segunda-feira, 11 de abril de 2011

Hoje, 11 de Abril, assinala-se o dia da doença
Entrar no cérebro para enganar o Parkinson
11.04.2011 - A doença de Parkinson ainda não tem cura, mas há uma cirurgia capaz de devolver a qualidade de vida aos doentes. Trezentos portugueses já a fizeram. Esta é a história de um deles.

António Manuel Mendes é empurrado pelos corredores do hospital numa cadeira de rodas. Já tem o cabelo rapado para a cirurgia. Com o pescoço caído tenta esconder a cara apática, cujas mãos têm dificuldade em alcançar. A expressão não é de tristeza nem de alegria. É um completo vazio que faz duvidar que seja possível que este doente tenha apenas 55 anos. Só quando lhe é dirigida a primeira pergunta os olhos ficam molhados. "Então, está preparado para começar este longo dia?", questiona Maria Begoña Cattoni, neurocirurgiã no Hospital de Santa Maria, em Lisboa, que se prepara para entrar no cérebro de António Mendes para apagar alguns dos efeitos que a doença de Parkinson lhe trouxe.

A cirurgia chama-se estimulação cerebral profunda e dura o dia todo, sempre com o doente acordado. Foi o Hospital de S. João, no Porto, que estreou este procedimento no país, em 2002. Desde aí os aparelhos evoluíram e já se realizaram mais de 300 intervenções. Em Santa Maria fazem-se três a quatro por mês.

"É o dia mais difícil da vida" deste antigo gestor comercial da CP, resume o seu médico, Mário Rosa, também neurologista no mesmo hospital e que durante a cirurgia vai avaliar os efeitos que os cinco eléctrodos introduzidos no cérebro de António Mendes irão produzir. O objectivo é estimular uma zona do cérebro que se chama "núcleo subtalâmico" e tem apenas sete por quatro milímetros. "É um pequeno feijão que queremos adormecer", esclarece o especialista. E é o único caminho possível para o doente recuperar a qualidade de vida.

Pouco passa das 8h00 de terça-feira, dia 5 de Abril. Mas a história de António Mendes começa muito antes. Há cerca de dez anos começou a ficar lento. "Faltava-me o equilíbrio", conta ao PÚBLICO, num discurso que tem muita dificuldade em articular - teve que suspender toda a medicação antes da operação. Foi em Santos (Lisboa), no seu percurso diário, que percebeu que algo não estava bem. Um homem de 45 anos não podia ser assim tão afectado pelo cansaço. Foi ao médico e veio o veredicto: tinha Parkinson, uma doença neurológica degenerativa para a qual ainda não existe cura e que afecta sobretudo pessoas com mais de 60 anos.

Cada vez mais off
Em Portugal estima-se que existam cerca de 22 mil doentes com esta patologia - descrita pela primeira vez em 1817 pelo britânico James Parkinson, que acabou por dar o nome à doença. O papa João Paulo II morreu com ela e entre outros casos diagnosticados contam-se os do actor norte-americano Michael J. Fox e do pugilista Cassius Clay. O actor, célebre pelo filme Regresso ao Futuro, foi das pessoas mais novas a quem foi diagnosticada a doença: tinha 30 anos. Muitos dos avanços na investigação devem-se precisamente a Michael J. Fox. A fundação com o seu nome distribui todos os anos milhões de dólares para investigação nesta área.

O Parkinson afecta as células do cérebro que produzem dopamina - essencial para o controlo dos movimentos e para a modulação do humor. Com a morte das células, os músculos de António Mendes foram ficando cada vez mais rígidos e começou a não conseguir controlar os movimentos e alguns impulsos e emoções. Ficou de tal forma dependente que teve de ser institucionalizado. A medicação existente consegue atrasar a progressão da doença, mas tem muitos efeitos secundários e António Mendes tem cada vez mais fases off e menos fases on (expressão utilizada para descrever as alturas em que os doentes medicados conseguem reduzir os sintomas do Parkinson). Foi por estar cada vez mais off que passou a ser seguido há ano e meio pelo médico Mário Rosa.

Quando a medicação ainda faz efeito, mas apenas por pouco tempo, é a melhor altura para avançar para uma cirurgia que tem critérios clínicos muito exigentes e bem definidos, explica o médico. O doente não pode ter mais de 70 anos nem sinais de demência (outra das consequências da doença). É que a cirurgia é feita apenas com anestesia local, para que os médicos consigam perceber a reacção aos estímulos produzidos no cérebro. O doente tem de estar ciente do procedimento e colaborar com a equipa. "O objectivo é reduzir os sintomas do Parkinson, que decorrem de uma perda de neurónios. Só percebemos que um doente tem Parkinson quando surgem os sintomas e estes só se manifestam quando há apenas 30 por cento de células sobreviventes. Quando apanhamos o doente, a doença já vai sempre avançada", diz Mário Rosa.

Precisão milimétrica
Antes do bloco operatório há um longo percurso a fazer. Os neurocirurgiões Maria Begoña Cattoni e Herculano Carvalho levam o doente para uma pequena sala onde vão colocar aquilo a que se chama "um quadro estereotáxico" na sua cabeça. O aparelho - visualmente impressionante - serve para os especialistas poderem medir os locais exactos onde vão entrar na cabeça do doente e é atarraxado com parafusos após anestesia local. Durante todo o processo, António Mendes quase não se mexe, mas mesmo assim os neurocirurgiões vão explicando a cada momento o que vão fazer. "É importante manter o doente tranquilo", lembra Herculano Carvalho.

Com todos os exames reunidos, o doente é depois encaminhado para o bloco e a equipa médica reúne-se numa outra sala para uma fase determinante do processo. Com a ajuda de um software, cruzam as imagens da TAC (tomografia axial computorizada) com a ressonância magnética que tinha sido feita antes de se colocar o quadro na cabeça do doente. O objectivo é perceber que zonas do cérebro se podem furar sem provocar hemorragias potencialmente fatais. O trabalho é absolutamente milimétrico e toda a equipa dá palpites.

“É com estas imagens que fazemos os cálculos para a cirurgia sem ter necessidade de abrir directamente a caixa craniana. A ressonância tem um maior poder para mostrar as estruturas do cérebro e a TAC tem mais precisão”, prossegue Begoña Cattoni ao mesmo tempo que por sugestão de Herculano Carvalho sobre em um milímetro um dos pontos onde vão colocar o eléctrodo. Terminada esta parte a equipa desinfecta-se e dirige-se para o bloco operatório.

"Há sempre uma margem de risco" que mesmo as mãos experientes não podem evitar, recorda Gonçalves Ferreira, chefe do serviço de Neurocirurgia do hospital, que salienta a complexidade do procedimento e a exigente qualificação dos médicos. Só os aparelhos colocados custam cerca de 25 mil euros e Gonçalves Ferreira teme que os cortes na área da saúde "coloquem em causa o serviço de excelência" que a unidade oferece, com melhorias na ordem dos 70 a 80 por cento. Por outro lado, a cirurgia permite que o doente reduza a medicação (que pode custar entre 200 a 600 euros por mês) para 25 por cento.

Já no bloco operatório há outro momento crucial. Aqui o cheiro e os feixes de luz não permitem qualquer tipo de abstracção em relação ao facto de estarmos num hospital. As frias paredes de mármore contrastam com as fardas e máscaras verdes e azuis. Tudo tem um ar completamente asséptico, apesar da confusão de materiais espalhados para a cirurgia e de fios e mais fios dos aparelhos necessários. É um verdadeiro caos controlado em que cada um sabe bem o seu papel. O anestesista explica cuidadosamente ao doente que lhe vai dar “uma pica” e “agora mais outra”. Os neurocirurgiões posicionam e vão solicitando material à equipa de enfermagem.

Uma broca evoca o barulho de uma cadeira de dentista, mas a força necessária é inimaginável. O objectivo é fazer uma incisão do tamanho de uma moeda de um euro na cabeça do doente. Segue-se a introdução dos eléctrodos no lado direito do cérebro. É aqui que os neurologistas entram em cena. Através das ondas registadas por um computador e de alguns testes ao doente percebe-se quais os melhores níveis para reduzir os sintomas da doença sem causar outros efeitos negativos. "Senhor Mendes, faça assim aos dedos... Quantos dedos vê?... Agora conte até dez... Agora diga-nos o que compra no supermercado", vai pedindo Mário Rosa. E como que por magia, o doente, que antes da cirurgia mal articulava uma palavra, começa a ser capaz de contar. E diz que costuma comprar açúcar e café. As mãos vão ficando mais flexíveis e os movimentos mais controlados. A equipa sorri, satisfeita. São quase duas da tarde quando se inicia o trabalho no hemisfério esquerdo. O trabalho só termina às 18h00. Para a semana António Mendes tem de voltar ao hospital para colocar debaixo do peito o aparelho que permitirá regular remotamente a estimulação dos eléctrodos – o que faz com que o sucesso só seja perfeitamente visível dentro de algum tempo.

Isaac Oliveira fez a mesma cirurgia há dois anos e o sucesso é evidente. A garantia é dada pela mulher, Edite Lopes, já que Isaac "gosta pouco de falar". O marido, de 66 anos, tem Parkinson há 15. "Ficou totalmente dependente e estava totalmente parado. Já não era ele. Reformou-se e tivemos de fechar o nosso restaurante." Dois anos depois, Isaac Oliveira goza a sua reforma com qualidade, é autónomo na sua higiene e conduz, de uma assentada, de Lisboa até Lamego.

Como será o futuro de António Mendes? O PÚBLICO visitou-o dois dias depois da cirurgia e Mário Rosa explica que o doente ainda tem alguma instabilidade emocional. Como se sente? António Mendes verte algumas lágrimas e mexe a mão, como que a querer mostrar as diferenças. "Prefiro não pensar na doença. Agora é andar para a frente." Este fim-de-semana já é passado em casa, onde o esperam a irmã e uma amiga.

Quanto ao futuro, Mário Rosa explica que registaram na cirurgia melhorias na ordem dos 80 por cento em relação ao estado do doente antes da intervenção. Nalguns casos chegaram aos 90 e aos 100 por cento. Mas será que é possível um regresso à família? “Está descrita a perturbação familiar no pós-cirurgia. O que acontece frequentemente é que o cuidador tinha passado a ser o cabeça de casal, tomando as rédeas do controlo da casa. Quando o doente fica bom o cuidador deixa de ter como objecto principal o doente e tem tempo para fazer outras coisas. Por outro lado, o doente quer readquirir a importância que tinha no seio da família e essa cedência de chefia é difícil de gerir”.

Por agora, Mário Rosa já ficava satisfeito se visse António Mendes sorrir. “Nunca vi o Sr. Mendes sorrir ao longo destes quase dois anos”. Entre uma e outra lágrima António Mendes admite que “foram dias confusos e os mais difíceis da minha vida”. O médico aperta a sua mão. E António Mendes esboça finalmente meio sorriso. Fonte: Publico.pt.

domingo, 27 de março de 2011

Un electrodo instalado en el cerebro del paciente le controla la enfermedad…
El HUCA desarrolla una nueva cirugía contra el párkinson, en un programa mundial de ensayo
El método que ahora se evalúa incluye un electrodo de última generación y una batería que se recarga en casa y que dura entre 15 y 20 años.
El hospital asturiano es uno de los seis elegidos de Europa para probar esta técnica experimental con la que ya se ha operado a tres personas.
27/03/2011 - Dulce Fonseca llevaba unas cuantas horas en el quirófano. El equipo de neurocirugía dirigido por el doctor Fernando Seijo le instalaba en el cerebro un electrodo que a partir de ahora le controlará la enfermedad de Parkinson. Cerebro abierto y ella, despierta, hablando con los médicos. En una de éstas, les espetó: «Voy a deciros una cosa: estoy muerta de fame». Esta polesa de 61 años salió del quirófano hacia las ocho de la tarde, regresó a su habitación, en la cuarta planta del Hospital Universitario General de Asturias (HUCA) hacia las diez, durmió plácidamente y a la mañana siguiente, anteayer, leyó LA NUEVA ESPAÑA como hace todos los días, desayunó y comenzó a recibir llamadas de teléfono. «Estoy estupendamente, sin un dolor». Eso sí, con la cabeza vendada y rapada casi al cero.

La intervención de Dulce no fue una operación al uso. No lo ha sido ninguna de las aproximadamente 500 que se han realizado en el HUCA para el control del párkinson. Son minuciosas, largas, costosas y requieren un equipo amplio, experto y unido. Se trabaja al milímetro, dice Fernando Seijo, el neurocirujano que ya en 1996 inició la cirugía del párkinson en Asturias. Pero esta última, la del jueves, está programada dentro de un ensayo mundial de una nueva técnica. Tan sólo seis hospitales europeos (Reino Unido, Francia, Austria, Alemania, Italia y España) han sido designados para llevarla a cabo. Y el español es el HUCA. Entre todos abordarán unas cuarenta intervenciones en un año y será el momento para evaluar los resultados. El HUCA lleva tres, sin novedad.

Las operaciones de control del párkinson comenzaron en la década de los noventa. El actual programa en evaluación incluye la inserción dentro del cerebro del paciente de un sofisticado electrodo con ocho contactos de platino e iridio, asociado a una pequeña batería que se instala en el tórax -algo parecido a un marcapasos- y que tiene una vida larga de no menos de quince años y se puede recargar en casa. El electrodo, a simple vista, no deja de parecer un mínimo alambre flexible que, instalado milimétricamente en el punto del cerebro donde se ubica el problema, tendrá un papel fundamental en su solución.

Hasta la fecha los electrodos que se instalan en los cerebros de los enfermos de párkinson disponen tan sólo de cuatro placas o contactos. El estimulador al que queda conectado se programa mediante telemetría y es una batería que ahora sólo dura unos cinco años. El avance es significativo.

En España hay unos ocho mil pacientes pendientes de este tipo de cirugía. En 1998 el Ministerio de Salud aprobó el protocolo de uso para los tratamientos neuroquirúrgicos del párkinson, y un año más tarde el Insalud eligió los centros de referencia. Entre ellos estaba el HUCA. Y desde entonces se ha mantenido en ese grupo de élite nacional, junto a otros cuatro centros de Galicia, País Vasco, Barcelona y Madrid. «Aquí nos llegan pacientes de toda España. Esta mañana he atendido a un canario, a un cántabro y a un extremeño», explica Fernando Seijo.

El mito de una enfermedad asociada a la vejez: hay pacientes de menos de 40 años
Quien relacione enfermedad de Parkinson y vejez acierta sólo a medias. Las nuevas técnicas de diagnóstico permiten «dar» con esta patología de forma cada vez más precoz. «La edad preferente se sitúa ya en torno a los 60 años», explica el jefe del servicio, Fernando Seijo, «pero estamos operando a pacientes de 40 años, e incluso menos».

La nueva técnica, en experimentación, va a permitir a medio plazo poder actuar sobre dos núcleos cerebrales al mismo tiempo gracias a las capacidades de los nuevos electrodos de ocho contactos. ¿Una técnica cara? Sin duda, pero Seijo la defiende: «En cinco años ya está compensado el gasto de la medicación. Y eso sin hablar de la calidad de vida». Fonte: ccoo-hvnl.blogia.es.

quinta-feira, 17 de março de 2011

Medtronic Announces Launch Of Activa(R) SC Deep Brain Stimulation System
17 Mar 2011 - With the first U.S. implant of its new Activa SC neurostimulator for deep brain stimulation (DBS) therapy, Medtronic, Inc. (NYSE: MDT) announced the technology's commercial availability throughout the United States and Europe. The single-channel Activa SC complements Medtronic's industry-leading Activa PC and Activa RC dual-channel DBS offerings and is the latest addition to the company's Activa portfolio of DBS systems, the most advanced DBS devices available to treat the symptoms of advanced Parkinson's disease and essential tremor in the U.S. and Europe. The device is also approved for dystonia in Europe.

The Activa SC system is comprised of an implantable neurostimulator; a thin, insulated lead that is placed in a specific target within the brain; and an extension to connect the neurostimulator and the lead. Like Activa PC, Activa SC is powered by a primary cell (non-rechargeable) battery that does not require maintenance from the patient to provide continuous stimulation for multiple years. An external physician programmer is used to non-invasively adjust stimulation programming parameters, and a hand-held patient programmer with an LCD screen is used by the patient to modify pre-set stimulation settings or check the battery status. Activa SC, like all Medtronic DBS devices, is approved for MRI scans under specified conditions.

"We are excited to be the first institution in the United States to offer Activa SC, an important new technology that greatly enhances our ability to treat and customize therapy for a large group of our patients," said Richard Simpson, MD, PHD, FACS, professor and attending neurosurgeon, Methodist Neurological Institute in Houston, who implanted the first Activa SC device in the U.S. this week. Activa SC was first introduced in Europe, where the initial implant was performed by Professor Rick Schuurman M.D., at the Academisch Medisch Centrum, University of Amsterdam, The Netherlands.

Medtronic provides the industry's only complete portfolio of next-generation DBS systems to meet individual patient needs, all in a single programming platform. The advanced programming features of Activa devices provide clinicians with greater ability to fine-tune stimulation and customize their patients' therapy, which may help patients reach optimized settings sooner.

"More than 15 years since Medtronic DBS Therapy was first introduced, it remains one of the most innovative therapies available for movement disorders," said Tom Tefft, president of the Neuromodulation business and senior vice president at Medtronic. "The physiology and ongoing treatment requirements of a patient's symptoms are often as unique as the individual, and we are proud to continue to lead the way in the development of new DBS indications and device innovations - including Activa SC - to improve the management of patients and the outcomes of their DBS therapy." Fonte: Medical News Today.

domingo, 13 de março de 2011

quinta-feira, 11 de novembro de 2010

Estímulos elétricos no cérebro tratam doença de Parkinson em São Paulo 
Hospital de Transplantes realiza 50 cirurgias seguindo o procedimento.
Técnica era restrita a centros universitários, afirma especialista.
11/11/2010 -Uma cirurgia para estimular o cérebro de pacientes com Parkinson por meio de descargas elétricas, até então restrita a hospitais universitários, ganha acesso público no Hospital de Transplantes, na capital paulista. Conhecida como DBS, a técnica consiste em colocar eletrodos em regiões profundas do cérebro para melhorar a atividade do órgão e reduzir os sintomas comuns como rigidez e tremores.

Com duração de 4 horas, a operação, com preço estimado em R$ 100 mil, pode agora ser recomendada a clientes da rede pública, desde que seja indicada pelo médico como melhor solução para o caso.

Para 70% dos parkinsonianos, o tratamento com medicamentos é suficiente para dar conta do avanço da doença e dos sintomas. Porém, o restante necessita de alternativas para controlar a doença. Somente 10% dos portadores são considerados ideais para passar pela cirurgia.

"Entre 80% e 90% dos pacientes que realizaram a operação deixam de apresentar sintomas após o procedimento, posteriormente acompanhado por drogas", afirma Arthur Cuckier, coordenador do departamento de neurologia do hospital.

No mesmo prédio do antigo Hospital Brigadeiro, a unidade realizou, nos dias 8 e 9 de novembro, um evento para divulgar a técnica para mais de 100 profissionais. Aulas teóricas, cirurgias ao vivo e a prática com as peças ao vivo foram oferecidas, com a supervisão de médicos brasileiros e estrangeiros.

"O objetivo foi divulgar a técnica para todo o Brasil. É preciso existir mais centro de referência para tratamento da doença com essa técnica", diz Arthur. "O trabalho de divulgação é único no Brasil, com um curso tão especializado. A técnica não é nova, já existe em hospitais universitários, mas agora, além de estar disponível em um local voltado à assistência, talvez ela possa ser passada a outros centros médicos, em todo o país."

Tremores e rigidez
O Parkinson é causado pela ausência de uma substância conhecida como dopamina no corpo, que deixa de ser produzida com a morte de neurônios em uma região do cérebro chamada substância negra. Os principais sintomas são a rigidez nos movimentos e os tremores constantes no corpo. Afeta 1% da população mundial acima dos 50 anos.

O local no cérebro a receber o estímulo é definido individualmente para cada paciente por meio de uma técnica chamada estereotaxia. Tomografias computadorizadas ou ressonâncias magnéticas são feitas no crânio do paciente, para que o médico possa saber a posição exata onde colocar o eletrodo.

Com uma espécie de "capacete" para medição, colocado junto à cabeça do paciente, o médico marca a superfície do couro cabeludo para fazer cortes de até 5 cm. Um orifício no crânio, de apenas 1 cm, permite a passagem de um fio de irídio, com quatro pólos de platina na extremidade e revestido por silicone. Ele será o condutor das descargas elétricas até a região desejada.

Uma trava colocada na entrada do corte no couro cabeludo impede que o fio de irídio saia do lugar. Uma extensão é conectada ao fio, passa por trás da orelha e liga o eletrodo dentro da cabeça do paciente a um gerador de descargas elétricas. O aparelho é capaz de gerar correntes de até 10 volts. A "dosagem" varia de paciente para paciente, ficando em uma faixa de 3 a 8 volts. Fonte: G1.

quarta-feira, 10 de novembro de 2010

Boston Scientific começa registro de pacientes para teste clínico avaliando Estimulação Cerebral Profunda para Parkinson 
10 de novembro de 2010 - A Boston Scientific Corporation anunciou a primeira implantação do seu dispositivo Vercise™ de estimulação profunda do cérebro (DBS) como parte do ensaio clínico VANTAGE. Vantage é um multi-centro que faz prospecção para examinar a melhora da função motora em cerca de 40 doentes europeus que tem implantado o DBS Vercise para o tratamento da doença de Parkinson.

O Vercise é um dispositivo de neuroestimulação profunda do cérebro projetado para fornecer sinais elétricos às áreas específicas dentro do cérebro através de contatos individuais que permitem levar uma quantidade mais adaptada de fluxo de corrente em função das necessidades do paciente. (segue..., em inglês) Fonte: Medical News Today.
Crean nuevo tipo de marcapasos cerebral contra el Parkinson 
Berlín, 9 nov (PL) Un nuevo tipo de marcapasos cerebral para el tratamiento del mal de Parkinson fue implantado por primera vez en un paciente de la ciudad alemana de Colonia.

El aparato del tamaño de una caja de fósforos tiene ocho contactos de cada lado cerebral, a diferencia de otros establecidos que cuentan con apenas cuatro, explicó Lars Timmermann, de la clínica universitaria de la ciudad de Colonia.

Los médicos probaron, por primera vez, el dispositivo en un paciente de 58 años y lo instalarán en unas 40 personas más para probar su efectividad.

Timmermann explicó que con los ocho contactos de cada lado cerebral, los temblores que provoca la enfermedad pueden ser tratados.

También serían controlados otros problemas como alteraciones en el habla.

El mal de Parkinson es una enfermedad neurodegenerativa que conduce a una incapacidad progresiva. Fonte: Prensa Latina.cu.

domingo, 7 de novembro de 2010

Técnica permite tratar epilepsia e obesidade, mas tem custo alto

Imagine a possibilidade de ter implantado no cérebro um aparelhinho de marca-passo capaz de gerar impulsos elétricos que controlem doenças
07.11.2010 | Imagine a possibilidade de ter implantado no cérebro um aparelhinho de marca-passo capaz de gerar impulsos elétricos que controlem doenças e ajam onde os remédios não conseguem dar uma resposta eficiente.

Não se trata de ficção científica, mas de uma técnica conhecida como neuromodulação e que já é utilizada com sucesso para o tratamento de Epilepsia, Mal de Parkinson, quadros de obesidade mórbida, incontinência urinária, surdez e, mais recentemente, vem sendo estudado o uso para o tratamento de depressão, distúrbios alimentares, enxaqueca e paralisia decorrente de derrame e coma prolongado.

De acordo com o neurologista Arthur Cukiert, considerado uma das maiores autoridades nacionais na técnica, as grandes vantagens da neuromodulação residem em dois aspectos: não causa lesões cerebrais e funciona usando a mesma forma de funcionamento do cérebro, ou seja, enviando e recebendo impulsos elétricos. "Em relação ao passado, a neuromodulação não lesa a estrutura cerebral e não precisa ser retirado", explica o médico, garantindo que o pior que pode acontecer é o uso não surtir os resultados desejados.

Os  atuais dispositivos  de neuromodulação são compostos de bateria, chip e microeletrodos, muito pequenos, medindo cerca de 5 centímetros. "Com a ampliação das pesquisas e a descoberta de novos procedimentos, a meta é que essa técnica possibilite a prevenção de sintomas, antes mesmos que eles apareçam", esclarece Cukiert, um dos pioneiros, no Brasil, do uso da neuromodulação para o controle de crises de epilepsia. (segue...) Fonte: Correio da Bahia.

sexta-feira, 8 de outubro de 2010

7 de outubro de 2010 - Mayfield Clinic provides patients with a step by step walk thru of a Deep Brain Stimulation or DBS procedure, for a patient suffering from Parkinson's disease.