doenças além do Parkinson. O CBD foi recentemente aprovado como terapia para tipos raros de epilepsia. Dois canabinoides sintéticos são vendidos como terapias aprovadas pela FDA para náuseas e outros efeitos colaterais da quimioterapia do câncer:

Marinol (dronabiol): THC sintético

Nabilona: um canabinoide que atua em CB1 e CB2

Aviso: maconha sintética

A maconha sintética, vendida legalmente com nomes como K2 e Spice, contém canabinóides feitos em laboratório e outros produtos químicos. A maconha sintética pode causar efeitos colaterais graves, até mesmo mortais. Não é um substituto para a maconha à base de plantas e continua sem regulamentação.

Estudos clínicos

Poucos estudos inscreveram pessoas com DP para investigar os efeitos dos canabinoides nos sintomas de Parkinson. Até agora, os estudos clínicos mais rigorosos da cannabis e dos sintomas de movimento da DP foram, na melhor das hipóteses, inconclusivos, devido ao pequeno número de participantes e outras limitações.

Em outros estudos menos rigorosos, os pesquisadores pesquisaram o uso de cannabis entre pessoas com Parkinson. Nessas pesquisas, as pessoas relataram suas próprias experiências, sem comparação com um grupo de controle. Um pequeno número de participantes relatou que a cannabis ajudou no tremor, lentidão e sintomas não motores, como dor, dificuldades para dormir, ansiedade e perda de apetite.

Pesquisas estão em andamento para entender melhor como canabinóides específicos podem afetar os sintomas de DP, incluindo um estudo sobre a segurança e eficácia do CBD para tremor. Além disso, a pesquisa sugere que o CBD pode ser calmante para pessoas com demência com corpos de Lewy, uma doença relacionada ao Parkinson.

A pesquisa mostra que as pessoas com demência devem evitar maconha ou outros produtos que contenham THC.

Efeitos colaterais

Com a ajuda da internet, a maconha e o Parkinson continuam sendo um assunto quente. Em uma era em que certos livros de autoajuda promovem a maconha para o Parkinson, é importante ter em mente que a cannabis não é uma substância que melhora o desempenho.

Lembrando-se da dupla cômica dos anos 1970, Cheech e Chong, a maconha faz com que as pessoas se movam devagar. Outros efeitos colaterais comuns incluem:

Lentidão cognitiva

Piora da apatia, falta de motivação

Problemas de memória

Pressão arterial baixa, levando a tonturas e aumento do risco de quedas

Aumento do risco de câncer de pulmão ou outros problemas pulmonares por fumar

Sentir mal-estar devido aos produtos de cannabis comestíveis, que podem ter absorção menos previsível no corpo e em diferentes dosagens

Diretrizes para maconha medicinal e Parkinson

A maconha medicinal é legal em 29 estados, desde o início de 2018. Se você decidir experimentá-la para seus sintomas de DP:

Informe seu médico. Você e seu médico devem estar cientes das possíveis interações com outros medicamentos, incluindo entacapone (Comtan®) e citalopram (Celexa). Alguns médicos não são receptivos ao uso de maconha medicinal ou não se sentem confortáveis ​​em preencher a papelada exigida pelo estado. Se for esse o caso, considere encontrar um médico que trabalhe com você. A maconha medicinal deve ser abordada como uma terapia complementar e nunca como um substituto para a medicação.

Esteja ciente de que os produtos de cannabis não são regulamentados. Não há garantia de que um produto que afirma conter 10 mg de CBD seja igual a outro.

Nem todos os produtos da maconha são iguais. Mesmo que dois produtos sejam da mesma cepa, por exemplo, os canabinóides neles podem ser diferentes e ter efeitos diferentes.

Seja consistente. Para obter a dose mais consistente, fique com o mesmo produto, obtido no mesmo dispensário ou fonte.

Comece com uma dose baixa. Como com todos os medicamentos, comece com uma dose baixa e observe os efeitos. Se você aumentar a dose, faça-o gradualmente.

Evite fumar. Gotas orais são uma alternativa.

Experimente cremes ou adesivos para a pele para dores localizadas. Use-o como um creme analgésico para certas áreas, como as pernas.

Conclusão

Cannabis, a planta da maconha, contém mais de uma centena de produtos químicos psicoativos diferentes, que têm efeitos complexos. Os produtos derivados da cannabis podem variar amplamente em termos de seus benefícios e efeitos colaterais.

Atualmente, não há nenhuma pesquisa científica conclusiva que apoie os benefícios da cannabis para qualquer aspecto do Parkinson. No entanto, a evidência anedótica sugere que a cannabis pode ajudar na dor, sono, apetite, náuseas e ansiedade. Pessoas com Parkinson devem estar especialmente cientes dos efeitos colaterais, como confusão e pressão arterial baixa, que podem exacerbar os sintomas da DP. Original em inglês, tradução Google, revisão Hugo. Fonte: Parkinson org.

terça-feira, 8 de dezembro de 2020

A Relação do sistema imunológico com a cannabis

Por Emily Earlenbaugh/Cannigma

04 DEZ 2020 - A cannabis interage diretamente com um sistema em nosso corpo que ajuda a regular nossas respostas imunológicas e sabemos que pode ser útil no tratamento de doenças autoimunes.

Substâncias presentes na planta de cannabis como o THC (tetraidrocanabinol) e o CBD (canabidiol), chamados de canabinoides, interagem diretamente com o sistema endocanabinoide do corpo. Esses compostos imitam substâncias químicas naturais que o corpo produz, as quais podem desencadear uma ampla variedade de efeitos em funções como sono, fome, dor e humor.

Parte do papel do sistema endocanabinoide é manter a homeostase ou o equilíbrio do sistema imunológico. Embora a literatura contenha algumas contradições sobre como exatamente isso funciona, geralmente é considerado um “guardião” do sistema imunológico – evitando que ele cause respostas inflamatórias avassaladoras.

A supressão do sistema imunológico pode tornar os canabinóides úteis em condições em que as respostas imunológicas se voltam contra o próprio corpo do paciente. Na verdade, muitas doenças autoimunes, como artrite reumatóide, esclerose múltipla e diabetes, já foram associadas à desregulação do sistema endocanabinóide.

Ainda assim, em casos de infecção por patógenos, os pesquisadores alertam que esses efeitos imunossupressores podem ser problemáticos – suprimindo as respostas imunológicas naturais e necessárias do corpo.

Pesquisa sobre cannabis para a saúde imunológica

Além de tratar doenças autoimunes, suprimir as respostas imunológicas pode, em algumas outras situações, ser desejável ao lidar com certas infecções. Quando sob ataque de uma infecção, nosso corpo às vezes entra em sepse – produzindo uma resposta inflamatória sistêmica que pode levar à morte. Reduzir essa resposta pode salvar vidas.

Pesquisas em animais mostram que estimular os receptores endocanabinoides com canabinoides, como os da cannabis, pode reduzir a inflamação relacionada à infecção, em alguns casos também reduzindo a taxa geral de mortalidade. Alguns estudos também mostraram que melhorou a recuperação de infecções como a malária.

Em outros experimentos com animais, a redução da estimulação desses mesmos receptores levou ao aumento da sobrevivência à infecção. E, em alguns experimentos, a estimulação desses receptores diminuiu a resposta imunológica contra infecções como candida, legionella pneumophila e influenza.

Esses estudos em animais apresentam um quadro um tanto conflituoso, e os estudos em humanos têm sido extremamente limitados.

Benefícios e danos potenciais

Curiosamente, apesar dos dados de estudos em animais, os primeiros estudos em humanos duplo-cegos e controlados por placebo não encontraram alterações imunológicas observadas com o uso de THC. Mais tarde, porém, alguns efeitos imunossupressores foram encontrados na pesquisa em humanos. Notavelmente, porém, no mesmo estudo, esse efeito foi revertido em dois pacientes que tiveram exposição de longo prazo à cannabis. Portanto, é possível que os efeitos de longo prazo da cannabis sejam diferentes do uso agudo no que diz respeito à resposta imunológica.

Ainda assim, embora os pesquisadores tenham encontrado diferenças imunológicas em humanos devido ao uso de cannabis, eles não confirmaram que essas alterações tornam os usuários de cannabis mais suscetíveis à infecção.

Portanto, embora de certa forma os canabinoides sejam promissores no tratamento de infecções virais (como a redução da sepse), eles também podem representar riscos, como suprimir as respostas imunológicas necessárias.

Os pesquisadores relatam que os canabinoides têm potencial como tratamentos para doenças infecciosas, mas dizem que são necessárias mais pesquisas para aprender exatamente como usá-los de uma forma que garanta que eles estão ajudando e não prejudicando nossas chances contra uma infecção. Fonte: ABRACE.

Obs.: Lista de Prescritores da ABRACE / clique neste link e tenha acesso à lista de prescritores de todo o país para que os associados e até outros prescritores possam saber quem são os profissionais que prescrevem em determinado Estado, cidade ou até mesmo bairro.

quinta-feira, 3 de dezembro de 2020

ONU reconhece propriedades medicinais da cannabis: parou de classificá-la como uma das drogas mais perigosas

03.12.2020 - ONU reconhece propriedades medicinais da cannabis: parou de classificá-la como uma das drogas mais perigosas. (...)

Essa mudança vai facilitar a pesquisa com a cannabis, que tem princípios ativos que têm mostrado resultados promissores no tratamento de alguns efeitos do Parkinson, esclerose, epilepsia, dores crônicas ou até câncer. (...) Original em espanhol, tradução Google, revisão Hugo. Fonte: Eldescocierto.

ONU retira Cannabis da lista de drogas mais perigosas

 02 DEZ 2020 - ONU retira Cannabis da lista de drogas mais perigosas.

quarta-feira, 2 de dezembro de 2020

Na ONU, Brasil votará contra recomendações da OMS para reduzir controle sobre a cannabis

1 dezembro, 2020 - Nesta quarta-feira (2), a Comissão para Drogas Narcóticas votará sobre uma recomendação da OMS para remover a cannabis do Anexo IV da Convenção de 1961. As informações são do Metrópoles.

O governo brasileiro se posicionou de forma contrária à possibilidade de exclusão da maconha da lista de substâncias psicotrópicas controladas pelas convenções internacionais. A recomendação da Organização Mundial da Saúde (OMS) será colocada em votação nesta quarta-feira (2/12), durante a 63ª sessão de Comissão para Drogas Narcóticas (CND) da Organização das Nações Unidas (ONU).

Na ONU, Brasil votará contra recomendações da OMS para reduzir controle sobre a cannabis

Durante o encontro, o ministro da Cidadania, Onyx Lorenzoni, conduzirá o pronunciamento sobre política nacional de combate às drogas. O Brasil será representado na sessão pelo embaixador brasileiro em Viena, José Antônio Marcondes de Carvalho.

Segundo o governo, a recomendação da OMS se mostra contrária às Convenções de 1961 e 1971. A primeira estabelece que as nações signatárias “proíbam a produção, manufatura, exportação, importação, posse ou uso da planta da cannabis, suas resinas, extratos e tinturas”.

Já a segunda diz respeito ao uso do canabinoide tetraidrocanabinol (THC). O texto estabelece que os países vetem todo tipo de uso dessas substâncias, exceto para fins científicos e propósitos médicos muito limitados, por meio de estabelecimentos médicos e pessoas autorizadas pelas autoridades governamentais.

Uso medicinal

A posição do governo está alinhada com o defendido pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido) e foi tomada em decisão unânime do Conselho Nacional de Políticas sobre Drogas (Conad).

Vale lembrar que a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) publicou uma resolução que permite o registro no Brasil de produtos à base de cannabis para fins medicinais.

Está em tramitação, junto ao Ministério da Saúde, um processo que visa à disponibilização via Sistema Único de Saúde (SUS) de medicamentos derivados da cannabis para controle de crises convulsivas em crianças. Fonte: Smokebuddies.

A próxima votação da ONU pode ser um divisor de águas para a cannabis medicinal

28 novembro, 2020 - A reunião está marcada para 2 de dezembro, quando a Comissão para Drogas Narcóticas da organização pode aceitar uma recomendação da OMS para remover a cannabis do Anexo IV da Convenção Única de 1961.

A indústria da cannabis medicinal pode ter uma de suas maiores vitórias simbólicas em décadas se uma votação das Nações Unidas na próxima semana reconhecer implicitamente o valor médico da droga.

Durante a sua 63ª sessão, novamente convocada, de 2 a 4 de dezembro, a Comissão para Drogas Narcóticas (CND) das Nações Unidas poderá — com maioria simples de votos em uma reunião virtual baseada em Viena — aceitar uma recomendação da Organização Mundial da Saúde (OMS) para remover a cannabis e a resina de cannabis do Anexo IV da Convenção Única de 1961 sobre Drogas Narcóticas.

A adoção dessa recomendação pela CND pode provocar uma cascata de efeitos positivos para a indústria, justificando os esforços de legalização médica em níveis nacionais em todo o mundo e potencialmente posicionando os países para ampliar os regulamentos já estabelecidos.

A votação está marcada para 2 de dezembro, mas atrasos e adiamentos têm sido comuns ao longo desse processo.

A proposta em questão — Recomendação 5.1 — está entre as seis recomendações relacionadas à cannabis da OMS na agenda e acredita-se ser aquela com a maior probabilidade de aprovação. É também sem dúvida a recomendação mais significativa para o setor.

O processo de avaliação das seis recomendações sobre cannabis da OMS pode chegar a uma conclusão na próxima semana — quase dois anos depois de terem sido reveladas pela primeira vez.

A votação foi adiada em março de 2020 para dar aos estados-membros da CND tempo para “esclarecer as implicações e consequências dessas recomendações, bem como a razão delas”.

Entre junho e outubro, os estados-membros da ONU tiveram três “reuniões temáticas” informais fechadas seguidas de uma “reunião intersessional” para permitir que as partes interessadas trocassem opiniões sobre as implicações econômicas, jurídicas, administrativas, sociais, entre outras, da adoção ou rejeição das propostas sobre cannabis da OMS.

Recomendação 5.1

Com o apoio da União Europeia e das nações da América do Norte, bem como de alguns países da América Latina e de outros lugares, uma maioria simples a favor da Recomendação 5.1 parece possível, mas o adiamento da votação não pode ser descartado.

A possível adoção da recomendação poderia impulsionar os esforços de legalização médica de legisladores e defensores em todo o mundo.

Um resultado positivo também poderia impulsionar os esforços para reavaliar os níveis nacionais de controle — por exemplo, encorajar o governo dos Estados Unidos a retirar a cannabis da categoria mais restritiva de seu Ato de Substâncias Controladas.

Isso, por sua vez, tem o potencial de impulsionar a tão necessária pesquisa sobre a cannabis, que poderia provar a eficácia de certos tratamentos com cannabis medicinal e, assim, abrir a porta para um mercado legal mais amplo.

Atualmente, a pesquisa sobre cannabis é possível, mas o status da droga no Anexo IV no tratado internacional de 1961 atua como um impedimento.

O que não se deve esperar é o afrouxamento dos controles internacionais.

As drogas no Anexo IV do tratado de 1961 — a situação atual da cannabis ou heroína — são um subconjunto daquelas que constam no Anexo I, e o Anexo I já exige os mais altos níveis de controle internacional.

Como tal, uma vitória seria mais simbólica do que prática.

De acordo com a recomendação da OMS, “as substâncias incluídas em ambas as listas são particularmente suscetíveis de abuso e de produzir efeitos nocivos e têm pouco ou nenhum uso terapêutico”.

Em janeiro de 2019, depois que a OMS avaliou as evidências, a organização recomendou que a CND removesse a cannabis do Anexo IV por causa de seu “potencial terapêutico” e da crença de que não é “particularmente suscetível de produzir efeitos nocivos semelhantes aos efeitos das outras substâncias do Anexo IV”.

Outras recomendações

O complexo pacote de seis recomendações da OMS sobre a cannabis também inclui algumas propostas que estão entrelaçadas com condições implícitas ou explícitas e algumas que requerem uma maioria especial para adoção.

Um voto contra uma ou mais dessas recomendações por razões técnicas não deve ser interpretado como um voto anticannabis.

Alguns países podem ter avaliado as consequências administrativas ou jurídicas da adoção das recomendações elaboradas pela OMS e concluído que elas poderiam criar incertezas não intencionais.

Por exemplo, a recomendação redigida ambiguamente sobre o CBD parece que será rejeitada não apenas por países que são contra qualquer mudança no status quo, mas também por aqueles que têm apoiado a mudança no nível da ONU, como os Estados Unidos e países da União Europeia.

Embora a proposta tente abordar a questão dos traços de THC no CBD derivado de plantas, estabelecendo um limite de 0,2% de THC, ela não esclarece como o THC deve ser medido — e isso pode levar a confusão.

Portanto, a rejeição da recomendação sobre o CBD não deve ser necessariamente interpretada como um endosso do status narcótico da substância nem como uma postura contra o CBD. O próprio CBD não é encontrado em nenhuma lista de qualquer uma das convenções internacionais de controle de drogas.

Em alguns casos, pode ser que os países não considerem uma “nota de rodapé” esclarecendo que uma categoria de produtos está fora do escopo do controle internacional como a melhor opção para lidar com a questão de vestígios de THC nas preparações de CBD.

Essa é a posição dos Estados Unidos, que disse que os países deveriam ser capazes de “decidir por si mesmos qual deveria ser o limite apropriado (de THC)”.

Não seria surpreendente se alguns estados-membros votassem contra a recomendação sobre o CBD por causa de aspectos técnicos relacionados com a forma como as propostas foram redigidas, pedindo à OMS que apresente uma versão revisada. Original em inglês, tradução Google, revisão Hugo. Fonte: Smokebuddies.

sexta-feira, 27 de novembro de 2020

Primeiro remédio para tratar vício em maconha pode estar na cannabis

27 de novembro de 2020 - Um estudo recém-publicado usou o canabidiol em testes clínicos com mais de 40 voluntários. Além deste, outras pesquisas também já mostraram o poder do CBD em dependências de crack e heroína.

A maconha é a droga mais usada no Brasil e também no mundo. Mesmo ilícita aqui, é estimado que existam 1,5 milhão consumidores, que fazem parte dos 198 milhões ao redor do planeta.

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), o abuso da planta em forma de cigarro pode causar dependência leve ou moderada.

Isso quer dizer que ela pode sim viciar, mas nunca terá alguém correndo atrás da maconha como um usuário de cocaína ou crack por exemplo.

Não há estudos que afirmam de forma clara o porquê a planta vicia, quais são os mecanismos que levam a dependência.

Mas o que se sabe é que a porcentagem de pessoas que ficam dependentes varia de 5% a 8%, uma porcentagem baixa se você for comparar com outras drogas como o cigarro, por exemplo.

No entanto, os sintomas de abstinência não passam de irritabilidade, falta de apetite e insônia.

Como funciona

O nosso cérebro trabalha com um sistema de recompensa, onde estão concentrados os estímulos de prazer. Estes por sua vez, são responsáveis por mandar as sensações para o resto do corpo.

As drogas tem a capacidade de causar uma influência gigante nesta área, e o uso contínuo faz o corpo querer cada vez mais, perdendo o interesse em outros prazeres ou funções, como comer.

O que causa o famoso “barato” da maconha, por exemplo, é uma substância chamada tetra-tetraidrocanabinol (THC), mas que também tem lá os seus efeitos terapêuticos.

Remédios como o Mevatyl, por exemplo, utilizam o composto para ajudar no tratamento de esclerose múltipla.

Quando a cannabis é queimada no cigarro, o THC é ativado e pode influenciar algumas funções nosso cérebro.

Como por exemplo, a liberação de dopamina, o hormônio que dá a sensação de bem-estar. Ele é parecido com a anandamida, que regula o nosso humor, sono, memória e apetite.

É por isso que a pessoa que consome maconha fica “feliz”, sonolenta, não se lembra de muita coisa ou até com fome.

A cannabis é muito interessante para a saúde porque produz canabinoides, pequenas moléculas que também são produzidas pelo nosso organismo. O THC é uma delas.

Através do sistema endocanabinoide, ela pode influenciar e ajuda a regular várias funções do organismo, como fome, humor, sono, sistema imunológico e por aí vai.

A ciência atual tem mostrado que isso pode ajudar a tratar uma série de condições, como Alzheimer, Parkinson, epilepsia de difícil controle, insônia, depressão e muito mais.

Por ela ser tão bem aceita pelo organismo, é impossível alguém ter uma overdose de cannabis.

Cannabis para tratar o vício da maconha

Mas você deve estar se perguntando, mas como ela pode ajudar no próprio vício

O THC não é o único canabinoide da planta. Existem centenas deles que podem influenciar o nosso corpo de formas diferentes.

O mais conhecido e mais usado na fabricação de remédios é o canabidiol (CBD). Diferente do THC ele não possui propriedades alucinógenas.

Uma curiosidade é que juntos, os dois canabinoides são mais potentes. Além do mais, a o CBD pode inibir as reações negativas do tetra-tetraidrocanabinol.

Foi pensando nisso, que um estudo clínica da University College London, no Reino Unido, mostrou que o canabidiol pode combater o vício da própria maconha.

A pesquisa publicada na revista The Lancet conduziu testes com 48 pessoas que fazem o uso recreativo por quatro semanas.

Os voluntários foram divididos em quatro grupos, que tomaram doses diferentes do óleo de canabidiol.

O primeiro, com dosagens de 200 miligramas, o segundo com 400mg e o terceiro, 800. O quarto e último grupo tomou um placebo.

Na fase 2 publicada em julho, os voluntários que receberam 400mg a 800mg tiveram uma redução moderada do desejo de usar maconha.

Desde a segunda fase, os cientistas divulgaram que não houve nenhum efeito colateral. Agora, foi comprovado que o possível remédio é seguro.

Outros estudos

A pesquisa não é um caso isolado. Outros estudos também tem demonstrado o quanto o canabidiol pode ser útil para o tratamento de dependência química.

Aqui no Brasil, por exemplo, um estudo está sendo feito pela pesquisadora Andrea Gallassi da Universidade de Brasília (UnB), que testa o canabidiol em pessoas viciadas em crack.

Em parceria com o Centro de Atenção Psicossocial (CAPs) de Ceilândia no DF, a pesquisa conseguiu uma autorização da Agência de Vigilância Sanitária (ANVISA) para importar o extrato e testá-lo.

O objetivo principal da pesquisa que começou em 2019 é substituir os vários medicamentos usados para tratar o vício, reduzindo apenas a solução 100% natural.

O método da cientista envolve ainda, a não internação, para que o paciente tenha uma rotina comum e siga a sua vida.

Outro estudo concluído no mesmo ano com o CBD mostrou um grande avanço em pessoas viciadas em heroína.

A pesquisa feita contou com 42 voluntários. Os resultados foram positivos.

No entanto, nenhum para tratar o vício da própria maconha. Estudos como este abre caminho para possíveis medicações que poderão ser usados para controlar vícios. Fonte: Cannalize.

sexta-feira, 20 de novembro de 2020

Israel regulamentará o mercado de cannabis para uso adulto em nove meses

#PraCegoVer: em destaque, fotografia que mostra um bud de cannabis de formato redondo com cinco folíolos de sugar leave que saem de sua base, em fundo escuro. Foto: THCamera Cannabis Art.

12 novembro, 2020 - Israel regulamentará o mercado de cannabis para uso adulto em nove meses.

Senado mexicano aprova lei para ampla legalização da maconha

#PraCegoVer: em destaque, fotografia que mostra os senadores mexicanos, a maioria em pé, segurando lenços brancos, relógios verdes com a expressão “llegó la hora de regular” na parte dos ponteiros, e placas com as palavras “No a la criminalización / Sí a la libertad” e um desenho da folha de maconha, em duas versões, fundo verde com elementos brancos e vice-versa; todos estão usando máscara, com exceção de Santana Armando Tijerina. Imagem: Comunicação Social / Senado da República.

20 novembro, 2020 - Agora a nova lei deve ser votada na Câmara dos Deputados antes do término da atual legislatura, em 15 de dezembro. As informações são da Reuters.

Em um dia classificado como histórico por parlamentares mexicanos, o Senado do país aprovou a legalização da maconha para usos recreativo (adulto), científico, médico e industrial, o que pode criar o maior mercado de cannabis do mundo em uma nação assolada pela violência dos cartéis do narcotráfico.

Agora a chamada “Lei Geral para Regulamentação da Cannabis” deve ser votada na Câmara dos Deputados antes do término da atual legislatura, em 15 de dezembro.

A iniciativa proposta pelo Morena inclui, entre outros pontos, a criação do Instituto Mexicano para a Regulação e Controle da Cannabis, um órgão descentralizado da Secretaria de Saúde do país.

A nova entidade poderá emitir cinco tipos de licenças para controlar algumas das atividades relacionadas com o cultivo, transformação, venda, pesquisa, exportação e importação da maconha.

Em seu primeiro artigo, a nova lei, aprovada com 82 votos a favor e 18 contra e sete abstenções, afirma buscar “melhorar as condições de vida” dos mexicanos e “contribuir com a redução da incidência de delitos vinculados com o narcotráfico”.

“Finalmente chegou a hora de um tema vital para o desenvolvimento do país”, disse o senador independente Emilio Álvarez Icaza em discurso. “É um tema que devemos discutir há muitos anos”.

Desde que assumiu a Presidência em dezembro de 2018, o presidente Andrés Manuel López Obrador colocou em pauta o tema da descriminalização da maconha e de outras drogas como parte de sua estratégia para combater o poderoso crime organizado. Fonte: Smokebuddies.

segunda-feira, 16 de novembro de 2020

Minicérebro auxilia a testar tipos de cannabis

16/11/2020 - Cientistas brasileiros estudam os mecanismos moleculares por trás dos efeitos da maconha nas células nervosas do cérebro humano. O objetivo é desenvolver medicamentos específicos para condições de saúde graves. Essa lista inclui epilepsia, dores neuropáticas crônicas, depressão, mal de Alzheimer e doença de Parkinson.

Pelo menos 20 potenciais usos medicinais dos canabinoides já são bem conhecidos. E a maconha medicinal vem sendo usada, na forma de óleo ou vaporizada, em várias partes do mundo, inclusive no Brasil, para amenizar os sintomas de muitas dessas doenças.

Os cientistas, porém, não conhecem ainda muito bem os mecanismos exatos que produzem esse efeito. Também não sabem quais combinações específicas dos diferentes canabinoides – existem mais de cem no total – são mais eficientes para cada problema.

Desde dezembro do ano passado, os produtos à base de maconha estão regulamentados pela Anvisa. Esses itens podem ser vendidos em farmácias, mediante prescrição médica, e estão sujeitos à fiscalização da agência. O cultivo da planta no País, no entanto, foi rejeitado. Para produzir remédios no Brasil continua a ser necessário importar a matéria-prima.

O único medicamento feito a partir da cannabis que já tem registro no Brasil é o Mevatyl (Sativex), produzido por um laboratório britânico. À base de THC e CDB, os dois canabinoides mais conhecidos, é indicado para os sintomas da esclerose múltipla. Uma embalagem com três ampolas de 10 ml cada uma custa R$ 2.896,70.

Além disso, já há autorização para a produção e comercialização de alguns extratos de cannabis de uso mais genérico, que são igualmente caros. Para importar algum produto derivado da maconha, é preciso ter autorização da Anvisa. A grande maioria dos pacientes acaba usando óleos produzidos artesanalmente.

Um acordo firmado entre o Instituto DOr de Pesquisa (Idor) e a Entourage Phytolab, a primeira empresa do País autorizada a importar matéria-prima in natura e a produzir medicamentos com canabinoides, pode mudar isso.

Epilepsia e Alzheimer

Fazendo uso dos minicérebros (estruturas criadas em laboratório análogas ao cérebro humano), os cientistas querem estudar as diferentes combinações de canabinoides nas células nervosas humanas para o desenvolvimento de remédios específicos. “Num primeiro momento, vamos testar os efeitos dos canabinoides THC, CBD e CBG isolados ou em combinação sobre a inflamação e a degeneração previamente induzidas nas células nervosas humanas”, explicou o neurocientista Stevens Rehen, do Idor e da UFRJ.

O cientista conta que, no futuro, a meta é conseguir analisar os efeitos de 20 combinações diferentes de canabinoides. “Queremos estudar os mecanismos moleculares associados à neuroinflamação e à neurodegeneração, fenômenos comuns a doenças como epilepsia, Alzheimer e Parkinson.” O primeiro medicamento desenvolvido e produzido no Brasil chega ao mercado no ano que vem e será indicado para o tratamento da epilepsia. “O principal objetivo é compreender melhor os diferentes potenciais dessas substâncias e de suas diversas combinações”, explicou Caio Santos Abreu, CEO da Entourage Phytolab. “A partir desses primeiros resultados, poderemos selecionar os melhores caminhos de desenvolvimento terapêutico que, no futuro, deverão evoluir para ensaios clínicos com nossos próprios medicamentos.”

Tratamento

Tadeu, de 8 anos, é autista. Começou a ser medicado com o óleo extraído da cannabis em dezembro do ano passado para tratar alguns distúrbios associados ao transtorno neurológico. A conectividade e a interação social do menino melhoraram. Mas ele continuou muito agitado e com pouco apetite.

Tadeu estava usando um óleo que continha somente canabidiol (CBD). “Há dois meses, recebemos uma doação de um óleo feito artesanalmente que eu achei que era CBD puro, mas não era; tinha THC também”, contou o pai de Tadeu. “Nossa, que surpresa tivemos. Na primeira vez que demos esse óleo, foi num sábado, por volta das 20 horas. Quando deu 20h30, observamos uma coisa que nunca tínhamos visto em toda a vida do Tadeu: ele bocejou.”

Logo depois, conta o pai, Tadeu sentou-se à mesa e comeu toda a fatia de torta de frango que estava em seu prato. Não satisfeito, avançou no prato do pai e, em seguida, no da mãe.

“Ele comeu como nunca tinha comido”, lembrou seu pai. “E depois, para melhorar tudo ainda mais, ele subiu para escovar os dentes e dormir. Normalmente, ele fica até 1h30 tocando o terror.”

Informação

Animada pelo resultado tão impressionante observado na primeira aplicação, a família resolveu então não esperar por outra doação e correr por conta própria para manter o resultado obtido. Cotizou-se para comprar um extrato produzido oficialmente pela Abrace, uma associação de pacientes com sede em João Pessoa (PB). Mas o efeito não se repetiu.

“O óleo artesanal é feito por um método simples, numa panelinha parecida com aquelas de cozinhar a vapor”, contou o pai do Tadeu. “Mas é aquilo, né? Não tem um laboratório para dizer quanto exatamente de THC e de CBD tem naquele óleo. Você sabe que funciona, mas não sabe exatamente como. Não sabe que cepa foi usada, que tipo de cannabis. Aí, se precisa arranjar outro fornecedor, não sabe o que procurar. Foi o que aconteceu comigo”, lamenta. Fonte: CGN.

sábado, 31 de outubro de 2020

Conheça as principais patologias tratadas com Cannabis medicinal

sexta-feira, 30 outubro 2020 - Alzheimer (...)

Epilepsia (...)

Parkinson

A Doença de Parkinson é uma patologia degenerativa, crônica e progressiva que afeta o sistema nervoso central. Ela é causada pela diminuição na produção da substância química conhecida como “dopamina”, uma das responsáveis pela transmissão entre células nervosas.

Estudos recentes mostraram que o CBD reduziu, significativamente, a ansiedade e os tremores, sintomas comuns do Parkinson, que podem ser agravados pelo estresse. Segundo o estudo, essas observações sugerem que o CBD pode ser eficiente como um tratamento alternativo de alguns sintomas em pacientes com a Doença de Parkinson.

Outras pesquisas também apontam efeitos neuroprotetores, reguladores do sono, nos sintomas de psicose, entre outros.

Apesar de termos em mãos evidências científicas promissoras, muitas delas ainda estão em caráter experimental. A avaliação médica é vital para todas as patologias citadas. Cada caso é específico e possui características que demandam a análise individual para o entendimento da possibilidade de tratamento com Cannabis medicinal. Sempre consulte um médico para iniciar seu tratamento.

Acompanhe nossas redes sociais e nosso blog para conhecer outras patologias que podem se beneficiar dos tratamentos com Cannabis medicinal. Fonte: HempMedsbr

terça-feira, 27 de outubro de 2020

Acesso generalizado à cannabis legal reduz a demanda do mercado negro

NOVA YORK, Oct. 27, 2020 / PRNewswire / - A legalização da cannabis medicinal e a descriminalização em alguns países levaram a uma diminuição significativa no mercado negro. As pessoas estão optando por comprar legalmente sua cannabis para uso médico e adulto. Normalmente, a maconha medicinal é usada para o tratamento de condições crônicas, como câncer, artrite e condições neurológicas, como ansiedade, depressão, epilepsia, bem como doença de Parkinson e doença de Alzheimer. As receitas do governo por meio de impostos são ainda vistas como uma oportunidade para os países obterem receitas elevadas. Por exemplo, a receita tributária total arrecadada para o estado da Califórnia nos EUA foi de US $ 345,2 milhões em 2018. A receita gerada por esses impostos poderia encorajar os governos locais a financiar vários programas de desenvolvimento para educação e infraestrutura. E, de acordo com a Grand View Research, o mercado global de maconha legal está avaliado em US $ 17,7 bilhões em 2019 e deve se expandir a um CAGR significativo de 18,1% durante o período de previsão de 2020 a 2027. MediPharm Labs Corp. (OTC: MEDIF ) (TSX: LABS), Trulieve Cannabis Corporation (OTC: TCNNF), Planet 13 Holdings Inc. (OTC: PLNHF), Cronos Group Inc. (NASDAQ: CRON) (TSX: CRON), Canopy Growth Corporation (NYSE: CGC).

A eleição nos EUA está se aproximando rapidamente e os eleitores também decidirão se legalizam a maconha para fins recreativos em Nova Jersey. Se o estado votar a favor da ideia, isso trará a tão desejada mudança pelos defensores da justiça social e racial, já que o estado estaria desbravando novos caminhos após anos de começos e paradas. R. Todd Edwards, presidente de ação política do capítulo estadual da NAACP explicou, de acordo com um relatório do app.com, que "com a legalização vem o potencial de remover punições injustamente severas agora sofridas por famílias inteiras devido a crimes de cannabis ... Um voto para isso medida é um voto para corrigir essas injustiças, bem como imposta aos negros e pardos de Nova Jersey". (segue…) Original em inglês, tradução Google, revisão Hugo. Fonte: Prnewswire.

terça-feira, 20 de outubro de 2020

O (quase) consenso da maconha

20 de outubro de 2020 - O (quase) consenso da maconha.

Justiça proíbe cultivo doméstico de maconha para fins medicinais

Juiz acompanha visão da AGU

Morador teve pedido rejeitado

Autor sofre de Parkinson

20.out.2020 (terça-feira) - A Justiça Federal negou pedido de 1 morador do Tocantins para cultivar a Cannabis sativa –planta da qual se extrai a maconha– em casa. A decisão atende ao entendimento alegado pela AGU (Advocacia Geral da União), segundo a qual a pretensão é ilegal e contraria as resoluções da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária).

O autor do pedido teve prescrição médica para usar 1 medicamento à base da Cannabis sativa para tratar-se de Parkinson. Alegou na Justiça que o remédio em questão é muito caro para ser importado e requereu a autorização para cultivar a planta em casa.

A procuradora federal Inês Cristina Marra Machado argumentou que existem outros medicamentos disponíveis em farmácias para o tratamento do Parkinson. Disse que o plantio da Cannabis é proibido, sendo permitida apenas a importação de produtos à base de maconha para fins medicinais.

A AGU afirmou que existem “controvérsias científicas” quanto aos efeitos psicotrópicos da Cannabis e alertou para o risco de desvio da substância para uso ilícito, tendo em vista o uso recreativo da planta.

“A autorização do plantio poderia gerar 1 grave precedente, que tornaria incontrolável o rastreio, pelo Poder Público, de onde estaria vindo essa substância. Sairia totalmente do controle!”, escreveu Inês Cristina em manifestação enviada à Justiça.

A 1ª Vara da Seção Judiciária do Tocantins acolheu integralmente os argumentos da AGU e negou o pedido do autor da ação. Para o juiz que analisou o caso, não cabe ao Poder Judiciário conceder esse tipo de autorização.

“O uso de medicamentos com base na Cannabis tem se tornado relevante no trato de algumas doenças, mas existe a preocupação com a segurança, devido aos seus efeitos, como perda de memória, náuseas, alucinações e alguns sintomas mais graves. Por isso, a importância da restrição ao cultivo da Cannabis. Por fim, o Brasil é signatário de algumas convenções internacionais que proíbem a produção, exportação, importação, uso e posse de algumas substâncias, dentre elas, a Cannabis”, afirmou Inês Cristina Marra Machado.

Com informações da Assessoria de Comunicação da Advocacia Geral da União. Fonte: Poder360.

Decisãozinha que remete ao tráfico ilegal!

quinta-feira, 1 de outubro de 2020

Enquanto Israel aposta na cannabis medicinal, Brasil segue no atraso

30 setembro, 2020 - Enquanto no Brasil, um governo conservador e moralista tenta barrar a todo custo a regulamentação da cannabis para uso medicinal, países como Israel seguem na vanguarda

Os medicamentos à base de cannabis são legais em Israel desde o final da década de 1990 e, após a alocação das primeiras licenças domésticas em 2006, o país se tornou um centro de pesquisa e desenvolvimento de cannabis em expansão. Hoje, a terra do leite e do mel (e da maconha) possui o esquema de cannabis medicinal mais desenvolvido fora da América do Norte, com mais de 0,6% da população israelense atualmente registrada como um usuário medicinal da planta.

Em maio, o Conselho Regional Ramat Negev e as Indústrias Ramat Negev anunciaram um acordo de cooperação com uma holding de investimentos norte-americana para o estabelecimento de um centro de inovação em agrotecnologia. O investimento total no planejamento e estabelecimento do centro foi de cerca de US$ 1,46 milhão.

Enquanto Israel aposta na cannabis medicinal, Brasil segue no atraso

A iniciativa faz parte de um plano para expandir o potencial econômico do setor agrícola da região e as capacidades de pesquisa e desenvolvimento agrícola. O centro estará localizado perto de Ashalim e se concentrará em áreas de especialização, incluindo agricultura geral, agricultura no deserto, agricultura marinha e cultivo de cannabis.

Em Israel, o uso adulto de maconha foi parcialmente descriminalizado em abril do ano passado, quando um projeto de dois anos entrou em vigor, substituindo o processo criminal por multas e um regime de cumprimento menos rigoroso.

No Brasil, está em discussão na Câmara o Projeto de Lei 399/2015, que regula a produção e comercialização da cannabis para fins medicinais. O atual texto do PL não prevê o autocultivo de maconha e estabelece exigências de conformidade para o plantio que dificilmente poderão ser atendidas por associações de pacientes, devido ao custo de seu cumprimento, e mesmo assim causou alvoroço na ala conservadora.

Nesta quarta-feira (30), a Folha de S.Paulo informou que o Ministério da Justiça enviou aos e-mails de deputados uma moção de repúdio ao PL 399/2015. A moção, assinada pelo ministro André Mendonça e aprovada pelo Conselho Nacional de Políticas sobre Drogas do Ministério da Justiça, lista os motivos para o repúdio: o aumento de uso medicinal de cannabis gerou flexibilização de controle do uso adulto em outros países, os resultados “pífios” do uso terapêutico da cannabis, riscos e prejuízos à saúde decorrentes do uso, possibilidade de aumento do tráfico de drogas, entre outros argumentos em relação aos quais não existe consenso. Fonte: Smokebuddies. Leia mais sobre o tema aqui: Mara Gabrilli pede que ministro da Justiça se desculpe por veicular fake news sobre a cannabis.