quinta-feira, 18 de agosto de 2011

Terapia por Estimulação Profunda do Cérebro tornada mais popular entre médicos

18 Aug 2011 - Enquanto a estimulação cerebral profunda ganhou reconhecimento pelos médicos como tratamento para a doença de Parkinson e outros distúrbios de movimento, apenas metade dos pacientes indicados são candidatos apropriados para começar este tratamento relativamente novo, imediatamente, disseram os pesquisadores do Centro Médico Cedars-Sinai, em Los Angeles e o Mount Sinai Medical Center, em Nova York.

Estudos de 2004, constataram que apenas 5 por cento eram bons candidatos, e comparando com novos números supõe-se que os médicos têm aumentado a sua consciência e aceitação da estimulação cerebral profunda, uma terapia em que fios elétricos, ligados a um dispositivo de controle, são cirurgicamente implantados e precisamente modulados para efeito sobre os sinais nervosos no cérebro, acalmando os sintomas do mal de Parkinson e outros distúrbios do movimento.

Mas os médicos ainda muitas vezes encaminham os pacientes para a terapia antes de esgotar outras opções de tratamento ou porque têm expectativas irreais para ela, disse Michele Tagliati, MD, diretor do Programa de Distúrbios do Movimento do Departamento de Neurologia do Cedars-Sinai. Ele é autor de um artigo no Archives of Neurology e especialista em programação do dispositivo, que ajusta a fina estimulação para pacientes individuais.

De 197 pacientes encaminhados para avaliação para a estimulação cerebral profunda, 50 por cento foram considerados bons candidatos para terapia imediata, 25 por cento eram possíveis futuros candidatos e 24 por cento eram candidatos inadequados por causa de outras doenças neurológicas ou médicas. Analisando-se as fontes de referência - especialistas em distúrbios do movimento, médicos de cuidados primários, neurologistas em geral, outros médicos e pacientes - os pesquisadores descobriram que os especialistas em distúrbios do movimento referem mais bons pacientes e candidatos para a terapia.

Durante o período de estudo de quatro anos, que terminou no final de 2009, os pesquisadores observaram que o número de pacientes encaminhados para terapia DBS em fases anteriores da doença aumentou. "O estudo não aborda especificamente essa mudança e não temos nenhuma prova, mas especula-se que os médicos tornaram-se mais liberais no envio de pacientes para cirurgia de estimulação cerebral profunda", disse Tagliati. "Talvez eles estejam aceitando mais esta terapia e enviando pacientes mais cedo ao invés de enviar na fase final da doença. Apesar dos médicos estarem enviando alguns pacientes muito cedo para serem tratados imediatamente com terapia DBS, é melhor ver esses pacientes mais cedo do que tarde demais. Contanto que eles sejam avaliados de forma responsável e respeitável no centro de distúrbios do movimento, podem ser reavaliados meses ou mesmo anos mais tarde e terem a cirurgia adequadamente cronometrada. Nem sempre é exatamente claro qual é o momento certo para essa terapia, mas especialmente para a doença de Parkinson, se o paciente é passível de alterações por medicamentos, não é apropriado ir para a cirurgia imediatamente."

A estimulação cerebral profunda foi aprovada pelo Food and Drug Administration para o tremor essencial, em 1997, doença de Parkinson em 2002, 2003 distonia e em casos extremos de transtorno obsessivo-compulsivo em 2009.

Tagliati recebera anteriormente verbas de ensino da Medtronic Inc., Allergan, BoehringerIngelheim, Glaxo e Novartis e pagamentos de consultoria da St. Jude / Neuromodulação Advanced System, Inc., que não estavam relacionados a este estudo. (em inglês, versão para o português brasileiro por Hugo) Fonte: Medical News Today.

segunda-feira, 15 de agosto de 2011

Estimulação cerebral profunda em doentes de Parkinson

August 15, 2011 - Uma década depois de receber implantes que estimulam áreas de seus cérebros, os pacientes com doença de Parkinson (DP) parecem sustentar a melhoria na função motora, embora parte do benefício inicial tenha passado principalmente por causa da perda progressiva do benefício em outras funções, de acordo com este estudo. (...)

Aos 10 anos, a combinação de medicação e STN-DBS foi associada com significativas melhorias da pontuação motora, tremor de repouso e de ação, bradiscinesia (movimento lento) e rigidez. Comparados com os valores basais, as reduções de sintomas foram também observadas nos escores de medicados e não medicados, a discinesia (dificuldade em controlar o movimento) e pontuações de flutuação motora com dose diária equivalente de levodopa. No entanto, os sinais axiais (tais como marcha, postura e equilíbrio) mostraram declínios mais acentuados na estimulação e resposta à medicação.

"Nossas descobertas apoiam ainda mais a resposta de longo prazo para estimulação do STN em pacientes com DP avançada, mostrando uma melhoria motora prolongada até 10 anos", disseram os autores citados. (em inglês) Fonte: Ivanhoe.

sábado, 13 de agosto de 2011

Estimulação Cerebral Profunda melhora os sintomas de Parkinson de Longo Prazo

Por Steven ReinbergReporter HealthDay


Segunda-feira, 8 ago


 (HealthDay News) - O benefício da estimulação profunda do cérebro no controle de tremores e melhorar a função motora para aqueles com doença de Parkinson parece durar pelo menos 10 anos, segundo um pequeno estudo novo por investigadores canadenses.Últimas Notícias Neurology

    
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Doença de Parkinson é uma das várias condições chamados distúrbios do sistema motor, que são causados ​​pela perda de células produtoras de dopamina no cérebro.
Os principais sintomas da doença de Parkinson são tremores ou tremores nas mãos, braços, pernas, mandíbula e face; rigidez ou rigidez dos membros e tronco; desacelerou o movimento e diminuição do equilíbrio e coordenação

Conforme a doença progride, os pacientes podem ter dificuldade em andar, falar ou fazer outras tarefas simples, de acordo com os EUA do Instituto Nacional de Distúrbios Neurológicos e Derrame.
Na estimulação cerebral profunda, um cirurgião implanta um pequeno dispositivo chamado um neuroestimulador sob a pele perto da clavícula. O médico então posições fios do dispositivo com os eletrodos em suas extremidades em áreas do cérebro que a função motora de controle. O dispositivo funciona através da estimulação elétrica nessas áreas, o bloqueio de sinais nervosos anormais que causam o tremor em pacientes com doença de Parkinson


"A estimulação cerebral profunda ainda é eficaz na melhoria sinais motores em pacientes avançados da doença de Parkinson 10 anos após a cirurgia", disse o pesquisador Dr. Elena Moro, um professor assistente de neurologia na Universidade de Toronto.
"No entanto, esta cirurgia não impede a progressão lenta da doença ao longo do tempo, como documentado pela perda progressiva de benefício que tanto a estimulação profunda do cérebro eo show levodopa de drogas em melhorar o equilíbrio andando, e fala ao longo dos anos", disse ela. (Levodopa carbidopa é combinada com o tratamento medicamentoso mais utilizado para a doença de Parkinson.


(Doentes de Parkinson que estão considerando a cirurgia de estimulação profunda do cérebro deve sempre perguntar ao médico quanto tempo dura o benefício após a cirurgia, disse Moro. "Nosso estudo pode fornecer ambos os pacientes e médicos com esta resposta importante", disse ela.
"A estimulação cerebral profunda não é uma cura, mas um tratamento sintomático", disse Moro.
"A doença de Parkinson progride ao longo do tempo.

"Embora a estimulação cerebral profunda é considerado seguro, como todas as cirurgias que carrega alguns riscos. Complicações e efeitos colaterais da cirurgia podem incluir infecção, hemorragia no cérebro, acidente vascular cerebral, convulsões, problemas de fala e respiração, e problemas cardíacos, de acordo com Mayo Clinic. O relatório observou que dois dos pacientes no estudo desenvolveu uma infecção grave dispositivo conexas entre 5 e 10 anos após a cirurgia


O relatório foi publicado em 08 de agosto a edição online da revista Archives of Neurology.
Para o estudo, Moro e seus colegas examinaram 18 pacientes com doença de Parkinson avançada que receberam implantes para estimulação cerebral profunda em 1996 e 2000. Os pesquisadores avaliaram os pacientes a função motora, antes da implantação do dispositivo e novamente depois de anos um, cinco e 10.
Na avaliação de 10 anos, Moro equipe descobriu que a estimulação cerebral profunda, junto com a medicação, foi amarrado a função motora significativamente melhor. No entanto, houve alguma piora progressiva da postura andar, e equilíbrio, segundo os pesquisadores


Os autores também notaram que as limitações do estudo incluíram seu pequeno tamanho e falta de um grupo controle.
Comentando o estudo, Dr. Michael S. Okun, diretor médico da Fundação Nacional de Parkinson, disse que "este trabalho é importante, pois ressalta o potencial a longo prazo benefícios que podem ser alcançados com estimulação cerebral profunda.

"O documento também mostra que a doença de Parkinson progrediu apesar da estimulação cerebral profunda, Okun disse. "Os pacientes devem estar cientes de que a estimulação profunda do cérebro é uma terapia potente sintomáticos com benefícios de longo prazo, mas não é uma cura", concluiu.
Outro especialista, Frances Weaver, diretor do Centro de Gestão da Atenção Crônica Complex no VA Hospital Hines em Illinois, disse que estes resultados podem não se aplicar a todos os pacientes com doença de Parkinson.
Este grupo de pacientes foi relativamente jovem, ela disse. Eles foram diagnosticados com doença de Parkinson em uma idade média de 40 e recebeu tratamento com estimulação cerebral profunda quando eles estavam em seus 50 anos, disse ela.


"A maioria das pessoas com Parkinson são diagnosticados em seus 60 anos", disse Weaver. "Este estudo inclui uma amostra de jovens, representando mais provável de início precoce doentes de Parkinson, e os resultados não podem generalizar à população do Parkinson global da doença", disse ela.
Atualmente, não há cura para a doença de Parkinson eo tratamento é focado em tratar seus sintomas.

Fonte : http://www.medicinenet.com/script/main/art.asp?articlekey=147943

segunda-feira, 1 de agosto de 2011

Alvo (esférico, tridimensional)
Na cirurgia dbs há os alvos cirúrgicos ou terapêuticos no cérebro. São mais comuns o Núcleo Subtalâmico (estatisticamente o mais corriqueiro), o Globo Pálido, o Tálamo, etc, sempre um deles e, agora com o neuroestimulador de 4 eletrodos, podem ser 2, ou seja, se bi-lateral, 4 alvos no cérebro para implantar o eletrodo. Cada eletrodo tem 4 cátodos (-) ou ânodos (+), conforme a polarização adotada. Os núcleos alvo, massas meio disformes, tem o tamanho máximo de uma ervilha. Ora, acertar no alvo é relativo. Tem o azul (na periferia) e o vermelho (na “mosca”) na contagem, além do que o alvo é esférico, tridimensional. Quanto mais na “mosca”, melhor, proporcionalmente, será o resultado final da dbs. Em que pese o alvo ser invariavelmente acertado, nem sempre é na mosca. O melhor ou pior acerto dependerá de tecnologia. Aí que empacamos, pois no momento de instalar o eletrodo, as imagens (tomografia, ressonância magnética e rx) e o mapa já estão feitos e nada é visto a olho nu. Isto sem considerar que com o aumento da idade do paciente os núcleos parece que vão se afastando em relação a um eixo central. (Papo de um leigo curioso)

domingo, 31 de julho de 2011

Senões da cirurgia dbs
31/07/2011 - Ontem foi postado comentário anônimo referente a post de 18/3/2011 do blog da ABP, sobre reportagem da TV Morena MS, com vídeo (não consegui rodar no Firefox), comentário no qual há críticas ao dbs.

Creio ser importante divulgação de tal contraponto, pois o paciente deve ser informado de todos os riscos que corre, principalmente de insucesso e que a dbs é uma cirurgia que requer extrema precisão, que está relacionada, dentre outros fatores, à experiência e habilidade da equipe de cirurgia e acesso aos recursos tecnológicos sofisticados da chamada neuromodulação.

Independente disso eu particularmente, depois de 5 anos de dbs, estou parcialmente frustrado com o resultado, pois imaginava que o efeito, embora ainda positivo, fosse mais incisivo e duradouro. Os sintomas pk estão voltando gradualmente.
Obs.: Os contatos posteriormente mantidos, relativos ao comentário abaixo postado, foram feitos privadamente via email.

terça-feira, 19 de julho de 2011

VIDA COM UMA BATERIA LIGADA NO CEREBRO




Este livro foi "linkado" pelo Marcílio em 19/05/2009, no blog Doença de Parkinson, entendo ser importante também constar aqui.

domingo, 17 de julho de 2011

terça-feira, 5 de julho de 2011

Triagem de paciente apropriado para a estimulação profunda do cérebro na doença de Parkinson
Este programa de apoio à decisão foi desenvolvido para ajudar os médicos a identificarem pacientes que possam mais se beneficiar num centro de referência especializado para considerar a Estimulação Cerebral Profunda (DBS). Somente os pacientes com doença de Parkinson são considerados neste programa.

As recomendações refletem as opiniões de um painel de especialistas internacionais. O painel é composto por 12 neurologistas com experiência considerável no campo da DBS.

Usando o método de Adequação RAND, os peritos definiram sete variáveis clínicas consideradas relevantes na prática clínica quando dos exames de um paciente para o DBS. Combinando os valores dessas variáveis resultaram em 972 perfis de pacientes distintos. Cada um dos peritos avalia a conveniência de referência para cada perfil de paciente usando uma escala de 9 pontos. Com base na pontuação do painel de mediana e o grau de concordância entre os especialistas, as declarações de adequação (adequada, inadequada, incerto) foram calculados para cada um dos perfis. Clique aqui => Journal of Neurology. (em inglês)

terça-feira, 28 de junho de 2011

Caxiense tenta cirurgia para amenizar efeitos colaterais do Mal de Parkinson
Luís Antônio Maltauro enfrenta a doença há 14 anos
03/05/2011 - Portador de Mal de Parkinson há 14 anos, Luís Antônio Maltauro, 54, sofre com os efeitos colaterais da doença. Um deles é a discinesia, que impede o homem de controlar os movimentos.

Seus braços e pernas se agitam constantemente, mesmo que esteja sentado. O distúrbio só ameniza quando a medicação perde o efeito, hora em que Maltauro adormece.

— Ele não tem nenhuma autonomia. Queremos que possa almoçar fora com a família sem que as pessoas fiquem olhando e achando que está tendo uma convulsão — desabafa a filha Cristiane, 25.

Uma operação de implante de estimulador cerebral profundo controlaria os efeitos da discinesia, além de aliviar o tremor e a rigidez muscular, outros sintomas do Parkinson. O problema, no entanto, é o valor. (segue...) Fonte: Clic RBS. Enviado por Cristiane.

terça-feira, 14 de junho de 2011

Marcapassos mais novos blindados para danos por ressonância magnética

Newest pacemakers blind to MRI damage
Device helps doctors keep pace with aging baby boomers
Mais novos marcapassos são blindados contra danos por ressonância magnética (em inglês) Fonte: Florida Today. Veja também: (Tuesday, June 14, 2011) Keeping pace / Hospitals offering MRI-compatible pacemakers.

quarta-feira, 4 de maio de 2011

Primeira cirurgia para implantação de marca-passo recarregável é realizada no Hospital Alemão Oswaldo Cruz
Procedimento é indicado, principalmente, para pacientes portadores da doença de Parkinson e oferece mais benefícios ao substituir os marca-passos comuns
São Paulo, 02 de maio de 2011 – Recentemente, o Hospital Alemão Oswaldo Cruz registrou a primeira cirurgia para implantação de marca-passo cerebral recarregável no País, realizada pelo dr. Manoel Jacobsen Teixeira e sua equipe, membros do Corpo Clínico da Instituição. Ao contrário dos marca-passos comuns, este modelo possibilita que o paciente prolongue a terapia, sem a necessidade de repetir procedimentos cirúrgicos para substituir geradores implantáveis quando a bateria se esgota.

“O aparelho tem grande durabilidade. Mantém-se útil durante aproximadamente 10 a 15 anos, independentemente da necessidade de troca de gerador. A qualidade de vida certamente é valorizada ao optarmos por sistemas como este”, afirma dr. Manoel. O neurocirurgião, um dos primeiros a utilizar a técnica de estimulação encefálica profunda para tratar doentes com movimentos anormais, completa que a recuperação do paciente, com 47 anos e quadro de doença de Parkinson, foi bastante satisfatória.

Além da doença de Parkinson em idades precoces, o marca-passo recarregável é indicado para tratar pessoas que têm maior demanda de energia, como os que apresentam distonia, dentre outras anormalidades. (segue...) Fonte: Inteligemcia.

terça-feira, 19 de abril de 2011

HUGO E PEBENE BATENDO-PAPO A RESPEITO DA DBS


No chat do Amigogamp do ultimo dia 18/04, conversando com Pebene de Campo Grande (que fez a cirurgia recentemente) o amigo Hugo nos conta como esta após a DBS feita em 2006.
Uma aula que irá  servir de parâmetro para os amigos que pretendem fazer a cirurgia.

21:07:12 - pebene fala para Graça: isso mesmo eu passeim pela dbs a 2 meses

21:08:15 - Hugo fala para pebene: Fez dbs bilateral?

21:08:28 - pebene fala para Hugo: isso mesmo

21:09:13 - Hugo fala para pebene: Eu fiz em 2006. Melhorei muito, mas agora 'tá difícil.

21:09:42 - pebene fala para Hugo: fez bilateral também

21:10:33 - Hugo fala para pebene: Em 2009 troquei o estimulador pelo fim da bateria.

21:10:37 - Aninha-MG fala para pebene: pebene, passa para a Graça, o link da sua cirurgia.

21:12:46 - pebene fala para Hugo: não se troca so as baterias

21:16:48 - pebene fala para Hugo: o neuro me falou que o meu aparelho so trocaria a s baterias

21:17:11 - pebene fala para Hugo: sera que é ouyta tecnologia?

21:17:31 - Hugo fala para pebene: Não existe ainda a hipótese de trocar só a(s) baterias.

21:18:02 - Hugo fala para pebene: Se for kinetra ou soletr, troca tudo.

21:18:24 - pebene fala para Hugo: desculpe, qual sua idade hoje?

21:18:30 - Hugo fala para pebene: Outra tecnologia é o Kinetra recarregável.

21:18:51 - Hugo fala para pebene: 55

21:19:00 - pebene fala para Hugo: novo

21:19:12 - Hugo fala para pebene: Mas com pk.

21:19:34 - pebene fala para Hugo: já esta a uns 12 com pk

21:19:57 - Hugo fala para pebene: Sim, com diagnótico a 10.
21:20:30 - pebene fala para Hugo: o mesmo tempo que eu só que tenho 55
21:20:34 - pebene fala para Hugo: digo 44
21:21:23 - pebene fala para Hugo: eu continuo tomando a mesma dose d eremedios só que não tenhoi mais discenisia

21:21:44 - Hugo fala para pebene: Tem uns que ganham na mega sena ao contrario.

21:22:31 - pebene fala para Hugo: vc contionuou tomando os medicamentos na ,mesma dose ou diminuiu?
21:22:55 - Hugo fala para pebene: Após dbs reduzi quase a zero a medicação. Hj estou com os mesmos níveis de remédio que tinha antes...
21:23:36 - Hugo fala para pebene: Qdo abuso da ldopa fico com discinesia.
21:24:13 - pebene fala para Hugo: mas, entao estimulo foi bem forte isso influenciou nos gasto da bateria
21:25:03 - MARY HELLP fala para Badu Cuidador: TODOS PODEM FAZER A CIRURGIA Q TANTO FALAM
21:25:33 - Hugo fala para pebene: Pois as regulagens levaram ao consumo da bateria, que não durou muito.

21:26:23 - Hugo fala para pebene: Hj estou com 4 volts no cérebro direito e 1,5 v no cérebro esquerdo.

21:26:42 - Badu Cuidador fala para MARY HELLP: pessoas idosas não devem fazer, é preciso uma avaliação criteriosa e somente qdo os medicamentos nã responde mais
21:26:55 - pebene fala para Hugo: a carga inicial minha tá bem fraca eu to com 0,8 em cada lado
21:27:23 - Hugo fala para pebene: 'Tá soft. Longa vida ao estimulador!
21:28:13 - pebene fala para Hugo: se o neuro aumentar A CARGA devo diminuir A MEDICAÇÃO CERO?
21:28:24 - pebene fala para Hugo: digo cert?
21:28:48 - Hugo fala para pebene: No meu cérebro direito 'tá dificil encontrar regulagem boa. Muito tremor.
21:29:12 - pebene fala para Hugo: eu não tenho tremores só rigidez
21:30:16 - Hugo fala para pebene: Eu vou de cara limpa nas regulagens, para não mascarar a triste realidade. P'rá tirar o máximo benefício do estimulador.
21:31:50 - pebene fala para Hugo: seria esse o maior aprendizado que vc tirou com o uso do estimulador( no contexto que estamos conversando\)
21:31.52 – Hugo  fala para pebene: Qdo o estinulador tira todos os sintomas ótimo. Qto menos remédio, melhor. Em muitas das vezes o efeito dos remédios são piores do que a própria doença.
21:33:59 - pebene fala para Hugo: valeu brigadao péla dica
21:35:28 - Hugo fala para pebene: O maior aprendizado foi de que não é uma brastemp. Melhora um pouco mas menos do que pensava ou imaginava.
21:36:17 - pebene fala para Hugo: é um alento
21:37:39 - Hugo fala para pebene: O gde lance é o kinetra de 16 pólos. Estimula o stn e gpi ao mesmo tempo.
1:38:07 - pebene fala para Hugo: o que é stn e gpi?
21:39:22 - Hugo fala para pebene: stn - núcleo subtalâmico, onde tenho meus eletrodos, provavelmente tu tbm. Gpi - globo pálido interno.
21:40:21 - pebene fala para Hugo: Descanse em PAZ vc também
21:40:38 - Hugo fala para pebene: Amém! [ ]'s
21:42:23 - Hugo : Boa noite! Assine a petição do parkinson (http://www.parkinsonspledge.org/pls/apex/f?p=326:1:2350655666329556::::P1_PET_PETITION_NUM:1)
21:43:03 - pebene fala para Hugo: tá saindo?
21:43:57 - Hugo fala para pebene: Estou. Visite http://www.maldeparkinson.blogspot.com/
21:44:41 - pebene fala para Hugo: obrigado pelas dicas um grande abraço podeixa que vou visitar o link
21:45:23 - Hugo fala para pebene: Não esqueça de assinar a petição!
21:45:27 -pebene fala para cezarban: já viu o video de minha cirurgia?
21:47:12 - Hugo : Fuiiiiiiiiiiiii..................
21:49:21 - pebene fala para cezarban: eu coloquei os videos no youtube agora
21:50:27 - pebene fala para cezarban: http://www.youtube.com/watch?v=DeoCJdghCi0


quarta-feira, 13 de abril de 2011

ESTIMULAÇÃO CEREBRAL PROFUNDA DE PEDRO

 Este vídeo mostra a sequência para implantação dos eletrodos no cérebro do paciente para estimulação profunda.

Entre no link abaixo, copie e cole para ter acesso ao video:

http://www.youtube.com/watch?v=DeoCJdghCi0&feature=related

segunda-feira, 11 de abril de 2011

Hoje, 11 de Abril, assinala-se o dia da doença
Entrar no cérebro para enganar o Parkinson
11.04.2011 - A doença de Parkinson ainda não tem cura, mas há uma cirurgia capaz de devolver a qualidade de vida aos doentes. Trezentos portugueses já a fizeram. Esta é a história de um deles.

António Manuel Mendes é empurrado pelos corredores do hospital numa cadeira de rodas. Já tem o cabelo rapado para a cirurgia. Com o pescoço caído tenta esconder a cara apática, cujas mãos têm dificuldade em alcançar. A expressão não é de tristeza nem de alegria. É um completo vazio que faz duvidar que seja possível que este doente tenha apenas 55 anos. Só quando lhe é dirigida a primeira pergunta os olhos ficam molhados. "Então, está preparado para começar este longo dia?", questiona Maria Begoña Cattoni, neurocirurgiã no Hospital de Santa Maria, em Lisboa, que se prepara para entrar no cérebro de António Mendes para apagar alguns dos efeitos que a doença de Parkinson lhe trouxe.

A cirurgia chama-se estimulação cerebral profunda e dura o dia todo, sempre com o doente acordado. Foi o Hospital de S. João, no Porto, que estreou este procedimento no país, em 2002. Desde aí os aparelhos evoluíram e já se realizaram mais de 300 intervenções. Em Santa Maria fazem-se três a quatro por mês.

"É o dia mais difícil da vida" deste antigo gestor comercial da CP, resume o seu médico, Mário Rosa, também neurologista no mesmo hospital e que durante a cirurgia vai avaliar os efeitos que os cinco eléctrodos introduzidos no cérebro de António Mendes irão produzir. O objectivo é estimular uma zona do cérebro que se chama "núcleo subtalâmico" e tem apenas sete por quatro milímetros. "É um pequeno feijão que queremos adormecer", esclarece o especialista. E é o único caminho possível para o doente recuperar a qualidade de vida.

Pouco passa das 8h00 de terça-feira, dia 5 de Abril. Mas a história de António Mendes começa muito antes. Há cerca de dez anos começou a ficar lento. "Faltava-me o equilíbrio", conta ao PÚBLICO, num discurso que tem muita dificuldade em articular - teve que suspender toda a medicação antes da operação. Foi em Santos (Lisboa), no seu percurso diário, que percebeu que algo não estava bem. Um homem de 45 anos não podia ser assim tão afectado pelo cansaço. Foi ao médico e veio o veredicto: tinha Parkinson, uma doença neurológica degenerativa para a qual ainda não existe cura e que afecta sobretudo pessoas com mais de 60 anos.

Cada vez mais off
Em Portugal estima-se que existam cerca de 22 mil doentes com esta patologia - descrita pela primeira vez em 1817 pelo britânico James Parkinson, que acabou por dar o nome à doença. O papa João Paulo II morreu com ela e entre outros casos diagnosticados contam-se os do actor norte-americano Michael J. Fox e do pugilista Cassius Clay. O actor, célebre pelo filme Regresso ao Futuro, foi das pessoas mais novas a quem foi diagnosticada a doença: tinha 30 anos. Muitos dos avanços na investigação devem-se precisamente a Michael J. Fox. A fundação com o seu nome distribui todos os anos milhões de dólares para investigação nesta área.

O Parkinson afecta as células do cérebro que produzem dopamina - essencial para o controlo dos movimentos e para a modulação do humor. Com a morte das células, os músculos de António Mendes foram ficando cada vez mais rígidos e começou a não conseguir controlar os movimentos e alguns impulsos e emoções. Ficou de tal forma dependente que teve de ser institucionalizado. A medicação existente consegue atrasar a progressão da doença, mas tem muitos efeitos secundários e António Mendes tem cada vez mais fases off e menos fases on (expressão utilizada para descrever as alturas em que os doentes medicados conseguem reduzir os sintomas do Parkinson). Foi por estar cada vez mais off que passou a ser seguido há ano e meio pelo médico Mário Rosa.

Quando a medicação ainda faz efeito, mas apenas por pouco tempo, é a melhor altura para avançar para uma cirurgia que tem critérios clínicos muito exigentes e bem definidos, explica o médico. O doente não pode ter mais de 70 anos nem sinais de demência (outra das consequências da doença). É que a cirurgia é feita apenas com anestesia local, para que os médicos consigam perceber a reacção aos estímulos produzidos no cérebro. O doente tem de estar ciente do procedimento e colaborar com a equipa. "O objectivo é reduzir os sintomas do Parkinson, que decorrem de uma perda de neurónios. Só percebemos que um doente tem Parkinson quando surgem os sintomas e estes só se manifestam quando há apenas 30 por cento de células sobreviventes. Quando apanhamos o doente, a doença já vai sempre avançada", diz Mário Rosa.

Precisão milimétrica
Antes do bloco operatório há um longo percurso a fazer. Os neurocirurgiões Maria Begoña Cattoni e Herculano Carvalho levam o doente para uma pequena sala onde vão colocar aquilo a que se chama "um quadro estereotáxico" na sua cabeça. O aparelho - visualmente impressionante - serve para os especialistas poderem medir os locais exactos onde vão entrar na cabeça do doente e é atarraxado com parafusos após anestesia local. Durante todo o processo, António Mendes quase não se mexe, mas mesmo assim os neurocirurgiões vão explicando a cada momento o que vão fazer. "É importante manter o doente tranquilo", lembra Herculano Carvalho.

Com todos os exames reunidos, o doente é depois encaminhado para o bloco e a equipa médica reúne-se numa outra sala para uma fase determinante do processo. Com a ajuda de um software, cruzam as imagens da TAC (tomografia axial computorizada) com a ressonância magnética que tinha sido feita antes de se colocar o quadro na cabeça do doente. O objectivo é perceber que zonas do cérebro se podem furar sem provocar hemorragias potencialmente fatais. O trabalho é absolutamente milimétrico e toda a equipa dá palpites.

“É com estas imagens que fazemos os cálculos para a cirurgia sem ter necessidade de abrir directamente a caixa craniana. A ressonância tem um maior poder para mostrar as estruturas do cérebro e a TAC tem mais precisão”, prossegue Begoña Cattoni ao mesmo tempo que por sugestão de Herculano Carvalho sobre em um milímetro um dos pontos onde vão colocar o eléctrodo. Terminada esta parte a equipa desinfecta-se e dirige-se para o bloco operatório.

"Há sempre uma margem de risco" que mesmo as mãos experientes não podem evitar, recorda Gonçalves Ferreira, chefe do serviço de Neurocirurgia do hospital, que salienta a complexidade do procedimento e a exigente qualificação dos médicos. Só os aparelhos colocados custam cerca de 25 mil euros e Gonçalves Ferreira teme que os cortes na área da saúde "coloquem em causa o serviço de excelência" que a unidade oferece, com melhorias na ordem dos 70 a 80 por cento. Por outro lado, a cirurgia permite que o doente reduza a medicação (que pode custar entre 200 a 600 euros por mês) para 25 por cento.

Já no bloco operatório há outro momento crucial. Aqui o cheiro e os feixes de luz não permitem qualquer tipo de abstracção em relação ao facto de estarmos num hospital. As frias paredes de mármore contrastam com as fardas e máscaras verdes e azuis. Tudo tem um ar completamente asséptico, apesar da confusão de materiais espalhados para a cirurgia e de fios e mais fios dos aparelhos necessários. É um verdadeiro caos controlado em que cada um sabe bem o seu papel. O anestesista explica cuidadosamente ao doente que lhe vai dar “uma pica” e “agora mais outra”. Os neurocirurgiões posicionam e vão solicitando material à equipa de enfermagem.

Uma broca evoca o barulho de uma cadeira de dentista, mas a força necessária é inimaginável. O objectivo é fazer uma incisão do tamanho de uma moeda de um euro na cabeça do doente. Segue-se a introdução dos eléctrodos no lado direito do cérebro. É aqui que os neurologistas entram em cena. Através das ondas registadas por um computador e de alguns testes ao doente percebe-se quais os melhores níveis para reduzir os sintomas da doença sem causar outros efeitos negativos. "Senhor Mendes, faça assim aos dedos... Quantos dedos vê?... Agora conte até dez... Agora diga-nos o que compra no supermercado", vai pedindo Mário Rosa. E como que por magia, o doente, que antes da cirurgia mal articulava uma palavra, começa a ser capaz de contar. E diz que costuma comprar açúcar e café. As mãos vão ficando mais flexíveis e os movimentos mais controlados. A equipa sorri, satisfeita. São quase duas da tarde quando se inicia o trabalho no hemisfério esquerdo. O trabalho só termina às 18h00. Para a semana António Mendes tem de voltar ao hospital para colocar debaixo do peito o aparelho que permitirá regular remotamente a estimulação dos eléctrodos – o que faz com que o sucesso só seja perfeitamente visível dentro de algum tempo.

Isaac Oliveira fez a mesma cirurgia há dois anos e o sucesso é evidente. A garantia é dada pela mulher, Edite Lopes, já que Isaac "gosta pouco de falar". O marido, de 66 anos, tem Parkinson há 15. "Ficou totalmente dependente e estava totalmente parado. Já não era ele. Reformou-se e tivemos de fechar o nosso restaurante." Dois anos depois, Isaac Oliveira goza a sua reforma com qualidade, é autónomo na sua higiene e conduz, de uma assentada, de Lisboa até Lamego.

Como será o futuro de António Mendes? O PÚBLICO visitou-o dois dias depois da cirurgia e Mário Rosa explica que o doente ainda tem alguma instabilidade emocional. Como se sente? António Mendes verte algumas lágrimas e mexe a mão, como que a querer mostrar as diferenças. "Prefiro não pensar na doença. Agora é andar para a frente." Este fim-de-semana já é passado em casa, onde o esperam a irmã e uma amiga.

Quanto ao futuro, Mário Rosa explica que registaram na cirurgia melhorias na ordem dos 80 por cento em relação ao estado do doente antes da intervenção. Nalguns casos chegaram aos 90 e aos 100 por cento. Mas será que é possível um regresso à família? “Está descrita a perturbação familiar no pós-cirurgia. O que acontece frequentemente é que o cuidador tinha passado a ser o cabeça de casal, tomando as rédeas do controlo da casa. Quando o doente fica bom o cuidador deixa de ter como objecto principal o doente e tem tempo para fazer outras coisas. Por outro lado, o doente quer readquirir a importância que tinha no seio da família e essa cedência de chefia é difícil de gerir”.

Por agora, Mário Rosa já ficava satisfeito se visse António Mendes sorrir. “Nunca vi o Sr. Mendes sorrir ao longo destes quase dois anos”. Entre uma e outra lágrima António Mendes admite que “foram dias confusos e os mais difíceis da minha vida”. O médico aperta a sua mão. E António Mendes esboça finalmente meio sorriso. Fonte: Publico.pt.